Together By Chance 1ª Temporada escrita por Shiryu de dragão, M F Morningstar


Capítulo 21
João Santos VS. Selena Schluter


Notas iniciais do capítulo

Hey guys! Depois de tanto tempo, cap novo!



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P.O.V Cascão Araújo

A situação era desesperadora. Aparentemente a Cascuda só possuía alguns ferimentos leves, como um ou dois ralos no joelho, mas ainda assim ela estava desacordada. Acabei nem ligando direito pra banda, pois a única coisa que pensava era no que tinha acontecido, e aquele filho da mãe que estava no carro fugiu sem prestar assistência. Se eu pegar aquele cara... mas enfim, após isso tudo, levei a Cascuda pra um hospital, e segundo o médico, ela por agora apenas está inconsciente, porém ainda pode acontecer dela ficar com alguma sequela da batida do carro. A possibilidade era remota, todavia ainda existia. A culpa era minha. No que deu em mim para gritar com a Cascuda daquela maneira?

— Cascão, você... esta bem?

Xaveco, acompanhado do Titi e da Rosalya colocou uma mão no meu ombro.

— Como posso estar bem? É tudo culpa minha Xaveco.

— Não é culpa sua, amigo. Uma testemunha nos relatou tudo e viemos o mais rápido possível pra cá. Você não a atropelou.

— É, mas...

— Também já liguei pro Cebola e a Magali e ele estão vindo o mais rápido possível. - Afirma Titi.

— Obrigado cara. Eu nem avisei bem pra eles.

— Você tinha suas razões. - Rosalya afirma. - E foi só você falar neles, que já tão ali.

— Cascão! - Magali vem correndo e me abraça com lágrimas escorrendo em seus olhos. - Como isso aconteceu?

Acho que todos sabemos como a Magali e sensível e meiga. Mesmo quando o assunto não é com ela, ela se preocupa até mais do que os amigos daquela própria pessoa.

— Mas cara, nos conta, como isso tudo aconteceu? - Cebola fica de braços cruzados, e seu olhar lançava alguma desconfiança.

— Sentem-se. Vou lhes contar tudo.

P.O.V Melissa Chieses

Depois de treinar um pouco, entrei em casa para tomar banho e descansar. Tomo um banho gostoso, e até iria dormir, se a campainha não tocasse. Fui atender e acabo surpreso com quem aparece em minha frente.

— Lysandre?

— Oi pra você também. Posso entrar?

— Claro. - Ao momento que ele passa por mim, seu perfume fica exalando no ar, eita coisa boa. - Mas o que te traz a minha humilde residência?

— Quero fazer, vamos.

— O QUÊ?

— Eita, você não entendeu a piada. - Ele fala e só depois de uns segundos consigo me tocar.

— Idiota. - Falo revirando os olhos para cima.

— Mas o que tenho para falar é sério. A Cascuda, aquela garota loira de cabelos cacheados da sala, foi atropelada.

— Sério?! Como isso aconteceu? Dizem que ela saiu correndo da casa de alguém, e aí um carro veio e a pegou bem no meio da faixa de pedestres.

— Meu Deus! E como ela está?

— Também não sei, mas passei aqui pra te chamar. Vamos lá?

— Podia ter me chamado pelo Friendbook né? Ou você veio aqui com segundas intenções mocinho.

— Eu prefiro nem falar nada viu Melissa. E o João, cadê?

— Saiu por aí, mas nem sei mais por onde aquele doido sai.

P.O.V Magali Santos

— ...E foi isso que aconteceu. - Cascão fala, cabisbaixo. - Mesmo eu, não pude fazer nada...

Eu estava sem reação, e não sabia o que pensar, mas sabia de uma coisa: a culpa era minha, apenas minha. Por quê? O Cascão e a Cascuda SEMPRE namoraram desde crianças, sim, eles brigavam, mas voltavam no final. E eu me meti nesse casal feito...

— Eu acho isso muito estranho. - Cebola sussurra, mas o suficiente para eu ouvir.

— Gente, e-eu vou pra casa... - Afirmo com a mão na cabeça. - Tenho que fazer uma coisa lá...

Na verdade, eu não tinha nada pra fazer. Tudo que eu tinha era medo. Puramente medo.

— Tudo bem amor. Vá descansar.

Cascão veio me abraçar, mas acabo recebendo sem retribuir. Percebo que existe um sentimento de culpa em seu olhar, e acho que ele viu o mesmo em mim. Acho que realmente nos culpamos demais pelas coisas. Mal me despedi e sai andando rápido de la, achando um banco à duas quadras do hospital. Não me aguentei, me desabei em lágrimas. Por quê essas coisas acontecem comigo meu Deus? Por quê?

— Magali? - Sinto um braço amigo recorrer meu ombro.

— M-Mônica, e-eu...

Mal consegui falar, apenas caí no ombro da minha melhor amiga. Tudo que conseguia falar, era: " É minha culpa Mônica, minha culpa".

P.O.V João Santos

Saí pela cidade inteira, voando e ajudando algumas pessoas, que nem reparei que era dez da noite. Voei rompendo a barreira do som e, em uns 10 minutos, cheguei no meu bairro, mas achava que existia algo pertubador acontecendo aqui perto, dei uma revistada no meu bairro, até que vejo gritos de uma pessoa.

— SOCORRO, ME DEIXE EM PAZ!

Não pensei duas vezes, rasguei minha roupa formal, e me transformei no super-herói Capitão Planeta, o defensor dos injustiçados e terror dos bandidos. Mas isso não importa, tem uma pessoa em perigo e não posso vacilar! De longe avisto duas pessoas: uma era um garoto de aparentemente 12 anos, e a outra era uma mulher bem bonita, muito atraente por sinal.

— Me deixe em paz!

— É o seu fim garoto, morra!

— Deixe-o em paz. - Falo, já em solo firme.

— Saia daqui garoto, se não quiser morrer.

Os seus olhos transmitiam uma perturbação mais do que desesperadora. Quase que faço cocô nas calças.

— Não quero ter que machucar você. Vá embora e não perturbe o menino. - Ao mesmo tempo que falo isso, o garoto corre desesperadamente. Bem, fiz o que devia fazer, que era livrar o garoto.

— Tudo bem, apenas o menino não iria satisfazer minha fome mesmo.

— Como assim?? Aah!!

Vejo seus caninos crescendo, e sim, me mijei. Não pode ser! Meu maior medo, ele, ele realmente existe!

— Você é uma v-vampira??

— Adivinhão hein, gato? E hoje você vai ser meu jantar!

Ela salta alto em minha direção, mas em um ato de reflexo, começo a flutuar em um local consideravelmente alto. Ela olha para mim, abismada por sinal. Eu estava diante meu medo de infância, porém dessa vez, eu tinha uma grande vantagem.

— É verdade, ainda tenho meus poderes.

— Impossível!!! Como é que você pode fazer isso??

— Haha, eu não sou um garoto normal, aberração. - Vá lá, tinha que fazer isso.

Sua surpresa logo desaparece perante sua face. Um sorriso aparente no seu rosto, e não é possível não me incomodar com isso.

— Não fique se gabando. Você não é o único que pode voar.

A mulher tira sua jaqueta, e, em suas costas, se materializa duas asas gigantes de morcego. Ela parte para cima de mim e me acerta com um soco no estômago, seguido na cara. Ela era muito rápida e forte, a ponto de me mandar a um muro que tinha perto do campinho. Sorte minha que não estava tão machucado. Minha resistência tinha aumentado muito junto com o ganho de meus poderes.

— Já está cansado?

— Pff, isso não doeu muita coisa.

Me levanto, e logo parto para o ataque. Mandei vários socos para acerta-la, mas so acertei um ou três na cara da vampira. Ela era mais forte do que eu, entao resolvi pegar distância.

— Você é realmente forte, garoto. - Diz a Vampira flutuando no ar. - Mas deixe-se levar, o poder vampiresco é algo surpreendente.

— Nunca vou me unir a você!

— Ah, vai sim!

Ela logo desaparece da minha vista, aparecendo repentinamente atrás de mim. E aconteceu. Seus dentes perfuraram meu pescoço, me causando uma dor inimaginável. Gritei alto, quase chorando, e do nada, ela me larga, com meu sangue em minha boca. Rindo descontroladamente, ela fala:

— Logo, sua transformação vai ocorrer. E você vai ver o quanto é bom ser um ser das trevas.

— Hihi. Você não me conhece mesmo. Esse vírus não vai me corromper. - Imediatamente coloco a mão no meu pescoço, e um brilho nas minhas mãos apagam os furos deixados pelos dentes da mulher. - Viu, nada de surpreendente.

Sua reação foi a melhor. Ela parecia abismada. Seus punhos cerram, e sua fúria transborda em seu rosto.

— Já que não posso te transformar, eu vou te matar, sugando seu sangue até a última gota!

Eu podia ganhar, podia sim. Ela vinha a toda velocidade em minha direção, porém, em minha frente, materializo várias facas - Umas 20 para ser exato - e mando em seu corpo. Seu rosto volta a se sucorromper, e várias facas atravessam seu corpo, com exceção apenas do rosto. Eu odiei fazer isso, mas ela tentou me matar, logo ela poderia fazer isso de novo também. E sabe-se lá quantas vítimas morreram nas mãos dela. Mas estranhamente ela não demonstrou dor.

— Você não conhece nada dos vampiros, garoto.

De algum modo, as facas começam a virar fumaça, e suas feridas acabam desaparecendo.

— Hahaha! Você acha mesmo que vai acabar comigo assim?

— Nã-Não pode ser...

Estava sem saída, o que poderia fazer? Logo, ela estende sua mão, e começo a ficar sem ar. Era telecinesia, porém por sorte, também possuo esse poder. Ficamo-nos sufocando.

— Se eu morrer, aniquilo você junto! - Digo, quase sem forças

— Nós somos imortais garoto, nada que você possa fazer irá me matar. No final, o humano aqui é você, e depois que morrer, irei te devorar.

Imortais? É isso! Me veio uma boa ideia.

— AH É?? E SE EU FIZER VOCÊ DEIXAR DE EXISTIR??

— Como é? - A vampira afirma, assustada

Não tinha testado essa habilidade antes, mas se eu possuía poder para fazer coisas existirem, também poderia fazer elas desaparecerem. E isso que estava acontecendo. Seus pés estavam desaparecendo lentamente, e agora o medo era aparente em sua face.

— O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO??

— Vocês vampiros podem ser imortais, mas ainda são seres vivos, e todo ser vivo um dia nasceu. Simplesmente não queria fazer isso, mas estou alterando o tempo, fazendo com que seus pais nunca tenham se encontrado, e consequentemente, você nunca teria sido gerada. Quando isso acabar, ninguém vai lembrar de você. Todas suas maldades serão desfeitas.

Me liberto da telecinese que me prendia, e desço até o chão. Apesar de tudo, não queria fazer isso.

— POR FAVOR, PARE!

— Agora é tarde.

— Eu prometo, nunca mais cruzarei seu caminho ou de seus amigos, juro. Apenas me deixe viver. Eu sou um ser vivo como você disse, e faço isso para sobreviver.

De fato, ela tinha razão. Seu corpo estava se decompondo aos poucos, ela iria finalmente desaparecer. Mas era realmente o certo? Minha consciência dizia que sim, mas meu coração não. Droga, eu te odeio coração!

— Está bem. - Falo serenamente.

Seu corpo rapidamente volta ao normal, e ela cai, de joelhos perante mim. Passo em sua frente, a alertando

— Vá e nunca mais faça das suas, Selene. Caso saiba que infectou ou matou alguém, irei caçar, e dessa vez não a perdoarei.

— Como você sabe meu nome? - Fala ela, se levantando. Estávamos de costas um para o outro.

— Dei uma lida na sua mente. Perdão por invadir sua privacidade.

Sinto ela virar para mim, alisando meus cabelos, e me dando beijos e um chupão em meu pescoço. Ela não chegou a me morder, mas seus dentes arranharam minha pele.

— Obrigado pela luta. - Selene diz em meu ouvido. - Quem sabe um dia não nos veremos novamente. - Após isso, ouço o som de seu voo.

Avermelhei. Simplesmente. Porém tudo que precisava agora era ir pra casa. Parece que minhas forças estavam esgotadas. Eu não tinha ainda forças suficientes para usar poderes tão complexos quanto esses que usei hoje. 


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Notas finais do capítulo

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