Together By Chance 1ª Temporada escrita por Shiryu de dragão, M F Morningstar


Capítulo 26
Vampiros


Notas iniciais do capítulo

Ola, minna-san. Estão bem? Mais um capitulo para vocês!



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P.O.V Cebola Menezes

Então parte das minhas suspeitas estavam corretas. O atropelamento da Cascuda parece sim ter sido armado, mas preciso de provas concretas. Apenas o Xaveco ter visto um carro igual ao que o Cascão descreveu não é ainda suficiente para concluir tudo.

— E o que você pode fazer Cebola? - Pergunta Denise, curiosa como sempre.

— Tô tentando bolar um plano...

— Xi, já vi então que tudo vai pro ralo então.

— Quer parar de zoar Denise? O assunto é sério.

— Desculpa Monamour, é que seu histórico de planos não é algo realmente bom né? Mas fácil confiar em deuses gregos nos seus planos furr...

— É isso!! - Digo interrompendo a matraca. - Denise! Você tem o número do Toni?

— Tenho s-sim. Por quê?

— Vamos simplesmente grampear o telefone dele.

— O quê? Você tá doido? Isso é contra-lei! Nem mesmo eu posso me prestar a esse tipo de coisa meu bem!

— Ué, não era você que queria fama e dinheiro em cima desse caso? Simplesmente vamos estar facilitando mais as coisas para você. Ou você vai arregar, "monamú"?

— É chato dizer isso, mas essa você ganhou. Ninguém chama Denise Gomes de arregona e sai vencendo.

Ah, é ótimo conseguir atingir o ego dessas pessoas de vez em quando, ainda mais quando ela é a Denise.

— Mas como você vai conseguir essas coisas, hein espertinho?

— Eu tenho todo um equipamento e programas de computação para hackear tanto computadores como celulares, afinal o futuro dono do mundo precisa estar bem informado e preparado para tudo. Venha, vou lhe dizer o que irei fazer, e como você e o Xaveco vão me ajudar. Por falar nisso, por que ele não veio com você?

— Ele disse que precisava fazer algo especial, mas não sei bulhufas. Enfim, me diga o que terei que fazer e depois passarei as "infos" para ele.

P.O.V Mônica Souza

Só a minha mãe mesmo para fazer eu comprar leite as oito da noite. Só ela mesmo. Depois de ter comprado a garrafa de leite integral na padaria do Seu Joaquim (pai do Quinzinho) volto para casa, mas, algo me incomodava. Tinha um pressentimento muito ruim, e não sei o que viria a acontecer.

— Mas o que será isso? Por que estou com essa sensação?

— Dizem que muitas presas pressentem o perigo mesmo que o predador não apareça repentinamente em sua frente. Acho que é seu caso.

— De quem é essa voz? - Digo assustada.

Uma mulher bonita, de cabelos escuros aparece e vem caminhando em minha direção. Tudo que consigo fazer e dar um passos para trás, como se estivesse planejando uma fuga.

— O que há garota? Parece um sapo perante uma serpente.

— Quem é você?

— A pessoa que sugará seu sangue por inteiro.

— Como é?

Em sua boca, seus caninos crescem, e como em um trem-bala, sinto sua mão pesada em meu estômago. Tudo que faço e colocar a mão na minha barriga, me remoendo de dor. Mas isso não era o pior. Eu estou diante uma vampira. E se eu não fizer algo, vou ser o prato do dia aqui.

— Incrível. Qualquer pessoa comum já teria desmaiado com essa investida. Você realmente deve ser muito forte.

— E-eu não sou qualquer uma... Odeio violência, mas nesse caso é preciso.

Vou com tudo pra cima dela e lhe acerto um soco forte na cara, seguido de um no estômago, fazendo ela ir quatro passos para trás. Eu não podia vacilar, mas esse golpe que ela me dera doeu muito. Parece que 70% das minhas forças foram embora. Mas o pior de tudo é que consegui no máximo tirar um pouquinho de sangue na boca dela.

— Você realmente não é uma garota normal, mas ainda assim não é pareá contra mim.

A mulher veio e me acerta um chute forte na cara, fazendo com que eu caia no chão, já sem forças. Cheguei no meu limite. Não consigo aguentar mais. Logo eu, mônica, a mais forte da turma derrotada facilmente...

— Você é boa garota, mas vai sofrer simplesmente por ter me desafiado.

— Eu não disse para você não incomodar mais as pessoas, Selene?

Essa voz, é do...

— João! - Dizemos em uníssono.

Mas o que era aquilo? João estava flutuando? Sua face no momento era assustadora. Enxergava ódio em seu rosto. E como ela sabia o seu nome?

— Por acaso esta me perseguindo gatinho? Ou se arrependeu e quer vir pro meu lado?

— Mônica, você está bem? - Ouço o grito do João desesperado. - Ela te mordeu ou coisa parecida?

— Hehe... Não, mas...

— Maldita, como se atreve?? Você machucou a Mônica!!!!

Uma grande áurea azul envolve o João, deixando a mim e a Selene desesperada. Tudo que fiz foi admirar e olhar surpresa para o que estava acontecendo. Quer dizer que aquele simples garoto acanhado e tímido tinha poderes?

— Eu vou te matar!!

— Você sabe que não pode fazer nada quanto a isso menino.

Selene me chuta longe, fazendo eu gritar de dor. O João veio em meu socorro me segurar para que eu não me estabanasse com um muro que eu ia em direção, e essa vadia aproveitou a deixa para fugir.

— Maldita, da próxima vez que te ver, não vou te perdoar...

— João, o-ob-obrigada por me salvar. - Falo enquanto ele me segura no colo.

— Vou curar suas feridas, e preciso que você guarde esse segredo. Não conte pra ninguém o que houve aqui.

P.O.V Dimitry Manfrini

Estou com uma grande sede de sangue. Grande mesmo. E chamei a Melissa para vir aqui em casa. Espero que ela possa fazer algo por mim. Com o tempo, estamos mais juntos, mais unidos, mais próximos. Tanto que até ficamos uma vez. Mesmo que eu não tenha certeza do meu sentimento, hoje revelarei a verdade. E eu espero que ela me entenda e me ajude nessa jornada.

P.O.V Melissa Chieses

Estou indo a casa do Dimitry. Sim, acho que estou ficando apaixonada por um estranho que me ajudou em um dia qualquer, e qual não sei muita coisa importante, mas meu sentimento vai crescendo cada dia mais. Seu calor, seu estilo, sua face, sua verdadeira identidade, tudo isso me fascina. Eu diria que estamos até ficando, mas nem quero criar muitas expectativas. Bem, ao caminho vejo alguém se aproximando de mim e, felizmente era alguém conhecido.

— Sabia que sair a essa hora da noite sozinha é bem perigoso viu mocinha?

— Não me diga, Lysandre. - Falo em tom sarcástico. - Acontece que sei muito bem me cuidar sozinha.

— Não duvido disto, mas conselho sempre é algo bom de dar de vez em quando.

— Você sempre tem uma resposta na ponta da língua né lindinho?

— Humpf, se eu não tivesse, não seria o Lysandre. Bem, até mais.

Vejo Lysandre se afastar, com as mãos nos bolsos andando bem tranquilamente. Sinceramente ele é de fato outro garoto interessante e bonitinho, apesar de sinceramente eu o achar muito arrogante.

***

Chego na casa do Dimitry que é meio afastado do Limoeiro. Vejo que os portões estão abertos, então entro sem cerimônia. Ao entrar, sinto calafrios, um clima pesado toma conta do meu corpo. Inexplicável. Ao ouvir o Dimitry descendo a escada, sinto meu coração bater mais forte, e um nervosismo se junta a ansiedade que toma agora conta de mim. Ele me olha com aqueles olhos vermelhos sedutores, quais fico hipnotizada, porém ao mesmo tempo percebo que sua face está diferente do que costuma estar.

— Melissa?

— O-oi Dimy? - Esse é o apelido que dei a ele. - Aconteceu algo? Você parece angustiado.

— Suba, por favor. Venha até meu quarto.

— Desculpa Dimy, mas a gente ainda tá se conhecendo. Nada de sexo agora. - Apesar de tudo, sou séria em alguns casos.

— Não é isso. Apenas venha

O sigo e ao chegarmos no seu quarto, ele se vira a mim e me olha nos fundos dos meus olhos. Tudo que faço e encarar, até ele me dizer:

— Você amaria um monstro?

Seus caninos crescem e seus olhos outrora vermelho escuro, brilham como se fossem vermelho escarlate. Suas asas de morcego (porém grandes) aparecem em suas costas ao ele tirar sua jaqueta.

— Dimitry, você é...

— Sim Melissa, sou um vampiro, um ser das trevas. - Ao dizer isso, ele vira o seu rosto, e não consegue me encarar. - Essa é a verdade.

— Como isso é possível?

— Esse é um "back" para você, não é? Aposto que até outrora você não acreditava nessas coisas.

— Eu admito que não, mas... por que me escondeu por tanto tempo?

— Sabe Melissa, em anos venho tentando não me enturmar com as pessoas, vivendo sozinho, na escuridão e na solidão. Apesar do que você pensa, já faz mais de um século que não tenho contato com qualquer ser que seja humano. Faço isso para não espalhar essa maldição vampírica que caiu sobre mim, além...

— Além?

— Do fato da imortalidade. Sou imortal e, pela regra, nada pode me matar. Nem o homem, ou sequer o tempo. Por isso, sabe como é o fardo de viver perdendo seus amigos, familiares, e sempre sentir o mesmo por anos? Desde que me tornei um vampiro, assassinei animais para meu alimento, perdi todos que eu amava, e alem disso, vivo só desde entao. Após te conhecer, percebi que em você algo me atraía, mas não sabia o que era. Tinha e tenho o desejo de estabelecer um relacionamento com você, mas não posso fazer isso escondendo esse fato. A razão de ter escondido a verdade foi o medo. Medo de não te ter. Medo de te perder. Mas vi o seu lado, e não era certo o que estava fazendo. Então agora Melissa, te dou a oportunidade de ir embora. Para sempre. E fique tranquila, não irei atacar ninguém que de fato você conheça.

Ouço tudo atentamente. Depois de toda essa declaração, tomo minha decisão.

— Dimitry, eu te amo. - Digo enquanto abraço o seu corpo sem camisa. - Eu imagino o fato de você viver sozinho, e apesar de não sentir, imagino a imensidade de sua dor. Por isso te digo: quer namorar comigo?

— Melissa, eu...

Antes que ele responda, viro de costas e jogo meu cabelo para o lado, abaixando a cabeça.

— Não diga nada. Apenas responda. Te darei alimento quando precisar.

— Eu... te amo... Mel...

Sinto ele me abraçar por trás e carinhosamente suas presas fincam meu pescoço. Era uma decisão rápida? Talvez sim, mas depois do que vi e ouvi, o Dimitry não ficará sozinho.


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Notas finais do capítulo

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