Together By Chance 1ª Temporada escrita por Shiryu de dragão, M F Morningstar


Capítulo 13
Com Grandes Poderes, Vem Grandes Responsabilidades!


Notas iniciais do capítulo

Depois do último capítulo magnífico de minha amiga, um novo pra vcs.



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P.O.V João Santos

Desde criança, sempre adorei animes e desenhos, como Cavaleiros do Zodíaco, Dragon Ball, Bakugan, Ben 10 e outros. Sempre pensei que quando criança, algum dia eu ia soltar esses poderezinhos e vivia tentando, obviamente sem nenhum sucesso, mas, do nada, aprendo que posso explodir coisas, levitar essas com a força do pensamento, voar, etc. Parece que isso é um sonho de infância que ocorreu seis anos depois, haha. Porém, admito que acho estranho, será que esses poderes podem estar relacionados com os sonhos que possuo? Bem, talvez esteja, mas não quero pensar nisso por agora. Saio de casa e ando pelas ruas na parte da tarde, até que vejo de longe um assalto. Me escondo atrás de um muro que havia ali, e olho aquele cara gordo barbudo assustando o pobre menino.

— Calma senhor, não a-atire - Falava o pequeno garoto. - Te dou tudo que tenho, só não me mate.

— Me passa teu celular agora moleque, ou tu leva chumbo!!

— E-eu não possuo celular.

O ladrão dá um tapa forte no rosto do menino, com este, se esparramando no chão chorando. Ao ver que ele ia atirar, acabo não me segurando.

— Ei você! - Falo com imponência, mas com pernas bambas. - Deixa este pobre menino em paz.

— Quem é você? Não importa, vai morrer agora!

Faço uns movimentos com a mão disfarçadamente, e o ladrão solta a arma, soprando as mãos.

— Mas que raios?! Do nada essa arma ficou quente que mal pude segurar!

Simplesmente dilatei a arma com a força do pensamento. Acho que nunca me senti tão herói como agora.

— Vá embora agora, e talvez o deixe viver. - Digo em tom ameaçador.

— Não fique se achando só porque a arma ficou inutilizada. Eu ainda posso lhe furar com esta faca, fedelho abusado!!!

O homem avança em minha direção, mas ele de repente para, ficando imobilizado.

— Mas o quê? N-não consigo me mexer!!

Pego no meu bolso, meu celular e chamo a polícia. O homem me olha com uma expressão bem assustadora, acho incrível a resistência dele!

— Pronto, agora você vai voltar pra cadeia, onde é o seu lugar, monstro assassino!

— Só voltarei para lá, quando um mico sair do meu rabo!!!

— Já que é assim...

Ergo a minha mão em sua direção e ele começa a envermelhar mais que um pimentão. Sua calça começa a rasgar e, acreditem, fiz um mico-leão dourado sair de sua bunda. Só quem viu o filme "Todo Poderoso" vai sacar a referência.

— E aí? Se rende? Ou vou precisar fazer outro animal sair do seu...

— PARA, POR FAVOR. TE IMPLORO, NÃO ME TORTURE MAIS!!! EU VOLTO PARA A CADEIA, MAS NÃO FAZ ISSO NOVAMENTE!

— É assim que eu gosto. - Digo e olho para o garoto, que morria de rir da situação. - E você, garoto, vai esquecer de tudo que viu aqui, tá bom amiguinho?? - Digo isso, o hipnotizando. Sim, eu adquiri qualquer poder que você possa imaginar. - Agora vá para casa, e em segurança.

O garoto vai, de olhos arregalados e babando para sua casa. O ladrão observa tudo boquiaberto. Acabo não aguentando e rindo de sua cara, que estava hilária.

— Você é o quê? Um alien?

— Apenas um defensor da justiça. Agora você vai cair em pleno sono, e só acordar quando estiver preso.

Estalo os dedos e o ladrão cai no chão, chupando o dedo polegar. Saio do local rindo da situação, quem diria que um dia, eu seria um super-herói.

P.O.V Maria Fernanda

Como a Laura não é de sair, acabei convidando a Denise para ir ao shopping fazer umas comprinhas comigo. Acho que, tirando o fato dela ser uma baita fofoqueira, somos muito iguais. Extrovertidas, alegres e maluconas. Ela é muito legal mesmo.

— Ai gatz, valeu por me trazer até aqui. - Diz Denise, tomando seu sorvete de pistache com morango. - Desde que a Carmem vive correndo atrás daquele Castiel, ela se esqueceu de mim. Eu odeio quando as pessoas se esquecem de amizades.

— Eu também, amiga. - Digo tomando um milk shake de chocolate. - Até parece que um simples namoro é mais importante que uma amizade.

— Apesar de eu não discordar nada do fato daquele cara ser um gatinho, e alguns outros da galera também! - Afirma Denise, pegando seu binóculo e espiando alguns caras fortões na fila do sanduíche.

— Eita Dê, você não possui jeito. - Rio da Denise, até que percebo um cara vindo em nossa direção. Sim, era ele, e o encontrei bem diferente do que imaginava.

— Oi DC, tudo bem? - Digo, mandando uma piscada para ele. - Senta aqui com a gente.

DC puxa a cadeira e me pergunta o que a ruiva mais louca do bairro estava fazendo.

— Observando alguns homens na fila do lanche.

— Essa daí, não tem jeito mesmo. - Diz DC, revirando os olhos. - Desde criança, ela é assim.

— Imagino. Mas, se me permite perguntar, você já está melhor?

— Fala da Mônica? Na verdade, não durou nem uma hora a minha "bad". - Afirma, dando de ombros. - Se não era para dar certo, não deu. Não posso fazer nada quanto a isso.

— Gosto do seu jeito de pensar. - Falo, aproximando meu rosto de seu ombro. *Calma Maria, você tá se exaltando demais menina*. - A maioria dos meninos ficariam todos no quarto, chorando ou tentando arranjar uma maneira de reconquistar a garota.

— Não comigo, já que sempre fui "Independente". Não entendo o motivo de ficar mal só por causa de alguém, existem vários homens e mulheres no mundo, não existe só aquela pessoa. Pra mim, ficar deprimido tanto tempo por causa de alguém é uma besteira.

— Incrível como você consegue ser sensual até falando. - Sussurro.

— O quê?

— Hã? Nada não, hehe. - Coço a nuca, tentando disfarçar. - Ei, que tal irmos ali pegar um "sanduba"?

— Tudo bem, não tenho nada pra fazer mesmo.

Saio de braços dados com ele, e ele parece nem se importar. Ai, que homem, mas, será que não estou sendo meio apressada?

P.O.V Mônica Souza

Depois de meu término de namoro com o DC, me senti mais leve, livre e "independente" em certas coisas. Porém, admito que não gosto de ficar sozinha, sem nenhum relacionamento. Claro que não vou me jogar para o primeiro que aparecer na minha frente, afinal não sou uma piriguete, mas, já fiquei tanto tempo sozinha que se eu ficar por um tempo mínimo que seja como solteira, é capaz de eu enlouquecer. Bem, o jeito é esquecer disso e tentar me divertir o maior tempo possível, porque se eu for apenas pensar em namorar, vou perder coisas boas da minha adolescência. Ando usando uma camisa vermelha e calça azul, (ficou meio Restart, já sei), até que ouço meu sagrado nome sendo pronunciado. Vejo que era o Titi conversando com o Jeremias. Me aproximo para saber sobre o que aqueles malucos estavam conversando.

— ... E foi isso que aconteceu. - Fala Titi.

— Caraca maluco, eu não tava por dentro das novidades. - Diz Jeremias, aparentando estar surpreso. - Sabia que o namoro deles ia acabar uma hora ou outra, mas não pensei que fosse assim tão rápido.

— É o que te digo, amigo, a Mônica tá virando uma piriguete, que fica com qualquer um.

Olho para aquele garoto com uma expressão de raiva. E ainda dizem que só garotas ficam fofocando.

— Também acho, será que ela volta para o Cebola?

— Olha, eu não sei, mas te digo uma coisa: se der mole, eu pego. hahahaha.

Os garotos riem, e minha vontade é de ir lá e bater nos dois como eu vivia fazendo quando criança, mas, pensando bem, em algo eles tinham razão, que era o fato de não me firmar em um só namoro. Será que eu estaria agindo feito uma piriguete? E por quê eu estou com tanto medo de ficar sozinha? Sempre fui forte, a líder, e do nada minha moral parece desabar. Tudo que penso em fazer agora é sair dali e pensar no que eu posso fazer daqui pra frente.

P.O.V João Santos

Depois de ficar umas três horas brincando e descobrindo meus novos poderes, resolvi sair na rua para conversar com algum amigo. A Melissa foi pra casa da Rosalya e meus pais foram para um mercado fazer umas compras, e acabei ficando sozinho. Odeio ficar sozinho, mas admito que foi bom para eu testar novas habilidades, e acreditem se quiser, eu fiz chover no deserto do Saara. Tá que eu curti, mas resolvi desfazer aquilo para que não desse em alguma coisa ruim. Saio de casa com uma camisa branca de manga comprida e uma calça jeans preta. Mesmo que a temperatura estivesse em 24ºC, resolvi sair assim mesmo. Sempre senti muito frio, mesmo que a temperatura não estivesse tão baixa assim.

Ando pelas ruas e vejo que tudo está normal, a não ser pelo fato de quê a Mônica parece triste. Resolvo ir falar com ela, mas será o mais certo? Ah, como já diria o velho deitado (sim, velho deitado, afinal meu pai que vivia falando isso): quem arrisca, não petisca.

— Oi. - Digo em tom suave, me sentando ao lado dela. - Você está bem?

— Tudo sim, é besteira, João. - Ela fala, dando um soco leve em meu braço.

— Não está, não. - Afirmo, olhando em seus olhos. - O que aconteceu de verdade?

— Já disse que é besteira, garoto, deixa quieto.

— Você pode ser o quão durona for, mas sei que ninguém é de ferro. Vamos lá, não vou desistir até você me contar o que houve.

Ela ainda mostrou resistência, mas acabou cedendo. Mônica me relata tudo o que sentia e o que a galera, melhor dizendo, alguns, falavam dela pelas costas.

— Deixa esses caras, Mô. Eles são uns idiotas. - Digo olhando para o Titi e o Jeremias, que passavam a nossa direita. - Quem são eles para te julgar? Aliás, ninguém possui o direito de julgar ninguém.

— Mas, de certa forma, eles estão certos. - Retruca a garota, abaixando a cabeça. - Eu não paro em um relacionamento, e quando estou em um, sempre tem algo no meu parceiro que não me agrada. Talvez seja por minha culpa que estou aqui, sozinha nesse estado, digna de pena.

— Bobinha. Não tem nada de errado, você querer namorar alguém. Se nenhum dos seus namoros deu certo, é por causa que você não encontrou a pessoa certa.

— Você... Acha?

— Mas é óbvio. - Digo, segurando suas mãos. - Se você fosse uma piriguete, você estaria usando umas roupas vulgares, e se jogando no primeiro que você visse, mas não. Saiba que, o fato de você ter medo de ficar sozinha não é nada grave, pois qualquer ser humano, por mais orgulhoso que seja, nunca gosta de ficar sozinho.

— Obrigada por me ouvir, seu lindo. - Ela me abraça e acaba me deixando corado que nem um camarão, maldita timidez!

— Não foi nada. - Digo coçando a nuca. - Agora, vira para lá e tape os olhos.

— Por quê?

— Tenho uma surpresa para ti. Agora vire.

— Ui, amo surpresas. - Ela vira e tapa os olhos.

Confirmo se ela não tenta espiar, e após ter certeza, materializo em uma fração de segundo uma caixa de bombons em formato de coração.

— Pode olhar. - Ela vira, e vejo seu sorriso forte e alegre aparecer em seu rosto, esses poderes foram me dado por Deus, só pode. - Toma, é pra você.

— Nossa João, é lindo... - Ela fala, pegando a caixa. - Eu nem sei o que dizer...

— Não foi nada, é só uma lembrancinha. - Digo coçando a nuca e corando mais uma vez. Sempre faço isso quando tô nervoso. - Gostou?

Mônica vem em minha direção e me dá um selinho básico, mas foi o suficiente para me deixar com as pernas trêmulas.

— Amei. Vou comer agorinha mesmo. Valeu por tudo, lindo.

Vejo Mônica correr em direção a sua casa, me deixando sozinho. Minha vontade é de sair voando pelos ares de tanta felicidade, mas só fico levitando a uns centímetros do chão. É clichê? De fato é, mas fazer o quê? Acho que sou um baita crianção por ser tão tímido e me animar tanto por um simples selinho, que nem deve ter segundas intenções.


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Notas finais do capítulo

E ai? Curtiram? Odiaram?