Real world escrita por Bi Styles


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Gente!!!!!
UMA LEITORA SE PRONUNCIOU! Q LINDO, Q MARAVILHOSO!!!
Seria tão bom se todos seguissem o exemplo dela, né...
Mas enfim...
aqui está mais um capítulo. Espero q gostem.



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—O quê? –perguntei, horrorizada. –Nina, você está fora de si. Se acalme.

—Não! –ela berrou. –Eu sei muito bem o que fiz. E o Nathan viu. E... –ela parou de falar. Acho que o álcool estava afetando os miolos dela.

—Calma. Vou ligar para o Pietro vir nos buscar. –eu falei e peguei meu celular. Eram 10 e meia ainda... ele não poderia vir.

—Não, não, não, não. –ela balançou a cabeça e pegou meu celular desajeitadamente. –Eu não posso ir para casa.

—E você quer ir para onde?

—Pro Rafael. Sei lá.

—Você não pode ir pra lá. –neguei. Rafa tinha 6 irmãos, nem pensar que ela poderia chegar bêbada lá. Nem mesmo ele iria dormir hoje em casa.

—Vou dormir no Lucas então.

—Onde? Você está louca?

—E pra onde eu vou? –ela falou, sua voz falhando.

—Não sei. Vou ver com alguém.

—Eu não posso ir pra casa, Soph. –ela repetiu. Eu iria dizer que ela já tinha me dito, mas não falei nada. Eu estava realmente com pena da minha amiga.

—Pensava que sua mãe não ligava pelo fato de você beber.

—Não é por isso.

—E é porque?

Ela abriu a boca pra responder, mas ao invés disso, vomitou. E foi nojento. Bem nojento.

Coloquei minhas mãos nas suas costas e massageei, esperando que ela colocasse tudo para fora.

Quando ela terminou, suspirei.

—Vou falar com o Lucas. –falei.

Ela assentiu.

—Só tente ficar acordada, okay? –pedi, mas vi que ela já fechava os olhos.

Suspirei novamente.

...

Entrei no ginásio e procurei Lucas em todos os lugares. Por azar, ou sorte, acabei esbarrando em Brian.

Ele perguntou por quem eu procurava.

—Por Lucas. Você viu ele? –respondi.

—Pensava que vocês não se falavam.

—E não nos falamos. É que é um problema que ele tem que resolver.

—Eu posso ajudar nesse problema?

Pensei por um instante. É, ele poderia sim ajudar.

—Você mora sozinho, né?

—Sim... por quê?

—Eu tenho uma amiga que precisa de um lugar para dormir, entende?

—Ah... A Mina?

—Nina. –corrigi e sorri. –É ela mesmo. É que ela tá com um probleminha.

—Que tipo de problema?

—Venha que eu te mostro. –falei. Espero que ele não fuja.

...

—Deixa ver se eu entendi bem. –Brian disse e coçou a cabeça. –Ela bebeu e ficou com o melhor amigo do namorado e não pode ir para casa por um motivo desconhecido. Errei alguma coisa?

—Não. –falei e olhei para Nina, que estava dormindo, com a cabeça encostada na parede. –Mas você não é obrigado a ir, Brian.

—Ela não pode dormir na casa de outra pessoa. Claro que ela poderá dormir na minha. –ele riu. –Só preciso de ajuda para colocar ela no carro.

—Eu ajudo. –falei e ajudei-o a colocar Nina dentro do carro.

Apesar de eu ter machucado seu coração, Brian ainda me ajudou.

...

Paramos de frente á um apartamento de modelo antigo.

Entramos no hall de entrada e eu chamei um dos elevadores. Quando ele chegou, entramos nele e eu fiquei sem saber o que fazer.

Brian viu que eu havia ficado confusa e falou:

—Aperte no 6, por favor.

Eu fiz o que ele mandou e fiquei olhando os números passarem no visor.

1...

—Você acha que ela vai ficar bem quando acordar? –ele perguntou.

2...

—Não sei. Eles já terminaram uma vez e ela ficou mega arrasada. –respondi.

3...

—Por que ela beijou o Lucas? –ele perguntou.

4...

—Não sei. Nina nunca foi de beijar qualquer um.

5...

—Bem, ela não foi a única da noite que perdeu a dignidade. –ele disse e eu percebi que foi uma indireta pra mim. Mordi os lábios.

6...

As portas do elevador se abriram e Brian saiu primeiro, parando de frente á uma porta de número 325.

Ele me deu uma chave e pediu que eu abrisse a porta.

Ao abri-la, senti um cheiro agradável. Algo como incenso. Era bom.

Brian entrou e foi direto para um quarto, que eu julguei ser o de hóspedes e deitou Nina delicadamente na cama.

Ele colocou um lençol por cima dela e saiu do quarto. Eu passei a mão em seus cabelos e saí, depois fechando a porta.

—Já vou indo. –falei, quando já estava na porta de entrada.

—Ok. –ele respondeu.

—Assim que ela acordar, me mande uma mensagem. –pedi.

—Faço isso.

—E se ela vomitar, deixa que eu limpo. –falei sério, porém ele riu.

—Eu vou cuidar bem dela. Pode deixar. –ele sorriu.

—Boa noite Brian.

—Boa noite Sophia.

...

Assim que saí do prédio, meu celular tocou. Quando vi que era Pietro, meu coração se aliviou. Pelo menos não iria a pé para casa.

                                   LIGAÇÃO ON

—Onde você tá Sophia? —ele falou calmamente, mas pude perceber que ele se controlava para não gritar.

—Estou de frente ao apartamento do Brian. –respondi.

—O QUÊ?

—Pietro, eu precisei vir aqui e...

—Vou pra aí agora. Não saia daí.

                                   LIGAÇÃO OFF

Okay, eu tinha deixado o Pietro um pouquinho irritado.

...

Não esperei muito mais do que 10 minutos, e eu vi o carro da minha mãe se aproximar.

Os vidros estavam baixados, então pude ver o olhar irritado de Pietro.

—Entre no carro. Agora. –ele ordenou.

Entrei sem dizer uma palavra.

Ele deu a partida no carro e respirou fundo.

—Olha Sophia, não quero saber o que você fez com o Brian aí. Só quero saber o que deu na sua cabeça pra vir para cá. –ele falou com a voz controlada.

—Não é o que você está pensando!

—ENTÃO O QUE É? –ele gritou.

Respirei fundo e contei tudo para ele, tirando a parte que o Brian disse que queria me beijar.

Ele franziu a testa depois do meu relato, mas não fez nenhum comentário. Ainda bem.

—Vou ter que inventar uma desculpa muito boa para a mamãe. Por sua causa. –ele disse, apenas.

Depois disso, passamos um bom tempo em silêncio. O assunto geralmente nunca faltava entre nós dois, mas, quando eu ou ele aprontávamos algo e não podíamos dizer para a mamãe, o assunto simplesmente morria. Era um tipo de raiva silenciosa.

—Pegue este cartão que está dentro do porta-luvas. –ele pediu. –Ligue para o número e diga que Pietro quer cobrar um favor. –ele sorriu.

...

—Onde vocês dois estavam? –minha mãe perguntou, assim que entramos em casa. Ela estava nos esperando na sala e, ao julgar sua expressão, ela estava muito, muito irritada.

—O pneu furou. –Pietro falou, antes que eu começasse a gaguejar. Nunca fui boa em mentir, principalmente para a minha mãe. –Tive que ligar para o guincho, que demorou um pouco.

—Quero ver o novo pneu. –ela pediu e vi que ela não estava acreditando muito nessa história.

—Pode vir se quiser. –meu irmão respondeu e eu achei incrível o fato de ele não hesitar nem nada.

—Vou subir então. Estou cansada. –falei e já ia subindo as escadas, quando minha mãe chamou.

—Amanhã conversaremos sobre esse vestido, Sophia Grace. –ela informou e eu revirei os olhos, sem que ela pudesse ver.

Subi as escadas e, quando estava passando de frente ao quarto dos gêmeos, ouvi sussurros.

Como sou uma pessoa bastante curiosa, tratei de parar e escutar.

—...você está sangrando pelo... –Juan falou e eu prendi um riso. Lydia certamente deveria ter contado para ele sobre sua mestruação.

—Sim. –ela respondeu e suspirou. –Sophia disse que vou continuar a mesma, só que sendo um pouco chatinha ás vezes.

—Ah, a TPM. –Juan disse e riu.

—Como você sabe? –Lydia pareceu surpresa.

—Garotas...

—Pegador. –Lydia falou e riu.

Balancei a cabeça, sorrindo e fui para o meu quarto.

Tirei meu vestido e coloquei meu pijama, que consistia em um short de coraçõezinhos e uma blusa lisa.

Fiz um coque solto no meu cabelo e fui tirar minha maquiagem. No meio do processo, Pietro chegou no quarto.

Ele tirou a camisa e deitou na parte de cima do beliche. Decidi não perguntar nada por precaução. Minha mãe poderia muito bem estar escutando do outro lado da porta.

Quando terminei de tirar a maquiagem, desliguei as luzes e deitei na parte de baixo da beliche.

Coloquei meu celular na cabeceira e fechei os olhos.

Então ele vibrou.

Peguei o aparelho e vi uma mensagem de Pietro no whats app.

“Ela caiu como um patinho” —ele enviara.

“Ainda bem”—respondi.

“Agora, com o lance do vestido, nem peça minha ajuda. Sabe que eu não gostei nem um pouco dele”

“Mas que droga de irmão é você?”

“O irmão que não gosta que adolescentes cheios de hormônios olhem para as pernas da sua irmã mais nova”

Ri baixinho.

—Boa noite, idiota. –falei em voz alta.

Ele só riu.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Quem não gostaria de ter um irmão desses, né gente? :3



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