Winry e seus Automails escrita por Wolfkytoki


Capítulo 1
Winry e seus Automails


Notas iniciais do capítulo

Estava na hora de fazer uma one-shot desse anime incrível...
Espero que gostem!



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Edward nunca fora paciente. Mal esperava sair do hospital para continuar sua busca com Alphonse. Contudo, precisava treinar para continuar em forma, a não ser que quisesse repetir a derrota da briga contra Envy. É claro que o Fullmetal não esperava aquele ataque no meio do Laboratório, mas esses Homunculus gostam de estragar a festa...

Os seus pensamentos foram interrompidos repentinamente. Ele ouviu passos apressados vindos do corredor, tornando-se cada vez mais altos. Olhou para a porta esperando encontrar Al, mas quem a atravessou foi ninguém menos que Winry Rockbell, a garota loura de olhos azuis viciada em Automails.

–Ed! Como você consegue detonar minhas obras de arte tão facilmente?!

Ela encarou, de uma forma bem inconveniente, os resquícios do que um dia formaram um Automail em perfeito estado. Fios vermelhos e azuis entrelaçavam-se com pedaços de aço ainda grudados na pele do ombro como se não quisessem se soltar. O braço e a mão, obviamente, não estavam ligados ao resto.

–Desculpe, Winry... Sabe como é?- E deu uma risadinha nervosa.

Antes que ela pudesse dizer algo, Al surgiu na entrada do quarto de hospital e se espremeu para passar entre a Winry.

–Irmão, o médico deu alta. Podemos sair agora!

Winry não teve tempo nem ao menos de se despedir: Ed jogou as cobertas pro alto e saiu do recinto como um furacão. Os dois irmãos desaparecem e Winry suspirou, seguindo os dois frenéticos com uma vontade duvidosa.

Ela ouviu barulhos metálicos no fim do corredor, e só pôde presumir que estavam lutando na varanda do andar de cima do hospital. Ela correu e abriu a porta: tinha acertado em cheio sua hipótese.

–Tem certeza de que não quer descansar um pouco, irmão?- Al berrou enquanto desviava de um chute no ombro.

Ed investiu um soco com extrema força no meio da armadura, fazendo Al cambalear e cair no chão. Ele fingiu dar outro chute, mas caminhou ao redor da armadura caída e sentou-se.

–Já descansei bastante, Al. Você precisa treinar mais, também. –Disse com um brilho em seus olhos dourados.

–Tá bom- Al levantou-se e saiu da varanda.

Ed parecia distraído demais para notar Winry encarando-o na entrada. Ao vê-la, saiu lentamente da sua posição sentada e a olhou com olhos de quem não tem culpa de nada.

–Posso pedir para consertar meu Automail dessa vez?- Ele fez uma carinha de anjo.

–De novo, você quer dizer- Ela disse com um certo tom de desprezo.

Sua expressão murchou como uma flor que é cortada pela raiz. Winry sentiu-se maligna por um momento, mas concluiu que já estava irritada com o descaso de Ed. Enquanto pensava, ele fez uma cara de dor e cambaleou para o lado, apoiando-se na parede em uma cena um tanto preocupante.

Winry correu até ele, pensando “Sabia que ele se esforçaria demais”. Ao chegar a um metro dele, ela sentiu algo pontiagudo em sua sapatilha e tropeçou, colidindo na última coisa em que gostaria de colidir: em cima de Ed. Ela sentiu desabar até o chão da varanda, mas ele amorteceu sua queda.

–D-desculpe, Ed! Só queria...- Ela ergueu os ombros, olhando diretamente para os penetrantes olhos dourados. Os seus rostos estavam a centímetros de distância. Não, na verdade, quase não havia distância entre uma boca e outra.

As bochechas de Edward estavam mais vermelhas que um tomate maduro, assim como as de Winry. Ficaram assim, por um tempo, explorando cada detalhe do rosto um do outro.

A vermelhidão continuou, mas Ed moveu o pescoço ligeiramente para o lado, encantado com toda a cena. Winry quase explodiu de emoção, mas por dentro.

–O que está fazendo? Acha que vou te beijar, como acontece em filmes românticos?

–Sim- Ele piscou os olhos e permaneceu vidrado no olhar confuso de Winry.

–Seu...- E perdeu as palavras ao sentir Ed movendo-se um pouco para frente e tocando seus lábios nos dela. No início, foi gentil e até devagar, até que Winry teve a repentina necessidade de mantê-lo perto. Quando se deu conta, já havia arrancado a camisa dele e estava explorando a cicatriz de seu ombro.

Ed suspirava no ouvido de Winry, soletrando “eu te amo” a cada pausa dos beijos. Ela amava sentir os toques dele, mas amava ainda mais as suas declarações. Pelo visto, os filmes românticos não eram tão mentirosos quanto pensava.

Ele a puxou com mais força com o braço esquerdo, o único braço que tinha no momento, e começou a fazer círculos com os lábios ao redor da clavícula de Winry. Sua timidez já havia se dissipado desde que ele a beijara na primeira vez. Ed brincou com o cabelo louro da mecânica, adorando sentir sua maciez.

Os pesados passos de Alphonse não foram escutados, até que ele limpou a garganta e os pombinhos congelaram na mesma pose em que estavam.

–Vejo que já está melhor- Al deu uma piscadela estranha para Ed (mesmo que seus olhos não fossem humanos), saindo novamente da varanda.

Alphonse foi o único fator que os trouxe de volta à realidade. Sem se importar com isso, Ed virou o rosto de Winry em sua direção e lhe deu um último beijo. Dessa vez, não foi calmo; foi quase selvagem, mas é claro que ela não ligava.

Com a ajuda dela, ele levantou-se e seguiu até a entrada sem olhar para trás. De repente, parou e virou só a parte direita de sua face para ela.

–Vou começar a quebrar os automails com maior frequência de agora em diante- E saiu com o maior sorriso estampado no rosto que ela já vira.

–Idiota- Ela murmurou, palavra contraditória com seu tom de voz calmo e feliz.


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