The Woods escrita por The Wanderer


Capítulo 9
Stalker


Notas iniciais do capítulo

Oioi galera, eu sei que ando meio sumida, mas minhas aulas voltaram e sabe como é né, enfim, aqui está o capítulo. Espero que gostem ^^



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Como assim? Isso podia ser coincidência também? Eu definitivamente não sabia o que pensar. Precisava mais do que urgentemente falar com meus pais, eu preciso de uma explicação, também precisava falar com alguém sobre isso, senão eu ia ficar louca, mas por hora eu não podia fazer nada. Não podia sair de casa porque eu não conseguia andar muito, meus pais estavam fora e não atendiam o celular, não sei se devia falar sobre isso com Cat ou esperar para falar com meus pais, eu não sabia nem o que fazer em seguida. Meu celular tocou de novo e eu dei graças a deus de ter trazido ele pra baixo dessa vez.

—Alô?

— Filha? Você tentou me ligar? – Meu Deus era minha mãe. Agora quem precisava conversar com ela era eu.

— Mãe?!? – Quase gritei – Mãe, cadê você e o papai, porque vocês não voltaram pra casa ainda?

— Filha nós tivemos que resolver... assuntos pendentes em outra cidade. O que houve, porque você não foi não foi na escola? – Eu não sabia dizer quem exatamente estava mais preocupada, se era eu ou ela.

— Mãe, eu tenho muita coisa pra conversar com vocês, quando vocês vão chegar?

—De tarde já estamos no caminho.

— Então te vejo de tarde, vem logo. – Hesitei. – Te amo.

— Também te amo filha. – E desligou.

Ao menos eu sabia que eles estavam vindo para cá. Peguei o livro de novo e olhei a árvore genealógica mais uma vez. Em cima do meu nome, como meus pais estavam uma mulher de rosto fino, cabelo longo e moreno, com olhos quase pretos que me encaravam da foto e um homem loiro com cabelo liso e curto. Embaixo da foto deles estava escrito Elisabeth Marie Blackwood e Joseh Blackwood respectivamente. Nunca tinha nem visto ou ouvido falar no nome deles, mas algo no rosto deles me parecia estranhamente familiar. O que mais estava assustando naquilo tudo era o fato de eu não saber mais se aquilo era mera coincidência ou não porque a garotinha da foto do livro, tinha lindos olhos grandes castanho escuro, cabelo moreno claro e bem pálida, igualzinha a mim, só que a garota na foto tinha no máximo um ano de idade.

Olhei no relógio e percebi que eu não fazia ideia de quanto tempo eu tinha passado lendo aquilo, porque já eram 11h30min e eu nem ao menos sabia o que ia ser o meu almoço. Fiz um sanduíche com algumas coisas que eu achei na geladeira e resolvi dormir para fazer o tempo passar enquanto meus pais não chegavam. Por fim acabei deitando no sofá mesmo porque eu não queria nem um pouco subir toda aquela escada de novo para chegar no meu quarto e antes mesmo que eu pudesse pensar em mais qualquer coisa caí no sono.

~’’~

Acordei com o som da campainha. Levantei um pouco desnorteada por conta do sono, olhei no relógio e estava marcando 14h30min. Abri a porta e vi a última pessoa que esperava ver, Luke. Ok agora ele está definitivamente me perseguindo. Revirei os olhos e tentei fechar a porta na cara dele, mas ele colocou o pé entre a porta e o batente me impedindo de fechá-la.

— O que por Deus você poderia querer comigo agora?

— Eu só quero saber como você está.

— Maravilhosamente bem, tchau. – Tentei fechar a porta de novo, mas dessa vez ele bateu a mão com força na porta empurrando-a para trás. Assustei com isso, mas tentei manter minha postura neutra.

— Olha só, eu não vou sair daqui até você conversar comigo e nem vou deixar você fechar a porta na minha cara. – Ele estava começando a ficar irritado. – Então eu acho bom você me deixar entrar.

— Ah e você também acha que eu sou maluca? – Dei ênfase no ‘acha’ mas pelo modo que ele me olhou parecia que se eu não saísse da frente ele iria me derrubar. Agora sim ele estava irritado.

— Tá, entra mas eu te dou cinco minutos pra você falar o que você quer.

Ele entrou, eu fechei a porta e ele ficou me encarando. Parecia estar tentando decidir o que falar primeiro. Olhei para o relógio.

— Quatro minutos e meio agora.

— Tá bom, olha, eu realmente não sei direito o que eu fiz pra você pear tanta raiva de mim, mas eu só queria saber agora como está seu tornozelo.

Ah que tal pelo fato de eu não ter a menor ideia de quem você ou por tudo o que você me contou ser mentira ou por eu ter achado um livro estranho na biblioteca com seu sobrenome?

— Tá doendo. – Agora quem estava ficando com raiva era eu. – Era isso que você queria saber? Ótimo, então tchau.

Ele começou a andar na minha direção com um olhar ameaçador e cada vez que ele chegava mais perto, eu dava um passo para trás, até que ele apoiou as duas mãos na parede ao redor de mim na qual eu nem tinha percebido que tínhamos chegado.

— Você vai me explicar sua antipatia por mim. – Estreitou os olhos e virou um pouco a cabeça para o lado. – Senão eu não saio.

— Me deixa em paz. – Tentei soar ameaçadora também mas tenho certeza que falhei porque minha voz saiu tremida. Por mais que odiasse admitir isso, eu estava com um pouco de medo. Outra razão na minha lista para ficar longe dele.

— Já disse que só saio quando você me explicar. – Ele falou cada palavra bem devagar e pausadamente. Procurei algum modo de como sair dali, mas eu estava literalmente encurralada, quando de repente eu ouço um barulho de carro la fora. Meus pais, finalmente.

Luke se afastou de mim para ver o que estava acontecendo e eu corri até a porta. Quando olhei para trás ele havia sumido. Não havia nem sinal de que ele esteve ali, eu não conseguia entender como isso era possível, mas meus pensamentos foram interrompidos quando a porta de casa se abriu e minha mãe correu para me abraçar.

— Ah filha fiquei tão preocupada, o que aconteceu com você?

— Mãe! Também fiquei preocupada! - Abracei ela e meu pai por um longo tempo. – Mãe, pai, nós precisamos conversar.


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Notas finais do capítulo

Oi de novo!! Comentem se gostaram :)



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