Flower Girls escrita por jovem sonhadora


Capítulo 12
Ensinamento de mãe


Notas iniciais do capítulo

Oláááá pessoas! Depois de uma semana, eu estou de volta! Eu sei que tenho demorado muito para escrever, mas é simplesmente por conta de uma prisão/inferno que todos gostam de chamar "escola". Enfim, ando cheia de trabalhos e lição de casa para fazer, então peço desculpas se eu demorar muito! E vocês podem me cobrar também! Se virem que tá demorando demais para sair um capítulo novo, me mandem mensagem, ok?

O capítulo hoje é meio curtinho comparado aos outros, mas espero que gostem!

Ah, eu só digo uma coisa: "Tretas"

XOXO >—



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Depois daquele dia, em que Suga atrapalhou nossa brincadeira com uma bronca que durou exatamente uma hora e meia, eu e JungKook nunca mais nos vimos. Minha rotina está cada vez mais cansativa, e muitas vezes eu tenho vontade de jogar tudo para o alto, mandar todo mundo ir catar coquinho, e sair correndo novamente embaixo da chuva. Mas, é claro que, eu simplesmente não posso fazer isso, eu assumi um compromisso com a empresa, e tenho que ter responsabilidade.

 Nós continuamos a ensaiar incansavelmente. Então, você me pergunta: O que é que nós tanto ensaiamos? O que eu e as meninas ficamos fazendo o dia inteiro dentro daquela sala de prática? A resposta é muito simples. Nós recebemos um cronograma, que continha todos os nossos horários, desde a hora em que acordamos, até a hora em que vamos dormir (Detalharam até o horário de banho, só para você ter uma ideia). Nesse cronograma, todos os dias eram praticamente iguais:

5:00 – Acordar

5:00 às 6:00 – Tomar banho

6:00 às 6:40 - Café da manhã.

6:40 às 7:00 – Pequeno intervalo.

7:00 às 7:30 – Aquecimento vocal.

7:30 à 13:30 – Aulas de canto e instrumentos (opcional).

13:30 à 14:30 – Almoço.

14:35 às 15:00 – Alongamento

15:00 às 22:00 – Aulas de dança e covers de coreografias.

00:00 – Hora de dormir.

 

Nossos horários eram basicamente esses. Todo dia era a mesma coisa. Chegava a ser maçante. As únicas horas livres eram no café da manhã e no almoço, tirando os pequenos intervalos de descanso. Nunca imaginei que ser trainee era tão puxado!  

Agora, eram exatamente onze horas da noite, e eu era a única que permanecia acordada, o dormitório estava escuro, iluminado apenas pela tela brilhante do meu celular. JungKook não respondeu à nenhuma das minhas mensagens, e eu estranhei o fato. Apenas não comentei com as meninas, pois elas provavelmente me chamariam de stalker paranoica.

Resolvi dar uma volta pela empresa, já que não havia nada mais legal para fazer. Sai de pijamas mesmo (Aquele de galinha), e fui caminhando sem pressa pelos corredores. Passei pelo corredor dos meninos, mas não havia sinal deles. Fui para o refeitório, e encontrei algumas poucas pessoas sentadas, a maioria mexendo em tablets, ou fazendo anotações em pranchetas. Passei por todas aquelas mesas, até chegar a uma porta que continha os dizeres: “Exclusivo para funcionários”. Dei de ombros e entrei mesmo assim, descobrindo em seguida que era uma dispensa, que continha todos os tipos de alimentos possíveis, desde frutas até condimentos. O espaço era pequeno, mas estava cheio de suprimentos. Examinei algumas prateleiras, e achei uma maça ali. A mesma não parecia estragada, então resolvi levá-la comigo em meu passeio. Sai daquele quartinho, fingindo que nada aconteceu, e me pus a caminhar para fora daquele refeitório, enquanto dava uma mordida na fruta.

O único local o qual eu não havia visitado antes, era o estacionamento. E foi exatamente para lá que eu rumei. Mordi a maçã mais uma vez, antes de jogar os restos em uma lixeira próxima à mim, e entrei no elevador. Quando as portas do mesmo se abriram no andar do estacionamento, já estava de frente para os mais variados carros da BigHit e seus funcionários. Mais ao longe, quase do outro lado do estacionamento, pude perceber uma movimentação, e, como eu não sou nem um pouco curiosa, fui até lá, me esgueirando por entre os carros. Escondi-me atrás de um Hyundai Sonata vermelho, e esperei as pessoas saírem de dentro da van, um pouco tensa, já que eu não devia estar ali. Relaxei meus ombros e a tensão se esvaiu quando vi que quem estava ali, eram só os meninos, além de alguns de seus staffs, é claro. Andei em direção à eles, animada.

— Olá garotos! – Exclamei.

— Hey Violet! – J-Hope quase pulou em cima de mim, gritando animado.

— Oi... – Suga respondeu, bocejando logo em seguida. Olhei para os outros, e eles também pareciam cansados.

— O que houve com vocês? – Questionei.

— Acabamos de voltar de um show. – Jimin explicou, enquanto começávamos a andar em direção a saída.  

— Ah. – Foi o máximo que falei. Estávamos quase chegando ao elevador, quando me virei para JungKook. – JungKook, você... – Eu pretendia perguntar se ele havia visto minhas mensagens, mas fui cortada.

— Agora não Violet. – Foi curto e grosso, e possuía uma expressão indiferente no rosto.

— Mas, eu só ia perguntar se... – E, novamente, eu fui interrompida.

— Eu disse que agora não! – Praticamente gritou, voltando a atenção de todos para nós dois. Parei de frente para ele, e todos pararam de caminhar simultaneamente, atentos ao que iria acontecer.

— JungKook, está tudo bem? Eu posso te ajudar. – Eu estava preocupada, nunca o vira agindo desse jeito. Tentei afagar seu braço, como sinal de carinho, mas ele afastou minha mão com um tapa fraco.

— Não, você não pode! – Esbravejou, fazendo uma breve pausa antes de continuar a falar. – Eu estou cansado e não aguento mais ouvir você e sua voz irritante! Me deixe em paz! – Senti meus olhos marejarem, mas essas lágrimas eram de pura raiva. Outro fato inconveniente sobre mim: Eu choro quando fico brava.

Eu até entendo que ele esteja cansado, mas isso não é desculpa para me tratar como tratou. Eu só queria ajuda-lo, o que diabos está acontecendo com ele? E se a minha voz é assim tão irritante, como eu consegui virar trainee aqui na Coreia do Sul? Engoli o nó em minha garganta, e com certa dificuldade, pronunciei:

— Certo, vou te deixar em paz, mas depois não adianta vir me procurar para conversar, e nem para dizer que sente muito!

 Acenei rapidamente para os outros, virando para a direção contrária à deles e querendo sumir dali o mais rápido possível. Mas, antes que saísse do campo de visão dos meninos, pude escutar JungKook gritando:

— Pode ficar tranquila, de você eu quero distância! – Ouvindo isso, e de costas para todos, deixei a primeira lágrima escapar. Será que eu fiz algo de errado? Por que ele está agindo desse jeito? Chacoalhei minha cabeça, no intuito de fazer desaparecer todas essas dúvidas. A culpa não era minha... Era? Afinal de contas, eu só fui fazer uma pergunta, quem gerou todo esse caos foi ele, certo?

Procurei uma saída alternativa dentro daquele enorme estacionamento, e achei uma porta que abria diretamente para a rua. Lá fora estava bem mais frio do que aqui dentro, e eu estava somente de pijamas, mas nem me importei. Eu sou aquele tipo de pessoa estranha que gosta de passar frio. Cruzei os braços e comecei a esfregar as mãos nos mesmos, numa vã tentativa de aquecê-los. A voz de JungKook ainda ecoava em minha mente. Foi uma briga tão besta, que simplesmente começou do nada, e nem eu entendi o motivo para ela ter se iniciado. Sinceramente, eu e ele somos dois idiotas, idiotas a ponto de estragar uma amizade simplista, com apenas uma palavra.

Será que eu poderia chamar aquilo de amizade? Nós nos conhecemos há pouco tempo, e mal nos vemos, era realmente uma amizade? Não sei rotular a nossa relação, mas sei que pelo visto, ela acabou. Sou orgulhosa demais para correr atrás de alguém que me tratou mal... Estou errada?

Eu não sei como JungKook é nesse quesito, mas acho que o mesmo também é orgulhoso demais para admitir que errou ou que exagerou. Não faço a menor ideia do que está passando pela sua cabeça neste instante.

 E foi aí que a minha ficha caiu: Eu não conheço Jeon JeongGuk!

 Podemos até ter feito algumas brincadeiras juntos, mas não sabemos nada um sobre o outro. Eu não sei qual a sua cor favorita. Não sei se ele gosta mais de carros ou de motos. Não sei qual é a sua comida favorita. Não sei que séries e doramas ele gosta. Não sei nem se ele gosta de séries e doramas. E principalmente, não sei os motivos e problemas que o levaram a agir deste jeito comigo.

Somos completos estranhos!

Talvez tenha sido uma boa ideia cortar laços agora, já que mal nos conhecemos. Será melhor do que cortá-los quando uma amizade já tiver se fortificado, não é? Todas essas questões causavam um grande alvoroço em minha mente. Sentia que o tico e o teco (Meus dois únicos neurônios) queimavam, e se contorciam, tentando entender essa situação. A rua estava deserta e vazia, então me dei ao luxo de caminhar para o centro da estrada, e soltar um grito alto e agudo, que provavelmente faria muito mal à minha voz mais tarde. Comecei a pronunciar todos os xingamentos que conhecia em português, em inglês e em coreano, enquanto chutava o ar. Deixei mais algumas lágrimas teimosas escorrerem, mas as enxuguei rapidamente. Se minha mãe estivesse aqui, ela me daria uma bronca. Consigo até escutar sua voz melódica e com um leve sotaque típico do sul, dizendo:

“- Por que choras por tão pouco? Não desperdice lágrimas com coisas tão banais, pois quando você realmente precisar delas, elas já não existirão.”

Sorri com essa pequena lembrança. Eu sinto sua falta mãe... Mais do que você imagina!


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam?? NÃO ME MATEM, POR FAVOR! Eu ainda tenho muito para viver e escrever! Gente, e se vocês tiverem achado essa briga meio "Sem-sentido" me falem, por favor!
O que será que aconteceu com o nosso biscoito doce? :-(
Pessoal, eu já perguntei isso no outro capítulo, mas vou perguntar de novo: Vocês querem ver o ponto de vista de alguma outra pessoa? Se sim, de quem?
Estou perguntando de novo, pois pouquíssima gente deu sua opinião, daí fica complicado!

Espero que tenham gostado! Qualquer erro, me falem! *u*

XOXO >—



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