Minhas Melhores Lembranças escrita por Flamie


Capítulo 4
Finalmente amigas?


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora para atualizar hehe' resolvi demorar um pouco para não ficar nada corrido, espero que gostem e boa leitura.



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— Você cresceu Aoi, quase não te reconheci. – Esboçou um pequeno sorriso ao ver a surpresa da irmã.

— Souta! – Aoi pulou em cima do irmão, abraçando-o fortemente. – Eu estava com tantas saudades.

— Opa. – Souta se desequilibrava um pouco com o salto da irmã, mas logo correspondia o abraço. – Também estava com saudades, por isso eu resolvi vir pessoalmente entregar o dinheiro que o pai te manda todo mês.

— Eles mandaram você aqui para ver como estou? – Soltou-se do irmão, esboçando um fraco sorriso.

— Não exatamente, eu que pedi para vir, Aoi... Sinto muito. – O rapaz colocou a mão sobre a cabeça da irmã, afagando seus cabelos.

— Tudo bem... Entre um pouco para tomar um chá, não está com pressa, né? – Aoi destrancava a porta e fazia um sinal com a mão para que o irmão a acompanhasse.

— Vou aceitar o convite. – O rapaz entrava observando a casa, que era muito bem organizada e espaçosa, a primeira impressão era que Aoi era uma garota bem responsável.

— Daqui alguns dias você faz 18 anos, não é? – Questionou o irmão sentando no sofá enquanto olhava para irmã na cozinha.

— Vai ser nesse domingo, mas como não tenho amigos vou passar sozinha de novo. – Aoi deixava o bule com a água sobre a boca do fogão aceso e aguardava ferver. – Você sabe melhor que ninguém como é minha memória e personalidade, Souta, eu não quero mais magoar ninguém. – Baixou a cabeça, levemente entristecida.

— Mas nunca tivemos esse problema, por isso sempre nos damos bem, porque em nossas brigas eu sempre era o inocente, e apenas por esse motivo não consegue jogar erros na minha cara. – Coçava a bochecha com o dedo indicador. – Mas eu sempre te perdoei, por que não tenta dar uma chance para felicidade, Aoi? Você é uma garota especial, alguém vai aceitar esse seu jeito.

— Não é tão simples assim mano, eu já tentei e não deu certo. – Suspirou levemente. – Apenas com você consigo ficar tranquila, não preciso ficar sendo tão indiferente. – Aoi pegou o bule e o deixou sobre a mesa, após pegou duas xícaras brancas no armário, acompanhadas de saquinhos de chá de hortelã. Despejou a água cuidadosamente sobre as xícaras mexendo os saquinhos até o chá finalmente ficar pronto. Caminhou até o irmão, entregando uma das xícaras e sentou ao seu lado. – Como está sua mulher e minha sobrinha?

— O nome dela é Ana, não vem com desculpa que esqueceu porque isso está fora de cogitação, ainda mais com você. – Souta riu, tomando um pequeno gole do chá. – As duas estão bem, qualquer dia venho trazê-la para uma visita.

— Tanto faz, ela ainda é uma mulher. – Revirou os olhos, tomando um gole do chá.

— Você continua uma pequena malinha, pelo visto. – Souta terminava seu chá rapidamente e deixava sobre uma mesinha a sua frente. – Muito obrigado pelo chá maninha, mas agora preciso ir porque tenho que buscar a Anri na casa dos nossos pais.

— Tudo bem, mande um beijo para minha sobrinha. – Esboçou um pequeno sorriso.

— Pode deixar... e antes que eu me esqueça. – Retirou um envelope do bolso e jogou sobre a mesa da cozinha. – O dinheiro do mês, se cuida Aoi e faça amizades, hein? – Acenou rindo e retirou-se da casa brevemente.

— Fala como se fosse fácil. – Revirou os olhos e suspirou. – Agora vou tomar uma ducha e esperar aquela doida.

Aoi guardou o envelope na escrivaninha em que estava seu diário, as xícaras foram levadas até a pia e após caminhou até o banheiro. Demorou alguns minutos até finalmente a garota sair com apenas uma toalha branca cobrindo parte de seu corpo, então caminhou até seu guarda-roupa analisando as vestes que usava para dormir.

— Hum... Não vou usar camisola com aquela sem vergonha aqui, hoje vou vestir um pijama comum. – Aoi pegou um par de peças íntimas brancas, uma calça rosa e uma blusa de botões também rosa. A garota deixava os cabelos soltos após terminar de se trocar, seus óculos ficavam sobre a mesinha no centro da sala. – Parece que assim está bom. – Dizia, olhando para o espelho, mas logo desviava o olhar quando escutava algumas batidas na porta. – Deve ser a doida. – Caminhou até a porta e ao abrir viu Marie na sua frente, vestindo uma camisola azul, tênis brancos como calçados, e com uma sacola de mercado em mãos.

— Oi baixinha, trouxe algumas coisas para a gente comer. – Dizia balançando a sacola, sorrindo. – Tem sorvete, salgadinhos, chocolates, refrigerantes e...

— Você veio de camisola pela rua? O que você tem na cabeça? – Questionou Aoi, apontando para própria cabeça enquanto aguardava uma resposta.

— Ué, da nada. – Marie dava de ombros como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo. – Não é como se fosse para chamar atenção.

— Porque estou com o pressentimento que é totalmente o inverso... – Estreitava os olhos enquanto olhava para Marie.

— Impressão sua e... Porque ta com esse pijama sem graça? Ta tampando seu corpo inteiro. – Questionou Marie, fazendo um pequeno bico.

— A intenção é essa sua sem vergonha, agora entra logo que está frio. – Aoi dava um pequeno espaço para Marie entrar.

— Como você é chata... – Marie entrava, caminhando até o sofá  e deixando a sacola sobre a mesinha no centro. – Hoje vai passar um filme de suspense na TV chamado Sobrenatural, vamos ver juntas. – Batia palmas algumas vezes, empolgada.

— E-Eu prefiro um filme de comédia, não gosto de filmes de suspense, porque tenho pesadelos depois e não consigo esquecer. – Dizia Aoi com o rosto levemente ruborizado.

— Own’ mas que gracinha, a Mari está aqui contigo, então não há o que temer. – Dizia Marie sorrindo.

— É exatamente você que eu tenho que temer! Vou buscar um cobertor, então enquanto isso guarde os sorvetes para não derreterem.

— Yes, milady. – Marie sorriu e levantou-se para realizar o pedido da amiga.

Não demorou muito para Aoi voltar do seu quarto com um cobertor em mãos ,enquanto Marie já estava sentada no sofá com um pacote de salgadinho aberto em mãos e a TV ligada.

— Venha que o filme já começou. – Dizia Marie concentrada no filme.

— Ok. – Aoi sentou em um canto do sofá distante de Marie e jogou uma parte do cobertor que era grande o suficiente para as duas.

— Hey! Por que está longe de mim? Eu não mordo, sabia? – Questionou Marie olhando para Aoi, um pouco confusa.

— Porque eu não quero e não to nem aí se você morde ou deixa de morder. – Aoi virou o rosto na breve tentativa de ignorar alguma resposta de Marie.

— Se quiser ficar tomando susto de longe e aumentar as chances dos pesadelos serem piores...– Dava de ombros. – Fique aí, então.

Aoi olhou de relance para Marie e olhou para TV onde passava o filme, então logo se aproximou da garota levemente corada.

— Não encosta em mim e dá um pouco desse salgadinho. – Disse Aoi, estendendo a mão.

— Você quem manda. – Respondeu Marie rindo e esticando um pouco o pacote para que Aoi pegasse o alimento.

Passando alguns minutos do filme, Aoi já estava com medo e isso podia ser notado facilmente apenas de olhar para ela. Aproveitando a situação Marie usou um dos braços para abraçar a garota que não fez nada para contrariar.

— Está com medo? – Questionou Marie rindo desviando um pouco da sua atenção do filme.

— Claro que estou, não sei por que me deixei levar para ver esse filme. – Continuava olhando para o filme, mas quando chegava uma cena de suspense fechava os olhos brevemente.

— Talvez porque quer me conhecer melhor. – Piscou para Aoi esboçando um pequeno sorriso malicioso.

— Hein? N-Nada haver, isso só faz parte da promessa e... – Aoi olhava para Marie com o rosto completamente vermelho.

— Hum... – Marie foi aproximando seu rosto ao de Aoi com os lábios bem próximos.

— Não faça is... – As palavras saiam suavemente da boca de Aoi com certo receio, mas foi interrompida pelo beijo de Marie que era prolongado em cada momento que estava para acabar. Ao se afastarem algumas lágrimas escorriam pelos olhos verdes de Aoi, o que deixava Marie um pouco confusa.

— Nossa, foi tão ruim assim? Achei que era um bom momento. – Coçava a bochecha com o dedo indicador, um pouco decepcionada.

— Não é isso sua idiota, é que agora eu não consigo mais te expulsar da minha vida. – Aoi ao mesmo tempo em que chorava, esboçava um pequeno sorriso.

— Isso quer dizer que... – Marie colocava uma das mãos na boca surpresa e ao mesmo tempo feliz, prevendo a resposta.

— Que estou gostando de você e me odeio por isso, mas você será infeliz comigo, Marie... – Baixava a cabeça ainda chorando. – Desculpa, desculpa, eu me iludo muito fácil e você não me vê como nada além de uma garotinha solitária na qual quer ser amiga e...

Marie abraçou Aoi, deixando a cabeça da jovem sobre seu peito enquanto com uma das mãos afagava seus cabelos.

— Não precisa falar nada agora, vamos apenas terminar de ver o filme e conversar depois ta? – Esboçou um pequeno sorriso e beijou suavemente a cabeça da garota.

— Ta... – Aoi levantou os olhos verdes para visar o rosto de Marie e aconchegou-se em seus braços voltando a assistir ao filme, dessa vez junto a ela.


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Notas finais do capítulo

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