When Love Comes Around | h.s. escrita por Emmy Alden


Capítulo 17
"Chicago, Chicago, I'll show you around..."


Notas iniciais do capítulo

hola
chicos



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Tínhamos chegado em Illinois e agora estávamos bem próximos da cidade de Chicago.

Minha mãe nasceu em Chicago e passou a infância e boa parte da adolescência ali. Até que seus pais resolveram se mudar para a Califórnia. 

Meu pai e ela se conheceram em uma festa de faculdade apesar de que a matrícula do meu pai só valia para o semestre seguinte ao dela. Minha mãe estudara Literatura, meu pai, Publicidade.

Eles viraram amigos instantaneamente devido ao amor em comum pela fotografia. Era possível eles terem um foto minha guardada por cada ato de respirar meu desde que nasci.

Meu pai me contava que sempre foi apaixonado pela minha mãe. No momento em que ela sentou no lugar ao seu lado no sofá onde estavam as únicas pessoas ainda sóbrias da festa, ele soube que era ela. Já minha mãe estava presa demais à vida dela e a um antigo namorado em Chicago. No último ano de faculdade , ela comprou uma passagem e arrumou as malas uns dias antes da formatura.

No dia anterior à viagem ela recebera um convite de casamento do seu  antigo namorado... com a melhor amiga dela.

Mamãe disse que pensou que iria ficar triste ou com raiva, mas ela ficou de certa forma aliviada. Aliviada como se tivesse tirado o peso do mundo de suas costas. Ela queria conversar sobre aquilo, mas meu pai, a única pessoa em que confiava, estava ocupado com um trabalho de conclusão de curso.

Eles costumavam ir para a aula juntos então ela esperaria até o próximo dia para desabafar com alguém. Na manhã seguinte, cinco minutos antes do horário em que meu pai costumava passar na frente da casa dela, mamãe recebeu uma mensagem de papai pedindo para que ela abrisse a janela.

E lá estava ele, com o maior buquê que ela já tinha visto e atrás deles, bem na frente da casa dela, um outdoor luminoso perguntando se ela iria ao baile com ele.

O resto não é muito difícil de concluir. Eles foram ao baile, namoraram, casaram tiveram uma filha e foram felizes para sempre. Bem, é claro que esse para sempre durou até o dia do acidente.

"Você não ficou com raiva quando descobriu que seu pai e minha mãe estavam juntos?" Harry perguntou quando eu finalizei a história com um suspiro profundo.

"Com raiva? Eu não diria raiva, diria que fiquei um pouco chateada no começo. Imaginar meu pai com uma mulher que não fosse a minha mãe  era quase impossível na minha mente. Porém no fundo eu sabia que era o melhor para ele e fiquei feliz por isso." respondi voltando ao dia em que meu pai me contou que estava namorando.

"Eu não vou mentir que raiva era muito pouco para definir o que eu estava sentindo." Harry batucou os dedos na janela. "Minha mãe já tinha namorado outros caras depois que se separou do meu pai e todos eles foram pior ou igualmente um pesadelo como o meu pai. A história dos meus pais não chega nem de longe ser tão romântica quanto a do seus pais. Não consigo me lembrar de um momento de trégua da guerra entre eles."

A cara que ele fez quando disse isso me fez querer segurar sua mão (que estava perigosamente próxima a minha no câmbio) junto com a minha e o fazer se sentir melhor.

"Posso te garantir que meu pai não faz esse tipo." eu disse e engoli a seco  eliminando aquele pensamento. Sorri para ele e ele sorriu de volta. Aquele era o primeiro momento que olhávamos diretamente um para o outro depois do acordo que fizemos de esquecer tudo o que aconteceu.

"Eu nunca tive um exemplo de amor incondicional em casa ou em círculo de amigos. Talvez ele nem exista, quero dizer, talvez exista, mas nunca há reciprocidade." eu franzi a testa. "Talvez estejamos destinados a amar incondicionalmente e não sermos correspondidos."

Eu fiquei em silêncio tentando não pensar muito sobre suas palavras, apesar de apreciar esses momentos em que Harry aparentemente deixava suas barreiras no chão.

"Todos, sem exceção, viverão um amor recíproco pelo menos uma vez na vida. Todos merecem isso." eu disse finalmente.

Ele riu ironicamente.

"Essas coisas só acontecem em livros, Aster. A vida real é bem mais dura." ele disse olhando pela janela quando paramos num semáforo.

Silêncio.

"Por que você não vai atrás dela?" minha garganta ficou seca. "Digo, da garota de quem você gosta de verdade."

Ele me olhou como se tudo isso fosse muito mais complexo do que eu poderia imaginar.

"Digamos que eu a encontre um dia, o que eu diria? Olha, faz uns mil anos que nos conhecemos e nos beijamos, mas eu nunca te esqueci? Então ela cairia em meus braços e diria que sente o mesmo? Isso não funciona como um contos de fadas para mim. Nem todos têm a mesma sorte que você." ele disse num tom seco.

Bam! As barreiras voltaram.

"Olha, eu não queria te chatear, okay? Eu só..." minha voz falhou e ele respirou fundo passando a mão no cabelo.

"Não precisa se desculpar, eu só não gosto de falar sobre isso." sua voz estava mais suave, mas eu apenas assenti com a cabeça e voltei a dirigir. "Eu não quis ser rude com você."

Meu celular tocou. Número desconhecido.

"Quer que eu dirija enquanto você fala?" Harry ofereceu e eu aceitei.

Parei em uma vaga e trocamos de lugar enquanto eu atendia a ligação.

"Alô?"

"Alô, eu gostaria de falar com a senhorita Aster Margareth Duchassel." disse a mulher do outro lado da linha.

"Aster, sou eu. Em que posso ajudar?" eu perguntei meio incerta.

"Ah, ótimo, meu nome é Maureen e eu trabalho na editora CA Books de Lakeport." eu franzi a testa. "Recebemos uma indicação de uma pessoa próxima a  nós, também recebemos um e-mail com alguns de seus textos e temos interesse em conhecê-la."

"Mas eu não mandei texto algum. Poderia me dizer de onde vieram essas indicações?" perguntei confusa.

"Me informaram que uma delas foi uma senhorita chamada Alice e a segunda foi um contato pessoal do meu chefe, eu teria que perguntar o nome quando ele chegar." ela parecia decepcionada de não poder me dar a informação completa.

"Tudo bem." eu disse meio incomodada por meus textos estarem em mãos desconhecidas sem o meu consentimento.

Nós agendamos uma conversa para dois dias depois à minha chegada em Lakeport e eu ainda estava meio desnorteada com tudo aquilo.

Ela me passou o endereço do local e nos despedimos.

"Tudo bem?" Harry perguntou enquanto eu ainda assimilava toda aquela informação.

"Sim. Tudo bem, eu acho." ele olhou para mim.

"Quem era?"

Dei de ombros e comecei a contar a história para ele.

"CA Books é uma das vinte editoras que mais lançam best-sellers do país e a segunda maior na Califórnia". Concluí. Era aceitável eu estar afetada.

"Hm... isso é bom, não é?" Harry desviou de um carro que andava devagar quase parando na nossa frente.

"Sim, é ótimo, mas..." eu soltei meu corpo sobre o banco.

"Mas você gosta de ter tudo planejado do seu jeito. Sem surpresas." ele afirmou  me surpreendendo pelo fato de ele saber tão bem como minha mente funcionava.

Eu apenas confirmei com a cabeça e disse:

"Não me entenda mal, não quero parecer uma ingrata ou algo do tipo." me justifiquei.

"Não estou te julgando" ele sorriu piscando para mim e eu sorri de volta.

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Notas finais do capítulo

AGRADECIMENTO ESPECIAL PARA : liss11 que favoritou a história, espero que esteja gostando *-*

hey loves,

como vcs estão? espero q muito bem.

esse capítulo foi bem paradinho, mas n quis deixar de atualizar de novo e mais : GREAT TIMES ARE COMING (adianto q já tenho uns capítulos prontos no meu caderno ;) )

Deixem seus comentários, sugestões, ideias etc.....

Não se esqueçam de votar/favoritar e indicar para os amiguinhos.

Leiam Também meu outro amorzinho : Dance With Me (Original/Finalizada)

amo vcs

xx



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