Chiquititas - Innocence escrita por Geovanna Danforth


Capítulo 11
Sumiço




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—Acorda Laurinha... bora logo...

Abri os olhos e quase não consegui mantê-los abertos, Adriana estava sentada ao meu lado me chamando com uma cara de sono absoluto.

—A gente tem que arrumar a casa. Levanta daí antes que a Soraya venha te chamar...

—Deus que me livre...

Bocejei e sentei na cama.

— Não demora. _ Disse ela e saiu.

Minha vontade era de voltar a dormir, mas não podia. Fui ao banheiro escovar os dentes, depois voltei ao quarto pra vestir uma roupa velha pra começar a trabalhar; nem tomava banho agora, só depois; eu sabia que depois de limpar a casa inteira eu estaria fedendo e precisaria de um banho novamente, então...

Abri minha gaveta e lembrei rapidamente da carta! Eu sabia que a gente, ou melhor, Adriana iria ler só depois mas eu queria olhá-la novamente; comecei a revirar as roupas.

“Não.” Ecoavam meus pensamentos.

Eu sabia que havia caído no sono no exato momento em que me joguei na cama, já que a festa tinha acabado tarde, mas me lembrava perfeitamente da noite passada, de ter colocado as folhas na gaveta... mas agora, eu tinha apenas uma resposta.

— Não. _ murmurei. _ Não_ falei novamente entredentes enquanto Adriana entrava no quarto.

— O que foi Laurinha?

Ela olhou minhas mãos e percebeu meus dedos afincados nas roupas bagunçadas. Olhei para as roupas e depois para ela.

— Não acredito. _ Sussurrou ela. _ As folhas... sumiram?

Aquilo não foi uma pergunta pra mim.

Foi uma afirmação.

CH

Ficamos sem saber o que fazer. Como as folhas poderiam ter sumido tão de repente? Tinha que haver uma explicação.

Adriana foi falar com Tiago, quem sabe ele poderia ter pegado a carta pra examinar; eu continuei ali parada, pensando... Tiago não havia pegado as folhas, ele era muito educado e sempre vinha falar comigo quando queria alguma coisa... se alguém havia pegado as folhas, esse alguém não gostava de mim.

Levantei e fechei a gaveta com força, quando saí do quarto dei de cara com a outra peste: Maíze.

— Ai! _ gritou ela. _ Vê se repara por onde anda!

— Vê se repara você! _ falei também_ Não tá precisando de óculos, não?

Maíze me olhou de cara feia e saiu de nariz empinado em direção a escada principal. Me virei para subir à escada que dava pro andar dos meninos.

“Epa,” disseram meus pensamentos, “só pode ter sido ela!”

Soraya não entraria no meu quarto porque não ia se atrapalhar com isso, mas Maíze, mesmo com a cara de estúpida era muito sagaz.

Andei atrás dela e segurei seu braço antes que ela pisasse num degrau.

— Foi você, não foi?!

—Eu o quê?!

—Foi você que entrou no meu quarto? Sua mal educada!

—Esse quarto não é só seu, é da Adriana também! _ falou ela cheia de si, sendo que aquilo não tinha nada a ver!

— Me responde logo! Foi você que mexeu nas minhas coisas? _ falei olhando em seus olhos assustados. Maíze revirou os olhos e respondeu:

— Sim, fui eu, algum problema?

Grunhi.

—Sua enxerida! _ A empurrei contra a parede e lhe dê um enorme beliscão. _ Isso é pra você aprender que não se deve mexer nas coisas dos outros!

— Ora, ora... quem melhor que você poderia dizer isso, não é Laurinha? _ Parei. _ Tanto que mexer nas minhas coisas deve ter sido algo extremamente fácil pra você...

A voz de Soraya arrepiou os pelos dos meus braços e quando ela me tocou estremeci; ela me segurou e me forçou a olhar pra ela.

— Eu sabia que havia sido você! Garota estúpida!

Na mesma hora vi Adriana e Tiago descendo as escadinhas, eles ouviram os gritos enquanto Soraya me puxava para o andar de baixo.

— Me solta! Malvada!

Os outros nos seguiram enquanto ela me arrastava até a porta do quarto que ninguém usava. O quarto que havia sido de Suelen e Suely.

—Larga ela! _ disse Adriana.

—Era só o que me faltava, outra imbecil! _ resmungou Soraya.

Adriana veio tentar me puxar e acabou recebendo um tapa de Soraya, Tiago a sustentou quando ela caiu.

— Por que faz isso Soraya? _ disse ele com os olhos suplicantes.

— Saiam daqui! _ rosnou ela me puxando pela orelha, me empurrou pra dentro do quarto e fechou a porta.


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