Inocência Felina escrita por Ta1ga, OhhTrakinas


Capítulo 1
One shit


Notas iniciais do capítulo

Peguem algo pra beber, boa leitura ♥



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–Espera um pouco, Aomine-kun! - pedia alto Kuroko, com três sacolas do mercado em uma mão, e a outra segurando o guarda-chuva transparente, tentava acompanhar um certo pirralho que tinha conseguido fugir do seu colo. O pequenino se empolgara tanto com a chuva que saiu correndo nas águas com alegria e naturalidade. O azulado lamentava pelas roupas molhadas, e pelo blunette em si também, “tinha acabado de dar banho, poxa...”.

Em meio á correria, Tetsuya lembrou-se de como estava uma noite chuvosa quando o encontrou abandonado dentro de uma caixa, era sortudo, pois estava coberto, o frio era gostoso mas arrepiante, se recusava á imaginar uma criança morrendo no estado em que Daiki estava, teve a obrigação de o levar para casa.


Só não tinha a mínima ideia de como aquelas genéticas misturadas a de um pantera surgiu em seu corpo, era de uma extrema fofura, mas também tentava entender a formação de tudo aquilo. E claro, não deixava as pessoas o verem em público de jeito nenhum, a liberdade era precisa, mas o medo era maior, era praticamente seu filho. A sorte era que a rua estava vazia por conta da chuva, que começou á pesar.

– Tetsu, seu lerdo! - este corria mais do que devia, mas pela provocação, Kuroko finalmente conseguiu alcançar o marrento, o colocou de volta em seu colo. - Chato... - murmurava Aomine.

– Nunca mais… faça isso, seu… - deu uma pausa prolongada para respirar, seu fôlego nunca fora daquelas. - Pirralho…

“Além de me fazer gastar o dobro do necessário por birra, ainda me dá um susto desses…” Ás vezes ele pensava se o moreno não fazia isso só pra o matar de ataque, pois conseguia com sucesso.

Ahh, Aomine era uma graça quando era mais novo. Kuroko o achou quando ainda era um bebê. A medida que foi crescendo, a criança ficou mais astuta e mais curiosa. Balançava sua cauda com frequência, batendo em móveis e objetos, quebrando alguns. Pulava de sofá em sofá sem medo de cair. Pulava na cortina e a escalava, arranhando o pano.

Kuroko já perdeu a conta de quantas cortinas teve de comprar por causa do pequeno moreno.

Quando finalmente chegaram em casa, Kuroko pôs a criança no chão e as compras também. Aomine, que estava todo molhado, começa a se remexer, fazendo seu cabelo, orelhas e sua calda, espirrar água para todos os cantos.

–Não faça isso, Aomine-kun! –O azulado maior pôs suas mãos nos ombros alheios. –Tire suas roupas e vai direto tomar banho. –Disse.

–Tá! –Respondeu com um sorriso imenso, mostrando seus pequenos caninos. O garoto começou a se despir rapidamente, ficando completamente pelado e saindo correndo em direção ao banheiro.

–Aomine-kun, não corra! Hunf... –Kuroko respira fundo, o moleque não conseguia fazer nada sem correr ou fazer bagunça. Totalmente imperativo.

Tetsuya pega as compras do chão e vai até a cozinha, começando a organizar tudo. Ainda era cedo, não era nem meio dia ainda. Olhou para a janela da cozinha e viu que as nuvens pesadas de chuva estavam se afastando. Sorriu aliviado, pelo menos assim, mais tarde, Aomine poderia brincar no quintal, onde tem espaço, ao contrário da sala, onde quebraria tudo.

Enquanto colocava algumas coisas na geladeira e separava certos alimentos para fazer o almoço, Kuroko escuta um barulho vindo do banheiro.

–Ahh droga, por que eu ainda deixo ele fazer as coisas sozinho!? –O azulado sai da cozinha correndo, indo em direção ao banheiro.

Quando abriu a porta, viu que o banheiro estava todo encharcado, e uma certa criatura com o chuveirinho na boca, se esparramando no chão molhado de um lado para o outro, parecendo mais um cachorro do que um felino, brincando com a água. Dava para ver que a criança tentava arrancar o chuveirinho da parede.

–Aomine-kun! –Kuroko chamou sua atenção, fazendo ele se levantar bruscamente, e cair novamente por causa do chão escorregadio. –Eu disse para você ir tomar banho e não ficar brincando!

–Testu, chato! –Gritou o garoto moreno, balançando a calda e esbarrando-a em alguns shampoos.

–Depois vou ter que arrumar toda essa bagunça... –Suspirou. –Vai, entre no chuveiro e vamos tomar banho!

–Nhaaa~ -Aomine abriu a boca e murmurou em desgosto. –Não quero tomar banho.

–“Nhaa”, nada... Você já está aqui, não reclame.

Kuroko banhava o garoto de baixo do chuveiro. Depois de alguns minutos lutando para manter o garoto imperativo quieto pelo menos na hora do banho, ele finalmente termina. Aomine se esquiva de Kuroko que estava com a toalha na mão e sai correndo em direção a casa, começando a correr nu e molhado entre os móveis.

–O Tetsu não me pegaa! –Cantarolava divertidamente.

–Aomine-kun, para de correr! Esta molhando tudo!

Distraído, Aomine acaba tropeçando em uma bola de basquete que estava no meio da casa, seu brinquedo preferido. Ao ver a bola, ele desiste completamente de correr, e pula em cima da mesma, começando a mordê-la.

–Ahh, te peguei! –Kuroko praticamente se joga em cima do garoto, o enrolando na toalha. –Por que você tem que ser tão bagunceiro, eim?

–Tetsuoohh~ -A criança inflou as bochechas, sentindo o maior esfregar a toalha em todo o seu corpo.

–Se você não ficar quieto, não vou deixar brincar lá fora! –Disse seriamente. –Veja, a chuva já parou.

Ao escutar aquilo, Daiki olha pela janela da sala, e vê que a chuva realmente havia parado... Sem contar que adorava brincar no quintal.

–Tá bom! –Concordou com Kuroko, iria ficar quieto.

Depois que Tetsuya finalmente terminou de secar Aomine e por sua roupa, a criança voltou para a sala correndo e pegou sua bola de basquete, partindo para o quintal.

Odiava o fato dele ser tão impaciente e apressado, tinha uma mania idiota de deixar cada dois degraus -sim, dois!- enquanto literalmente pulava das escadas, era toda vez obrigado á correr tropeçando pelos corredores, o acompanhar sempre fora uma tarefa horrível. Mas dessa vez, enquanto desciam (corriam), virou com tudo e sem cuidado, deu de cara com uma pessoa enorme que conseguiu segurar a velocidade do seu corpo, com o peitoral bem malhado. Esmagou seu nariz, o sentia formigar e latejar ao mesmo tempo.

– Kuroko, tudo bem? Foi mal! -O azulado por um instante sentiu medo, se aliviara quando viu que era seu companheiro, Kagami Taiga. - Estava subindo pra sua casa! Que pressa é essa? - disse rindo.

– A pressa não é minha -Corou enquanto acariciava o nariz vermelho, sem querer conseguiu sentir o perfume do ruivo. - É do Aomine-kun... Cadê ele?

– Já deve estar no quintal, eu trouxe o Kise! - agora mais calmo, Tetsuya foi descendo normalmente como gente. - Sinto que eles não vão se dar bem, será que irão brigar?

– E por que não, Kagami-kun?

– Brigar?

– Não! - "Lerdo" - Porque que não vão se dar bem?

– Ah, não sei. Aomine é bem extrovertido e marrento, já vai atacando com tudo, sabe? Kise é tímido, se esconde atrás de alguma coisa quando conhece alguém que nunca viu.

– Que fofo.

– ... - Sorriu, após o encarar. - ... Né?

Chegaram no quintal tranquilos, viram a cena do loiro se escondendo atrás de uma pequena árvore, sem muita bagunça. Kise Ryouta, a criança também tinha a genética de um felino, pelo o que Kuroko conseguia identificar, era uma onça.

Os olhos de ouro encaravam curiosos a figura do moreno com a bola em mãos, eram maravilhosos, conseguiu ver que ele lacrimejava, por isso a do brilho dourado e conseguia ver mesmo de longe, mas espera. Lacrimejando?

– Que foi, Ryouta? - Taiga logo foi ver o que era, se ajoelhou e acariciou os fios loiros. - Vai lá brincar com ele!

– E-Ele... J-Jogou a bola... em mim... - o pequeno agarrou a blusa do ruivo.

– Aomine-kun! - o repreendeu, Kuroko. - Isso é verdade?

– Sim, eu joguei! Ma-Mas era pra passar a bola, sabe? Falei pra ele pegar!

– Bateu na cabeça! - Ryouta tomou coragem.

– Foi sem querer! D-Desculpa!

– Mas... - O azulado interrompeu a discussão.

– Desculpa ele, Kise-kun. Só queria jogar um pouco de basquete - Este pegou a bola do blunette delicadamente, que ia protestar contra, mas o olhar zangado do maior o impediu de falar. Agachou e deu a bola pro loiro, que brilhou os olhos. - Toma, gosta de basquete?

– Sim!! Eu vejo o Kagamicchi treinar todo dia! - Kise mal conheceu o Kuroko e já estava amando ele, como era um rapaz gentil! - Um dia quero voar que nem ele! Parece um anjo! - Kuroko riu do ruivo ao lado, que afundou seu rosto na mão, vermelho de vergonha.

– Então, vamos jogar?

– Mas... Eu não sei, sou muito pequeno, vocês são grandões... - Quando se deu conta que falou com um desconhecido tão naturalmente, voltou para a árvore e se escondeu, mostrando somente uma metade do corpinho e um pouco do rosto.

– Não tem problema - Sorriu vendo a reação, caminhou até o menino e bagunçou seu cabelo. - Meu nome é Kuroko Tetsuya, prazer!

–P-prazer... –Disse meio acanhado.

Aomine até então se mantinha quieto, apenas observando a tal cena em sua frente. O que diabos estava acontecendo? Por causa daquele loiro idiota o Kuroko estava se afastando dele! Via o carinho imenso que Tetsuya tinha pela criança “onça”, e via como o pequeno o encarava. Seus olhos amarelos brilhavam.

O moreno sentiu algo estranho no peito. Um instinto selvagem... Se sentiu ameaçado.

–SAI DE PERTO DO TETSU! –Gritou o Daiki, correndo em direção ao Kuroko. Foi extremamente violento quando empurrou Kise e se jogou em cima dele, levantando uma de suas mãos com as unhas um pouco grandes e metendo no rosto do loirinho.

Um arranhão foi desferido na bochecha da pequena criança de pele clara, que sentiu a ardência na hora. Além da dor, viu a expressão que o outro fazia; estava assustador... Não demorou muito para se escutar os gritos agudos de Kise, seguidos de choro alto.

Kuroko correu em direção as duas crianças, pegando Aomine pelo corpo o afastando de Kise. Kagami pegou o loirinho que não parava de chorar e o envolveu em seus grandes braços, afundando o rosto do pequeno loiro em seu pescoço. Kuroko tentava conter Daiki que se remexia em seus braços, balançava constantemente suas pernas, seus braços e sua calda.

–Aomine-kun! O que pensa que está fazendo!? –Disse o azulado o reprovando.

–O TETSU É MEU! MEU! SAI DE PERTO DELE!!! –Dava para se perceber que Aomine estava fora de si. Parecia que seus instintos até então adormecidos de um grande e feroz felino, havia acordado. Os pelos de sua calda estavam arrepiados e suas orelhas estavam pra cima. Daiki rosnava e mostrava seus caninos.

Aquilo de certa forma deixava Kuroko assustado, pois até então nunca havia o visto daquele jeito.

Num baque de consciência, Aomine para de se mexer de forma repentina. Ele encara Kise que chorava, e Kagami que tentava o acalmar. E depois encara Kuroko, que olhava para si com olhos, além de extremamente reprovadores, um pouco assustados.

Alguns segundos em silêncio o peito de Aomine começa a subir e a descer rapidamente, sua respiração estava descompassada. Seus lábios começam a se entortar e seus olhos encharcam. Lágrimas abundantes contornam seu rosto, mas o choro era mudo. Mais uma vez ele se remexe nos braços de Kuroko, conseguindo escapar.

–Aomine-kun, volta aqui! –Disse Kuroko, indo correr atrás dele, mas logo se lembra de que Kagami estava lá.

O azulado olha para Kagami com um olhar meio preocupado, mas o ruivo lhe devolve um sorriso gentil.

–Não se preocupe, só foi um arranhão, logo sara... Vá atrás dele, Kuroko. Ele precisa de você.

E sem dizer mais nada, o azulado segue o conselho de seu parceiro, correndo em direção ao seu prédio.

Aomine subia as escadas rapidamente, mas não percebeu quando foi alcançado por Kuroko, que no meio da escadaria, pega em seu braço e o obriga a parar.

–Aomine-kun, chega disso! –Disse Kuroko, o fazendo lhe encarar. Viu que o moreno estava com as bochechas um pouco rosadas, e a boca não parava de tremer e fungava bastante. Parecia que Aomine se recusava a chorar.

–Por que fez aquilo? –Perguntou com calma, olhando em seus olhos.

–M-me de-desculpaa~ *snif*

–Não é a mim que deve pedir desculpas, é a Kise-kun! Você machucou ele, Aomine-kun... Agora me diga, por que fez aquilo!?

–Eu... Eu... –Fungou mais uma vez. –E-eu vi que você estava dando muita atenção pro K-kise e... E você estava se esquecendo de mim! –Daiki falava alto, um pouco desesperado. –Eu via como o Kise te olhava, eu... eu...

–Calma Aomine-kun, calma... –Kuroko já entendera todo o desespero do menor. Era ciúmes, puro ciúmes. Para tentar acalmá-lo, Tetsuya se aproxima do menor abaixando-se ficando da sua altura, e lhe dando um abraço apertado.

Quando Aomine sentiu o abraço um tanto reconfortante de Kuroko, afundou seu rosto na curva de seu pescoço e fungou várias e várias vezes, deixando suas lágrimas molharem o ombro alheio.

–Não deveria ter ciúmes de Kise-kun... Ele só veio aqui hoje apenas para nos visitar. Quem cuida dele é o Kagami-kun, assim como eu cuido de você. E eu não trocaria ninguém por você Aomine-kun... Porque você é muito importante pra mim.

Daiki balança a cabeça positivamente, estava mais calmo e respirava com normalidade. Havia entendido as palavras de Kuroko e se sentia mais aliviado.

–Agora vamos descer de novo, e quero que peça desculpas ao Kise-kun...

–Heh? –Perguntou o pequeno, um pouco surpreso. –Não quero! –Fez bico.

–Vai sim senhor! Você machucou ele, sabia? Ele ficou extremamente assustado!

–Tsc... Tá bom, tá bom...

Os dois deram as mãos, e desceram novamente, indo se encontrar com Kagami e Kise.

Estavam frente á frente, Aomine e Kise. O loiro estava com os olhos inchados, o arranhão com um bandage e um pouco afastado do blunette, ainda assustado, fazendo ele se arrepender de verdade, em sentimentos.

– ... - Daiki realmente não sabia como pedir desculpas, pois mesmo depois de ser aceito, sabia que ainda não conseguiria jogar com o loiro, pois tinha certeza que ele ainda estaria bastante chateado; Sim seu objetivo de jogar com Kise ainda estava de pé. Correu até a bola, que até então estava jogada no meio do quintal, e voltou com ela, agora aproximando-se com cuidado. Ficou hesitante sobre sua ação, mas realmente queria reatar com ele. - Tó!

– Hmn? - Kise trombou a cabeça pro lado, em dúvida.

– Eu te dou... - A oncinha simplesmente não acreditou. – Desculpa.

– ... Mesmo?

– Mesmo.

– Mesmo, mesmo?

– Mesmo, mesmo.

– ... - Brilhou os olhos dourados e pegou a bola, pra depois a colocar no chão delicadamente e o abraçar por cima dos ombros, praticamente se jogando, Daiki surpreendeu-se com o ato carinhoso. - Obrigado, Aominecchi!

"Aominecchi?"

– Aomine... - O ruivo bagunçou os cabelos do blunette, com uma certa força. - Mas é um marrentinho mesmo! Tem certeza?

– Sim! - O respondeu com tontura, pela violência realmente desnecessária que Kagami tinha nos simples atos. - Vamos jogar?!

– Vamos! Todo mundo! Eu também quero aprender! - Disse Ryouta, claramente animado.

Todos foram correndo jogar, o espírito harmônico do momento, o quintal que tinha um verde extremamente agradável, o frio gostoso que fazia pós chuvas e o momento único de divertimento que estavam tendo, fizeram Kuroko e Kagami esquecerem dos problemas, todos eles, e depois de um tempo, em um instante qualquer, distraíram-se do jogo com os pequeninos e selaram seus lábios em um beijo calmo. Sorriram felizes em seguida.

Só não prestaram a devida atenção de que: Os meninos estavam olhando.

– Kagamicchi...

– T-Tetsu... ? - Disseram juntos, ambos com o rosto extremamente vermelho.

– Ah... - Taiga não sabia o que fazer, estava sem reação. - Isso é bom ou ruim? - Era um idiota, não fazia ideia.

– Quando duas pessoas se amam, fazem isso, é completamente normal - Sorria enquanto falava, Kagami se tranquilizou ao ver que eles entenderam o recado. Continuaram jogando até tarde, fingindo que aquilo não aconteceu.

Se despediram e foram para seus lares, Kuroko nunca mais queria ver Aomine daquele jeito, quando ele atacou Kise, ficou realmente assustado. Não queria imaginar como iria ser quando crescer e acontecer a mesma coisa, o mesmo sentimento, o mesmo ataque de ciúmes. Evitaria isso ao máximo.

Chegou em casa, cansado, tanto pelo basquete quanto pelas escadas, pagava por todos os seus pecados com ela, subindo e descendo. Incrível como Aomine não conseguia parar quieto um segundo sequer, deitou no sofá e deixou-se ofegar por meros segundos. Sentiu o blunette se aproximar.

– Tetsu...

– Hmn? - Tomou controle da respiração. - Que foi?

– Aquilo que você fez com o Kagami... - O moreno hesitou antes de falar, ajoelhou e se apoiou no sofá com as mãos. - O beijo...

– Sim? - será que ficou com ciúmes? Essa não.

– Você faz aquilo... Com as pessoas que você gosta?

– Ama - O corrigiu. - Não se faz com qualquer um, a pessoa tem que ser única pra você, especial. E só se faz com quem você ama de verdade...

Aomine não disse mais nada, corou um pouco por meros instantes pela explicação, tão bem feita e profunda, quanto desnecessária. Kuroko apoiou as costas da sua mão em cima dos olhos, descansando, e aí foi quando Daiki tomou coragem e se aproximou do azulado, selando seus lábios em um toque macio e tímido. Tetsuya desacreditou, arregalando os olhos, sentia seu rosto esquentar violentamente. "Ele fez mesmo isso??"

Ficaram em silêncio por segundos, e o maior parou para pensar de como o beijo foi inocente e carinhoso, disse aquelas palavras com o intuito de passar outra forma de afeto, se bem que o toque não fora tão ruim.

– A-Assim? - O pantera estava visivelmente envergonhado também.

– ... - Não iria repreender uma ação tão puritana, seria rude. – Isso... - O toque delicado em seguida não foi de nenhuma surpresa, sabia que ele iria gostar, era ousado e iria tentar novamente. Então apenas cedeu, trocaram os beijos por alguns instantes, não passavam de simples selinhos, o que de mal tem?

– Ha... - Suspirou o menor, com o coração acelerado, estava um pouco nervoso pois sabia que apenas "Gente grande" fazia essas coisas. - Te amo, Tetsu!

O coração deste falhou uma batida, se derreteu com a declaração inocente vinda de uma criança. Se sentou no sofá e o sentou em seu colo, pra em seguida beijar na testa e finalizar o afeto.

– Também te amo, Aomine-kun - Encarou o ser envergonhado e sorridente á sua frente. - Vamos dormir? Já está tarde.

– Vem comigo... né? - Daiki morria de medo de escuro.

– Claro!


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