Isso é Amor? escrita por Letícia Silveira


Capítulo 8
Cretino - POV Jane




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/67214/chapter/8

 

Cretino – POV Jane

 

Eu estava na aula de biologia, receosa pelo Alec que estava sentado ao lado da Annie, a cantante dele. Ele ficou encarando-a de um jeito estranho, um brilho no olhar, cuja eu nunca tinha visto antes.

- MERDA! – Ele disse (leia-se: gritou!) no meio da esplicação do professor. Todos os alunos, menos eu, cairam na gargalhada e o professor ficou vermelho de raiva, como se fosse esplodir.

Alec me olhou pedindo ajuda com o olhar, mas eu estava boiando no assunto. Por que ele estava com aquele brilho  no olhar era a pergunta que não queria calar.

- Alec Denali. Saia da minha sala! – O professor disse, batendo o pé. – AGORA!

- Mas senhor eu não fiz nada. – Ele disse encarando o professor.

Nossa como o meu irmão era inteligente! Sim, eu fui irônica - adoro humor negro.

- Você usou um vocabulário inadequado num momento inadequado, gritando de uma forma inadequada! Isso basta? – Disse o professor baixinho e careca, vulgo nome eu esqueci.

- Aonde é a diretoria, professor? – Alec perguntou redendo-se. Mas eu, se fosse ele, estaria feliz de sair da aula, ainda mais tendo um sangue tão apetitoso ao seu lado.

- Segunda porta a direita. – Ele disse e voltou a dar a sua aula. Alec pegou o seu material, deu uma última olhada na sua companheira de laboratório e sorriu. Que porr* é essa? Ele saiu e parecia triste. Agora eu tô mais perdida do que um pato em um galinheiro. Não estou entendendo bolhufas. Aff, odeio ficar por fora.

A aula passou mais rápida e logo chegou a hora mais nojenta do dia: a hora do almoço. Eca, esses humanos se atracam na comida como se fosse o ar pra respirar. Bem que nem isso eu preciso muito. (Piada interna, adoro!)

Encontrei Alec encostado numa viga do refeitório, com apenas uma maça e uma água na sua bandeija.

- E aí? Que que foi aquilo na aula de biologia? – peguntei como quem não quer nada, mas na verdade eu estava me remoendo de curiosidade por dentro.

- Jane, eu te conheço, você deve estar louquinha pra saber. – Ele disse olhando ao longe, ainda com aqueles malditos olhos brilhando. Mas que ‘m’, porque ele tinha que me conhecer tanto justo agora!

- Tá bom, Alec. Mas me explica. Porque tu ficaste tão triste ao sair da sala? Ou o porque que você gritou um palavrão do nada, no meio da sala de aula!

- Jane. – Ele gemeu. – Eu  não quero explicar. Não quero tocar no assunto.

- Alec, então promete me responder uma pergunta? Não tem nada a ver com a aula, mas com o presente, agora.

- Tá bom, prometo.

- E vai ter que cumprir, hein?

- Tá, tá.

- Por que você está com esse bendito brilho no olhar, Alec Denali?

- Jane, não. – Ele sussurou e sua voz transmitia a dor que ele sentia.

- Você prometeu. Fala logo.

- Vem, vamos pro pátio então.

Fomos pra lá e ele estava vazio, todos estavam no refeitório.

- Eutonado. – Ele disse rápido e eu não entendi nem o inicio, nem o meio nem o fim.

- Replay, por favor. – Eu falei revirando os olhos.

- Eutôapaixonado. – Ele disse, mas não mudou nada pra mim.

- Alec, de maneira clara e audível até para os vampiros, por favor.

- Eu... – Ele engoliu seco.

- Você?

- Eu tô... – ELE TÁ TREMENDO, É ISSO QUE ELE TÁ.

- VOCÊ ESTÁ... DÁ PRA CONTINUAR? – Eu gritei, ja estava de saco cheio de um vampiro gago.

- Eu tô apaixonado.

Pera aí que eu vou acudir a puta que pariu na esquina e depois eu volto. Ah é, esqueci de tentar morrer também.

- MAS QUE PORR* É ESSA, ALEC?

- E olha que ela nem sabe de tudo. – Ele sussurou baixinho, esquecendo que eu também era uma vampira.

- Conta tudo, VAI!

Eu ainda estava em choque, mas a minha raiva falava mais alto e eu parecia uma estressadinha de TPM, pra quem me visse. Imagina uma guria, bem loira e branca, esperniando e gritando com o seu irmão que é uma cabeça maior que você no que diz respeito a altura.

- Jane, em casa, por favor. A gente tem que  ir pra aula, já bateu.

- Tudo bem, mas quem é a cretina premiada, cretino? – Perguntei me rendendo.

- Não te interessa ainda. Pensei que até já soubesse.

Essa frase ficou ecoando na minha cabeça. Pensei que até já soubesse. Tinha que ser alguém que eu já conhecia. Uma vampira que nós conhecessemos. Mas quem? Muitas já tem o parceiro ideal e as outras ficaram em Volterra. Será que ele se apaixonou pela Heidi? Ou a Brittany? NÃO A BRITTANY NÃO! (N/A: Pra quem não lembra, a Brittany é a ‘concorrente’ da Jane, a nova queridinha do Aro.)

- ALEC DENALI, VOCÊ NÃO ESTÁ APAIXONADO PELA BRITTANY, ESTÁ? – Eu perguntei (gritei) furiosa.

- Não, Jane. Pode ter certeza que você se surprenderá. – Que medo dessa frase. Quem pode ser pra me surpreender? Do nosso clã, a Carmen tem o Eleazar, a Kate tem o Garret, cuja nunca vi, e a Tânia... A TÂNIA NÃO TEM NINGUÉM!!!!!!!!!!!!!!!!!

- ALEC DENALI, VOCÊ ESTÁ APAIXONADO PELA TÂNIA? – Tá eu admito que eu até gostaria de tê-la como cunhada, mas ele é o meu único irmão e eu não vou aceitar isso.

- Não, Jane. Cruzes.

- Como assim: Cruzes? Ela é bonita, divertida, legal..

- Mas eu acho ela muito sínica, OK?

- Tá. Mas quem é? Eu não volto pra aula sem saber! – Eu disse birrenta, admito.

- Então, tchau. – Ele disse e saiu sorrindo. MAS QUE CRETINO, FDP (desculpa aí, mamãe)!

Ai, mas ninguém faz isso com Jane Denali. Admito que Jane Volturi era muito mais assustador!

Batendo o pé, eu fui pra aula, sem o menor saco pra isso. Fiquei pensando que, se não era uma vampira que ele se apaixonou, quem era? Não tinha mais quem poderia ser. O Alec está muito estranho. Primeiro, ele sofre o poder da cantante. Acho que ele não queria ir a aula. Depois ele vem, me fala que está apaixonado e sai sorrindo, sem mais nem menos, indo pra aula. Só teria um motivo pra ele ficar feliz de ir na aula. Se ele está apaixonado por uma aluna no colégio. Mas não pode ser, eu só vi humanas aqui, além de mim. E se ele estivesse apaixonado por uma hum... Não, não posso nem pensar na hipótese. Mas quem será?

E pensando em coisas como estas, eu passei o resto dos períodos de aula, que eram, para o meu azar, todos diferentes dos de Alec. Eu fui correndo na velocidade humana para o estacionamento, afim de fazer as zilhões de perguntas que vagavam pela minha mente. Não aguentava mais essa curiosidade. A coisa que eu sempre mais odiei era ficar curiosa. Ah, e não me darem atenção, mas isso agora não importa.

Cheguei próxima ao carro e, para a minha tristeza, Alec não estava ali ainda. Procurei com os olhos, se ele estava no pátio. O avistei conversando com uma garota. Espera, ela não é... A ANNIE! A LA TUA CANTANTE DELE! AI MEU DEUS! O QUE O GURI TÁ FAZENDO? ELE TÁ QUERENDO MATÁ-LA? SÓ ISSO EXPLICA!

(Pensamentos obscuros da Jane: ele deve estar a  convidando para sair, desaproximar da população e matá-la. Só isso explicaaa!!!!! Ai, mas a guria burra deve ter caído nessa de ‘quer sair comigo’. Espera Jane, finge que não viu, o Alec tá vindo, rápido, devia o olhar! P.s.: eu não sou louca, tudo bem?)

- Oi Jane! – Ele disse alegre, já abrindo o carro, porque ele estava com a chave.

- Por que essa felicidade espontânea assim? – Perguntei, não aguentei de curiosidade. Nem com a minha super audição eu consegui ouvir o que ele conversava com a Annie! Eca, que nome nojentinho, parece de patty. (N/A: Desculpa aí quem se chamar Annie, o que eu acho meio incomum, mas só a Jane acha isso, eu acho um nome meigo e fofo, sério, não é pra puxar saco)

- Tô apaixonado, esqueceu? Eu não preciso de um motivo pra ficar feliz! (N/A: Ownnn, que fofo!) – Ele agora deu pra mentir.

- Tá bom, Alec. Mas agora desembucha, quem é a sortuda? – Perguntei. Já estávamos quase chegando em casa.

- Quando a gente chegar em casa eu conto, para todos! – Ele disse, ainda com um maldito  sorrizinho na face de anjo. Ai, mas esse aí engana bem.

- Ali tá a casa, ALEC! Agora desembucha! – Falei brava e apontando para a casa que se encontrava um pouco a frente.

- Só se você prometer não ir lá espancá-la ou matá-la de algum jeito! Concorda? Aliás, promete?

- Tá bom, fala logo.

- Só quando a gente entrar! – Ele disse rindo da minha cara que deveria estar tipo de um serial killer.

Ele logo desligou o carro e eu corri pra dentro de casa e gritei, mesmo não precisando, um básico ‘Reunião aqui em baixo’.

Tânia e Carmen desceram uma ao lado da outra, com cara de apavoradas, temendo pelo pior é claro. Alec também percebeu e logo disse:

- Calma, eu não matei ninguém, ao contrário. – Ele disse rindo. Juro que ele estava rindo por qualquer coisa e isso já está me irritando!

- Então o que houve? – perguntou Eleazar, vindo do gabinete que havia no primeiro andar.

- O ALEC SE APAIXONOU! – Eu gritei, farta dessa situação. – AGORA FALA ALEC, POR QUEM?

- A Annie. – Ele sussurou e deu um passo pra trás. Acho que estava com medo da minha reação. Espera, quem é Annie? Não, não pode ser a ..

- A HUMANA? A LA TUA CANTANTE? QUAL É, VAI DAR UMA DE RETARDADO CULLEN? COMO É QUE VOCÊ SE APAIXONOU POR UMA HUMANA? VOCÊ TEM MERDA NA CABEÇA? SÉRIO, O QUE EU FIZ PRA MERECER UM IRMÃO COMO VOCÊ? TÁ EU PEQUEI, MATEI, ROUBEI  E TALS, MAS ISSO É DEMAIS, DEUS! ALEC DENALI, ASSIM EU VOU TE DESERDAR! – Gritei e fiquei desabafando mais uns minutos, claro que eu estava falando sozinha.

- Jan, querida, acalme-se. – Disse Carmen que veio me abraçar.

- Alec, eu concordo com a Jane. Você só pode ter merda na cabeça, que nem Edward. – ela disse o nome com rancor, um caso claro de dor de cotovelo. (N/A: Bem feito Tâniazinhaa, Bellaward forever)

- Tá, eu não pedi nada disso, Ok, maninha? – Alec disse em tom de ironia. Ai, mas ô irmão mal agradecido que eu tenho. Resolvi revidar.

- AIIIIIIIIIIIIIIIIIIII! – Alec gritou de dor, ao eu usar o meu poder nele. Uma de nossas promessas era eu nunca usar o meu poder nele, mas ele pediu e eu só fiz o que ele quis.

- Jane pare! Nós não queremos ter que expulsa-la de casa. – Choquei. Logo desfoquei o meu olhar de Alec e olhei para a pessoa cuja havia dito aquilo: Carmen. Nunca imaginei que ela diria algo assim. – Desculpe querida, mas nós somos uma família e família não machuca família.

Eu comecei a soluçar. Eu iria perder a minha família. E se eu não quisesse teria que aguentar um irmão reclamão dizendo que precisa ir caçar todos os dias e depois aturar ele dizendo ‘como irei viver assim? ‘ Se bem conheço o meu irmão. Eu não vou viver esse inferno de vida! Subi correndo as escadas e me tranquei no meu quarto querendo pensar. Quem quisesse entrar que arrancasse a porta! QUE ‘M’ DE VIDA! Queria que fosse tudo normal. Eu, o meu irmão, longe daquela humanazinha, mas nos alimentanto de animais, com uma família... Eu só conheço um clã que viveria assim: OS CULLEN! Claro, a gente vai viajar pra lá próxima semana!!!!!!! COMO EU NÃO PENSEI NISSO ANTES?

-  TÂNIAAAAAAAAAAA! – Desci as escadas gritando e pulando, como se você uma dança de comemoração.

Todos que estavam na sala, que não eram muitos, se viraram para me encarar.

- Eu sabia que ela era bipolar. – Alec sussurou e eu me limitei a mandar um olhar mortal em direção a ele.

- Vamos adiantar a viajem aos Cullen, Tâninha... Por favor – Fiz a minha carinha de gatinho do Shrek.

- Mas, próxima semana já está pertinho. – Tâninha burrinha disse. Ela pelo menos não captou as minhas intenções.

- Mas, hoje é segunda, e a gente viajaria sábado, pra vocês não faltarem a aula.

- Mas vamos então quinta de tarde! Eu e o Alec só perderíamos aula sexta.

- Mas sexta eu tenho biologia com a Annie. – Dito isso, eu revirei os olhos. Isso era só uma prévia do que eu teria que aguentar.

- Eu vou ver, Jane. Mas por que você quer ir mais cedo ver os Cullen? Sendo que eu nem sei se eles lhes perdoaram já. – Tânia disse e depois fez uma careta.

E agora, o que eu respondo?

Jesus me acuda! Eu preciso de ajuda!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comente?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Isso é Amor?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.