Isso é Amor? escrita por Letícia Silveira


Capítulo 5
Discussões - POV Jane




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COMO ASSIM? O ALEC VAI ESTRAGAR TUDO! ELE NÃO É FORTE O BASTANTE PARA NÃO MATAR A ANNIE!

 

Minha visão se pintou de vermelho, eu não conseguia focar em mais nada, apenas no meu irmão me olhando com a face horrorizada! Eu não conseguia acreditar naquelas palavras. A Annie é a minha. A la tua cantante dele! Como isso? AI MEU DEUS! POR QUE ISSO ACONTECE COMIGO? ELE SÓ PODE ESTAR BRINCANDO!

 

-VOCÊ O QUÊ???????????????????????????????????????? – Eu gritei, MUITO alto, mas não estava nem aí. Ele colocaria tudo a PERDER! Maldita Annie... ARGHHH! QUE RAIVA!

 

-Jane. – Sussurou ele, mas eu continuei estática, ele não estava brincando. Aconteceu. Nós não teremos mais família, seríamos nômades nojentos e não seremos amados. Eu sou carente tá bom? Eu sempre quis atenção e Aro foi o único que me deu. Mas depois veio aquela Brittany! Raiva! Eu sabia que ele poderia botar esses seis meses a perder. Nós perderíamos o que conseguimos com o colégio, não posso dizer amigos... mas perderíamos a única coisa que eu sempre quis, nunca consegui: a nossa humanidade. O que restou dela, depois de matarmos tantos humanos. Não acredito! O Alec irá matar a humana e a gente irá se dividir! APOSTO QUE ELE VAI VOLTAR PROS VOLTURI E OS DENALI CONTINUARÃO A ME ACOLHER! EU IREI PERDER O MEU IRMÃO E A CULPA É DELE!

 

Quando me dei conta, estava com aas mãos na cabeça e com uma feição horrorizada. A única coisa que me prendia aos Volturi era o Aro (que não liga mais pra mim) e o meu irmão e agora eu perdi os dois. Ou irei perder...

 

[N/A: só pra deixar claro que a Jane não sabe que o Alec não atura mais os Volturi, OK? Se lembrarem do primeiro cap, o Alec não fala pra irmã que também quer ir embora, porque não aguenta mais os Volturi. Beijos, desculpa interromper.]

 

-ALEC DENALI, VOCÊ FEZ O QUE??????????????????????? – Eu gritei novamente, nada mais importava! O ALEC ERA O MEU IRMÃO E EU NÃO POSSO PERDE-LO!

 

- Jane, os human... – Mas eu não queria mais ouvir ele. Eu caminhei lentamente – corri na velocidade humana, posso dizer – e deu um tapa com a maior força que consegui reunir. Eu não usaria o meu poder nele, porque eu não tinha coragem de fazer isso com o meu irmão. Mas esse tapa foi bem merecido! Bem feito, desgraçado! NINGUÉM IRÁ DESTRUIR A MINHA VIDA PERFEITA! Se os Denali souberem que ele matou uma humana o banirão da família e ele voltará para os Volturi! Eu não quero isso pra mim! Aro foi o meu pai durante muito tempo, mas agora era Eleazar, qu eu tanto odiei quando ele passou um tempo conosco.

 

Só então eu perebi que todos humanos nos encaravam horrorizados pelo grande  barulho que ecoou ao eu dar o tapa em meu irmão. Repentinamente, senti uma mão gelado agarrando o meu braço e eu fui arrastada para fora do refeitório. Eu já sabia o que aconteceria: nós teríamos uma conversa séria, ao estilo de Alec Volruri! Sim, não ao estilo Alec Denali, o bonzinho que não mata humanos, mas sim o Volturi frio e nojentinho que o meu irmão era. Claro que ele era  muito melhor como quem se tornou e aquele antigo Alec me assustou. Ele me encarou seriamente e olhei pra trás, para ver a reação dos humanos. Eles apenas nos olhavam horrorizados e logo vi o diretor do colégio abrir caminho entre os estudantes e nos olhar, já sabia o que viria: suspensão. Apenas por causar tumulto, porque na verdade ele não viu a bofetada que eu dei no Alec. O mesmo sussurou no meu ouvido um rapido ‘vamos a pé’ e lá fomos nós. Estávamos andando próximo a estrada, quando o silêncio foi cortado pela encantadora voz do Alec, que estava sombria.

 

-Você tem noção do que você fez? Era o nosso primeiro dia de aula e agora somos duas aberrações! – Ele disse, fitando o chão.

 

-Alec, você irá arruinar a minha vida! VOCÊ NÃO PODE MATAR A GAROTA SÓ PORQUE O SANGUE DELA LHE ENFEITIÇA! – Eu gritei, meio preciptada.

 

-Eu não disse que iria matá-la. Não sei se percebeu mais sou mais forte do que isso. Ela corou e passou mais de cinquenta minutos ao meu lado e eu não a ataquei, apenas sofri. – Ele sussurou, com uma cara de dor ao lembrar da ardência na garganta.

 

-Alec, eu.. – eu precisava me desculpar com ele, mas ele me interrompeu.

 

-Jane, entenda. Eu acho que algo foi mais forte dentro de mim, para mim não ter matado aquela indefesa humana. – Eu estava prestes a perguntar o que era aquilo, mas ele entendeu e respondeu a minha pergunta silenciosa. -  Não sei, a achei tão perfeita, bonita e delicada, não quis arruinar a vida dela... – Ele me pareceu pensativo quando hesitou – Tambem não queria arruinar a nossa vida, tudo o que você sempre quis, mana. Eu não irei estragar tudo isso e espero que não se precipte novamente, pois acho que deveremos nos mudar agora.

 

-Desculpe, meu irmãozinho! – O abracei. – Mas eu acho que não deveríamos estragar a vida dos Denali. Melhor continuarmos aqui.

 

- Eu sei, querida Jane, mas eu acho que os humanos se assustaram conosco. O melhor seríamos nos mudar, não quero que eles descubram o nosso segredo.

 

-Nem eu, Alec, nem eu... Mas não posso fazer nada para mudar isso.

 

-Vamos na escola amanhã e claro, eu irei caçar hoje e depois veremos o que foi que me impediu de avançar na humana. Depois, se eles tiverem desconfiiado de algo nós nos mudamos. – Alec disse firme.

 

-Ok! Agora vamos caçar, não gosto de vê-lo com dor.

 

-Claro, J! – Ele disse e eu dei um sorriso colgate. Adorava quando ele me chamava de “J”.

 

Um tempo depois...

 

Já era noite e estávamos em casa (eu adorava aqui, mas gostava de chamar de casa dos Denali, pois nós éramos intrusos na vida deles) e era hora de contarmos para os Denali o ocorrido na escola. Eles diriam que não era nada de mais, um tapa no meio do refeitório, pois eu e Alec combinamos que não contaríamos sobre o la tua cantante.

 

- Eleazar, Tânia, Carmen, precisamos conversar. – Kate ainda estava viajando com Garret.

 

- Concordo Alec, o diretor ligou dizendo que vocês provocaram um tumulto. Que tumulto foi esse? Vocês não... – Eleazar falou e eu sabia que ele continuariam por mataram um humano. Ele ainda desconfiava da gente, o meu novo pai... – Bem, o que vocês fizeram?

 

-Nós tivemos uma discussão só isso. A Jane discutiu comigo por causa de eu não ter sentado com ela na aula de Biologia, que nós tínhamos juntos esse período e ela me deu tapa que eu achei que vocês tinham ouvido daqui. Ela bateu com força. Ai.. – Alec disse colocando a mão na bochecha, e massageando-a. Bom saber que eu o machuquei. Com esse pensamento eu dei um sorrisinho sínico pra ele, mas eu estava era muito triste por ter mentido para a minha nova família que nos acolheu com tanto amor.

 

-Foi só isso mesmo? – Eleazar indagou desconfiado.

-Claro, papai. – Eu disse sorrindo e ele sorriu ao ver que o chamei carinhosamente.

-Está bem, mas Jane controle o seu ciúmes infantil, OK? Não quero ter que me mudar ainda. – Disse a chata da Tanya. Foi ela que praticamente nos obrigou a ir para o colégio (mesmo eu querendo isso). Ela quase nos expulsou de casa, acho que ela ainda guardava mágoa de sua irmã, Irina. Tá bom, eu não acho, TENHO CERTEZA. A primeira semana aqui ela praticamente não passou em casa. Carmen disse que ela iria visitar os Cullen em breve, achava que na próxima semana,mas não tinha certeza. Eu queria visitá-los, pois lá eles frequentam o colégio e queria conhecer algumas experiências humanas deles, devem ser engraçadas. Imagina aquela aberração da tal do Montro do Lago Nessie, ela deve estar do meu tamanho! Aff, aquela guria deve ser mais mimada do que os filhos do Brad Pitt. Mas enfim, isso me deu uma ideia de como eu me aproximaria da Tânia.

-Tudo  bem, me controlarei. E também quero me apegar a família, afinal eu sei que vocês tem primos! Que tal eu e o Alec viajarmos próxima semana com a Tânia e visitarmos os Cullen? Afinal, eles são os nossos primos, não são? – Perguntei e olhei para Alec que estava encarando algo em cima da lareira, ou só vegetando. (N/A: lembram da foto em cima da lareira? De quem era?) Olhei para Carmen e Eleazar e os dois encaravam Tânia que encarava Alec que encarava aquela bendita parede, sei lá. Tânia parecia com ódio, mas parecia estar tendo uma briga interna em si. Achei aquilo estremamente bizarro. Se era por causa da irmã dela, passou-se é passado! Morreu não tem como ressuscitá-la. Aff –‘ Esse silêncio também me irrita!

-Podemos? – Insisti.

-Queria a única que lhe dará permissão ou não será a Tânia. Então querida, você levaria Alec e Jane com você na viagem?

-Cla-claro. – Ela gaguejou e subiu as escadas, acho que iria para o seu quarto.

-Então Alec, vamos conhecer os nosso primos próxima semana! – Eu disse explodindo de velocidade. Girei graciosamente pela sala, afinal, minha família iria aumentar. Minha vida havia mudado radicalmente nos últimos meses. Listei em voz alto: - Eu tenho uma família que eu amo! Tenho primos desconhecidos, mas que não são tão desconhecidos assim. Tenho uma prima que deve ter a minha idade... – Eu iria continuar, mas Alec me interrompeu:

-Espera! Que prima Jane? Você, fisicamente, tem apenas quinze anos! – Ele disse, ainda encarando a bendita parede, que que tem ali afinal?

-Eu sei, Alec! E a minha prima deve ter uma idade assim também! Na verdade, ela já deve ter parado de crescer, mas assim como o Nahuel, aquele amazônico bonitão, ela deve aparentar uns dezessete ou dezoito anos! Estou tão emocionada! A aberração que eu quis matar um dia – DETALHE - é a minha prima agora! Hsuahsuahsuahs – Eu ri.

- Ãããã... – Alec não disse nada com sentido, apenas murmurou palavras intelígiveis, onde eu apenas detectei uns As ou Os. – Re... Renesmee? – Ele pronunciou o nome daquela aberração e apontou para a parede que ele não parava de encarar. Ah! Ele não encarava a parede, mas sim um retrato. Me aproximei e vi. Eram os Cullen e havia uma menina ruiva, com tons dourados em seu cabelo que se encontrava perto de Isabella e Edward Cullen.

-Essa é a Renesmee, Carmen? – Perguntei, e a invejei. Eu sei que não deveria, mas às vezes a gente faz coisas que não queremos, não é mesmo?

Eu não consegui rejeitar o sentimento de inveja. Era tão forte... Os pais dela a amavam a cima de tudo, assim como ela era adorada por vampiros de todo o mundo que quase se sacrificaram para salvá-la. Ela tinha uma família instável, com vampiros bonzinhos, mas maus ao mesmo tempo. Tinha ainda aqueles transmorfos bizarros com ela, que também quase se sacrificaram por causa de uma ABERRAÇÃO! Por que a vida dela tinha que ser perfeita? Droga!

-É sim! A um ano que ela completou o seu total crescimento. Ela aparenta ter dezessete anos, mas passa por dezoito ou até mesmo dezenove. Ela é muito linda e seus olhos são da mesma cor do que os da mãe quando humana. Ela irá começar a frequentar a faculdade daqui a pouco. Edward está eufórico, apenas não aceita o seu relacionamento com o Jacob, só porque ele é um cachorro eu acho. – Carmen respondeu pensativa. Alec parecia engasgado com alguma coisa, mas como um vampiro poderia se engasgar?

-Mas ela tá namorando um cachorro? – Eu perguntei indignada.

-Sim, ela e o Jacob são um casal muito fofo, mesmo ele fedendo. A última vez que os visitei os dois não namoravam, mas andavam pra lá e pra cá juntos, e vi que eles eram inseparáveis.. – Eleazar disse com a mesma expressão de Carmen, pensativo.

- A... a.. – Alec tentou dizer, mas novamente apenas fez murmúrios, até que falou a maior besteira d sua vida. – Hummm. – É ele falou ‘hummm’, mas o pior vem agora.  – Jane, eu acho que devemos contar a eles que eu estou sob o encantou de La Tua Cantante. – Carmen olhou pra ele com uma expressão chocada, enquanto eu tremia de nervoso. Ai, Meu Deus, eu sou a vampira mais franga da face da terra. Eu tremendo de medo... você deve estar rindo, mas a única coisa que eu realmente temo é perder esta família, a minha família...

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Pode parecer confuso esse cap, eu sei, mas voces entenderao no proximo o porque do nada o Alec falar aquilo e também tudo o que ele sentiu ao ver o recado. E nessa ultima parte, apenas imagine a Jane tremendo tanto quanto o Jake, ou qualquer outro lobo, rsrs. Reviews?



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