Isso é Amor? escrita por Letícia Silveira


Capítulo 22
Confidência - Narrador Onisciente


Notas iniciais do capítulo

Hola, personas bellas que yo quiero *-* hehehe TEMOS UMA HOMENAGEADA NESSE CAPÍTULO:
A TNIASVCD, QUE RECOMENDOU A FIC!
-
Depois de um ano sem recomendações... Sabe o que é ficar carente? Pois é... :X
Então comentem e recomendem mais e façam uma pessoa carente mais feliz *-* Espero que gostem do capítulo de hoje com direito à DECLARAÇÃO e b... #nãopossofalar ;D
Besos a las personas más bellas que existen en ese mundo! :*
P.s.: tava no Uruguai. KSPOAKSOAK E lá tinha uma casa com uma árvore dentro... #VocêsVãoEntender



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/67214/chapter/22

http://imageshack.us/photo/my-images/109/ieacapa22.jpg/

Narrador Onisciente

Alec só reparara no tempo em que perdera quando viu que não havia alternativa. A Renesmee sempre estaria em primeiro lugar para si, pois amar era abrir mão de algo para dar lugar à felicidade. Ele fá-lo-ia distorcidamente, pois não era a sua felicidade a que ele daria lugar, mas sim à de Renesmee.

“Se eu sou capaz de matar-me por ela, devo ser capaz de viver longe dela... Por ela”, concluiu ele após pensar seriamente sobre o assunto.

Quando pensam em faculdade, dizem que é muito difícil decidir algo que mudará o seu futuro. Alec queria rir de um passo tão pequeno como aquele. O dinheiro, que às vezes leva à profissão escolhida, é tão superficial que uma pessoa não pode querer ser bem tratada caso assim eleja um trabalho. Superficialidade levaria, então, à superficialidade.

Todavia, esta não era a questão. O motivo de tal era que Alec não queria deixar-se levar pelo dinheiro... No caso, a sua maior ambição. E Renesmee, cumprindo tal papel, não deveria conduzi-lo ao mau caminho.

Salvá-la era uma obrigação, render-se era uma consequência. Amá-la era uma virtude, sofrer era um efeito contrário. Assim como há o claro e o escuro, havia o lado bom e o ruim para Alec. Contudo, não se é possível caracterizar o escuro e o claro. Qual seria o melhor? Para uma planta, seria o claro. Para um morcego, seria o escuro. Como escolher algo tão relativo?

Se ele resolvesse salvar Renesmee, Jacob tê-la-ia, e Alec ver-se-ia preso à sua mãe para a eternidade. Se ele não o fizesse, poderia confrontar a sua mãe e, talvez, torturá-la. Não o queria, porém. Escolheu, pois, a via mais fácil, de rápido acesso e de maior eficiência.

Desistir da própria felicidade seria como assinar o respectivo atestado de óbito. Porém, o fato de viver eternamente deu-lhe esperanças. Talvez ele apenas sofresse em meio a ilusões, pois nunca morreria de dor. E era um alívio pensar que tal aperto no coração não o mataria.

Por fim, Alec resolveu entregar-se aos braços gélidos de sua mão em vez de fazê-lo nos mornos membros de Renesmee. Todavia, pensar que não se despediria fazia-o sentir-se vazio. Precisava, portanto, tê-la mais uma vez em seus braços.

Dando um passo, ainda tendo a distância de um para alcançá-la, murmurou com uma voz arrastada, cansada e oca:

– Eu darei mais um passo caso me permita vê-la mais uma vez... Sem um mínimo ou máximo de tempo... E isso necessita ser às sós.

Eram simples exigências que fariam o seu corpo aquecer-se. Pelo menos, a faísca de esperança reacender-se-ia; e o seu coração, também.

Ivy tratou, no entanto, de pensar duas vezes antes de decidir algo. O seu filho parecia tender a uma possível luta; deveria, pois, amar muito a mestiça. Uma despedida não poderia, contudo, machucar ninguém. Era uma ótima troca.

– Claro. – Afirmou sorrindo-lhe, enquanto aproximava-se ainda mais do vampiro. – Vamos lá, meu filho. Volte aos braços que tanto o acolheram no passado.

Era verídico. Alec não podia negar que, em sua vida humana, ela ajudara-o muito. Tinha muito carinho pela sua mãe, desejava o seu melhor. Por isso, andou lentamente o seu último passo e passou a abraça-la reciprocamente.

Procurou, então, esquecer-se de todos os seus atuais problemas. Amava a sua mãe mesmo com todas as loucuras que ela cometera e que ela cometeria ainda. Sabia que o homicídio do seu próprio marido transformara-a em algum mentalmente desequilibrado; porém, a sua mente não era o seu coração. E Alec amava-a mesmo assim. Era, afinal, a sua mãe.

Os braços eram gélidos, mas acolhedores. Ele não sentia, enfim, a mudança de temperatura. Entretanto, devido à enorme saudade que despertou em seu peito adormecido, ele sentiu-se em seu devido lugar. Afinal de contas, o vampiro pertencia àquele lugar.

– Por mais que eu esteja odiando essa situação, eu te amo, mãe.

Ivy emocionou-se a ouvir tais palavras e, antes que se demonstrasse emocional demais, tratou de afastar-se. Odiava demonstrar a sua própria fraqueza. Não havia coisa mais feriável ao orgulho do que isso.

– Vamos ir até a híbrida então. – Murmurou baixo, sentindo a sua garganta fechar-se. Queria chorar de emoção; porém, o seu corpo não a permitia. Congelar no tempo tinha, portanto, os seus malefícios.

Alec seguiu-a pela floresta adentro reparando bem no caminho turbulento, que tomavam com a velocidade vampiresca. Ele não pôde evitar o sorriso em sua face assim que tratara de lembrar o abraço de sua mãe e a futura reaproximação de Renesmee. O que lhe importava, realmente, era que ela estivesse sã e salva.

Ao avistar uma pequena cabana já nos arredores da fronteira americana com o Canadá, Alec não se arrependeu de ter chamado a respectiva mãe, mentalmente, de louca. Ela só poderia estar em tais circunstâncias para abrigar alguém em uma casa de madeira velha e sem teto. Dentro da casa, saía uma enorme árvore verde e alta. A casa, vergonhosamente abandonada, parecia ser antiga; e a árvore obsoleta apenas comprovava isso.

Alec fitou a mãe pedindo, silenciosamente, permissão para entrar sozinho. Devido à conexão que eles possuíam entre si, Ivy permitiu-lhe entrar e deu alguns passos para longe. Precisava deixá-los a sós, sabia o quanto Alec amava-a... Ou, pelo menos, tinha uma ideia relativa do tamanho. Pois nem ele conseguia medi-lo.

Com passos rápidos e certeiros, rígidos e pesados, ligeiros e atilados, Alec movimentava-se até a porta centenária. Esta se rangeu ao mover-se; porém, Alec não reparou. Os seus olhos estavam, logo, pousados em uma Renesmee amordaçada e lívida.

Ele igualou-se ao seu tom de pele ao vê-la tão fraca em um banco de madeira, ao qual estava amarrada. Os olhos dela mal se abriam, mas arregalaram-se minimamente ao fitá-lo. Não podia acreditar que ele estava aqui. Ele viera salvá-la, e a sensação em seu peito dizia-lhe que ela era grata a ele.

Ambos os corações naquele recinto encheram-se de alegria e esperança. Uma vez que ela encontrava-se amordaçada, ele correu até ela e libertou-a.

Em resposta, ela sorriu-lhe. Era um sorriso singelo, agradecido e aliviado. E ele logo sentiu saudades daquele simples gesto. Saber que era a última vez que o veria fazia-o sentir-se vago novamente. Aliás, aquele não era um sentimento muito requerido entre os jovens como ele... Por mais que ele não fosse tão novo assim.

– Ness, como é que você está? – Só então, Alec reparou na quão rouca estava a sua voz. Percebeu, então, as lágrimas nos olhos dela, que pareciam refletir o seu mesmo sentimento. Se, ao menos, ele pudesse expressar a sua tristeza...

As gotas de água, que transbordariam os sentimentos mais obscuros em seu gélido coração, cujo ressentimento preenchê-las-iam, não eram permitidas a livrar-se. Ele vivia como um prisioneiro, e nem o mais belo anjo permitir-lhe-ia fazê-lo. O seu arcanjo, a sua Renesmee, era a culpada por estar sentindo-se assim, afinal, mesmo que ele não admitisse tal.

Não, não era culpa propriamente dela. Entretanto, a Ness era a causa de tudo aquilo. Remotamente, ela o fazia, então.

Ele, com impetuosidade, aproximou-se dela e abraçou-a. Sentiu-se necessitado de tal como um alcoólico precisaria de sua respectiva bebida. E, certamente, o odor de Renesmee serviu-lhe para embriagar-lhe. Tão adocicado, parecia ser alguma fragrância divina; talvez, uma amostra do que o paraíso tinha a oferecer; o que se tornava, em tal metáfora, o beijo, também doce, de Renesmee.

Ao mesmo tempo em que o vampiro sentia-se tão renovado com o cheiro da híbrida, a última fazia-o com o dele. Um aroma tão excêntrico como o dele parecia atrair-lhe como um imã. Era quase como a sua relação com o Jacob, porém era mais... Realística. Foi a primeira coisa que ela pensou.

O imprinting tornava tudo tão forçado em sua relação. Parecia que ele estava preso a ela e que, consequentemente, a mesma não possuía opinião. Queria ter uma relação leve, romântica, que se deixasse levar... Via ali, à sua frente, a possibilidade de isso acontecer.

Alec separou-se minimamente, procurando manter todo e qualquer contato. Entretanto, já que ela não lhe respondera, teria de averiguar em seu olhar se estava tudo bem. Ela poderia estar machucada, mas tudo o que ele observou foi um sorriso inundado por lágrimas naquela face angelical.

– Ness, não chore! – Ele pediu silêncio com um som proferido de sua boca. Não queria vê-la chorar, vê-la em desespero. Era torturante demais, doloroso demais.

Ela tentou murmurar coisas desconexas, mas estava fraca demais para fazê-lo. Alec percebeu a quão fraca ela estava e farejou os arredores. Percebeu que algum animal pequeno e farejador estava por perto. Correu vampirescamente e pegou-o. Era um pequeno coelho que, rapidamente, sofreu um golpe de seus dentes afiados.

Ofereceu-o à Renesmee, que o devorou ligeiramente. Ela sorriu-lhe envergonhadamente após fazê-lo sem classe alguma. Não ligou, afinal, quando recebera o alimento. Era sede e fome demais. Agora, precisava de uma boa comida humana.

Alec, vendo-a tão envergonhada, sorriu tortamente. Era incrível como ela transbordava delicadeza com gestos como aquele. Ele amava cada levantamento que o peito dela dava, pois significava que a sua vida continuava, que ela permanecia viva... Aliás, amava tudo nela.

– Obrigado... – Agradeceu ela com a voz levemente rouca.

Ele assentiu-lhe e abraçou-a novamente. Sentiu, pois, um aperto em seu peito implorando-lhe para ser libertado. Viu-se, então, dizendo as palavras em uma voz baixa e calma, mas incrivelmente verídicas. Sussurrava-lhe, afinal, no ouvido dela, arrepiando-a:

– Ness, eu... Fiz algo estúpido... Ou corajoso, não sei. Mas me afastarei de tudo por um tempo, então queria me despedir... – Ele afastou-se do ouvido dela e apressou-se a fitar-lhe o rosto.

Ela encontrava-se em choque. Como ele poderia afastar-se? Ainda mais depois do beijo! Era ele tão cínico a ponto de não perceber que ela nutria algum, ainda não identificado, sentimento por ele? Ela bufou enquanto sentia os seus olhos trocarem as lágrimas de alegria pelas de tristeza.

– E queria falar como eu me sinto antes de tudo.

O coração de Renesmee acelerou. Se era para ele acabar com ela, era melhor não o fazer. Tentando impedir, ameaçou abrir a boca; no entanto, Alec repousou a sua mão na boca dela, aproveitando para sentir a sua maciez.

– Primeiramente, eu a amo, Renesmee. Eu não sei quando eu me dei conta, mas sei que eu pertenço a você com todo o meu ser. Talvez seja loucura uma vez que você pertence ao Jacob, mas eu realmente... – Ele parou para respirar um pouco, ponderando o que deveria dizer. Irritou-se, por fim: – Que diabos! Eu queria tê-la em meus braços, beijá-la, amá-la pelo resto da eternidade! Mas eu simplesmente não posso...

Ele socou o ar em meio à sua ira. Não conseguia entender como o destino pudera ser tão cruel com ele. Para que colocar uma pessoa tão maravilhosa como Renesmee se a tiraria depois?

E a meia vampira encontrava-se em choque. Ela estava mesmo ouvindo uma declaração? Como ele pudera ser tão bom ator para ela não desconfiar?

E que história era aquela de “eu a amo, Renesmee”? Quer dizer, então, que ela não estava enganada? Suas esperanças e sentimentos eram correspondidos? Então por que ele estava indo embora? Por que ele abandoná-la-ia? Era incompreensível.

– Por que não? – Ela não pôde evitar questioná-lo. Nisso, a sua voz tremeu um pouco, mas passou-se despercebido por Alec.

– Porque eu sou um perigo para você. A minha mãe, Ness... – Ele suspirou ao lembrar-se de que fora Jacob quem lhe dera o apelido. – Foi ela quem te prendeu aqui. Ela fez isso para afastá-la de mim, e o único jeito era eu ir viver com ela... Claro que eu o farei. Quem não o faria em troca de ver a felicidade de sua amada?! Ainda mais quando não se é correspondido... – Novamente, ela interrompê-lo-ia; entretanto, ele fora mais rápido. – Só que isso está me destruindo por dentro. Ah, se eu, ao menos, soubesse expressar o meu amor em meras palavras... – E, mais uma vez, a irritação e a indignação possuíram-no: – Mas eu falo demais e não falo nada ao mesmo tempo! Eu tento dizer, mas não consigo me expressa, e isso é extremamente... – Antes que ele pudesse continuar, ela interrompeu-o novamente. Dessa vez, porém, fora mais eficiente.

A Renesmee colou as suas bocas em um beijo ávido e apaixonado. Puxou o cabelo dele, primeiramente, de encontro à sua face. Estava um pouco desajeitada, pois era sempre Jacob quem a agarrava; entretanto, ela sentiu-se muito bem por estar no comando. A mão de Alec, por mais que ele não estivesse esperando, movimentou-se automaticamente à cintura dela, acabando por puxá-la de encontro a si. Sentir aquele corpo pequeno e maravilhosamente esculpido contra o seu era a mais deleitosa situação.

Os lábios de Renesmee surpreenderam os entreabertos de Alec, que acabaram sendo mordiscados pela meia vampira. Ela queria muito fazer aquilo há dias (sentia como se tivesse uma “tara” por aqueles lábios cheios e suculentos).

Alec puxou-a ainda mais contra si ao vê-la tão entregue ao beijo. Fora a sua vez, então, de provocar. Ele sugou-lhe o lábio inferior, nublando quaisquer pensamentos de despedida assim que a ouviu gemer baixinho com o ato.

Impaciente, querendo aprofundar o beijo, ela adentrou a boca dele adentro, sentindo o gosto único que o ex-Volturi possuía. Já Alec sentiu, levemente, o gosto de sangue do coelho do qual ela alimentara-se, apenas dando um sabor a mais ao beijo.

Enrolando, batalhando e brincando com as suas línguas, eles entregaram-se ao beijo como se fosse o último... E talvez realmente fosse. Porém, sentir o gosto um do outro não dava espaço a pensamentos tão obscuros. Eles queriam o máximo um do outro, mas um simples beijo não parecia bastar-lhes.

Eles queriam entregar a própria alma ao outro, queriam fundir-se, queriam o mais profundo a que uma relação poderia chegar.

Era, contudo, cedo demais. Não poderiam chegar a tal ponto. Todavia, Renesmee também necessitava de oxigênio, e o beijo não poderia ser aprofundado. Separaram-se ofegantes, e Alec direcionou os seus lábios ao pescoço dela.

Distribuiu-lhe diversos beijos e chupões, ouvindo-a gemer baixinho, ainda ofegante. Conduzindo-o pelos cabelos, a híbrida beijou-lhe novamente, lutando como se dependesse daquilo para sobreviver... E talvez o fizesse. Só conseguiria dar valor a ele quando o perdesse. Até lá, não sabia o quão grande era o seu sentimento.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aii, desanimei agora! 35 favoritos e recebi só 3 comentários? Tipo, 7 comentários, e eu já ficaria feliz. Não pelo número, mas um quinto das leitoras que amam a fic estariam comentando...
Enfim, façam como a querida da TNIASVCD! hehe
COMENTEM E RECOMENDEM, LINDAS ♥
Btw, o Alec vai deixar a Ness D: COMO ASSIM? Muahahaha, sou do mal! E que beijo foi esse? MELDEUS! haha Beijão :****
-
-
P.s.: eu perdi um pouco o ritmo de escrever. Queria uns estímulos pra conseguir continuar. Estamos no final da fic *-* Que tal só mais dois caps? hehe