Isso é Amor? escrita por Letícia Silveira


Capítulo 10
Estranho - POV Renesmee


Notas iniciais do capítulo

Cap pequeno :|



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- Como assim um pressentimento, Jake? - Ele não disse nada, apenas continuou me abraçando e chorando com a cabeça encostada no meu cotovelo. - Por favor, Jake. Eu quero um relacionamento sem mentiras, não quero que me esconda alguma coisa. - Eu disse com os olhos embaçados. Será que ele tinha me traído ou algo do gênero? Quis esquecer esse pensamento, mas tive outro que resolvi falar em voz alta. - Foi alguma coisa com o tio Billy?- Perguntei preocupada. Eu sempre gostei muito dele e ele de mim, mas ele já está velho e não sei se resistirá por muito tempo. Jacob continuava calado e eu pensando em muitas possibilidades. - Por favor, Jake? - Disse com a voz manhosa. Sabia que ele não negaria um pedido meu, ainda mais com essa voz.

 

- Ness, eu senti que tinha algo ameaçando o nosso amor. Ness, eu não vou suportar te perder. - Ele disse afagando a minha bochecha e olhando nos meus olhos.

 

- Então era isso? - Eu perguntei e ri divertida. Ele apenas me olhou com um olhar de choque e percebi mágoa no seu olhar. resolvi me explicar:

 

- Jake, am.. amor. - Disse ofegante do riso. Arrumei a minha postura e disse séria: - Meu amor, nada nesse mundo me separá. Nem fora dele. Jake, - eu fitava os seus olhos negros - Eu te amo e eu sou única e só contém essa unidade de mim. Mas ela já tem dono e ele é você. - Eu disse sorrindo maliciosamente pra ele. - Eu quero que você trate muito bem dessa bonequinha aqui - apontei pro meu peito - e quero avisar que ela vem com defeitos de fábrica. Um deles é que ela não aguenta ficar mais de 24 horas longe do seu dono. - Apontei pra ele. - Outro é que ela á quebrável caso o dono vá ferir o seu pobre coração. O que eu espero que não. - Disse fitando-o seriamente.

 

- É claro que não, mas Ness.. - Coloquei o meu dedo sobre a sua boca, impedindo-o de falar.

 

- Calma, Jay. Ainda não acabei, não estraga a minha declaração. - Dito isso eu me ajustei, me aproximando dele. - Você é o meu sol particular, Jake, e você sabe se uma planta vive sem o seu sol? Se uma flor vive sem a chuva? Se no mar não tivesse os peixes? Se na floresta não existisse o verde? Essas coisas perderiam o brilho! Perderiam o porquê do viver. Eu seria assim sem você, Jacob Black. - Sorri e sussurei no seu ouvido - Eu te amo, bobinho.

 

Dito isto, ele me puxou e me beijou. Me acomodei em seu colo.

 

O beijo era caloroso e nós explorávamos cada canto da boca do outro. Fomos interrompidos por um pigarro.

 

- Desculpe-me interromper. - Disse uma voz suave de sinos, masculina.

 

Me afastei de Jake e fui ver quem era o incosto. Corei na hora que vi o Alec fitando a floresta, tentando não ver a minha cena e a do Jake. Só então percebi que ele estava com as mãos embaixo da minha blusa, não queiram nem saber o que ele fazia. Corei mais ainda, ficando mais vermelha do que a maça da Branca de Neve. Jake estava com os olhos vidrados em mim e não sei porque não tirava as mãos de baixo da minha blusa. Bati de leve nas mãos dele e ele as retirou, envergonhado.

 

Nos afastamos e eu me virei para Alec, me levantando da grama.

 

- Não foi nada, Alec, eu deveria me desculpar. - Nessa hora, aposto que eu estava mais vermelha do que uma pimenta.

 

- É, mas da próxima vez a gente arranja um quarto, né amor? - Disse o Jake encarando friamente o Alec e me abraçava por trás.

 

- Que é isso, Jacob? - Perguntei horrorizada. Ele sabia que eu não estava pronta ainda e ele ainda comentava isso com as visitas.

 

- Desculpe-me interromper. - Alec repetiu e apenas fitava a floresta, com um olhar triste.

 

- Quer ir caçar, Alec? - Perguntei, tentando ser amigável.

 

- Não obrigado, Renesmee. Eu só vim chamar vocês, por que a Esme disse que a janta já estava pronta. - Ele fez uma careta ao terminar a frase. Comida humana deveria ser nojenta pra ele, assim como era pra mim.

 

- Vamos, Jacob? - Perguntei pra ele, pegando a sua mão, mas eu ainda estava brava com ele pelo seu comentário. Percebi que já estávamos no crepúsculo do dia, deveria ser umas sete horas e meia.

 

Entramos na sala e percebi o meu pai fitando o Jake com raiva e com o maxilar trincado, mas preferi ignorar. Vi que Esme estava pondo a mesa da pequena cozinha e me aproximei, não sem antes notar uma conversa suspeita da Tânia e a minha mãe.

 

- Obrigada por fazer o nosso jantar, vó. - Disse pra minha avó Esme que ficou radiante pelo elogio, pois eu quase nunca a chamava de vó, devido ao fato dela ser muito nova para ser avó.

 

- De nada, querida. - Sorrindo alegremente e colocando a comida na mesa. Humm, ela tinha feito pizza feita em casa. Adoro!

 

Eu comi apenas duas fatias, enquanto o Jake comeu os outros pedaços que deveriam ser uns dez e depois ainda reclamou:

 

- Ai, isso não mata a fome. - Eu ri.

 

- Olhas os modos, Jacob. - Eu disse rindo histericamente. O Jake não tinha fundo mesmo. Revirei os olhos ao ver ele olhar para a sobremesa na geladeira e seus olhos brilharem. Era Torta de Sorvete, uma das minhas sobremesas preferidas.

 

- Pode pegar, Jake. - Disse e ele pegou enquanto eu lavava a louça da janta. Ele separou os pratos e os talheres para comermos a torta.Um Emmett sorridente entrou na cozinha:

 

- Onde estão os seus modos, baixinha? Não te ensinaram a convidar os outros? É meio egoísta da sua parte, não acha baixinha? Não vai querer dividir a torta com o pessoal? E com as visitas? - Ele falava e em meio as frases gargalhava. Eu só estava com os braços cruzados no peito e olhando de cara feia pra ele. - E então baixinha, não vai corrigir os seus atos? - Ele disse dando aquele sorriso de covinhas parecendo uma criança travessa.

 

- Oh, Emmett, desculpe-me a minha falta de modos. Acho que a minha família não ensinou direito, principalmente o meu tio, que nunca dividiu a comida. - Disse provocando-o, dizendo a respeito dos ursos, cujo ele nunca permitiu a gente beber o sangue se houvesse apenas dois.

 

- Ah, não estraga a piada, monstrinha. - Disse o meu tio cabisbaixo.

 

- Ai, eu acho que a graça foi na praça. - Eu disse irônica. O meu tio se retirou e me virei para ver o meu paraíso pessoal.

 

- Nessie, eu ainda tô sentindo aquilo. - Ele disse fitando o chão.

 

- Aquilo que eu te falei mais cedo. Um aperto no peito, um presentimento. - Ele disse e uma lágrima solitária caiu silenciosamente pelo seu rosto.

 

- Shh, Jake, não fica assim. - Eu disse dando vários selinhos em seu rosto.

 

- Renesmee? - Perguntou Alec, agora eu havia reconhecido a voz dele. Incrível como ele sempre nos interrompe.

 

- Oi? - Perguntei meio alheia, ainda fitando o olhar agoniado do Jacob.

 

- Sua mãe quer que você vá caçar, amanhã irão às compras. - Disse ele, fitando a torta de sorvete (?). Não entendi o porquê.

 

- Tá bom, já vou. - Falei e subi para me trocar. Coloquei um short jeans, uma blusa branca de alcinha, cuja eu podia sujar. Coloquei um tênis confortável para correr e amarrei o meu cabelo em um rabo de cavalo. Escovei os dentes e desci as escadas.

 

- Podemos ir? - Perguntei e vi Alec me encarando da cabeça aos pés. Corei, enquanto o meu pai rosnava.

 

- Sim, querida. Eu vou com você. - Disse tia Rosalie, que era como uma mãe pra mim...

 

Saimos de casa, que estava em um clima tenso, devido aos inumeros olhares de Alec, e fomos para a floresta próxima de casa. Eu não estava com sede, mas preferi prevenir. Fechei os meus olhos e deixei os meus instintos me guiarem e me levarem até a minha caça: dois alces.

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Sempre... Reviews?