— Legal, mais um dia de aventuras! — Dizia Mark com um belo sorriso no rosto.

Seguindo o caminho à frente, o garoto de apenas oito anos, cantarolava alegremente atravessando um campo de flores vivas. De repente, uma estrela cai do céu fazendo-o se espantar. Segundos depois outra cai, em seguida outra. As estrelas vão caindo do céu noturno. Mark vai até uma e a pega do chão examinando-a, seu brilho diminui aos poucos e uma expressão triste surge nela.

— Oh não, oh não! — O som de alguém choramingando é ouvido do céu, a lua derramava algumas lágrimas cristalinas.

— Por que está chorando, lua? — Mark pergunta ao astro.

— Minhas amigas estrelas estão morrendo... Por favor ajude.

— O que posso fazer?

— Você precisa ir até o vale dos sonhos, convencer o rei a parar com isso.

— Certo. Não se preocupe, vou salvá-las.

...

E assim, andando pela noite, o pequeno Mark, sempre sorridente, segue a sua nova jornada. Explorava aquele mundo cheio de cores, animais e milhares de coisas esquisitas, brinquedos gigantes; doces de todos os tipos; bichos falantes.

Mark observava tudo abismado e surpreso, até finalmente chegar ao rei, que estava deixando as pobres estrelas morrerem.

— Por que está fazendo as estrelas e a lua sofrerem, rei?

— Porque eu estou sofrendo e ninguém se importa comigo. Todos me ignoram como se fossem cegos.

— Eles se importam sim com você, só não sabem como está sentindo.

— ... —

— Fazer os outros sofrerem não vai adiantar de nada... As pessoas vão continuar te ignorando...

Mark diminuiu o tom de voz melancolicamente se lembrando dele mesmo.

— AH! — O pequeno exclama, abrindo os olhos e não enxergando nada. Havia voltado para a realidade após ouvir sua mãe chamando-o para comer.

Ele se levanta da cama e tateia com as mãos procurando a coleira de seu cão guia que encontrava-se perto. Após achá-lo, o animal o leva até a cozinha.

Por enquanto a aventura de hoje teria de esperar.