Há muito, muito tempo, as pessoas olhavam pra cima e admiravam a extensão celeste acima de si. Por ora, a noite dominava tal. Com sua negritude nebulosa e brilhantes estrelas guias, não era surpresa que esta fosse uma fonte de inspiração para muitos, inclusive o palco de imaginação onde sábios juravam ver e ligar constelações, os dando nomes e significados, indo até além ao checar o alinhamento de planetas e tempo, mesmo que parecesse alguma coisa supersticiosa ou avançada demais para o tempo, enquanto outros diziam que era atraso.

A pequena figura acordava em um chão flutuante, cercada de pontos brilhantes atrás de si. Muitos comparavam ao conto de fadas '' Chapeuzinho vermelho'', pois sua aparência assemelhava-se muito a uma esguia raposa, o inseparável casaco que escondia suas feições róseas. Carregava com si uma lanterna que guardava estrelas, como se fossem mariposas atraídas pela luz. Porém, a atração da luz que usava era diferente, esta prendia e logo libertava em códigos e linhas pela céu, ouvindo riachos celestes que saiam do azul e caiam logo abaixo, no qual chamavam de chuva. Desviava de montanhas anis, reservando tempo para as admirar com seu belo esplendor e excentrismo, ao chão rosado em polígonos. Mas nada escapava de seus olhos dóceis, nem mesmo o plano de fundo, um degrade incrível em tons de verde. Linhas e linhas para cruzar, signos em formação, caminhos que abriam-se aos seus pés, em uma combinação monocromática de verde e azul.

Contudo, este caminho logo deslizava na gravidade ao sentir o peso das leves patas. Era algo arriscado, já caíra incontáveis vezes, mas sempre voltava a desenhar na pequena galáxia.