Minha história de amor escrita por rafaella


Capítulo 1
Onee


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoal!! Essa é a minha primeira história no NYAH FANFICTION, espero que todos gostem :) é dedicado principalmente para pessoas que assim como eu shippa Percabeth.



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Nós somos amigos muito próximos. Minha mãe diz que somos amigos. Outros nos chamam de melhores amigos. E o porteiro diz que somos como irmãos, mas o que eu realmente gostaria era que fôssemos mais do que tudo isso dito ao nosso respeito.

—Eu acho que te amo.- E ela riu. Riu como se meus sentimentos fossem algum tipo de piada muito mal contada.

—Você nem mesmo sabe o que é amor.- Annabeth falou abaixando a cabeça, mas pude perceber como suas orelhas haviam ficado rosadas. Fiquei chateado, mas acho que ela estava certa, eu não sabia o que era amor, não sabia nem mesmo se eu poderia amar alguém. Muitas pessoas dizem até que preferem ficar trancadas em casa a amar, então parece que não é algo tão bom assim. Acho que o amor não é nem mesmo algum tipo de sentimento. Mas o que uma criança com nove anos pode saber?

Nossos pais resolveram vir para New York, não sei se foi por motivo de emprego ou de familiares ou algo do tipo. Mesmo nossos pais sendo amigos, Annabeth e eu nunca tínhamos nos visto antes, a não ser dessa vez que digamos que de certa forma fomos obrigados a nos ver todo dia, já que meu apartamento é ao lado do dela.

Mas vejamos a situação: um garoto, saindo de sua cidade natal, com seis anos de idade, longe de seus amigos, indo para outra escola que espera fazer amizade, mas não é tão fácil quanto pensava, sem conhecer ninguém nessa nova cidade. Agora vejamos uma outra situação um pouco diferente: uma garota, fora da cidade que tanto amava e conhecia muito bem, sem nenhum colega nessa nova fase de sua vida, vai para um colégio diferente e tenta ao máximo fazer amigos, e ainda tendo que conviver com um menino -da mesma idade- que nunca havia olhado na vida, apenas falava por educação à sua mãe que era tão amiga dos pais desse pirralho.

Acho que a maior diferença entre Annabeth e eu, era que ela realmente tinha vontade de conhecer pessoas novas e era também muito curiosa, já eu, tinha vontade de me esconder atrás de minha mãe cada vez que era obrigado a sair de casa. Meus pais falaram que ela conhecia Los Angeles muito bem e agora gostaria de conhecer New York.

Nós trocávamos apenas olhares rápidos, de início curiosos como toda criança faz quando vê alguma pessoa nova. Depois já estávamos dando “Oi” todo dia de manhã antes de irmos para o colégio. E com um tempo conversávamos como se nos conhecêssemos há muito tempo.

Estávamos tão acostumados com a presença do outro, que todas as tardes íamos brincar, às vezes ela ia para a minha casa e eu emprestava meus brinquedos a ela, e quando eu ia até o apartamento vizinho, que ela me emprestava seus brinquedos eu nunca aceitava. Não vou brincar de boneca.

...

...

Estava tudo indo muito bem, porém algo ruim aconteceu. O pai de Annabeth havia falecido. Mamãe contou-me isso chorando enquanto pegava uma roupa para irmos para o apartamento vizinho. Não lembro bem como aconteceu, entretanto, não iria perguntar a Annie. Muitos estavam a chorar, menos eu, às vezes soluçava, mas logo tentava me recompor e outras vezes quando eu a via chorando eu não aguentava, então ia para trás do sofá e ficava lá. Ela não podia me ver chorando. Ela tem que ser forte, e como alguém pode ser forte se tem alguém chorando logo na sua frente? Acho que eu devo ter ficado um bom tempo escondido, com medo de alguém me descobrir.

...

...

Não a vi na primeira semana depois do ocorrido, nem na segunda e na terceira semana, e assim ficou por mais alguns dias. Ela não ia para a escola e eu estava com medo de ter acontecido alguma coisa com ela, pois nós só tínhamos nove anos, e uma criança com essa idade- você pode achar que não- entende as coisas muitas vezes melhor e mais rápido que muitos adultos.

...

...

Quando a vi, senti-me muito feliz. Ela estava na minha frente, com os olhos vermelhos e com Bob, seu urso de pelúcia, na mão. Ao seu lado, com uma mão em seu ombro, estava sua mãe. Elas tinham entrado no meu apartamento.

— Vamos para o parque? –Ela perguntou ao me ver, mas ela não queria brincar e só estava dizendo isso porque nossas mães estavam bem ao nosso lado. Soube disso também, porque assim que chegamos lá, ela foi direto para um banco e eu a segui, sentamos e ela começou a falar sobre coisas bem deprimentes. Sabia que tinha alguma coisa realmente errada, pois Annie só costuma falar comentários felizes, então lembrei que seu pai havia morrido.

—Vida é desespero, nada faz sentido e depois você morre.- falou ela logo depois de eu ter falado sobre como a vida é maravilhosa. E ao nosso redor, adultos nos olhavam de cara feia, pareciam não entender como duas crianças estavam conversando ao invés de brincar e correr. Então continuei a olhar para ela, com sua carinha triste, abraçando com cada vez mais força o urso.

...

...

Com dezoito anos, perdido em devaneios, ouço um riso doce. Vejo Annie olhando para mim. E ela fala com as sobrancelhas arqueadas:

—Não sabia que você desistia com tanta facilidade. - Então voltei a treinar.

Estávamos ensaiando para a peça de Romeu e Julieta que foi um trabalho do colégio. Na realidade eu nem participaria, porém, a professora já tinha escolhido Annabeth para encenar o personagem principal e ela falou que só aceitaria participar se eu fosse, então eu concordei.

Ensaiamos só mais um pouco e fomos para o prédio, eram seis horas da noite e estávamos cansados e suados. Dava para perceber o quão importante essa peça era para ela. Estamos treinando faz quase um mês e estamos bastante ansiosos para nossa apresentação.

Chegando no prédio, cada um estava em frente a seu apartamento, nos despedimos e quando eu ia entrar no meu apartamento, ouvi a voz de Annie: - Percy!

— Sim? - Perguntei um pouco assustado. Olhei-a e fui surpreendido com um beijo e logo em seguida ela fechou a porta e acabou me deixando confuso, assustado e feliz do lado de fora, então eu entrei e fui direto para o meu quarto. Tentei dormir, tentei novamente, mas foi em vão. Estava ansioso para o dia seguinte, mas não saberia como agir quando a olhasse sentada em sua cadeira esperando o professor na sala.

Annabeth já havia namorado três vezes- com Nico, Luke e Charles, caras realmente muito sortudos- e eu duas- Rachel e Calipso, nem tão sortudas assim- mas a verdade é que: nenhuma das duas garotas eu gostaria realmente de ter beijado e de ter ficado meses com elas, na realidade eu ficaria bem mais feliz se não ficasse tão nervoso ao falar com Annabeth sobre outros assuntos que envolvesse beijos, abraços, mãos dadas e namoro. Tentei fazer esse pedido com doze anos de idade e ela não encarou como um pedido realista. E com dezoito ainda continuava com o mesmo medo e até minha mãe já havia percebido como eu fico perto de Annabeth e o que eu gostaria que fôssemos, mais que amigos.

No dia seguinte na escola, nós ficamos toda a manhã trocando longos olhares, e quando o último sinal tocou, puxei-a para o pé da escada e segurei em suas mãos, senti meu lábio inferior trêmulo e a ponta das minhas orelhas queimando. Ela não estava tornando as coisas muito fáceis, me encarava e sorria de lado arqueando uma sobrancelha.

— Estou com medo de qual pode ser a sua resposta, mas...

— Pois não deveria ter tanto medo assim, afinal eu não mordo.

— Espero que não... você sabe que eu não sou muito bom em falar o que sinto...- fiz uma pausa, respirei fundo- Você quer namorar comigo? - Acho que aquele poderia ter sido a melhor coisa que eu ouvi na minha vida, um “sim”, aquela voz doce falando aquilo para mim, aquele era o meu “sim”.

Mas esse foi o melhor momento da minha vida até aquela hora, porque hoje é o dia do meu casamento. E eu perdido em pensamentos passados, olhando no espelho aquele homem em um paletó com uma rosa branca no bolso, com os cabelos pretos impossíveis de arrumar. Fui alarmado por Leo:

— Está pronto? Ela não demorará muito para chegar na igreja, acabei de ligar para Atena.

Entramos no carro e então mais uma vez cá estou eu, nervoso novamente. No caminho, fui relembrando os nossos melhores momentos juntos.

Lembrei-me das vezes em que ela falava as suas frases tão profundas, eu ainda não descobri aonde ela conseguia tantas citações. E também quando falava coisas tristes ou depressivas mesmo ela não sendo nenhuma depressiva.

— Não se preocupe. Não comigo, não sou tão importante assim.

Ou como um dia perguntou: - Você me entende? - Senti-me obrigado a responder: - Sim.

—Então me explica!

Ou como certa vez nós brigamos por causa de uma toalha molhada. Eu tinha acabado de chegar do trabalho e fui abordado com gritos de Annabeth, sabia que ela não estava nos melhores dias, então aguentei até cinco minutos, depois disso explodi. Nós começamos a gritar um com o outro e depois ela saiu com raiva até o quarto e ouvi choro dela. Esperei uns dez minutos, guardei a toalha e abri a porta do quarto.

— Desculpa, ok?

— Não é de propósito, eu não quero fazer isso, mas é inevitável. Sempre que estou mal-humorada deixo os outros de mau humor também.- Depois nos beijávamos e era assim que terminava a maioria das discussões. Mas tinha algumas que não era tão fácil assim.

Ainda no carro, comecei a me lembrar de uma frase que um amigo me falou um dia: nós nunca estaremos prontos, mesmo que tenhamos uma namorada nunca estaremos prontos para a próxima ou mesmo que já tenhamos um filho nunca estaremos prontos para o segundo ou terceiro, porque a vida é assim, sempre nos surpreendendo. Pois é acho que não estou pronto para o casamento.

Agora, chegamos na igreja. Ainda estou nervoso, mas vejo minha mãe na frente, aliás ela está linda, e acompanho Leo e Poseidon-meu melhor amigo e meu pai- até lá. Pouco tempo depois, ouço a marcha nupcial. E lá está Annabeth Chase, ela parece mais linda do que estava ontem enquanto organizávamos as coisas do casamento e seus olhos brilhavam mais que o normal.

Quando ela chegou até mim, senti-me mais aliviado, porque meu maior medo era ela não aparecer. Segurei suas mãos.

Quando chegou o momento dos votos de casamento, estava um pouco ansioso e trêmulo.

Ficou mais ou menos isso:

Estamos juntos há quase seis anos,

Mas nos conhecemos há muito mais tempo que isso.

Quando nos vimos pela primeira vez, éramos apenas crianças, porém como o tempo foi sempre nosso melhor aliado, nos conhecemos melhor e pude ver como você era aquele alguém com quem queria acordar ao seu lado todos os dias de minha vida. Aquele alguém que eu queria ouvir sempre e tentar ajudar de todas as maneiras possíveis.

Eu amo quando você se sufoca nas próprias

Palavras quando eu estou por perto.

Amo também a forma como você fica quando está

Pensando ou está preocupada com algo.

Amo esse seu jeito de criança.

Eu amo você e seus mínimos detalhes -dessa vez, olhei-a nos olhos e falei: - Com todas as falhas.


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Notas finais do capítulo

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