De Bem escrita por Jack O Frost


Capítulo 1
Capítulo 1 - Capitulo único!


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, boa tarde ou boa noite.
A primeira coisa que digo é que, não, essa fanfic não é baseada em nada real. Apenas algo do qual eu tive uma ideia. Apenas o fato da moça tomar um café-com-leite na janela veio de mim.



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Completei 20 anos nessa semana e as pessoas me disseram que iria começar a me sentir perdida e que não seria mais tão segura como normalmente sou. E que haveria problemas sob os quais eu não conseguiria resolver, me deprimiria e a felicidade juvenil logo seria esquecida em um lugar fundo e escuro dentro de mim. Mas, quando só existe claridade, é possível existir um lugar fundo e escuro? Isso varia de pessoa à pessoa. Existe aquelas que se sentem deprimidas por tentar e tentar e não conseguir mudar algo.

Mas, na verdade, existe coisas que não podem ser modificadas.

Quando algo não ocorre do jeito que se espera, é porque não é para acontecer. As coisas irão acontecer no seu próprio ritmo. Querer pular isso, é cair e se machucar diversas vezes. Sou paciente. E talvez, por isso, posso dizer que estou com vinte anos e feliz comigo mesma. Mesmo que não seja a mulher com os cabelos mais bonitos, os olhos mais claros e a pele mais cuidada. Ou que tenha a altura ideal ou coisas simples do gênero. Tenho passado a gostar de mim nesses ultimos três anos. Tenho me olhado mais no espelho e tido orgulho no tipo de mulher que estou me tornando. Claro que houve momentos do meu passado em que mais chorei do que sorri, em que lamentei cada segundo e cada coisa errada que fazia. Queria apressar, queria crescer, queria descobrir o mundo ao meus pés.

Esta xícara e este café com leite aqui dentro, são partes da paciência que adquiri com meus erros, minhas mancadas. Para ser sincera, não me arrependo de nada. Poderia dizer que me arrependo das coisas que não fiz quando jovem e imprudente. Mas fiz tudo o que queria fazer.

- Rose?

Uma voz quase celestial interrompia meus pensamentos. Aquela voz quase celestial que me dava vontade de me dobrar sobre os joelhos e lhe ser eternamente grata por ser minha mãe.

- Não vai se gripar, Rose?

- Não senhora.

Era como se conseguisse visualizar o sorriso no canto dos lábios um tanto quanto envelhecidos pelo tempo, mas com a mesma juventude de que a conheci quando menor.

Escondida em algum canto da casa, atrás da porta da sala, estava a mulher ao qual eu deveria agradecer por me ter feito do jeito que sou. Moldando meu erros e os fazendo serem gentilezas. E aprendizado, é claro.

Me pergunto se a maioria das pessoas é capaz de chegar a essa idade de bem consigo mesmo, com o peso nos ombros diminuindo e quase não existindo.

A sensação é de paz. Como quando aqueles monges meditam por semana, afim de chegar a paz interior, onde nada de fora poderá lhes tirar isso.

E sim, haverá momentos em que me sentirei sozinha, com o mundo nas costas. Mas eu tenho uma mulher incrivel para me ensinar como é esta de bem consigo mesmo.

- Rose, saia da janela. - Novamente, aquela voz celestial me privava dos pensamentos. - Irá se resfriar.

Deixava meus pés se afastassem da janela, indo em direção a onde estava aquela mulher troncuda, embora muito baixa para seus cinquenta e poucos anos.

- Mãe, eu já disse que a amo esse ano? - Ria de forma travessa, enquanto envolvia a pequena mulher de cabelos negros entre os braços. - Se eu disse, irei me repetir. - Deixava o queixo pender sobre topo da cabeça da baixa mulher. - À amo!

Mas para minha estridente gargalhada, ela me afastava de si distribuia leves tapas nos meus braços.

- Lhe disse para não ficar tanto tempo na janela, é inverno, afinal! - E continuando com a sua rotina matinal, ela falava sobre como deveria me proteger. - Suba agora e tome um banho. Você esta tão gelada como o clima lá fora.

Ria baixo e fazia como ela dizia. Subindo as escadas de dois em dois enquanto a ouvia gritar.

- E coloque uma roupa quente! Não precisa andar pelada em casa por termos aquecedor.

E novamente gargalhava ao ouvi-la resmungar.

- Ela ainda age como uma criança!


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