Saito – Eu tenho que ir, mas antes eu acho melhor fazer isso. Só para garantir.

E com uma cara parecendo que esta indo para uma missão suicida, Saito vai falar com Siesta para contar sobre a Louise.

Siesta – Então você planeja ir atrás da senhorita Valierre, mas...

Saito – Eu sei o que você vai dizer. Mas eu não posso deixar a Louise sozinha, eu tenho que protegê-la.

Siesta – Isso é o que você tem que fazer, ou o que você quer fazer?

Saito – Como assim?

Siesta – Você deve saber tão bem quanto qualquer um que se for nessa missão de resgate poderá morrer, então tem que pelo menos saber se faz isso porque quer ou porque deve fazer.

Saito – Eu não posso deixar ela sozinha.

Siesta – Isso é o que você diz para si mesmo, mas ainda não é o que acredita.

Siesta vai indo embora e deixa o Saito lá sentado parado, até que ela abre a porta e se vira para ele.

Siesta – Quando descobrir a resposta volte a falar comigo.

Saito – Siesta...

Siesta – Eu vou voltar ao trabalho. Te vejo por ai, Saito-san.

Siesta sai do aposento dos funcionários e deixa o Saito lá pensando sobre o que ela disse.

Saito vai andando pela academia e fica tentando se lembrar da Louise, mas tudo o que lhe vem à cabeça são os momentos que ela batia nele ou o obrigava a fazer coisas por ela.

Saito – (Por que eu tinha que ser chamado por alguém como ela, essa garota cruel e ignorante).

Até que chega um momento que ele continua a vagar pela academia e acaba encontrando a Kirche que se impressiona com o fato de vê-lo pela academia sem a Louise.

Kirche – Saito, a Louise ainda não voltou?

Saito – Bom... na verdade.

Kirche – (Isso é uma boa chance).

Kirche acaba por encostar-se cima do Saito.

Kirche – Então, que tal se você vir me visitar mais tarde.

Saito – Eu...

Kirche – Eu vou estar te esperando.

Kirche vai indo embora e Saito continua a se lembrar que se a Louise estivesse lá ela o castigaria só por conversar com a Kirche, ainda mais tão próximo.

Saito começa a se questionar se realmente deveria se preocupar em tentar resgatá-la, afinal ela sempre o castigava e nunca fazia por merecer ele ter que se arriscar para salvar a vida dela.

Saito ia caminhando para o quarto de Kirche, mas algo ainda dizia que não era o que ele deveria fazer.

Quando ele chega ao quarto de Kirche ela esta parecendo que o esperava há alguns minutos.

Saito – Boa noite.

Kirche – Eu achei que você não vinha.

Saito vai indo até a Kirche até que ela o agarra e o beija, mas quando Saito parecia se sentir envolvido por ela algo lhe vem a mente, o rosto de Louise dormindo.

Saito – (Louise, por que eu estou me lembrando)...

De repente, ele começa a lembrar alguns momentos com ela, como quando ela cuidou dele, ou quando ele a viu chorando por continuar a ser chamada de Zero no Louise. Quando essas memórias vêm a sua mente ele empurra a Kirche e ela não entende o que houve.

Saito – Me desculpe Kirche, mas eu tenho que salvar a Louise.

Kirche – Você se importa tanto assim com a Louise.

Saito – Eu sei que ela não é muito gentil comigo boa parte das vezes.

Kirche – Então por que você vai atrás dela?

Saito – Porque eu quero. Eu não me importo em como ela age comigo, eu vou protegê-la porque eu quero estar ao lado dela.

Saito vai caminhando para a porta do quarto e se vira para Kirche.

Saito – É isso que me torna o Zero no Tsukaima, não vou abandonar a minha mestra. Se quiser me ajudar, pode vir junto.

Saito sai andando do quarto de Kirche que continua no mesmo lugar, e fica se lembrando do rosto do Saito quando ele se virou para falar com ela.

Kirche – (Ele é incrível, e irresistível quando fica serio daquele jeito).

Kirche continua a se derreter com o olhar do Saito enquanto ele vai até o quarto de Siesta de novo.

Siesta – Olá Saito-san, o que veio fazer tão tarde?

Saito acaba abraçando a Siesta que não entende o que foi que houve.

Siesta – Saito-san...

Saito – Muito obrigado, você me ajudou a enxergar melhor.

Siesta – O que?

Saito se afasta de Siesta e os dois se sentam para conversar.

Saito – Estava certa, eu não tinha certeza se deveria ir salvar a Louise porque eu tinha que protegê-la ou se porque eu queria protegê-la. Mas eu percebi agora, eu vou protegê-la porque eu quero ficar ao lado da Louise.

Siesta – Então você deve ir logo.

Saito – Eu só vim aqui para agradecê-la.

Siesta – Mas pelo que?

Saito – Se você não tivesse me forçado a pensar sobre o caso eu teria ido resgatá-la por obrigação, eu não estava pensando sobre o que eu queria.

Saito vai saindo do quarto de Siesta e ao sair ele vê a Kirche parada no seu caminho.

Saito – Kirche.

Kirche – Você não terá chance se for sozinho, muito menos terá como encontrá-la.

De repente, aparecem atrás dela Guiche, Montmorency e Tabitha.

Saito – Pessoal, mas...

Kirche – Eu fui chamar um pessoal para ajudar, afinal, eu sei o quanto a Louise é importante para você. Eu não iria me sentir bem se pudesse ajudá-lo, mas ignorasse a situação.

Saito – Tem certeza, ela disse que vocês são de famílias rivais.

Kirche – Eu disse, eu não estou fazendo isso por ela, mas por você.

Saito – Obrigado, Kirche.

Todos se reúnem na entrada da academia e Tabitha chama a sua Tsukaima, Sylpheed, um dragão de vento para ajudá-los.

Kirche – Saito, você tem algo da Louise que possa ser usado para ajudar?

Saito – Comigo não, mas vamos nos encontrar com a princesa, ela esteve lá antes de desaparecer.

Tabitha – Tudo bem.

Todos sobem na Sylpheed, Saito apenas continua a pensar sobre quem poderia tê-la seqüestrado.

Enquanto isso, Louise parece estar acordando em um lugar escuro e estranho, logo ela nota que esta presa em uma cela.

Louise – Onde eu estou?

De repente, ela começa a ouvir a voz de uma mulher rindo do outro lado da porta.

Louise – Quem esta ai?

??? – Louise, você deveria ser mais gentil comigo, afinal, por minha causa ainda esta viva e a salvo.

Louise – Estou vendo, deveria te agradecer por me prender aqui?

??? – Muito engraçada. Onde esta o seu Tsukaima?

Louise – Por que se importa com o Saito?

??? – Não me importo, só imagino se ele já pensou sobre entregar o resgate.

Louise – Do que esta falando?

??? – Eu ofereci uma troca, todos os tesouros de sua majestade e a libertação de Fouquet, o pó desintegrado pela sua liberdade.

Louise começa a rir e a mulher se irrita com ela.

??? – O que é tão engraçado?

Louise – Acha mesmo que eles fariam isso, eu prefiro ser morta a aceitar esses termos.

??? – Mas será que a sua amiga Henrietta e seu Tsukaima Saito pensam igual a você.

Louise se desespera pelo fato de talvez eles pensarem em salvá-la ao custo de libertar Fouquet e entregar os tesouros de sua majestade.

??? – Parece que você não se sente mais tão engraçada agora, não é?

Louise – O que você quer? Se fosse só para conseguir isso teria roubado o castelo e depois libertado Fouquet sozinha.

??? – Eu realmente tenho um objetivo maior do que esses, só imagino se conseguira descobrir.

A mulher vai indo embora e deixa Louise lá presa enquanto ela continua a pensar sobre o que ela disse.

Louise – (Será que o Saito iria fazer algo tão idiota. Na verdade, o que será que ele esta fazendo agora)?

Com esses pensamentos passando pela sua mente ela começa a se acalmar.