Pacify Her escrita por Black Bird


Capítulo 1
Acalme-a


Notas iniciais do capítulo

Olá possiveis leitores! É a primeira vez que escrevo algo do tipo, então estou esperando ansiosa por suas opiniões.
A história foi baseada na música Pacify Her da Melaine Martínez.
Selecionei como +16 mas não há nada explícito e a única droga citada é considerada droga lícita.
Aproveitem a história e nos vê os nós comentários.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/671736/chapter/1


Se existe uma palavra capaz de descrever perfeitamente Elisa, essa palavra é: tóxica.
Tudo nela é assim, tóxico e pecaminoso...
A forma como seus cabelos negros grudam em seu pescoço depois de mais uma noite de luxúria, como seus olhos sempre parecem transmitir da forma mais animalesca o mais pecaminoso desejo, seus lábios que sussurram profanidades em meio a seus gemidos, sua pele que cheira a sexo e a suor, seu corpo em si que se mostra um labirinto profano e inescapável. Ela é realmente viciante, uma vez que se consuma o desejo de tê-la nunca conseguirá se libertar, ao menos é o que ele repete em sua mente de homem culpado para apaziguar sua consciência, esse é o preço de possuí-la: ser devorado pela culpa de trair sua amável esposa.

Lá está ela, sua esposa Sofia, saindo de casa para se encontrar com amigas de infância no mais novo restaurante da cidade, pobrezinha... Não sabe que quando os gatos saem os ratos que fazem a festa? Toda vez a história se repete: Sofia sai de sua casa, normalmente para organizar o baile de caridade ou visitar alguma amiga, e logo depois chega Elisa tragando um cigarro e entrando pela porta dos fundos onde sempre é recebida por pelo respeitável senhor Montenegro, respeitável até que Elisa e sua profanidade o corrompam.

Logo o ritual se inicia, beijos sôfregos e desejosos sempre acompanhados por mãos curiosas que apertam e acariciam o corpo sinuoso da mulher de olhos negros, ele a explora com sua boca e mãos como se fosse a primeira vez que a teve em sua cama. Leva a mulher para o quarto que normalmente divide com sua esposa e com brutalidade joga Elisa na cama, o som de sua risada rouca já é o suficiente para excitá-lo a se entregar de vez a loucura, retira suas próprias roupas com rapidez e da mesma forma faz com as dela.
Logo tudo se resume ao prazer e a loucura, suas mãos passeiam pelo corpo escultural de sua amante excitando-se com suas reações e ela geme seu nome ordenando que você a satisfaça, Elisa não pede nada a você... Ela apenas ordena, mais prazer, mais luxúria, mais força e mais selvageria, a morena não se importa de ter seu corpo marcado com chupões, mordidas e as marcas de suas mãos másculas por sua pele alva.
Beijando o corpo da mulher a sua frente, enterrando-se dentro dela e deixando que as sensações que ela lhe provoca o façam abandonar a realidade levando-o a mais pura alucinação, tudo não passa de um borrão, relances de lábios, olhos, seios e lençóis de seda o drogam e finalmente ele sacia-se pelo fato de tê-la saciado.

Ambos se encontram largados na cama de casal totalmente nus, Elisa logo se levanta e procura por sua calça jeans, quando a encontra tira um cigarro e leva-o aos seus lábios inchados e ligeiramente rosados, acende-o e volta a deitar-se com o não tão respeitável senhor Montenegro. Já houve o dia em que ele tentava persuadi-la a não fumar em seu quarto, mas agora ele apenas deixa que ela faça o que bem intende, ele não passava de um escravo nas mãos de sua amante e sinceramente... Ele não queria nem saber, em quanto sua esposa não descobrisse e ele pudesse ter as duas ele não reclamaria, era a fórmula perfeita para o sucesso: uma boa esposa para ser apresentada à sociedade e Elisa para sacia-lo na cama.
Mas um dia qualquer, realmente sem nada de especial Sofia descobre a traição.
Gritos e lágrimas, a dama loira perdeu sua compostura! Pedia uma explicação e queria sabe o motivo de ter sido trocada, o senhor Montenegro pedia que ela se acalmasse... Mas ele mesmo estava desesperado, e em quanto tudo se desmanchava em chamas Elisa observava a cena calmamente fumando seu cigarro, o único pensamento em sua mente era "Deve ser tão difícil amá-la... Quando ela é capaz de gritar tão alto"
Mas logo a raiva de Sofia é direcionada a ela também, não poderia mais apenas observar a cena, agora Elisa seria o alvo dos gritos... Se pensarmos bem, não há nada mais justo que Elisa receber a culpa, correto?

—Você deveria sentir vergonha!

Gritou desesperada a dona dos olhos azuis, agora turvados pelas lágrimas que escorriam por sua face perfeitamente corada.

—Sentir vergonha? Exatamente do que eu deveria sentir vergonha?

Respondeu Elisa sem tirar seu cigarro dos lábios

— Você estava transando na minha cama! Com meu marido! E ainda pergunta do que exatamente deveria sentir vergonha!?!

As palavras da mulher saem tremidas e engasgadas, a única coisa que a morena faz é vestir-se e rir baixinho.

— E agora está rindo de mim!?! Você é mesmo uma vadia desprezível! Como pode entrar em minha casa e roubar meu marido!?! Sua mãe não lhe ensinou a ficar longe do que não é seu!?!

Com uma risada rouca e a já propriamente vestida Elisa olhou nos olhos azuis inchados e vermelhos de tanto chorar e respondeu:

— Como ele pode ser seu... Se me deseja tanto?

Com isso, os gritos pararam.

O mundo mergulhou em um silêncio mórbido, antes de tudo voltar a entrar em combustão. O choro da mulher era alto e realmente poderia ser tido como o som do mais puro desespero, em meio às suas lágrimas ela falava algo sobre estar grávida... Sobre o que ela acha que fez de errado... Sobre sua dor e desespero.

Mas Elisa não se importa com nada disso, ela apenas faz seu caminho de volta para sua casa fumando seu cigarro... Não é como se essa fosse a primeira vez que a esposa de um de seus brinquedos descobrisse sobre ela, não era a primeira e não seria a última.
Ela sabe que Sofia perdoaria seu marido e fingiria que esse dia nunca aconteceu, a morena sabia que era apenas um fogo de palha que logo se apagaria. Então lá apenas anda pela rua deserta fumando seu cigarro e deixando para trás uma trilha de chamas e destruição.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Pacify Her" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.