Lost Drams escrita por Anieper


Capítulo 2
Capítulo 2




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Podia escutar um som ao longe. Sabia que devia acorda, mas minha cama estava tão boa. Tão convidativa, que me recusava a isso. Quando o finalmente o som parou, sorri e me virei na cama. Estava quase dormindo novamente quando o mesmo som irritante me acordou novamente. Com raiva, me sentei na cama e olhei em volta. Meu celular piscava na mesa de cabeceira. Por que tinha deixado ele ligado mesmo? Resmungado, peguei o celular.

– Alô? – falei de mal humor.

– Bom dia, flor do dia. – escutei a voz de Clarisse do outro lado.

– Bom dia nada. – falei com raiva. – Sabe que horas fui dormi ontem? Estrava dormindo como um anjo e você me acordou.

– Desculpa, mas meu pai disse que falou com o seu. – ela disse e eu sabia que ela estava pulando na cama, ou onde estivesse. – E aí?

– Ele deixou. Eu vou para sua casa assim que tomar café.

– Ahhhhhhhhhhh. – tive que afasta o celular do meu ouvido para não ficar surda. – Eu sabia que ele ia deixa. Sabia. Vai demorar muito aí? Vou ligar para as meninas e mandar elas vieram para cá. Vamos começar a escolar como vamos agora mesmo.

– Me dê meia hora. – falei desligando o celular.

Olhei para a minha cama e suspirei antes de levantar. Tomei um banho rápido, arrumei minha cama e algumas roupas na mochila. Depois desci as escadas e comi o café que minha mãe tinha deixado pronto. Depois lavei a louça e sair. Como a casa de Clarisse não era muito longe da minha, cheguei lá rapidamente. Assim que a porta foi abeta, Clarisse me abraçou e começou a pular comigo. Eu sabia que ela estava animada, mas não sabia que era para tanto. Não deu nem para mim me preparar.

– Vamos para uma festa. Vamos para uma festa. – ela disse animada enquanto me puxava para o quarto dela. – As meninas já estão aí. Vamos poder comemorar a vontade. Falei com minhas fontes e fiquei sabendo que a festa vai ser muito massa.

– Certo, Clarisse. – falei animada. – Nem acredito que meus pais me deixaram ir.

– Amiga. – Carla e Mika gritaram assim que entramos no quarto. – Vamos em uma festa hoje.

Rindo, comecei a pular com elas. O resto do dia passamos para bem dizer no quarto. Saímos dali apenas para almoça quando a mãe de Clarisse chamou. Depois escolhemos nossas roupas. Como era a nossa primeira festa, Carla fez questão que fossemos todas de vestidos. Claro, todos com modelos e cores diferentes. Já que segundo ela, era muito cafona usarmos as mesmas coisas com nossa idade. As meninas rapidamente escolheram os seus vestidos, mas eu estava tendo problemas. Os vestidos eram todos curtos e sabia que meu pai me mataria se sonhasse que usei um vestido daqueles. No fim, peguei um tomara que caia, azul e preto que ia um palmo acima do joelho. Mesmo com as meninas querendo fazer um penteado eu decidi que seria melhor deixar meu cabelo solto e fazer uma maquiagem levinha.

– Meninas, está na hora de irmos. – o pai de Clarisse disse batendo na porta.

– Estamos descendo. Falta apenas os sapatos. – Clarisse disse enquanto tentava achar o par do seu salto. – Mais cinco minutos no máximo.

– Certo.

Olhei para a bagunça que estava o quarto e para as minhas amigas correndo de um lado para o outro tentando se encontra. Eu era a única que já estava realmente pronta e como não queria ser levada pelo furação, sair do quarto e fui para a sala esperar com os pais de Clarisse.

– Ally, é você mesmo? – John perguntou me olhando. – Está linda.

– Obrigada. Acho o vestido um pouco curto demais, mas era o melhor que as meninas me ofereceram.

– Está muito bem em você. Mas tenho que concorda que está curto. Seu pai teria um treco se te visse vestida assim. – ele disse sorrindo para mim.

Me sentei ao lado dele e esperei. Cinco minutos as meninas desceram prontas. Fomos todas para o carro e logo estávamos paradas na frente da casa de Ester.

– Tenham cuidado. Quaisquer coisas me liguem. Venho buscar vocês as três e meia. Se quiserem irem antes, basta me lugar que venho buscar.

– Certo, pai. Já sabemos pode ir embora. Está queimando nosso filme. – Clarisse disse fechando a porta do carro e tomando a frente indo para a porta.

A festa estava animada, mas não tão animada como pensei que estaria. Carla me disse que isso era porque ainda não tinha começado a festa de verdade. Elas logo me levaram para a mesa de bebidas. Eu não sabia como os pais delas deixavam elas irem em festas assim ou como os pais de Ester poderiam estar em casa, já que na mesa tinha apenas bebidas alcoólicas.

– Não tem nada sem álcool aqui? – Perguntei olhando para a mesa.

– Provavelmente, não. – Mika respondeu. – Qual é, Ally? Essa é sua primeira festa. Beba, fique louca, seja uma adolescente normal hoje.

– Não sei. Não me parece uma boa ideia. – falei olhando para a cerveja que Mika me estendia.

– É por apenas uma noite. O que pode acontecer assim de tão ruim? – ela perguntou sorrindo.

Mesmo com um pé atrás peguei a cerveja e bebi. Certo, essa não era a primeira vez que eu estava bebendo. Mas mesmo assim, a cada gole de dava, sentia que iria me arrepender. Bom, isso foi o que eu senti na primeira cerveja, já que na segunda estava animada. Na terceira, já estava dançando e eu odiava dança. Pouco tempo depois disso comecei a senti minha cabeça mais leve, então parei de beber. Não queria acabar dançando sem roupa em cima da mesa como Clarisse tinha feito na sua primeira festa. Então, fiquei na água mesmo. Isso depois de lavar um copo. Pelo o meio da festa, meus pés estavam me matando e decidi tomar um pouco de ar. Parei em um canto e tirei os sapatos, saindo pela porta dos fundos. Dei a volta no quintal e sair. Como a música estava muito alta e eu estava com um pouco de dor de cabeça por cinta da bebida, me afastei da casa e me sentei em um muro de uma das casas vizinhas. Acho que fiquei uns dez minutos ali, quando estava voltando para a casa vi um homem vindo em minha direção. Ele estava perto de mim e não daria para mim esconder. Dei de ombros e fui em direção a casa.

– Ei, gatinha. Está perdida por aqui? – ele perguntou quando passei pelo lado dele.

– Não. – respondi e continuei a andar.

– Onde vai? – ele perguntou segurando meu braço.

– Me solta. – falei e puxei meu braço com força o soltando. – Você é louco.

Dei dois passos antes dele puxar meu braço novamente fazendo com que eu ficasse de frente para ele.

– Estamos conversando. – ele disse tentando me beijar.

– Me solte. – falei indo para trás me afastando dele.

– Solte ela. – escutei uma voz conhecida falar e quando olhei para cima vi Rick parado ali ainda de farda.

– Senhor, não estávamos fazendo nada demais. – o cara falou e me soltou.

– Eu vi quando a segurou e tentou a beijar a força. Sabia que eu posso te levar agora mesmo para a delegacia?

– Não. – falei fazendo os dois me olharem. – Não é preciso. Apenas vai embora.

– Só se for agora. – ele disse e saiu correndo para longe da gente.

– O que está fazendo aqui? – ele perguntou olhando para mim.

– Estava na festa e me senti mal. Vim dá uma volta e ele me parou. – falei olhando para a casa de Ester. – Mas já vou voltar para lá.

– É perigoso ficar aqui sozinha. – ele disse e passou a mão no cabelo, notei que estava ferida. – Vem, vou te levar para a casa.

– Não vou para a casa. Meus pais estão viajando. Vou dormi na casa de uma amiga.

– Por isso não quis ir para a delegacia dá queixa.

– Não. Apenas não acho que meu pai vá me deixar sair novamente se chegar na segunda e ver uma denúncia em meu nome contra um homem que nem conheço. E outra, essa é minha primeira festa, então...

– Eu não vou deixar você volta para essa festa. – ele disse de repente.

– Como?

– Estou sentindo o cheio de bebida daqui. – ele respondeu e se aproximou de mim. – Se não estou enganado, você ainda é menor de idade.

– Foram apenas algumas cervejas. Três na verdade. – falei e tampei minha boca. – Eu disse isso mesmo? Droga, não podia ter falado isso. Você vai me prender.

– Claro que não. Não estou mais em serviço. – ele disse suspirando. – Eu bem que queria uma cerveja agora.

– Sei que o que vou falar parece loucura, mas... Não quer ir para a festa comigo? Posso pegar as bebidas para você e se quiser pode falar o que aconteceu, estou disposta a escutar. Ou pode apenas beber.

– Seus amigos vão sair correndo quando virem um policial.

– Não. Você entra pelos fundos comigo. No quintal de trás ninguém pode ir, eles estão construindo uma piscina, ou alguma coisa assim. Então a porta está fechada. Estão tão bêbados que nem notaram que está destrancada.

– Tudo bem. – ele concordou depois de um tempo.

Ele e eu seguimos em silêncio para a casa e entramos. O deixei ali e fui pegar a cerveja. Quando voltei encontrei ele sentado no chão olhando para longe. Ele tinha averto alguns botões da blusa e passava a mão no cabelo algumas vezes.

– Aqui. – entreguei a bebida dele e me sentei ao seu lado. – Quer falar o que aconteceu?

– Acabei de ter uma briga feia com Lori. Sabe alguns meses peguei ela e Shane juntos. – ele deu um riso sem graça. – Minha namorada e meu melhor amigo. Tão clichê.

– Tipo, juntos, juntos? – perguntei vendo ele tomar um gole da sua bebida.

– Sim. Juntos, juntos.

– Nossa. – falei e olhei para a frente.

– Eu deveria desconfiar. Mas nunca pensei que eles pudesse fazer isso comigo. Quer dizer, eles saíram algumas vezes juntos, mas nunca pensei que fosse pegar eles na cama. – ele deu mais um gole. Um mais longo que o primeiro. – Eu sou um burro.

– Eu pensei que vocês ainda estavam namorando.

– Não. Eu terminei assim que descobri a traição, mas ela continua no meu pé. Fui levar as coisas dela que ainda estavam na minha casa e ela teve um ataque.

Fiquei em silêncio. Não sabia o que falar. Rick riu quando viu minha cara.

– Não precisa falar nada. Na verdade, vamos mudar de assunto. Essa é sua primeira festa?

A gente ficamos ali bebendo e conversando. Não sabia há tempo estávamos assim. Sentados no chão falando sobre nada. Sei que já estamos rindo como dois loucos. Falávamos sobre tudo e nada. Na verdade, nem sei sobre o que estávamos falando mais. Eu olhei para o relógio e vi que ainda era uma e meia da manhã. Pelo menos, ainda tinha três horas.

– Mas você fez o teste? – Rick perguntou me olhando.

– Fiz. Mas não passei. Fui a única no meu grupo de amigas que não virou uma líder de torcida. E também fui a única que caiu de cara no chão. – falei bebendo mais um pouco e rir.

– Uma pena.

Rick disse e ficou em silêncio. Estranhando isso, olhei para ele. O que aconteceu depois disso, não foi registrado pelo meu cérebro. Apenas sei que no segundo seguinte estava sentindo os lábios dele nos meus. Senti as mãos dele na minha cintura. Passei meus braços pelo seu pescoço e correspondi o beijo. Ficamos um bom tempo nos beijamos. Quando dei por mim, estava deitada no chão com Rick por cima de mim, passando as mãos pelas minhas pernas. Quando finalmente quebramos o beijo, Rick levantou e me ajudou a me levantar. Juntos, fomos caminhando em direção ao carro dele. Rick abriu a porta e eu entrei. Pouco tempo depois estávamos em movimento. Não perguntei onde íamos. Não ligava para isso. Apenas pensava que estava com Rick em um carro, preste a ter uma noite incrível.


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