Não sei se quero escrever...não sei se quero contar.

Posso enganar os outros mas não posso enganar-me, não o vou esquecer nunca, ele é uma nódoa na minha vida, vida que eu nunca mais poderei usar.

Mudei muito, nem eu me reconheço mais, perdi uma parte de mim.

A parte que me deixava viva, me protegia e me fazia viver.

Sinto-me tão frágil sem ela, receio partir-me em mil bocados. Serei um monte de cacos...em mim já não há ninguém.

Chegou o dia que eu mais temia, o dia em que ele morreria na minha mente dando lugar à realidade que ainda parece mais dura sem ele, sem frases perfeitas e verdadeiras.

Até essas palavras acabaram, não passam de memorias, das estrelas que estavam no céu nessas noites...

Sim, sempre soube que isto iria acontecer mas não tão cedo.

Arrisco mesmo em dizer que me julgo incapaz de amo, isto é se eu algum dia o tenha aprendido a fazer.

Podia não ser amor mas uma obsessão mas duvido muito, não iria usar essa palavra em vão, não seria eu...mas também já nem sei quem sou e o que faço aqui.  

O sitio do nosso futuro é uma catástrofe, vou acabar por morrer lá sem me dar conta!