POV. MILLA

Kory passou por mim e foi entrando com cara de poucos amigos, Lucky veio logo atrás. Sem muitas opções fechei a porta e me preparei para enfrentar o furacão ruivo.

Kory - Porque saiu correndo feito doida daquele jeito ? _ já foi logo questionando com os braços cruzados.

— Bom...hehe eu tinha esquecido a panela no fogo _ que bosta hein.

Kory - Tsc para de querer fugir do assunto Milla.

— E pra quê você quer que eu diga o óbvio ! _ affs ela fica botando pressão em mim pra me ver admitindo o erro, só pode.

Kory - E o óbvio foi o Xavier ter visto você.

Comecei a ficar nervosa e me joguei no sofá de qualquer jeito, peguei uma almofada do lado e apertei contra mim.

— E como você viu, ele não se lembra de nada ontem a noite, e é melhor que fique por isso mesmo.

Kory - Melhor nada, você tá chateada por ele não ter se lembrado do que aconteceu ontem né _ a ruiva sentou ao meu lado falando mais suave.

— Ghrrr Kory o que você tá querendo que eu faça, eu já admiti a burrada que eu fiz e se eu pudesse apagar esse dia já teria o feito ! _ brandei enquanto lançava a almofada do outro lado da sala.

Kory revirou os olhos e me deu um peteleco na testa que doeu pra caralho, ué essa garota tem mais força do que dois lutadores de MMA juntos.

— Caralho, porque fez isso ! _ massageei o lugar atingido.

Kory - Pra vê se tu larga de ser idiota, fala sério Milla você achou mesmo que nossa amizade ia acabar por causa de um garoto ! O que nossa amizade significa pra você, porque ela não parece ser valiosa o suficiente pra superar qualquer problema.

Olhei pra ela estupefada, claro que pra mim nossa amizade é mais importante do que qualquer garoto, fofoca, situação ou qualquer droga que for e é por esse motivo que eu pensei que a nossa vinha a acabar. Eu pensei somente em mim quando fiquei com o Xavier, nem se quer lembrei que Kory poderia ficar magoada e isso pra mim é uma traição, sinto que trai sua confiança.

— Mas você gosta dele e eu fiquei com aquele imbecil mesmo sabendo disso !!!

Kory - Você tem razão Milla, eu gosto dele, mas como amigo _ oi ? como assim produção.

— Masoquê ?

Kory - Você fez tempestade em tampinha de garrafa Milla _ a desgraçada ainda rir _ quando eu conheci o Xavier eu pensei ter encontrado o garoto mais perfeito do mundo e por isso eu criei a expectativa de estar gostando realmente dele, mas tudo não passou de engano, a única coisa que eu sinto por ele é amizade só isso.

— E como pode ter certeza disso ?

A ruiva desviou o olhar espremendo os lábios.

Kory - PorqueeugostodoGrayson....

— O que ?

Kory - Porque eugostodoGrayson.

— Fala direito Kory ! _ ela me olhou com raiva.

Kory - PORQUE EU GOSTO DO GRAYSON !!!!!

Lucky - Disso eu já sabia _ em fim Lucky se manifestou.

— Então se você gosta do Grayson, porque pareceu mexida quando eu disse que fiquei com o Xavier ?

Kory - Porque foi um choque pra mim, você tinha sumido ontem e do nada pareceu com essa história, é lógico que eu ia ficar bolada, mas eu não fiquei com raiva de vocês, eu só fiquei frustada por que você não tinha me falado que gostava dele !

Processei o que ela havia dito e senti meu rosto esquentar e respodi indignada.

— Eu não gosto dele !

Kory - Não gosta, então porque ficou daquele jeito quando ele disse não se lembrar de nada ontem a noite, mesmo que você queira mentir eu vi no seus olhos como isso mexeu com você _ apontou o dedo na minha cara.

Merda, tá tão óbvio assim, agora mais do que nunca eu pareço uma trouxa, Xavier nem se lembra ao menos de ter me beijado então porque eu criaria expectativas.

— Do que adianta se é por você que ele é apaixonado _ isso chega até doer, eu não duvido muito ele ter ficado comigo pensando ser a Kory.

Lucky - Ai amiga, não tire conclusões precipitadas sem saber ainda.

Kory - Porque você não fala com ele...

— NÃO _ respondi de imediato _ eu não quero ter que dizer nada a ele, seria mais humilhante ainda.

Kory - Mas como você pode saber se teria chances ou não sem ao menos tentar _ olhei a ruiva seriamente.

— Kory com certeza ele ia me repudiar se soubesse que dormiu comigo, além do mais ele estava bêbado e não teve consciência do que fez, por favor só deixe assim como estar por enquanto, eu não estou preparada para encará-lo ainda.

Kory - Tudo bem _ suspirou _ se é assim que você prefere, só me prometa que não vai ficar mau por causa disso.

— Está bem, tem certeza que estar tudo bem mesmo em relação a o que eu fiz ? _ perguntei ainda insegura.

Kory - Relaxa amiga isso é passado, além do mais você só fez aquilo que sentia.

Sorri aliviada então Kory e Lucky quase me esmagaram em um abraço.

— Fico tão feliz em saber que vocês não estão com raiva de mim.

Lucky - ah aliás você saiu tão apressada da farmácia que esqueceu suas pílulas _ me mostrou uma sacola que trouxe consigo.

— Nossa obrigada Lu, se não você já estava prevendo a merda que ia acontecer.

Lucky - Da próxima vez, usem camisinha _ corei até os ossos.

Kory - E você senhorita Lucky, devo perguntar o que você e o Wally fizeram ontem a noite _ a rosada revirou os olhos.

Lucky - Nem me fale, depois que saímos da chácara ele me levou em um barzinho 24h, mas encontrou com alguns amigos dele, resultado passou a noite jogando truco e me deixou entediada, daí tive que ir embora sozinha, fui sem me despedir mesmo.

— Parece que ontem só aconteceu merda.

Kory - com certeza.

Vi a ruiva suspirar derrotada e a olhei com um olhar sugestivo.

— Então quer dizer que a Kory Anders gosta mesmo do Dick Grayson é  _ sorri maliciosa.

Lucky - Pode ir contando agora essa história, resolveu engolir o orgulho como.

Kory - Affs vocês gostam de vê a desgraçada alheia né.

— Isso pede um bom pote de sorvete de chocolate _ me levantei e fui pegar o pote enquanto Kory continuava em sua luta interna sobre contar ou não.

     POV. KORY 

Depois de contar minha fádiga experiência sábado a noite para as garotas, passámos a tarde nos entupindo de sorvete e chocolate como se isso fosse melhorar nossa crise existencial. 

 Elas me perguntaram se eu me arrependo de ter beijado o Dick, bom não é bem um arrependimento, uma parte minha está indignada por eu ter me deixado levar pela aquela boca dos deuses, enquanto que a outra parte estar tendo uma hemorragia nasal.

 Uma questão que continua inacabada é, será que vamos continuar como estávamos antes, cada um pro seu canto. Vim me fazendo essa mesma pergunta enquanto voltava pra casa. Quando cheguei em frente a minha humilde residência vi meu tio saindo.

— Ah que bom que chegou Kory _ ele desceu o halls de entrada e veio até mim.

— Boa tarde tio, onde vai com tanta pressa _ comprimentei o com um beijo no rosto.

— Vou no banco, tenho que pegar algumas contas, aliás hoje não vamos jantar em casa.

— Ué, vamos a onde, uma pizzaria ?   _ perguntei e tive certeza que meus olhos brilharam.

— O senhor Wayne nos convidou para que jantássemos em sua casa hoje.

Minha alegria foi embora tão rápido quanto veio.

— Ham ? _ perguntei de novo só pra ter certeza do que ouvi.

— Já que estamos em pleno a um domingo ele achou bom que reuníssemos nossas famílias, além do mais somos como dois pais solteiros não é mesmo.

— Não, não são porque pra começo de conversa você é meu tio, ainda dá tempo de cancelar esse jantar né _ perguntei quase que implorando.

— Oras mas porque cancelar um convite do senhor Wayne desse jeito _ me olhou como se não entendesse.

— Não precisamos de uma reunião entre famílias, ia ser constrangedor para nois, pobre anfitriões que estamos em um nível muito mais baixo que os Waynes _ dramatizei _ e ele é seu chefe, já pensou vocês dois em uma mesma mesa.

— É por ele ser meu chefe que seria uma total falta de educação recusar esse convite.

— Mas tio, somos alienígenas, ele pode notar que nossos modos a mesa são diferentes e...

— Chega de inventar desculpas Kory, hoje as 19:00hr é pra a senhorita estar pronta ouviu.

— Sim Galfore _ respodi derrotada.

Um jantar com os Waynes, era só o que me faltava. Eu planejava não vê a cara do Richard por pelo menos uma semana, agora vou ter que encará-lo no dia seguinte a qual ele me beijou, sacanagem comigo. O pior é que nem dar pra disfarçar, mais vai ter outras pessoas na mesa como o Ryan, a Donna, o Tim e aquela prima dele.

É isso, só relaxa Kory, não vai acontecer nada, nada vai sair dos padrões....eu espero. 

                 (***)

Droga mil vezes, eu tô super nervosa com esse jantar, mas vejamos pelo lado bom, vou poder entrar na mansão de Bruce Wayne, quem nunca teve esse sonho. Ao contrário de mim, Ryan tá faltando é botar um ovo de tão ansioso que tá, mais é claro, vai ficar perto da paixonite dele. Mas chega de pensar nisso, tenho que resolver o meu problema com as minhas roupas primeiro, eu não tenho nada que preste neste guarda-roupa inferno !

Calça jeans não, saia também não, conjunto....melhor não, affs que bosta, quando você precisa de roupa elas parecem desaparecer, mas na hora de lavar é outra história. Peguei um vestido verde claro, quase da cor dos meus olhos, ele é tomara que caia e como eu odeio esses tipos de vestidos peguei uma jaqueta preta pra colocar por cima, acho que uma rasteirinha tá de bom tamanho, não vamos muito longe mesmo.

 Passei somente um delineado em volta dos olhos, uns dos meus talentos é fazer delineado sem que pareça que você tem Parkinson. Usei também um rímel e batom nudes, depois prendi meu cabelo em uma rabo de cavalo lateral já que ele não estar em condições pra ser solto.

Depois que terminei de me arrumar desci pra sala onde já encontrei Ryan pronto jogando no celular.

— Nossa maninho, tomou banho de perfume é _ até o cabelo ele arrumou de uma maneira mais social.

Ryan - E aí, gostou do meu visual _  perguntou dando uma voltinha.

— Tá chique demais pra um simples jantar familiar, aí tem hein.

Ryan - Claro que não, quando o assunto é estilo eu me garanto.

Revirei os olhos, logo nosso tio também desceu já pronto.

— Então, vamos ?

— Claro !

Saímos de casa e fomos rumo ao do senhor Wayne, engraçado a gente praticamente mora quase dentro da mansão deles. Passamos pelos portões de grade que parecem ser banhados em ouro e andamos pelo jardim pequeno mas que não deixava de ser lindo com várias rosas, margaridas e orquídeas.

Subimos até a grande porta da casa e tocamos a campainha, depois de nos identificarmos o mordomo deles abriu para nois.

— Seja muito bem vindo senhor Anders _ ele comprimentou cada um de nois.

O engraçado é que eles tratam nossos sobrenomes como se fossemos todos da mesma família, mas o sobrenome Anders pertence somente a família imperial do meu planeta, no caso eu, meus irmãos e meus falecidos pais.

O mordono, Alfred muito simpático na minha opinião nos conduziu até a sala de estar muito maior do que a minha. Dá pra ver que eles não dispensam o luxo pelos candelabros de prata e porta-retratos todos detalhados em diversas formas. Me sinto um pouco deslocada nesses locais porque mesmo eu sendo de classe alta não esbanjamos tanto assim.

Depois de alguns minutos o senhor Wayne desceu e eu tenho que ressaltar, que homem ! Sério ele estar em muita boa forma, tem bom gosto e aparência sedutora, como é que ele ainda estar solteiro.

— Bem vindos a mansão Wayne, fico contente que tenham aceitado o meu convite, já estive pensando em fazê-lo algum tempo atrás.

— Obrigado pelo convite, não teria como recusar algo feito com tão boa vontade _ meu tio respondeu educadamente.

Vi de longe Donna, Tim e Bárbara descerem as escadas para nos recepcionar. Dick foi o último a descer e passou seus olhos por todos nois e quando chegou em mim deu um puta sorriso encantador, acho que até derreti aqui.

Tim - Ainda bem que vocês chegaram, um pouco mais e o Dick teria um infarto aqui _ o moreno disse levando em seguida um tapa de Richard.

— Por favor fiquem a vontade _ Bruce disse e em seguida pediu para que os seguissem.

Comprimentei Donna e Bárbara formalmente e quando cheguei em Dick apenas acenei a cabeça e tratei de caminhar junto aos outros até a sala de jantar. O cômodo era ernome com lustres em volta a mesa que dava até dó de olhar, cada um escolheu um local para se sentar sendo eu de frente a Barbs, Dick de frente a Tim, Donna em frente a Ryan que estava ao meu lado e meu tio junto a Bruce nas laterais da mesa.

Ryan - Uau vocês prepararam muita coisa só para um simples jantar não acham _ meu irmão disse ao observar o carrinho com os pratos que Alfred trazia.

Tim - Muito nunca é de mais, se não derem conta de comer todos os pratos pode deixar comigo que não vou desperdiçar nada _ Tim disse quase babando olhando para as comidas.

Barbs - Você estar ficando em cima do peso lembra _ a ruiva disse como quem não quer nada.

Tim - O caralho que estou.

Bruce - Tim ! _ repreendeu o garoto pelo palavrão.

Olhei para todas aquelas talheres na minha frente me perguntando porque não podíamos comer igual era em meu planeta. Peguei uma colher pequena pensando ser da sobremesa, tinha uma de sopa, de chá, mas pra quê raios tem colher de chá em um jantar ? O máximo que sei é usar garfo e faca, em todo caso vou usar só esses, o problema é que tem três garfos.

Alfred - Espero que apreciem, para hoje o cardápio oferece uma salada francesa Pieomontese, salmão ao Villaggio, risoto de camarão e vinho branco e estrogonofe de frango, temos também farofa de frutas secas, suco de maracujá e para os senhores vinho tinto, como sobremesa Brownie com cobertura quente de Danette.

Meu bom Zeus, isso não é um jantar, é um manjar luxuoso para ser oferecido aos deuses, nunca tinha visto pratos tão finos em uma noite só, e pelo cheiro devem ser divinos, é claro que não vou dispensar nenhum deles.

Ryan - Cara, nunca vi comidas refinadas ser tão boa quanto essas, vocês comem isso todo dia ? _ perguntou já colocando um bocado de cada no prato, sem educação.

Barbs - Claro que não kkk se disséssemos que comemos pão com ovo no café da manhã vocês não iriam acreditar.

— A última vez que comi pratos franceses como esses foi em um jantar beneficente entre empresas _ falei enquanto pegava um pouco do risoto de camarão que parecia divino.

Bruce - Que bom que gostaram, Alfred queria surpreende-los com um prato especial.

— Pois conseguiu _ respondeu meu tio.

Comecei a tentar achar a talher certa pra comer cada especiaria, mas claro que no fim acabou não dando muito certo e eu comecei a perder a paciência. Richard olhava pra mim enquanto segurava o riso e isso me irritou mais ainda.

— Do que o palhaço tá rindo _ questionei.

Dick - Sabe que não precisa usar essas talheres se não souber né _ disse enquanto pegava um garfo simples _ comemos com as simples mesmo, mas resolvemos colocar essas por que não sabíamos a preferência de vocês.

— Que bom _ suspirei aliviada.

Bruce - Bem lembrado Dick, deveríamos ter dito isso antes de começarmos o jantar.

— Sem problemas.

Nunca tinha comido tanto como essa noite, os pratos estavam maravilhosos e a sobremesa que o diga, só sei que comi tanto que fiquei triste. Depois que todos terminaram Bruce se ofereceu para mostrar ao meu tio seu compartimento especial de vinhos importados enquanto que Bárbara levou eu e meu irmão a sala de jogos.

Mano, eles tem uma sala inteira com jogos de todos os tipos que você pode imaginar.

Ryan - Que barato ! acho que nem Las vegas tem essa quantidade de jogos _ ele tava quase pra se jogar em cada um deles.

Donna - Não exagera, Tim e Dick praticamente importaram para nosso pai pra fazerem essa sala _ disse se apoiando em uma mesa de sinuca.

— É, dá pra imaginar _ olhei para a maquina de Just dance que havia em um canto, será que Donna dança.

Ryan - Aliás eu não tive a oportunidade de dizer mais seus olhos estão tão mais intensos hoje que eu poderia me afogar facilmente no azul deles _ meu irmão lançou um olhar que na opinião dele era sexy.

Donna - Vai começar com a sessão de cantadas _ a morena perguntou já desanimada.

Ryan - Desculpe, mas é impossível ficar perto de uma perfeição dessas sem exaltar sua beleza.

As vezes o Ryan consegue parecer um completo retardado, falo sério.

Donna - Acho melhor jogarmos algo em que sua criatividade seja usada para coisa melhor, que tal Poker ?

Ryan - Só se o prêmio for você gata.

Donna - Affs Ryan, seu senso de ridículo hoje tá....

Ryan - Só o tamanho...do seu coração _ fez um coração com as mãos fazendo a morena rir.

Resolvi deixar meu irmão e suas tentativas frustadas de conquista pra lá e ir dá uma volta no lugar. Quando eu estava perto da porta Dick apareceu se apoiando na mesma.

Dick - E então, prefere dicar com as crianças ou posso te mostrar o meu quarto _ fez uma sugestão.

— Pra falar a verdade a opção de ficar aqui tá sendo a melhor.

Dick - Ah vamos, não seja chata agora.

Pediu para que eu o seguisse, bufei me contradizendo e aceitei ir, não porque ele pediu claro, mas porque eu quis mesmo. Cheguei em frente a porta do quarto do moreno vendo uma plaquinha escrito " Privacidade por favor "

— Que original hein

Ele sorriu abrindo a mesma e dando espaço para que eu entrasse. Nada de diferente, eu tenho uma visão ampla de todo o quarto da minha janela então já sabia como era mais ou menos.

— Até que tá bem organizado para o que eu vi da janela _ observei os livros todos postos no lugar, nenhuma roupa espalhada pelo quarto.

Dick - Estava me observando senhorita Kory Anders _ deu um sorriso malicioso enquanto se sentava na cama.

— C-Claro que não seu idiota, você é quem deixa sua janela sem cortina _ Me virei para o lado oposto o seu, oras essa, tenho mais coisa pra fazer do que ficar bisbilhotando o quarto desse traste.

Dick - Sei

Ficamos em um silêncio desconfortável sem saber o que falar certamente, não tem nada para dizemos na verdade, eu acho.

Dick - Então, é impressão minha ou estar evitando a todo tempo olhar na minha cara _ fui pega na lata.

— O-O que, como assim, porque eu faria isso _ me fiz de desentendida.

Dick - É por causa do que aconteceu ontem ? _ filho da puta, tomare que um meteoro caia na sua cabeça !

— Não sei do que estar falando _ as vezes consigo ser mais sonsa do que o Ryan.

Ele levantou-se e andou até atrás de mim, pude sentir sua respiração perto do meu pescoço e engoli em seco.

Dick - Me odeia tanto assim que é repugnante se lembrar ? _ seu tom de voz fez com que meu coração se apertasse.

Me virei ficando de frente com o mesmo e olhei em seus olhos cor de safira. Mesmo com tanto tempo o fato de apenas saber que eles estão olhando para mim me deixa balançada. Ficamos assim em silêncio somente encarando, um nos olhos do outro até que ele levou sua mão até meu rosto tocando o suavemente.

Dick - Então, é isso ? _ tornou a perguntar

— N-Não....não é isso, é que, era tão mais fácil quando eu só te odiava _ ele surriu sem humor.

Dick - Acho que não me odeia mais tanto assim _ levou sua outra mão até minha nuca.

— Ainda estou em dúvida quanto a isso.

Sorri enquanto fechava meus olhos e senti seus lábios roçarem nos meus em um toque tímido. Não era um beijo afoito ou desesperado como os outros, mas sim um calmo em que pude conhecer cada centímetro de seus lábios que pareciam como uma droga viciante. Nos afastamos um pouco para que pudéssemos recuperar o ar e nos encaramos.

— Você só me deixa cada vez mais confusa. _ digo enquanto ele brincava com algumas mechas do meu cabelo.

— E você pensa que comigo também não.

— Eh mas eu continuo odiando você, e você continua sendo um metido filho da mãe e egocêntrico _ digo soando divertido.

— E você continua sendo a insuportável garota irritante e chata da casa ao lado _ ele me deu um selinho rápido _ mas acho melhor que seja assim.

— Então...isso não significa nada né _ tenho que ter a certeza que as coisas não vão mudar.

Dick - Vamos continuar como sempre, isso só vai ser um detalhe a mais por enquanto.

Sorri concordando, ele tem razão, isso só vai ser um detalhe a mais, vamos continuar sendo Kory e Dick Grayson importunando um ao outro como de costume. Mas Richard acertou em outra coisa também, estou aprendendo a odiá-lo cada vez menos e mesmo que eu não admita estou gostando disso.

         CONTINUA.......