Uma Qualquer História Especial escrita por UQPE


Capítulo 64
Capítulo 64 - AS Lembranças




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Durante uns segundos, só esteve presente o silêncio. Bill, Tom, Georg e Gustav não tinham a certeza do que fazer. Bill começou a bebericar a água que tinha à sua frente. Seria possível que as fãs se virassem contra eles? Que levassem o fanatismo longe de mais e não respeitassem as suas vidas privadas? E se sim, seria o fim dos Tokio Hotel?
As raparigas da frente começaram a falar entre si, e as da fila de trás, e sucessivamente. Algumas, que tinham estado a chorar durante o comunicado, tinham a cara manchada de rímel e eyeliner. Crescia um burburinho. Falavam baixo entre si, com as suas camaradas do lado, frente e trás, como se estivessem a resolver um problema. Por fim, o burburinho cessou, e do meio da massa de fãs uma rapariga levantou o punho e gritou:
- TOKIO HOTEL!
Todas as outras copiaram-na. Bill, Tom, Georg e Gustav sorriam. Bill fez que sim com a cabeça ao manager e seguiram-no, para a saída reservada. Disseram adeus às fãs. Tom virou-se para trás e sorriu-lhes. Saíram, e enquanto se dirigiam ao carro, ainda ouviam gritos de “Tokio... Hotel...”.
Bill estava radiante, não podia pedir mais. Gustav estava também contente, ocupado a mandar uma mensagem a Lia. Georg não tinha muito com que se preocupar, Anna não era conhecida, mas quando fosse, as fãs teriam em mente o comunicado. Tom estava na sua, sem razão para se preocupar.

Lia desligara a televisão. Lúcia saltava de contente. Não só ainda não eram conhecidas como as namoradas como agora não era necessário esconderem-se e temerem o ataque de fãs obsessivas ao virar da esquina. Estavam, finalmente, livres.

Um mês depois, Lia e Lúcia já estavam habituadas à vida de universitárias. Os primeiros tempos tinham sido difíceis, especialmente para Lúcia, que tinha sido praxada. Lia escapara, fingindo ser mais velha. Não tinham seguido o mesmo curso, mas estavam na mesma escola de artes. Já se tinham habituado a terem menos aulas, mais trabalho, e serem tratadas com menos respeito. Aqui, tinham de provar quem eram.
Encontraram-se à hora de almoço, só tinham aulas de manhã. Foram a um restaurante ali perto.
- ...e eu só te digo, Lú, que se aquele homem não fosse professor, já lhe tinha dado umas boas bofetadas. Ele não consegue perceber a quantidade de trabalho que nos dá a fazer!
- Não te queixes, que eu tenho dois trabalhos por cada cadeira para entregar.
Lia brincava com o arroz no prato, com cara de criança a fazer birra.
- Sabes o que eu te digo? Eles é que têm sorte. Não têm de passar por isto...
- A vida que eles têm, também não é nada fácil.
- Desculpa, mas o tempo que a gente passou com eles? Pareceu ser férias.
Lúcia de repente sorriu.
- Dá para acreditar que eu acabei namorada dum vocalista duma banda...
- Que nem conhecias. – concluiu Lia.
- E a cujo concerto nem queria ir...
- E acabaste por ir. – voltava ela a dizer.
- O irmão dele ficou com o meu número...
- E ele roubou-lho.
- Não paravam os dois de me mandar mensagens enquanto estavam fora...
- E quando voltaram, começaste a dar-te mais com a banda.
- A ficar mais próxima do Bill...
- E começaram a andar! – disse lia, em êxtase.
- Apaixonámo-nos...
- E depois houve o drama todo com a suposta namorada.
Lúcia olhou para baixo.
-É verdade...uma altura horrível.
Lia percebeu e não pôs mais sal na ferida.
- E isto tudo sem me dizeres nada! Aliás, até me mentiste! Eu, super mega fã, e tua melhor amiga! – disse, fingindo-se chateada.
- Pois foi... Quase que nos chateávamos à séria.
- Desculpa, eu estava chateada à séria!
- Sim, mas podíamos ter ficado inimigas para todos os sempres...
- Mas não ficámos. E, para além de estar ao teu lado quando foste praticamente perseguida por ser a rapariga do DVD, fomos as duas até à Alemanha para reconquistares o teu Bill! Lá também te tinhas de esconder, mas...
- ...ficámos juntos outra vez! – desta feita, concluindo Lúcia.
- Acompanhámos a minha banda preferida na Tour...
- E tu conheceste o teu ídolo!
- Pois. Até demais.
- E isso acabou mal.
- Já sei, brinquei com o fogo.
- Mas apareceu um grande amigo e bom rapaz com um extintor! – brincou Lúcia.
- ...extintor, Lú? Podias ter arranjado uma analogia melhor.
- Esta é boa. Já eras amiga do Gustav, e ele já gostava de ti. Depois daquilo de pensares que estavas grávida, ele finalmente confessou.
- E eu dei-lhe uma chance! Foi a melhor coisa que já fiz.
- Foi mesmo. Agora somos todos felizes, não é? Eu e o Bill...
- Eu e o Gustav... – dizia, pensativa.
- Não estamos sempre juntos, mas eles vêm cá muitas vezes para compensar. E desde que fizeram o comunicado que não é preciso escondermo-nos.
- O Georg e a Anna continuam...
- E o Tom e o seu ego também!
Riram-se as duas.
- Foi uma grande aventura, ahm, Lú?
Lúcia sorriu.
- Lá isso foi...

To be continued...

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