Tudo em torno daquele verão escrita por Behime Misu


Capítulo 3
Meu aniversário


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa pessoas, tudo bem? Aqui é a Behime e hoje, dois dias depois do que eu havia informado o capítulo finalmente saiu, tive alguns imprevistos esse final de semana, mas não pretendo falhar outra vez, ou mais para frente eu mude o dia, mas bom, o capítulo de hoje está resumido no aniversário da Jee, espero que curtam a leitura. Boa leitura :D



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—Apaga logo essas velas! —Eu olhei para o lado e vi Alexy gritando, quase nem era escandaloso.

—Faça um desejo. —Kentin também gritava.

Um desejo... Eu sei exatamente o que eu quero, ele... Não, eu quero eles na minha vida para sempre.

Eu fechei meus olhos, o que acabou fugindo umas lágrimas, de felicidade, e assoprei as velas. Ouvi apenas aplausos e risadas, aquele momento, eu queria que durasse para sempre. Quando voltei a abrir os olhos já me via em volta de braços, era Rosalya e Alexy.

—Olha a selfie. —Ele posiciona o celular um pouco acima dos nossos rostos e beijava minha bochecha, Rosalya fazia o mesmo. Um fleche foi visto e um belo sorriso, meu.

—Eu também quero foto. —Minha vó corria ao meu encontro. Eu rapidamente deixei meus amigos e fui para seus braços, abraçando ela fortemente.

—Obrigada vovó, eu te amo. —Seu cheirinho tão bom.

—Feliz aniversário, pequena Jeena! Vovó também te ama. —Ela beijava minha testa. Foi a melhor foto.

—Então, para quem o primeiro pedaço de bolo? —Castiel dizia, enquanto jogava seu lindo braço por volta dos meus ombros. Nosso relacionamento acabou melhorando durante os meses, ele realmente era uma boa pessoa. Só precisava levar alguns cascudos.

—Aah, isso eu já sei. —Eu esperei aquele momento a noite inteira, iria mostrar o quanto me importava com aquela pessoa e quanto o considerava.

—O primeiro pedaço vai... —Eu cortava o bolo, fazendo mistério. —Ele é meio gótico, diferente, alternativo. —Eu dava risada. —Lysandreeee. —Eu andava em sua direção e entregava o prato. Todo mundo ficara boquiaberto depois daquilo, eu não sei se estavam surpresos, eu sempre fui próxima dele, desde que ele me contou o porquê dele ser tão fechado.

***

Era quase oito da noite, eu iria passar a noite na casa dos Edmond hoje, Rosa havia combinado uma festa do pijama, eu realmente estava empolgada. Já havia preparado minha mochila, levando pijama e tudo o que ia precisar. Minha vó já havia dado permissão no dia anterior, desci a escada e caminhei até a sala, onde ela estava.

—Bom, estou indo vó, amanhã eu volto. Boa noite, te amo. —Eu lhe dava um beijo na bochecha e saía.

Atravessei a rua e toquei a campainha como de costume, Dona Annie que veio me atender:

—Olá Jee, entre, os meninos estão no quarto. —Ela sorria e me dava passagem.

—Oi tia, vou ir lá. —Sem formalidades, eu já era de casa.

Ao subir a escada eu pude ver a porta do quarto dos meninos abertas, eles pareciam animados, eu rapidamente entrei em seu quarto, pior decisão. Armin estava apenas de cueca, meu rosto ficou todo vermelho, por que será? Saí rápido dali e entrei no quarto da Rosa.

—O que deu? Ta com febre? —Ela me perguntava assustada.

—Cueca preta, Armin, volume, aaaah. —Eu dizia enquanto tampava o rosto com as mãos.

—O que? —Ela tentava arrancar minhas mãos do meu rosto o que acabou quebrando uma de suas unhas. —Sua vaca, olha que tu fez.

—Vocês estão brigando? —Armin aparecia na porta.

—O que aconteceu? —Rosalya olhava para ele, eu rapidamente me joguei na cama e me tampei com o cobertor, estava totalmente envergonhada.

—Ela me viu de cueca. —Ele respondia.

—CALA BOCA ARMIN. —Eu dizia ainda de baixo do cobertor.

—Aaah, por isso o estresse? —Ela soltava uma gargalhada.

—Imagina se me visse pelado. —Droga, acabei imaginando ele pelado. Sai pensamento, saiii!

—Pelado? Agora entendi, volume é? —Eu senti alguém subindo em cima da minha costas. —Safadinha. —Rosalya dizia, soltando gargalhadas.

—ROSALYA. —Eu me descobria e a jogava no outro lado da cama.

—Volume? Do que estão falando? —Armin continuava na porta.

—Não é nada, é melhor você ir por uma camisa. —Pelo menos a bermuda ele tinha posto. Eu empurrava-o para a entrada do seu quarto e corria de volta para o da Rosa, nos trancando lá dentro.

—Hmm, sua tarada. —Ela continuou me zoando.

(...)

 

Nós jantamos e subimos para o quarto outra vez, dessa vez fomos para o do Alexy e do Armin, havia muita tecnologia ali, pelo o que Lexy contou, era quase tudo do Armin. Quando a madrugada caiu, eu fui ao banheiro escovar os dentes, dormir sem escovar... pior coisa.

Eu estava com tanto sono que nem percebi a luz acesa, abri a porta, que estava aberta e entrei, ao entrar vi Lysandre de toalha, hoje era o dia. Tentei sair, mas ele me puxou pelo braço.

—O que vocês estão fazendo? —Ele me questionava, era difícil me concentrar, ainda mais com aquele peitoral exposto.

—Estávamos jogando Just Dance, por quê? —Eu me virava de costas.

—Opa, desculpa, vou me trocar e já conversamos. —Eu ouvi apenas o barulho da toalha caindo.   A vontade de olhar? Mentira.

—Me disseram que você não gosta de conversar. —Eu continuava de costas.

—Não é que eu não goste, é complicado.

—O que é complicado?

—Esse negócio de ter irmãos adotados.

—Por que está me falando isso?

—Eu ouvi você pedindo a eles para me chamar.

—Você está escutando atrás da porta agora?

—Não é isso, é que às vezes eu me sinto sozinho.

—Talvez porque a culpa seja sua.

—Eu sei que é, mas eu também sofro.

—E por que você não fala isso para eles? —Eu escutei alguns soluços e ao me virar, vi o rosto de Lysandre todo encharcado.

—Eu não os odeio, nunca odiei. — Era muito triste tudo aquilo.

—Então, por quê?

—Minha mãe não gosta de tocar no assunto, mas eu já tive um irmão, de sangue. O nome dele era Leigh, eu tinha quatro anos quando ele morreu. Me lembro que nós éramos melhores amigos, fazíamos tudo juntos e nunca brigamos. —Ele começou a chorar ainda mais.

—E-eu não sabia, sinto muito Lys. —Eu não pensei duas vezes ao me aproximar e abraça-lo o mais forte que eu podia, eu sabia o que era perder alguém.

—Eu não consigo me abrir, eu não consigo substituir meu irmão. Eu tento, mas é difícil. —Ele desabava em meu colo. Apenas consegui ouvir o som da porta se abrindo, olhei para o lado e vi seis silhuetas, uma em cima da outra.

—L-lysandre... —Alexy dizia falho, seus olhos estavam brilhando.

Cada um acabou se abraçando, eu fiquei muito feliz por participar daquele momento, depois disso Lysandre finalmente conseguiu se abrir e se divertir com os irmãos.

***

—Como assim Lysandre? —Nathaniel vinha me cobrar após o alvoroço.

—Deixe de ser ciumento, ele é meu amigo também. —Eu beijava com força sua bochecha.

—Mas nós também somos. —Armin chegava de fininho por trás.

—Caramba Armin, me assustou. —Eu empurrava-o e saía de perto.

A festa estava um arraso, minha vó havia caprichado na decoração, música eletrônica tocando ao fundo, porque minha mente estava concentrada em outra coisa, Dake. Era, digamos que meu “ex-namorado”, não é bem namorado, eu apenas fiquei com ele por algumas semanas, ele era muito galinha, não vivia com apenas uma garota.

—Oi princesa. —Ele se aproximava me entregando uma caixa toda fofinha.

—Me trouxe presente? —Era um espanto é claro, ele não costumava agradar as garotas.

—Espero que goste, é aquele livro, “Inferno”, que tu tanto queria. —Ele continuava sorrindo, era tão bonito seu sorriso, pena que iludia um monte de trouxas, coisa que eu não era mais (ok, não).

—Muito obrigada. —Eu lhe abraçava e fugia daqueles olhos verdes e aquele cabelo loiro que eu tanto gostava. Ainda mais quando ficava caindo sobre minha pele.

Eu estava indo para o salão de comida, porque tudo era dividido, quando dei a volta na entrada acabei vendo Armin e Charlotte se beijando, ela era uma das melhores amigas da Ambre, a patricinha da escola.

—Armin? —Eu ficava observando, enquanto ele desprendia seus lábios com o dela.

—Hein? —Ele perguntava ao abrir os olhos, parece que se espantou com a minha presença.

—V-você viu o Lysandre? —Eu gaguejava, estava envergonhada e triste, não irei negar.

—O seu preferido? —O tom da voz havia ficado mais grave e ele parecia irritado.

—Mas, o quê? —Eu perguntava desacreditada.

—Não sei, procure sozinha. —Ele passava por mim, me deixando sozinha, fiquei com a cara tipo, WTF?!

Continuei indo para o salão de comidas, o lugar não estava tão cheio, não que havia muitas pessoas, no máximo 100 (contando com os amigos da minha avó), que estavam exatamente naquele recipiente:

—Eeeeh, lá vem nossa pequena Jeena. —Senhor Denis e Senhor Raul diziam em conjunto.

—Olá, estão se divertindo? —Eu me aproximava da mesa deles.

—Oh se estamos, está tudo maravilhoso. —Dona Justine, esposa do Senhor Raul dizia, enquanto sorria.

Fiquei mais um tempinho conversando com eles, depois acabei achando Lysandre, ele estava num canto conversando com Alexy e Violette.

—Vocês acham que ele gosta dela? —Eu caía no assunto como paraquedas, estavam conversando sobre Nathaniel e Melody, ela era a Presidente do Grêmio Estudantil e uma das minhas melhores amigas.

—Olha, do jeito que ele olha para ela... —Alexy dizia.

—O que vocês pretendem fazer? —Violette quase sussurrava ao falar tal frase.

—Juju, você tem que aprender a falar um pouco mais alto, se solta menina. —Alexy acaricia de um jeito carinhoso os cabelos dela.

—Juju? —Lysandre perguntava sem entender.

—De jujuba. Nunca conheci menina tão doce como ela. —Alexy apertava as bochechas dela, que nem havia feito comigo, pobre Violette.

—O que você tem? —Lysandre sussurrava em meu ouvido.

—N-nada. —Eu sempre gaguejava nos piores momentos.

—O que houve? —Alexy perguntava espantado, acho que havia falado alto demais.

—Não é nada, precisamos resolver algo. —Lysandre me puxava para fora do salão. —Diga, o que você tem? —Ele insistia na pergunta.

—Mas que saco, já falei que não tenho nada.

—Está mentindo.

—Por que eu mentiria?

—Para esconder algo que não quer falar?

—Não é nada.

—Você não sabe mentir.

—Sei sim.

—Aah, então você admite que está mentindo? —Ele parecia se vangloriar.

—Não mesmo, apenas disse que sei mentir. —Eu cruzava os braços.

—Vai, desembucha. —Ele parecia irritado.

—Que droga! Eu apenas vi algo que não me agradou, só isso. —Eu me emburrava de birra.

—E o que foi?

—Não quero falar.

—Tudo bem, mas se você se sentir mal, venha me falar, está bem? —Ele acaricia meu rosto, colocando uma mecha de cabelo para trás da orelha.

—Prometo. —Eu sorria e lhe abraçava. Meu relacionamento com ele era perfeito, nós nos entendíamos e ele era um ótimo amigo, apenas amigo pois meu coração já pertencia a outro.


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Notas finais do capítulo

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