Tudo em torno daquele verão escrita por Behime Misu


Capítulo 1
Antes do começo


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa, tudo bem? Bem eu sou a Behime e esse é o começo de uma longa/nem tanto jornada, onde vocês amaram ou odiaram a nossa protagonista Jeena, ou como ela mesma gosta, Jee.
Essa estória foi baseada em um sonho que eu tive com o BTS, porém eu prefiro me iludir com seres fictícios do que lidar com a realidade ;-;
Espero que curtam a fic, boa leitura :D



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—Parabéns pra você

Nessa data querida

Muitas felicidades

Muitos anos de vida. —Todos cantavam juntos, enquanto eu estava atrás do bolo segurando as lágrimas, para não destruir a minha maquiagem.

Depois que eles apareceram em minha vida, muita coisa mudou, como por exemplo, eu comemorar meu aniversário. Fazia mais de cinco anos que eu não comemorava, o motivo era a ausência dos meus pais, não, eles não haviam morrido apenas me largaram por causa do emprego. Tudo começou quando eu tinha dez anos, era o dia do meu aniversário, eu estava ansiosa para ver meus pais, mas depois que minha mãe ligou avisando que não poderia vir, meu coração se partiu, acho que foi o ano em que mais chorei na minha vida. Eu só tinha aquele momento para ver seus rostos, então por quê? Por que eles não poderiam abandonar só um pouco o trabalho e vir me ver? Então eu desisti de ver eles e principalmente, de comemorar meu aniversário. Mas tudo mudou há um ano, quando meus mais novos sete vizinhos se mudaram.

—Parece que temos vizinhos novos. —Minha vó dizia enquanto espionava na janela.

—A senhora deveria ir lá ver quem eles são. —Para depois vir me contar, porque eu não teria coragem. Eu continuava secando a louça.

—Eles parecem ter mais a sua idade, é melhor você ir lá. —Ela me olhava, aquele olhar... eu seria obrigada a ir.

—Veja, tem gente adulta lá também. —Eu apontava vendo dois senhores saindo de um carro super chique, não eram bem senhores, a morena de cabelos curtos e vestido comprido parecia uma moça, o que valia para o seu marido, o belo senhor de cabelos grisalhos e roupa social.

—Está decidido, vou fazer alguns cookies e você irá entregar e dar boas-vindas. —Ela se encaminhava para o armário, retirando o trigo e o açúcar.

—Vovó, isso não é justo, a senhora também tem que dar boas-vindas, eles também são seus vizinhos. —Sozinha? Dar boas-vindas para meus novos vizinhos? Nem ferrando. Eu continuei choramingando até ela dizer... que não ia.

—Eu estou com dor nos pés, você irá sozinha. —Ela misturava os ingredientes e mexia.

—A senhora está em pé fazendo cookies, me parece muito bem. —Eu me apoiei no balcão esperando finalmente um sim.

—Exatamente, depois de fazer os cookies meus pés estarão destruídos. Vamos lá Jee, você tem que parar de depender de mim, já está com quinze anos. —Ela sorria docilmente, como se aquele sorriso manipulasse a minha excitação. Eu não era tão dependente dela assim, apenas precisava dela ao meu lado, para sempre.

—E se eles não gostarem de mim? —Choramingar sempre foi meu ponto forte e foi desse jeito que eu consegui ir à pré-estreia dos Jogos Vorazes.

—Como não gostar de uma garota tão adorável feito você, minha pequena Jeena? —Pequena Jeena? Agora eu tinha certeza, iria ter de ir sozinha mesmo. Ela lambuzava a ponta do meu nariz com a massa.

—Aaah vovó, vai ter volta. —Eu ria e saía em direção ao meu quarto.

Precisaria tomar um banho e colocar uma roupa apresentável para ir dar as boas-vindas, já que aquela casa estava mais para uma mansão. Terminando o banho eu coloquei minha velha e AMÁVEL, jardineira jeans preta, com uma blusinha branca de manga e meu all star também preto. Eu adorava combinar cor, cores misturadas para mim não rolava, preferia cores combinando. Tentei arrumar meu longo cabelo, vindo um pouco acima da cintura, ruivo e passei um rímel de leve nos meus olhos cor de mel. Acho que havia emagrecido, a jardineira estava um pouco larga na parte do bumbum, antes de descer, dei ração para o Tuby, meu coelhinho que tinha 4 meses. Deixei para lá e descia as escadas, o cheirinho dos cookies estava maravilhoso, a minha vontade era de esquecer os vizinhos novos e comer tudinho, mas minha vó não permitiria, então nem insisti.

—Não se esquece de pedir desculpas por mim. —Ela gritava do outro lado da casa, provavelmente estava na estufa. Nós adorávamos flores e plantas.

—Está bem, mas vai ter que preparar aquele café, te vejo depois. —Eu pegava a cesta de cookies que havia em cima da mesa e depois saía de casa, a cada passo meu coração acelerava mais, precisaria me acalmar antes de apertar a campainha, ou acabaria gaguejando e passando vergonha.

Ao atravessar o jardim e ficar totalmente encantada com ele, eu respirei fundo e meus dedos deslizaram na campainha. Fiquei olhando para os lados e respirando fundo até uma garota de cabelos brancos e olhos dourados vir me atender.

—Olá, posso ajudar? —Sua voz era doce e ela era muito bonita.

—Olá, meu nome é Jeena e eu sou a vizinha do lado. —Eu tinha a impressão de estar falando baixo, mas não importava, estava envergonhada demais. — Minha vó fez esses cookies, ela gostaria muito de estar aqui para deseja-los boas-vindas, mas infelizmente está com um pouco de dor nos pés, ela já tem certa idade sabe? —Eu lhe dava o maior sorriso possível, talvez para disfarçar o nervosismo.

—Nossa! Muito gentil da parte de vocês duas. —Ela sorria na mesma intensidade. —Por favor, entre. —Ela parecia mais eufórica do que o normal, mal deixou-me responder e me puxou para dentro.

O local era imenso, ao meu lado esquerdo havia uma parede levando para não sei aonde, no lado direito havia duas poltronas e uma lareira, no centro uma enorme escada cheia de detalhes, atrás dela eu podia ver claramente dois sofás brancos, uma televisão enorme, algumas estantes com livros e alguns quadros. A menina foi me adentrando cada vez mais na casa, além da sala de estar, atrás da escada também havia uma porta, só que estava fechada. Ao por meu pé na sala eu pude ficar cada vez mais encantada com aquele ambiente, era tudo muito clássico e chique.

—Você pode esperar aqui, eu vou lá em cima chamar meus pais e meus irmãos. Fique a vontade. —Ela sorria e saía do meu campo de visão. Eu fiquei lá sentada, paradinha para não estragar nada naquela casa, não teria dinheiro o suficiente para pagar qualquer coisa que tivesse ali. Após alguns minutinhos eu pude escutar vozes e o barulho de passos na escada. De repente o que parecia uma sala enorme, ficou pequenas com aquelas nove pessoas. Cada um diferente do outro, além da garota de cabelos brancos, havia um rapaz de cabelos castanhos e olhos verdes, outro de cabelos prestos e olhos azuis, outro com cabelos pegando fogo, de tão vermelho e olhos cinza, outro com cabelos azuis e olhos violetas, outro de cabelos loiros e olhos dourados e o que mais me chamou atenção, não sei se foi o cabelo, que era branco com as pontas um pouco acinzentadas ou os olhos de cores diferente, um era de cor verde e o outro âmbar. Além dos dois senhores de hoje mais cedo.

—Bom... Prazer em conhecê-los. —Era evidente o meu nervosismo, com todos aqueles olhares direcionados a mim, todo mundo ficaria vermelho, eu não era diferente.

—Que fofa ela corada. —O rapaz de cabelos azuis se aproximava e apertava de leve minhas bochechas.

—Alexy, se comporte, vai assustar a menina. —Era vez da senhora de cabelos pretos e olhos castanhos claros falar. —Desculpe senhorita? —Ela esperava eu responder meu nome.

—Jeena, meu nome é Jeena. —Eu olhava-a e sorria.

—Prazer em conhecê-la senhorita Jeena, estes são meus filhos. —Eles apressadamente fizeram uma fileirinha, como se já fosse algo cotidiano. —Rosalya, ou Rosa. —Ela se referia à menina de cabelos brancos. —Alexy. —Menino de cabelo azul. —Armin. —De cabelo preto. —Castiel. —De cabelo vermelho. —Nathaniel. —De cabelo loiro. —Kentin. —Cabelo castanho. —E Lysandre. —O que tinha heterocromia. —Meu nome é Annie, este é meu marido Louis e nós somos a família Edmond. —Ela suspirava após toda a apresentação, e eu ficava sentada ali de boca aberta, sem reação.

—Foi muito gentil de sua parte vir nos visitar, onde costumávamos morar as pessoas eram um pouco rudes. —Foi à vez do senhor Louis falar, ele parecia amigável.

—Digamos que nem todas as pessoas aqui são gentis, mas a minha vó soube me educar muito bem. Espero que gostem dos cookies. —Ao terminar minha fala, todos direcionaram o olhar para o menino de cabelos castanho, Kentin. Ele estava com a boca cheia dos cookies.

—Kentin! —Rosalya dava um beliscão no irmão, enquanto o resto caía na gargalhada.

—Me desculpe, Kentin é viciado em cookies. —Nathaniel, o menino de olhos dourados dizia, enquanto sentava-se ao meu lado.

—Não tem nada, ainda bem que ele gosta. —Eu ria.

—Está uma delícia, vou viver na casa da sua vó. —Kentin dizia ainda com a boca cheia.

—Você está de férias? —Castiel me perguntava.

—Não, mas falta uma semana para terminar, por quê? —Talvez eles se transferissem para a minha escola?

—Normalmente ficamos na casa da nossa avó quando estamos de férias. —Ele respondia.

—Na verdade eu moro com minha avó. —Eu sorria para disfarçar o que estava sentindo.

—E seus pais? —Ele continuava insistindo naquilo.

—Desculpa, preciso ir. Foi um prazer conhece-los. —Eu rapidamente levantava e caminhava até a porta.

—Espera! —Rosalya segurava em meu braço. —Fizemos alguma coisa de errado? —Ela se posicionava em minha frente, eu rapidamente abaixei a cabeça, era difícil ainda conversar sobre meus pais.

—Não, vocês foram ótimos... Eu realmente preciso ir. —Ignorava o que ela iria dizer e corria para casa.

Ao abrir a porta de casa pude ver minha vó sentada no sofá, tentei passar despercebida, mas já era tarde:

—Então, como foi? —Ela ajustava os óculos e sorria.

—Foi ótimo, eles são simpáticos... Amanhã eu vou ter uma prova, acabei esquecendo, vou subir para estudar, está bem? —Eu não esperei ela responder, apenas subi e me tranquei lá dentro. As únicas vezes que eu ouvia a palavra pais era quando havia uma data comemorativa para eles, o que eu com certeza não comemorava, até porque meus pais é minha vó. O horário do jantar chegou, minha vó foi até meu quarto me chamar:

—Jeena, fomos convidadas para jantar na casa dos vizinhos novos, se arrume. —Sua voz atravessada à porta de cor branca e com detalhes de flores do meu quarto.

—Estou sem fome. —Eu ainda estava com a cabeça afundada nos travesseiros.

—Esperarei lá embaixo, não demore. —Eu adorava quando minha vó me ignorava.

Pus outra roupa para disfarçar a falta de banho, escovei os dentes e amarrei meu cabelo. Desci a escada e vi a senhora Annie sentada em um dos nossos sofás, ela parecia bem mais descontraída que o normal, estava esbanjando sorrisos, até me ver.

—Boa noite senhora. —Eu entrava na sala e parava me apoiando no braço do sofá ao lado da minha vó.

—Dona Marieta acabou de me contar que você gosta muito de flores. —Seu sorriso parecia um pouco distante, aposto que minha vó contou bem mais do que isso.

—Se a senhora venho se desculpar por causa do que o seu filho disse, fique tranquila, eu estou bem. —Eu estava mesmo bem.

—Desculpe meu filho Castiel, ele não teve a intenção... —Eu não pretendia interrompe-la, mas não fazia sentido ela se desculpar.

—Está tudo bem mesmo, vocês são novos aqui, não poderiam imaginar o que havia acontecido. —Eu me agachava na sua frente, segurava em sua mão e lhe dava um sorriso sincero.

—Fico feliz por isso. —Ela também sorria.

—Então, vamos jantar? —Minha vó levantava-se do sofá e caminhava até a porta de entrada.

—Vamos. —Eu levantava-me também.

—Você está muito bonita nesse vestido. —Nós caminhávamos até a porta da sua casa.

Ao chegar ela direcionou eu e minha vó para o lado esquerdo da casa, ali ficava a cozinha, ao lado da mesma, a sala de jantar, era tão grande quanto a sala de estar. Muito iluminado por causa das janelas enormes, na verdade não, porque estava de noite. Uma mesa enorme com tampa de vidro se localizava na parte central, onde havia uns doze lugares, ou seja, doze cadeiras, a luminária acima era incrivelmente incrível, toda dourada. Havia também uma televisão na parede do outro lado e um bar perto da entrada, eu avisei que estava mais para uma mansão. Os pratos já estavam colocados em seus devidos lugares, eu nem prestei muita atenção na cozinha, apenas reparei que havia três pessoas, toda vestidas de uniforme branco com preto, eram os empregados. Esperei a senhora Annie mostrar-nos onde sentar, fiquei um tempinho ali sentada, até Rosalya chegar.

—Boa noite, prazer em conhecer a senhora? —Ela olhava para a mãe, como se implorasse o nome da minha vó.

—Marieta. —Minha vó respondia, estava com um sorriso largo nos lábios.

—Senhora Marieta, desculpe os modos, mas vou ter que sequestrar um pouquinho a sua neta. —Ela sorria e me puxava, levando-me escada acima.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do começo da estória, caso gostarem, não esqueçam de favoritarem, deixar seu comentário e recomendarem (~okei, sei que sou folgada u.u).~XOXO, Behime Misu



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