De Repente É Amor escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 33
Capítulo 32 - Artigo Entregue.


Notas iniciais do capítulo

Gente, estou postando rápido, hein? Voltei com um capítulo que eu esperei bastante tempo para postar, sério, ele já estava escrito a muito tempo, e tem um acontecimento bem especial nele!
Por favor, ouçam a música colocada nele, quando a mesma aparecer, pois ela foi fonte de basicamente toda minha inspiração para escrever esse momento!
Boa Leitura!



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            Ponto de vista: Florence Elliott.

Demorei bastante tempo para decidir sobre o que se trataria esse artigo, digo, minha missão era encontrar algo que eu não entendesse, e montar uma teoria coerente para explicar essa coisa. Há muitas coisas que não entendo, logo que sou somente uma adolescente inexperiente, descobrindo a vida aos poucos, tudo bem que já tive experiências trágicas que me fizeram crescer mais rápido que todas as outras pessoas, mas, isso não me torna sábia o suficiente para compreender tudo e porque as coisas são como são. Sim, há milhares de coisas as quais eu não entendo, mas, essa é a principal delas[...]

...E isso sou eu, tentando achar sentido em algo que filósofos estudam há anos sobre, essa sou eu, Florence Elliott, dizendo a vocês que simplesmente existem coisas, que não tem como ser explicadas.

         Encarei a tela do computador sorrindo em expectativa, e após alguns segundos, eu finalmente o fiz, eu cliquei no enter e enviei o artigo para a diretoria de Harvard. Era aquilo, aquilo era minha chance de conseguir o futuro que sempre quis, eu estava há alguns passos dele, e tudo o que eu precisava para ir até esse futuro era uma resposta positiva.

 —Por que está com essa cara? — Peggy do outro computador, na sala do jornal, questionou isso, com uma sobrancelha arqueada. Passada uma semana desde a grande festa de aniversário que ela armou em minha casa, a mesma voltou a ficar super concentrada em seu trabalho na escola, tudo isso para que a faculdade escolhida por ela, levasse em conta seus esforços.

—Eu enviei o artigo para Harvard. — revelo para ela, que arregala os olhos, antes de soltar um gritinho animado. Não demora muito para que ela se levante e corra até mim, puxando sua cadeira giratória para minha frente e me encarar sorridente.

—Como assim? Você não disse que já tinha acabado. — acusa sem entender.

—Bem, no meu aniversário aconteceram várias coisas, coisas emocionantes, você sabe...E uma delas, uma frase que Dake me disse para ser mais específica, fez com que eu notasse sobre o que eu realmente queria falar, e depois eu só soube; Eu estava pronta. — lhe conto sorrindo.

—Vai me deixar ler? — indaga animada.

—Não. Só mostrarei se conseguir a bolsa. — decreto e ela revira os olhos.

—Qual é! Deixe-me ver. — quase implora.

—Já disse que não, Peggy. — não cedo para ela, não dessa vez.

                 Peggy suspira e logo dá-se por vencida.

—Okay, mas, devemos comemorar, enviarei mensagens para todos, e faremos isso na hora do intervalo. — não me dá nem tempo de negar isso, eu simplesmente assinto.

            Peggy vai atrás de seu celular, para fazer o que disse, e eu aproveito a deixa para pegar o meu e checar as mensagens. Não fiz isso em nenhum momento hoje, monopolizei todo meu tempo, na correção final do artigo. Haviam algumas mensagens de Agatha, mas, eu as ignorei sabendo que provavelmente não era nada importante. Me foquei somente em uma; Na de Nathaniel.

#Se você vir na sala dos representantes em exatos dez minuto pode conseguir algo bem proveitoso.

         Seu aviso me fez rir, logo chequei o horário da mensagem e percebi que ela havia sido enviada há mais de meia hora. Perdi o prazo então. Em todo caso, decidi que deveria ir, por isso, sem me preocupar em dar satisfações a Peggy, me pus para fora da sala do jornal.

                Entrei na sala dos representantes sem bater, e quando cheguei lá, encontrei a imagem de um Nathaniel completamente concentrado em algumas folhas, sentado de frente para a bancada que rodeava todo o espaço do lugar. Fingi uma tosse, e ele se virou para mim, sorrindo da forma mais sincera que pôde.

          Estava começando a me acostumar com aquele sorriso, agora eu recebia ele a cada vez que via Nathaniel, ou após cada beijo nosso. Ele tem estado realmente feliz ultimamente, e isso simplesmente me contagiava, desde meu aniversário temos tido isso, esse relacionamento sem rótulos ou complicações. Ele não me cobrava nada, e isso era a melhor parte, porque eu mesma não sei a que ponto estou disposta a ir, ainda existiam partes de mim machucadas sobre Dake, e eu não sabia quando elas seriam restauradas por completo.

   —Ainda posso receber meu prêmio? — indago arqueando uma sobrancelha, ele se levanta e em um movimento rápido me puxa pela cintura, aproveitando para me presentear com u beijo lento que relaxa todo meu corpo, após horas trabalhando naquele artigo. — Okay, já posso aceitar esse beijo como um prêmio. — lhe comunico quando nos separamos, e o abracei com carinho.

—Eu meio que menti sobre o prêmio, se eu for falar a verdade, ele soa mais como uma punição por algo. — admite me fazendo rir.

—Uau, você está ficando mal, Nathaniel. — acuso e em seguida lhe dou um selinho.  — Do que se trata? — questiono curiosa, ele se separa um pouco de mim, e pega um envelope de cima da mesa.

—São ingressos para uma exposição no aquário municipal, um artista amigo da minha mãe vai expor, e ela me deu esses dois ingressos, ela vai estar lá, acho que está treinando algum tipo de conciliação comigo, é hoje a noite, não queria ir sozinho. — me comunica meio inseguro.

—Fico feliz por pedir minha ajuda com isso, e eu ficaria realmente feliz em te acompanhar, não será esforço algum. — lhe tranquilizo sobre isso.

—Você parece feliz. — fala acariciando meu rosto.

—Como eu poderia não estar? Nós nos acertamos de um jeito só nosso, e eu consegui enviar o artigo. — estou quase radiante sobre a última parte.

—Sério? Isso é maravilhoso, Flore. — parece realmente orgulhoso de mim.

—Sim, nem parece real...Um dia, eu era essa garota que sonhava com isso, e agora eu finalmente tentei.  — soou meio nostálgica.

—Esses somos nós, crescendo. — diz no mesmo tom.

—Ei! Vamos comemorar no intervalo, não quer vir conosco? — ofereço e ele suspira.

—Não, acho que seus amigos ainda não estão prontos para me terem com ele, principalmente Castiel. — faço uma careta sobre isso.

—Vocês deviam dar um basta nessa birra infantil, sério! O ensino médio vai acabar daqui a pouco e vocês ainda estão nessa, é uma droga que meu namorado não possa andar com meus amigos. — lhe conto no automático e ele abre um sorriso enorme. — O que foi? — indago sem entende-lo.

—Você se referiu a mim como seu namorado, no entanto, eu não fiz um pedido ainda. — olhei para ele, sorrindo largamente também.

—E você pretendia fazer um? — realmente quero saber.

—Ah, você me conhece, surpresas grandes sempre. —  ele zomba, e eu bato no seu ombro de brincadeira.

—Não precisa de exagero, é um sim de qualquer forma. — admito e ele suspira.

—Então...Florence Elliott, você quer ser minha namorada? — indaga sério, eu acaricio seu rosto também.

—Sim. Com certeza sim. — após isso, ele simplesmente me beija de novo, de modo que quase todo meu ar vai embora, e a certeza de um recomeço volta com força para meu ser.

[...]

         Estou com um sorriso no rosto, me lembrando da farra que meus amigos fizeram no refeitório durante o intervalo, enquanto ando distraidamente pelo calçadão da praia perto de minha casa. Era um fim de tarde bonito, o alaranjado do céu, estava tão brilhante que parecia até uma pintura divina, aliás, não parecia, aquilo era realmente uma pintura divina. Parei e cruzei os braços, encarando aquilo, completamente encantada.

—Acho que eu já disse isso, mas, quem olha assim para o céu é porque está apaixonado. — baixei meus olhos surpresa, e dei de cara com a imagem de um Dake meio abatido a minha frente. Eu não o via desde meu aniversário, aquele no qual tivemos mais uma briga, e dissemos coisas realmente complicadas um ao outro. Ele simplesmente sumiu, ouvi Castiel dizer que fora passar uns dias com seus pais.

—Hey. — o cumprimentei um tanto hesitante, não querendo responder a sua acusação velada, ele sorriu de lado.

—Nós podemos conversar? — ele pediu aquilo em um tom sério, que poucas vezes eu o vi usando.

—Eu não acho que seja uma boa ideia. — lhe conto mordendo os lábios.

—Por favor. — pede em tom de súplica.

—Okay. — concordo, então aponto em direção ao quiosque da praia, vamos até lá em silêncio, e é ainda nele, que nos acomodamos em cadeiras de frente para a cobertura de palha.

—Eu sinto muito. — ele começa com isso, e eu dou um suspiro. —Sei que quem devia escutar essas palavras de mim, é Nathaniel, mas, não é surpresa nenhuma que não me importo sobre como ele se sente a respeito das minhas ações, me importo somente com você e sempre vai ser assim... — engulo a seco com aquela declaração. — Eu estou perdido, Florence, tenho agido como um babaca pior do que realmente sou, porque eu já não sei mais ser bom sem você...É como se...Eu não sei...Quem é Dake West sem Florence Elliott? Você de alguma forma sempre foi a pessoa que me impulsionou a ser melhor, e agora parece que você me odeia, e só o que faço é ferrar com tudo, várias e várias vezes.  Por que dessa vez foi diferente? Por que dessa vez não conseguimos achar o caminho de volta um para o outro? — ele questionou, aparentemente desesperado por aquela resposta.

               Eu queria que fosse simples, que responde-la não doesse em mim de uma forma devastadora, mas, não era assim que as coisas aconteciam, o fácil não vem com frequência.

—Porque, eu acreditei que havia um limite para suas inseguranças, que você nunca ultrapassaria ele, mas, quando você fez aquilo, a minha certeza se rompeu...Eu sou boa em achar o melhor das pessoas, Dake, mas, isso não quer dizer que não sou capaz de desistir delas. — admito para ele de forma sôfrega.

—Você desistiu de mim? É isso? Eu te perdi para sempre? — parecia devastado.

—É uma longa vida, Dake...Um dia, quando você descobrir que pode ser uma pessoa melhor sem precisar de mim, talvez...Talvez a vida seja mais gentil com a gente, talvez haja uma nova chance, mas, agora...O que tínhamos deixou de existir. — digo aquilo com dor.

—Eu tentei me afastar, fingir que posso não ser egoísta, sobre o fato de que você está com Nathaniel agora, eu tentei de verdade ser a pessoa que fica feliz com a sua felicidade, mas, não consigo, esse não sou eu, esse é ele. Quando eu perdi você, eu perdi tudo, Florence, e não sei se sou capaz de construir algo de novo. — Dake parecia estar sofrendo tanto.

                  Sem medir minhas ações, agarrei sua mão por cima da mesa, e olhei para ele, tentando tirar toda mágoa da minha expressão.

—Um dia, eu prometi que nunca mentiria para você, e é por isso que estou sendo sincera sobre o fato de como me sinto agora...E você prometeu que seria menos egoísta, então comece cumprindo isso de verdade, tentando com todo seu coração...Você não me perdeu para sempre, Dake, só perdeu a garota que era apaixonada por você...Agora, eu acho que você precisa achar seu caminho sozinho, e eu torço de todo o meu coração, para que não se perca no processo. — sou verdadeira, e ele suspira, apertando minha mão com firmeza.

—A vida é estranha, um dia, eu tinha tudo com você, e agora só tenho migalhas dessa atenção. — dou um sorriso de lado para ele.

—Se for suficiente para você, agora você também tem meu perdão. — lhe conto, e sem mais delongas solto sua mão e me levanto.  — Eu tenho que ir. — lhe comunico.

—Foi bom conversar com você, Flore. — me diz, e eu nem me incomodo pelo uso do apelido.

            Apenas lhe lanço um sorriso leve e sigo para casa.

[...]

         O aquário estava repleto de pessoas em trajes elegantes, ao meu lado, Nathaniel forçava um sorriso para alguns caras mais velhos que o cumprimentavam, o reconhecendo como o filho de Francis Dilaurentis, no fim, desconforto resumia o que ele sentia sobre esse titulo, e não é para menos.

.         Os quadros do artista da noite, baseavam-se em fotografias de criaturas aquáticas tiradas dos mares do mundo todo, era uma coisa bonita de se ver. A exposição ficaria aqui por duas semanas, e parecia realmente famosa, pois logo em seu primeiro dia, já encheu o lugar.

—Isso é tão tedioso. — Ambre que veio conosco comentou, segurando em sua mão um drink, que eu pedia mentalmente que fosse sem alcóol, já que um vexame aqui não soava aconselhável para nenhum lado.

—Eu achei interessante. — a contrariei, e Nathaniel beijou minha bochecha, antes de concordar comigo. Sorri pelo carinho.

—É claro que achou. — ela diz com deboche, fazendo uma careta para uma imagem de um peixe-boi em um ângulo peculiar. — Só a mamãe para nos forçar, a vir numa coisa como essa. — dramatiza, antes de tomar mais um gole de sua bebida.

—Ela não nos forçou, Ambre, só convidou. — Nathaniel a corrige, segurando minha mão com firmeza, ao que parecia, naquela noite eu era seu bote salva-vidas.

—Como se você não conhecesse Adelaide Dilaurentis, ninguém dá um “Não” para ela, sem sair afetado. — Ambre diz com desdém.

—É lindo como vocês falam dos seus pais como se eles fossem ditadores. — debocho, e Nathaniel ri.

—Eles são, mas, a Adelaide não é a pior dos dois, conseguimos lidar com ela, certo, Ambre? — questiona para a irmã, que suspira.

—Sim, fingi a vida toda que gostava das ordens dela, por que não fazer isso por mais uma noite? — questiona para si mesma, e exibe o sorriso mais falso do mundo, quando a elegante mãe dos dois, aparece em nossas vistas e segue em nossa direção.

             Logo que chega mais perto, a mulher trajando um vestido caro, e uma expressão de superioridade, me avalia dos pés a cabeça, e em seguida pigarreia.

—Oh meus filhos, fico tão feliz que tenham vindo como pedi. — aquilo realmente não soa sincero. — E quem é essa bela moça? — questiona me encarando, fingindo que só me notou agora.

—Florence, minha namorada. — Nathaniel me apresenta com orgulho, e eu me encosto em seu ombro.

—Eu não sabia que estava namorando. — franze as sobrancelhas para mim, e eu dou um meio sorriso mais verdadeiro que o dela com certeza.

—É recente, e se você prestasse um pouco de atenção em mim saberia que Florence já está na minha vida faz tempo, ela sempre foi minha melhor amiga. — Nathaniel diz com certo ressentimento.

—Sério? Sempre achei que quem ocupasse esse cargo fosse aquela menina adorável, como é mesmo seu nome? Melody, isso. — sua preferência por ela fica clara.

—Graça aos céus, que o Nathaniel não puxou o mal gosto dela. — Ambre murmura par mim, me fazendo segurar uma risada.

—Okay, desatualizada de novo, Melody nem ao menos é mais minha amiga. — lhe comunica séria.

—Sim, quem pode entender esses jovens que se separam um dos outros tão facilmente. — conta querendo soar sábia.

—Ao que parece, somos melhores que os mais velhos em nos desapegar de pessoas que não fazem bem para gente. Eu pelo menos, aprendi a dominar essa arte com gosto. — quando Nathaniel diz isso, todos percebem que ele se referiu ao seu pai.

—Por que mesmo estamos conversando tanto? O foco aqui, é a exposição, por favor filho, me acompanhe para que eu te apresente há alguns amigos meus que trabalham em Harvard, e ficarão feliz em te receber lá no próximo semestre. — ela pede, estendendo a mão para ele. Nathaniel me encara, e eu o incentivo com o olhar, para que vá com a mesma.

—Você devia vir também, Flore. Afinal, você provavelmente também estará no próximo semestre lá. — Nathaniel aconselha, logo que separa a mão da minha.

—Como assim? — Adelaide quer saber.

—Florence tentou uma bolsa para lá, daqui a pouco tempo conseguirá a resposta. — Nathaniel comunica sério.

—Espero que consigo, querida. — Ah ela não espera não.

—Eu acho melhor que você vá sozinha,  vou pegar uma bebida com a Ambre. — eu disse sobre o conselho de Nathaniel, preferindo ignorar a falsidade de Adelaide.

—Sim, vamos nessa. — sem mais delongas, a loira me puxou pelo braço, e seguimos em direção ao bar posto no centro do local.

                        Escolhi uma bebida qualquer de limão e passei a bebê-la, enquanto observava Ambre flertando com o Barman do evento, eu com certeza não estava acostumada com aquele tipo de evento, mas, sabia que tinha que me acostumar logo mais, levando em conta que uma jornalista tinha de frequentar lugares como aquele. Passei mais ou menos vinte minutos ali, querendo dar um pouco de espaço para Nathaniel e a mãe dele, e quando estava me preparando para pedir mais uma bebida, e finalmente ir atrás dele, o loiro apareceu em minhas vistas, aparentemente transtornado.

—Vamos para casa, Florence. — furioso era como ele se encontrava.

—O  que?...O que aconteceu? — indago preocupada, abandonando o copo no balcão, e pegando no braço dele levemente.

—Nada! Só...Eu preciso sair daqui.  — me respondeu arisco.

—Okay, podemos ir para o seu apartamento. — concordei, sabendo que não tiraria nada dele agora.

             No caminho até lá, eu dirigi, pois Nathaniel com certeza não se encontrava em condições de fazer isso, deixamos Ambre lá, pois não consegui a encontrar, logo que ela sumiu com o Barman. Demoramos um tempo significativo para chegar na casa dele, levando em conta que o aquário ficava longe da mesma.

                 Assim que adentramos ao apartamento dele, o mesmo fez questão de folgar sua gravata, e logo a jogar longe, se sentando no sofá de um jeito largado. Com a liberdade que eu tinha naquele lugar, deixei minha bolsa em um dos aparadores da sala, e fui em busca de um copo de suco de maracujá, talvez aquilo o acalmasse dois.

           Por fim, coloquei dois copos deste em cima da mesa de centro, e me sentei no outro sofá de frente para ele, esperando que ele finalmente falasse, já que não fez isso o caminho todo.

—Eu só aceitei o convite da minha mãe, com a condição de que Francis não podia ir para lá, e ele foi, e fez questão de ser o babaca de sempre ao dizer coisas estúpidas para mim, em frente a alguns amigos dele. — me comunica, ainda abalado, suspiro e mordo os lábios.

—Eu entendo como isso deve ser difícil para você. — tento lhe dar apoio.

—Não! Você não entende, ninguém entende. — Nathaniel disse aquilo em um tom tão rude que eu me assustei, tanto que arregalei os olhos. Vendo minha reação, ele engoliu a seco. — Eu sinto muito, Francis causa esse efeito maldito em mim. — me comunica nada orgulhoso disso. — Você deveria ir, não estou muito sociável agora. — me avisa, olhando para o nada.

—Fácil assim? Agora que você precisa de mim, como eu centenas de vezes precisei de você, você quer que eu simplesmente vá embora? — indago quase com deboche. — Não, não vai ser assim, eu estou aqui para você, Nathaniel, em qualquer situação. — garanti, e decidida sobre isso, me levantei e sentei no mesmo sofá que ele.

            Aquela ação fez com que Nathaniel me encarasse. Seu olhar penetrou em minha alma, e eu engoli a seco. O representante suspirou e assim desviou seus olhos dos meus. Movida por um impulso estranho, segurei em seu queixo, e fiz com que ele me fitasse novamente.

—O que você precisa para ter certeza de que eu estou realmente aqui? — quero entendê-lo, pois seu ato de me pedir para ir embora, significava que de alguma forma ele ainda não sentia que eu estava mergulhada naquilo.

Música

Quando a chuva está soprando em seu rosto.

E  todo mundo está em seu caso.

Eu poderia oferecer a você, um abraço caloroso.

Para fazer você se sentir o meu amor.

 

Quando as sombras da noite e as estrelas aparecem.

E não houver ninguém lá para secar suas lágrimas.

Eu poderia segurar você por um milhão de anos.

Para fazer você se sentir o meu amor.

Eu sei que você não decidiu ainda.

Mas eu nunca faria você errar.

Eu já sei, desde o momento que nos conhecemos.

Não há dúvida na minha mente, de onde você pertence.[...]

 

                 Eu estava tremendo e nem entendia porquê. Nath colocou sua mão por cima da minha e acariciou a pele daquela região com carinho. Ele conseguiu sorrir, parecendo aliviado por minhas palavras. Sorri para ele e em seguida inclinei meu rosto em direção ao seu. Eu podia sentir seu hálito de menta batendo contra minha face, e a sensação era boa.

        O motivo de eu estar fazendo isso se acendeu em minha mente naquele instante: Nathaniel precisava saber que eu estava ali de verdade. E aquela parecia a melhor forma dele notar isso.

    Quando nossos lábios se encostaram naquela noite, uma corrente elétrica percorreu todo meu corpo. Fechei meus olhos, e deixei que a língua dele invadisse a minha boca e liberasse espasmos em mim. Não me movi, deixei com que aquele momento se limitasse somente a um beijo. Podia sentir a paixão e o amor que Nath colocava naquilo. Ele parecia feliz. Extremamente feliz. Não havia nenhum rastro da fúria de mais cedo.

           Nos separamos quando o ar nos faltou e colamos nossas testas. Continuei de olhos fechados, tentando processar tudo aquilo. Eu havia beijado Nathaniel com bastante amor. Havia beijado porque senti que precisava fazer isso. Quando os abri, me deparei com os olhos do mesmo sobre mim.

              Voltei a beija-lo, notando que eu precisava de mais. Continuamos usando somente nossas bocas. Nossas línguas brincaram uma com a outra. Até então o contato estava um tanto casto. Mas,  para minha surpresa, eu notei que queria mais. Muito mais. E foi com esse pensamento, que coloquei minhas mãos ao redor de seu rosto, e acariciei sua face enquanto nos beijávamos. Nath gostou daquilo, por isso sorriu entre o beijo.

             As mãos dele se apoiaram em minhas costas, e acariciaram aquela área quase nua, por causa do vestido que eu usava. Senti uma ardência naquela região, quando seus dedos a apertaram levemente e suspirei.

    Movi minha cabeça para o lado, afim de aprofundar o beijo e isso fez com que Nathaniel me segurasse com mais fervor. Por estarmos sentados, foi fácil para ele puxar minha cintura e fazer com que nossos corpos colassem um no outro. Franzi as sobrancelhas com aquele movimento, mas, me deixei levar, mesmo que uma parte estranha de mim quisesse se sentir culpada por isso, comecei a pensar, tendo em mente que Dake já havia feito coisa pior com outras garotas. E não estávamos mais juntos. Não havia mais Dake. Não havia porque ter.

            Beijos. Mais beijos. Foi isso que aconteceu em seguida. Quando já me encontrava ofegante, olhei para Nath um tanto confusa com aquela situação. Ele alisou meu rosto com ternura e em seguida passou sua mão por meus lábios, me fazendo ficar surpresa. Seu contato era quente e gentil.

   —Eu te amo, Florence. —Não é a primeira vez que ele diz isso e por céus, essa declaração soa tão sincera.

—Eu... — ele não deixa que eu acabe. Ele sabe o que virá pela frente, agora eu finalmente consigo retribui-lo e e ele sabe disso, por isso me cala colocando o dedo indicador em meus lábios.

—Se você quiser ir embora, eu vou respeitar sua decisão...Mas, se ficar, me fará extremamente feliz. — diz  e minha mente me alerta que eu devo ir, pois ainda não estou preparada para aquilo com ele. Mas, alguma coisa me impede de ir. Desvio meus olhos para um ponto qualquer, tentando refletir sobre que consequências que haveriam se eu ficasse, e sobre quantos arrependimentos sentiria se fosse.

               Mordo meus lábios, indecisa e fecho os meus olhos, antes da decisão final. Só são necessários mais dois segundos, para que eu beije Nathaniel novamente. Ele fica surpreso com a minha escolha, mas, aceita o ato com firmeza, me beijando de  volta lentamente. Querendo que eu experimentasse cada sensação com calma.

                     Nathaniel se inclinou por cima de mim com cuidado, e fez com que eu me deitasse no sofá, enquanto ainda nos beijávamos. Sua boca alcançou meu pescoço, e ele praticamente soprou caricias naquela área, enquanto eu suspirava, me deliciando com aquele toque. Enfiei minhas mãos por baixo de sua camisa, e acariciei a pele por baixo do tecido, e ele gemeu em satisfação. Nath beijou meu queixo com carinho, e em seguida beijou meus lábios de novo.

       Arqueei uma das pernas para que tivéssemos uma posição melhor no sofá e Nathaniel apertou minha coxa de forma delicada. Ele baixou a alça do meu vestido e mordiscou a pele nua de meu ombro, enquanto eu sentia seu cheiro amadeirado dominar meus sentidos. Arranhei sua nuca e ele me mordeu com mais força em resposta.

      Nath se separou de mim e me encarou. A timidez e a seriedade de sempre foram substituídas por uma expressão de puro desejo. Nathaniel me queria, desesperadamente e eu tinha que admitir que também o queria naquele momento.

      Estávamos vestidos demais e isso era um fato. Comecei a abrir os botões de sua camisa social e lutei contra eles no processo. Nathaniel me ajudou, tirando a camisa de dentro da calça, fazendo com que em segundos ela estivesse aberta. Suspirei quando tive a visão de seu peitoral. Uou, parece que alguém anda malhando às escondidas por aqui.

          Foi ai que eu percebi que ainda haviam marcas em sua pele do que seu pai havia feito com ele, Nath me encarou um pouco envergonhado por conta disso. Engoli a seco, por querer chorar por causa daquelas marcas que foram feitas em uma pessoa tão incrível como ele.

              No entanto, não continuei observando, coloquei minhas mãos sobre seus ombros, e a tirei  por completo, jogando a peça no chão em seguida. Toquei aquela área desnuda, apreciando-a com entusiasmo, querendo mostrar que não me importava com as marcas e depositei um beijo em seu centro, fazendo Nathaniel gemer.

            Num movimento surpreendente rápido, Nathaniel fez com que eu me sentasse em cima dele, ajoelhando minhas pernas ao redor de seu corpo e passou a me beijar de novo, enquanto eu me ocupava em passar meus dedos por suas costas. Ele parecia bem experiente naquilo, o que era estranho, levando em conta que nunca vi Nathaniel com nenhuma outra garota.

                Ele apertou meus glúteos e eu soltei um grunhido. Ainda o beijando, nos separamos sem ar e Nathaniel me levantou. Quando já me encontrava de pé em sua frente, ele me virou e passou a beijar meu pescoço lentamente. Ele se preocupou em mordiscar toda aquela região.

              Nathaniel me abraçou por trás, e ficamos quietos por um instante. Com uma ternura fora do comum, ele fez com que meu vestido deslizasse por meu corpo e caísse de modo suave no chão. Eu podia sentir sua respiração descompassada contra minha pele. Podia sentir seu sorriso, e o comprovei quando ele me girou para frente. Dei um jeito de me livrar daquelas sandálias inconvenientes e Nath me olhou de cima a baixo, encarando meu corpo.

        Ele tirou alguns fios de cabelo do meu rosto, permitindo assim com que o mesmo o encarasse com mais clareza. Nathaniel me puxou contra ele, e acariciou minhas curvas com desejo, me fazendo suspirar  a cada toque novamente.

          De uma forma inexplicável, Nathaniel deu um jeito de se livrar do grampo que prendia o coque em formato de trança do meu cabelo e logo os fios caíram livremente por meus ombros.O  ajudei, tirando a gargantilha em forma de chave que estava em meu pescoço.

           Nathaniel me deitou novamente no sofá , e com cuidado aumentou o ritmo das caricias. Amando e apreciando cada detalhe de mim, ao passo que era retribuído na mesma intensidade,  suas mãos chegaram em minhas costas, e ele abriu o fecho do sutiã lentamente, enquanto eu o ajudava a livrar-se de sua calça. Quando as roupas já não existiam mais em nossos corpos, e Nathaniel tirou um único preservativo da carteira, finalizamos as preliminares, e fizemos o que nossos corpos nos guiavam a fazer.

Eu passaria fome. Eu viraria preto e azul.

Eu iria me arrastando avenida a baixo.

Não, não há nada que eu não faria.

Para fazer você se sentir o meu amor.

 

As tempestades são violentas sobre o mar revolto.

E sobre o caminho do arrependimento.

Embora ventos de mudança, estejam trazendo entusiamo e liberdade.

Você ainda não vê nada como eu ainda.

 

Eu poderia fazer você feliz.

Fazer seus sonhos se tornarem reais.

Nada do que eu não faria.

Iria para o fim da terra para você.

Para fazer você sentir o meu amor...


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Notas finais do capítulo

Deixei o mistério sobre o que Florence escreveu o artigo, porque haverá um momento mais para frente, em que toda a escola ouvirá o que ela escreveu hahahahaha.

Esse momento Flore e Nath foi um dos mais fofos que eu escrevi, lembro que fiquei sorrindo igual uma boba, enquanto digitava ele, e ainda continuo assim.

Nem ia comentar, mas, no próximo capítulo teremos Florence no Canadá. Oi? Como assim? Por quê? Continue lendo e descubra kkkk

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