De Repente É Amor escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 29
Capítulo 28 - Supere.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, voltei!
Galera, tenho que admitir para vocês que uma das coisas que mais gosto em escrever essa fanfic, é ver o tanto de mudanças que a Flore sofre ao longo da história, sério, como eu disse, agora é uma nova fase da história, em alguns sentidos até tristes (vocês entenderão isso no próximo capítulo) mas, é principalmente uma nova fase para Florence Elliott, algumas coisas vão acontecer mais para frente, que vão mudar tudo para ela, e para quem sempre quis saber, existe sim uma grande chance de Florence e Nath acontecer! Vocês vão ver a Flore sendo completamente diferente do que ela é, e posso adiantar que ela irá se perder, antes de se achar de novo, e somente uma pessoa pode trazer ela de volta a si.

Bem, eu não posso dizer para vocês quantos capítulos faltam para história acabar, mas, posso dizer, que eu já tenho todo o final da história de Florence Elliott planejado e para mim é digno dela!

Ah, leiam as notas finais!

Boa Leitura!



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Ponto de vista: Florence Elliott.

Revirei os olhos, quando notei Castiel vindo em minha direção, naquela manhã. O mesmo apresentava uma expressão quase desesperada, enquanto corria até mim. Desde ontem, venho o evitando, pois acreditava que se falasse com ele, diria coisas impulsivas, dado o fato de que uma parte de mim, estava revoltada com o comportamento dele no iate. Só que ao que tudo indica, Castiel ainda não havia notado essa minha fúria em relação a ele.

—Pode me explicar, por que está fugindo de mim desde a noite que te deixei em sua casa? — indaga seriamente, não me dando passagem, para chegar a entrada da escola. Suspirei, e mordi os lábios, antes de decidir que teria aquela conversa com ele, já que o mesmo queria.

—Por que não diz: Desde a noite em que o Nathaniel quase morreu por uma idiotice cruel, de você e seus amigos? — indago, com uma sobrancelha arqueada, deixando claro meu posicionamento. Castiel pareceu surpreso, e incrédulo.

—Só para deixar claro, Flore, eu não estava participando daquilo, eu fui totalmente contra essa estupidez. — rebate, querendo mostrar seus argumentos.

—Mas, não impediu que ela acontecesse...Não me contou que Dake planejava fazer isso, para que eu pudesse impedir. — o acuso totalmente indignada.

—Eu não podia trair meus amigos. — tenta explicar, e eu dou uma risada amarga.

—Mas, me traiu...A confiança e esperança que eu depositei em você, não importou. — com os olhos lacrimejando digo aquilo. — Eu fui a pessoa que disse que você encontraria o amor de novo, e que não doeria dessa vez...Eu fui a pessoa que viu algo além da casca sobre você, antes mesmo de tentar achar algo bom em Dake...Você foi a pessoa, a quem eu confiei minhas dores...Tudo porque, eu achei que você fosse melhor do que eles...Mas, você não é. — a essa altura, algumas lágrimas já deslizavam pelo meu rosto, e Castiel lutava para não desmanchar ali mesmo.

—Você viu, que eu tentei consertar, eu pulei no mar...Eu... — parece procurar uma saída.

—Por mim. Não por Nathaniel. Porque, tudo no que você consegue focar, é nessa birra que tem com ele...Se eu não tivesse pulado, você não teria ido até ele...Porque, eu implorei para que você fosse, para que alguém fosse, e você não fez nada, Castiel. Eu precisava de você e você não foi capaz de estar lá por mim...Eu perdi duas pessoas naquela noite, e a sua perda, ou a perda da imagem que eu tinha de você é tragicamente a que dói mais. — falo ofegante.

—Você está errada...Você, não pode estar falando sério, Flore. — fingi não compreender o que eu digo.

—Eu não sei se estou...Eu não sei de mais nada, só sei que eu tive meu coração partido, mas, todo meu corpo dói. Nathaniel, me fez perceber que minha vida passou por mudanças...E a verdade, é que não sei se gosto da pessoa que sou agora, do que me tornei...Talvez a coisas fossem mais fáceis, se eu tivesse continuado só sendo a melhor amiga dele. — comento cansada disso.

—Nathaniel...Então é isso, tudo por ele agora? — zomba soando indignado, e eu ignoro sua pergunta.

—Falando sobre ele...Sabe, o que dói mais ainda? É que você sabia que eu tinha descoberto novos sentimentos por ele, e nem com isso foi capaz de me ajudar a salva-lo. — depois de anunciar aquilo, lhe dei as costas, e lutei contra todo o choro que queria escapar, pois se ficasse ali de frente para ele, cairia em prantos.

             Saí correndo pelo corredor, chorando, e esbarrando sem querer em várias pessoas, ao longo do caminho. Eu só queria chegar a sala do jornal e ficar lá por um bom tempo. Logo que adentrei a esse espaço, agradeci mentalmente por Peggy não estar ali.

                   Joguei minha bolsa em um canto qualquer, e liberei os soluços sofridos que queriam escapar desde o princípio e me tremendo e fora de mim, escorreguei de costas para a parede, até atingir o chão, e achar uma posição em que eu poderia abraçar meus joelhos, e chorar a vontade.

                        Tudo estava desandando. A faculdade. Dake. Castiel. Eu me sentia fora dos eixos, e a sensação do vazia e de tudo cinza que antes me habitava, ameaçava voltar. Como as coisas podiam chegar a esse ponto? Como tudo que parecia tão certo, poderia ter dado tão errado?

—Ei. — ergui a cabeça assustada, quando escutei a voz de Nathaniel, ressoar da soleira da porta recém aberta. — Ambre estava no corredor, com as meninas quando você passou, ela me contou que você não parecia bem. — explica, a medida, que tento enxugar meu rosto.

—As coisas estão...Complicadas. — resumo, quando consigo falar.

                  Nath assente, e sem mais delongas, se senta ao meu lado no chão, respirava calmamente ao contrário de mim, e parecia mais do que disposto, a ouvir o que quer que fosse, que eu tinha para falar.

—Só está do meu lado por que eu terminei com Dake? — perguntei aquilo do nada, enquanto o encarava confusa.

—Como é? — Nath meio que ri ao indagar isso.

—Você me disse que não podia mais ser meu melhor amigo, dado o fato de que eu não conseguia retribuir o amor que você sente por mim...E ainda sim, desde o dia do iate, tem me apoiado mais do que qualquer um. — explico minha dúvida, e ele sorri de lado.

—Me diz, você imagina um mundo, em que eu conseguiria dar as costas para você? — questiona com uma careta. — E se for para ser sincero, cada dia dói menos, bem que dizem que o tempo é o melhor remédio. — diz divertido.

—Está dizendo...Que não se sente mais apaixonado por mim? — perguntei hesitante.

—Não...Só estou dizendo que...Eu acredito agora...Que um dia poderei deixar de estar. — é sincero, e eu assinto lentamente. — Mas, enquanto isso, só posso garantir uma coisa; Eu vou ficar aqui, com você, e dessa vez estou me comprometendo de verdade. — me olha com carinho ao dizer aquilo. Logo sinto um novo tipo de apoio, Nathaniel está apertando minha mão, como se dissesse que tudo vai ficar bem.

        Me encolhendo um pouco, e ainda chorando, me encostei em seu ombro, fungando em seu pescoço, enquanto com a outra mão livre, ele apertava minha cintura.

—Em algum momento, você tem que parar de ser o cara que me consola. — anuncio e Nath ri com isso.

—Estou bem com isso, nem tinha planos para essa manhã mesmo. — diz divertido.

—Eu te amo, Nathaniel Dilaurentis. — lhe conto, e ele suspira.

—Sinceramente, Florence Elliott, eu ficaria decepcionado se você não amasse. — após isso, o agarro ainda mais.

[...]

         Já recuperada do momento dessa manhã, tento manter meu foco, enquanto espalho alguns cartaz de divulgação dos clubes no corredor, a pedido de Peggy. Logo mais, eu finalmente teria que ter uma conversa com Faraize sobre minha recusa a Harvard, e eu estava tentando me preparar para isso, não pensando no assunto, antes desse momento ocorrer.

                Parei no meio do corredor, quando dei de cara com uma pessoa indesejada, e a dita cuja fez questão de continuar sendo a inconveniente que é, ao me barrar no caminho.

—Precisamos conversar. — Alyssa anuncia, com um ar sério.

—Desculpe, não falo com animais, do tipo vacas, ainda não tenho esse dom.— debocho, colando um cartaz com uma força desnecessária na parede próxima ao bebedouro.

—Okay...Eu sei que o que eu fiz foi infantil, e...Que tenho sido uma vadia desde que nos conhecemos, eu só...Tem razão, desde que meus pais se separaram, é como se nada mais fizesse sentido para mim, eu tinha essa família feliz, então ela se desmanchou...E eu não sei mais quem sou. — tenta explicar, e eu reviro os olhos.

—Supere. — aconselho brevemente.

—Certo, quem está sendo a vaca agora é você; Por que está agindo assim, quando sempre agiu como a Florence que dá a mão até o mais culpados? — indaga me desafiando a responder.

—Podemos começar pelo fato de que você me trancou na droga de um iate...E podemos prosseguir com o fato de que meu ex namorado, planejou praticamente o assassinato do meu melhor amigo, ai eu desisti do meu maior projeto...Então, Alyssa, dane-se você, todos tem problemas. Quer minhas desculpas? Você as tem. Quer passar uma imagem decente para o Nathaniel? Pare de ser uma vadia mirim, e quer que a sua relação com seus pais melhore? Amadureça. — desejo tudo isso a ela, e em seguida, jogo os cartazes restantes em suas mãos. —Pode começar sendo uma pessoa melhor, fazendo meu trabalho. — lhe comunico.

[...]

             Sentada na arquibancada do ginásio, eu planejava sozinha, uma maneira de driblar Bóris, e não ter que participar da aula de educação fisíca, só que nada me parecia bom o suficiente, dado o fato de que ele parecia bastante animado com essa aula específica, e queria a presença de todos.

                Estava tão distraída com meus planos, que nem percebi a presença de alguém de frente para mim. Meus olhos se arregalaram, quando notei Dake de frente para mim, e meu coração se acelerou.

—Eu sei...Que...Não tivemos uma conversa depois de tudo...E não, eu não vou ser o tipo de cara, que insiste em algo que claramente vai te machucar...Eu só...Não quero perder a parte boa do que tínhamos, não quero que isso termine com você me odiando...Queria que pudessemos preservar, a parte em que somos amigos. — olho para ele, incrédula, depois de ouvir isso.

—Desculpe? Amigos?...Sou eu, ou é você que não entende o conceito de amizade? Amigos não tiram conclusões precipitadas, amigos confiam...Amigos, não machucam os amigos dos outros...Amigos apoiam, fazem o bem, e quando erram tentam fazer certo da próxima vez. — explico me levantando aturdida.

—Flore... — tenta.

—Florence para você, de novo. — lhe corrijo. Pegando minha bolsa, decidida a ir embora.

—Não deveria sair por minha causa, meu tio vai querer um bom motivo para você não assistir aula. — comunica, desviando os olhos dos meus.

—Oh, conte para ele, que o sobrinho dele, foi um idiota comigo, e me machucou tanto, que não consigo nem respirar, estando no mesmo ambiente que ele. — peço com ironia e logo saio dali.

[...]

—Faraize me contou sobre o artigo. — quando Agatha me comunica isso, eu suspiro do sofá onde estou acomadada. Coloco a caneca de chocolate quente que seguro em cima da mesa e encaro minha tia, sabendo que aquele era o momento, que ela romperia meu espaço pessoal e finalmente iria querer saber a razão do meu comportamento estranho nos últimos dias.

             Logo que sai da aula do ginásio hoje mais cedo, fui até o Faraize e soltei de uma vez que não estava mais disposta a escrever um artigo ridículo sobre popularidade, claro que ele pediu por uma explicação mais específica, e tenho o desprazer de admitir que fui rude com ele, ao lhe dizer que não tinha o que explicar, eu só não estava mais afim de fazer aquilo.

 —É...Não quero mais escrever sobre a popularidade. — repito pela milésima vez, e ela se acomoda ao meu lado, se posicionando de frente para mim, de forma que pode ter uma boa visão de mim.

—Não quer mais ir para Harvard? Sempre foi seu sonho. — me pressiona para ter mais detalhes.

—Não sei mais o que eu quero...Não sei mais quem eu sou. — tento esclarecer, e ema me olha séria.

—O que aconteceu entre você e Dake? — questiona o que queria saber do inicio.

—Acabou...Acabou uma coisa que nem deveria ter começado. — sou clara.

—Flore, querida, não seja o tipo de garota que despediça todas as coisas boas de sua vida por causa de uma desilusão. — ela calmamente aconselha.

—Não é sobre isso, Agatha...É sobre a minha escolha. — tento explicar como me sinto. — Eu me sinto uma idiota, que investiu em um relacionamento fadado ao fracasso, quando na verdade, poderia ter uma realidade diferente se tivesse escolhido o cara certo, o cara melhor. — passo a mão por meu rosto, totalmente atordoada.

—Não se cobre tanto, Florence...Você é uma adolescente, erros vem no pacote sobre essa idade. Lembra o que eu falei, antes de você começar a namorar o Dake? A vida é passageira, e assim como a felicidade pode ir embora rápido, a dor também vai...E experências trágicas no amor, só nos tornam pessoas mais fortes...E daí se não deu certo? Querida, você ainda vai cometer mil erros, até encontrar seu acerto, e no meio disso, terá que se tornar sua própria ancora, nada de depositar sua felicidade e futuro nas mãos de outra pessoa...Você é dona da sua própria vida, Florence...Você quem dita se vai ficar chorando em um canto qualquer depois de um coração partido, ou se vai se levantar e partir para o plano B. — ela é realmente muito sábia.

—Eu mudei, tia e...De alguma forma, isso está me assustando. — admito.

—Você não está com medo do que mudou sobre quem você é, mas, sim do que mudou sobre o que você sente...Deixe-me adivinhar...a Florence de agora a Florence de agora não se arrepende de ter se envolvido com Dake, mas, sim de não ter dado uma chance a Nathaniel. — olho para ela surpresa, e a mesma sorri.  — Oh querida, você é igual a sua mãe. — dada essa frase misteriosa, a mesma simplesmente se levanta. — Meu conselho para você é; Fique sozinha nesse momento, dê um tempo a si mesma, para conhecer essa nova versão da Florence e então logo descobrirá o que fazer a respeito dela. Mas, se quando essa fase passar, os questionamentos continuarem, pense no que vou te dizer agora; Quando você encontra a pessoa certa, você sabe. Não consegue parar de pensar nela. É sua melhor amiga e sua alma gêmea. Mal pode esperar para passar a vida inteira com ela. Ninguém nem nada se compara e logo querida, você ficará chocada ao perceber como é fácil se afastar das pessoas para sempre! E é por isso que quando você encontra alguém que você quer manter por perto, você faz algo a respeito. — não conseguia imaginar uma versão de vida, em que Agatha ficou desiludida por alguém, ela parecia saber tanto sobre o amor. — E não se preocupe, Faraize também me confidenciou que Nathaniel resolveu o problema do artigo. — arregalo os olhos, quando Agatha diz isso sorrindo.

—O que ele fez? — pergunto quase gritando.

—Nathaniel convenceu ele a mudar o tema e te dar uma segunda chance. — o sorriso que dou é o mais sincero que já dei depois de muito tempo e de repente, todas as partes tensas daquele dia não importam mais.


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Notas finais do capítulo

Gente, estou tão na bad quanto vocês, a amizade mais fofa da história está realmente por um fio!
Eu meio que senti uma Florence bitch vindo por ai...Será que nossa canadense predileta seria capaz de se transformar dessa forma? E se sim, por quê?
Agatha a conselheira que respeitamos está de volta, para ajudar a garota dela!

Queria saber: Vocês querem um capítulo pelo ponto de vista do Nathaniel? Estou pensando seriamente em fazer um, se quiserem, comentem!



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