Tristeza da Inutilidade escrita por Toel


Capítulo 2
Capítulo 2 - Acontecimento estranho.


Notas iniciais do capítulo

Bem... Aqui está o segundo Capítulo da minha primeira fic...
Fico agradecido pela sua leitura.



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“Minha vida normal, minhas ações normais, meus pensamentos individuais... Sempre penso em mim, e odeio os outros, mas você me faz pensar em uma coisa mais extrema... O amor”

 

Hora do intervalo, todos comendo seus lanches, conversando e rindo enquanto eu ficava comendo meu lanche no banheiro para não ser atrapalhado por ninguém e de repente começo a escutar passos de alguém correndo.

— Abre a porta!

Era uma voz feminina, e uma voz familiar, mas, o que uma garota iria fazer no banheiro masculino?

— Tá ocupado.

Falei com frieza, e assim ela se afastou da porta do banheiro e foi embora.

Logo quando eu terminei meu lanche o intervalo acaba, subi as escadas e entrei na sala, como sempre sentei na segunda cadeira da quarta coluna, e fiquei ali por um bom tempo pensando no porquê da garota querer entrar num banheiro masculino, e por ventura, um banheiro ocupado. Pensei que se eu fizesse uma boa ação poderia fazer uma nova amizade, mas logo lembrei que eu sou inútil e que odeio a todos deste colégio.

Logo estavam todos na sala, conversando e jogando bolas de papel, e eu escuto uma voz familiar:

— Não! Não consegui me esconder!

Era a mesma pessoa que queria entrar no banheiro. Logo escuto outras pessoas falando com ela.

— Onde você tentou se esconder?

— No banheiro, mas tinha gente.

— Aiii! Deixa de ser burra menina! Ninguém gosta de companhia no banheiro!

A conversa continuou até o professor chegar, e quando isto aconteceu todos na sala ficaram em silêncio, como sempre.

O professor diz que é para eu ir até a diretoria, que a diretora queria falar comigo. Eu fiquei realmente sem entender, por que este dia estava sendo tão diferente dos outros? Quer dizer, quando eu cheguei várias pessoas me encararam, o professor me chama pra uma conversa, uma garota tenta entrar no banheiro onde eu estava e agora a diretora quer falar comigo? Realmente, esse dia está sendo diferente.

Como obediência com o professor, fui até a diretoria, fiquei meio perdido no começo, nunca tinha ido a diretoria antes, então não sabia onde era.

Chegando lá, vi que era uma sala totalmente organizada, estandes com livros, cadeiras e mesas postas em lugares estratégicos, e várias pessoas conversando, como se fosse uma reunião, e então a diretora me chama para sentar numa cadeira em frente a escrivaninha onde ela estava.

A diretora usava óculos, era muito magra, se me permite dizer eu posso chamá-la até de anoréxica, tinha cabelos grisalhos e usava um óculos que cobria só até a metade dos olhos.

— Frederico Souza Cunha? – Disse ela me olhando por cima dos seus óculos pequenos.

— Sim?

— Há algum tempo atrás, recebemos uma denúncia de certos alunos, de que você estava cometendo Bullying com certas pessoas...

Eu fiquei paralisado, bullying? Qual é! Eu nunca falei com ninguém desse colégio, por que contariam uma fofoca dessas? Logo eu interrompi a diretora.

— BULLYING? Mas diretora! Eu nunca fiz isso!

Ela me olhou com uma cara desconfiada e continuou.

— E ontem a noite encontraram um dos nossos alunos caído no banheiro do colégio, ele tinha sinais de espancamento e uma caneta... - A diretora fez uma pausa, a cara dela estava horrorizada. - Uma caneta cravada no peito do aluno.

Ela me mostrou a caneta e realmente a caneta era minha! Mas como podia? Eu não fui à escola de noite, eu não matei ninguém e eu era um dos suspeitos do crime! E outra coisa... UMA CANETA CRAVADA NO PEITO DELE? Caramba! Quem é o OGRO que fez isso? Eu fiquei horrorizado.

— Não senhora, esta caneta não é minha.

Eu disse isso o mais sério possível, e a diretora continuou a me olhar desconfiada. O que eu podia fazer? Eu prefiro dizer que a caneta não é minha do que falar que é minha e ser preso!

— Ok, está liberado, volte para sala.

Como obediência a diretora, eu voltei para sala e fiquei a aula inteira suando frio e muito nervoso com o acontecimento, eu achei que nunca iria esquecer desta estranha conversa com a diretora.

A aula termina e todos estão arrumando o material para ir para casa, eu, como sempre, fazendo o mesmo, até que alguém fala:

— Fred! Fred! É o seu nome não é?

E esta mesma pessoa me cutuca nas costas, eu viro e olho para a pessoa, era uma garota linda. A garota por quem eu devo minha vida, a garota que sempre que eu olho, eu nunca mais me esqueço dos teus olhos. Ela tinha cabelos negros, olhos castanhos, pele branca, aparência frágil, frágil como uma rosa...

— Err... Sim, sim... Pode me ch-chamar d-de F-Fred!

Gaguejei muito, não sabia mais o que fazer. Eu saí correndo, saí correndo como um idiota, a vergonha me matava por dentro, queria me esconder para sempre de tudo. Eu queria me isolar de qualquer coisa.

Era a primeira vez, a primeira vez em muitos anos, que uma chama se acendeu no meu coração...

 


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Notas finais do capítulo

Bem, vou recomendar uma fic pra vocês, que se chama "A Reencarnação do verdadeiro deus".
Apesar da fic ainda estar no começo, não tem como não viciar nela.
Garanto a vocês que não será perda de tempo.
http://fanfiction.nyah.com.br/historia/66641/A_Reencarnacao_Do_Verdadeiro_Deus



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