Mais Que Inesperado escrita por AlineCristy


Capítulo 5
Recuperada




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Eu passei o resto da semana relativamente bem depois de todo o ocorrido. Hoje era sexta-feira e eu acordei animada, como toda sexta.
A unica coisa que estragava era o dia nublado, e pelo o que dizia na televisão também seria um pouco frio.
Coloquei um jeans e minhas botas de montaria preta, juntamente com minha jaqueta de couro. Não sei como mas Chloe havia recuperado minhas roupas depois do que Stacey fez no começo da semana.
Meu novo apelido agora era blueberry cupcake. Porque além de cupcake eu era azul.
HA. HA. HA.
Meu pai agora estava me deixando na escola, eu não via problema nisso como a maioria das pessoas. Só não queria atrapalhá-lo.
Desci as escadas e meu pai já estava arrumado.
— Atrasada. - falou.
— Eu sei. - falei pegando um Pop Tarts e esquentando no microondas.
— Vai comer isso no café? - meu pai pergunta com seu tom desaprovador.
Tiro o Pop Tarts do microondas.
— É o que da tempo, agora vamos.
Fomos em sua SUV em direção á minha escola, meu pai me deixou em frente e ficou super surpreso por eu não ter vergonha dele.
— Aquela é Lauren? - meu pai pergunta.
— Quem? - pergunto olhando ao redor.
— Aquela ali. - diz meu pai apontando para Srta. Riskin.
— Você conhece a minha professora de anatomia? - pergunto.
— Sim, ela era amiga da sua mãe na adolescência. - diz ele vislumbrando o relógio. - Agora tenho que ir, tchau filha.
Eu fechei a porta sem responder, estava tentando processar o fato de que minha mãe foi amiga da Stra. Riskin, que nunca gostou de mim.
Será que tinha alguma coisa haver com isso? Estranho...
— Charlotte! - ouvi uma voz me assustando e já sabia quem era.
— Oi Bryce. - falei o vislumbrando com seu capacete em uma das mãos.
— Nosso trabalho, precisamos fazer. - falou. - Deixamos para a ultima hora e temos que entregar segunda.
— É to sabendo. - falei. - Já que vamos fazer no final de semana pode ser na minha casa, meu pai vai estar lá.
— Tudo bem. - disse ele. - Seu pai não vai se incomodar?
Eu o vislumbrei.
— Está com medo do meu pai? - perguntei.
Ele deu de ombros.
— Só acho que ele não gosta de mim.
— É pode ser. - falei sorrindo. - Mas provavelmente ele vai preferir que façamos o trabalho na minha casa.
Ele assentiu.
Então de repente, uma van preta parou em nossa frente. Por um momento pensei que fosse algum sequestro mas ai a porta abriu juntamente com vários garotos que pareciam mais velhos.
— E ai Bryce. - falaram, e ele foi na direção deles.
Eu os observei, havia um cara com dreads loiros, outro com cabelo raspado, todos bem descolados, usandos roupas descoladas. Bryce me apresentou á eles, e nem preciso dizer que fiquei vermelha como pimentão, ele me disse que era a banda dele. Fiquei surpresa, sempre achei que Bryce fazia mais tipo atleta do que músico.
Vivendo e aprendendo! Bryce estava me surpreendendo muito. Eu sempre o vi andar pelos corredores da escola, com seu estilo bad boy que eu não costumo gostar fazendo as garotas suspirarem. Eu ainda via Stacey o encarando, a vaca estava namorando Ben, mas era notável que seu interesse permanecia em Bryce.
Depois das minhas aulas eu fui para o intervalo, eu estava indo sentar com o meus novos amigos da aula de música, quando vi Bryce passando rapidamente em direção a saída. Fui em sua direção.
— Bryce! - chamei correndo em sua direção do lado de fora da escola. - Bryce! - gritei, o alcançando.
— Que? - perguntou ele inaúdivel.
— Pra onde você ta indo? - perguntei. - Aconteceu alguma coisa?
Ele subiu na moto e colocou seu capacete.
— Nada, só preciso dar o fora daqui antes que eu acabe com a raça daquele garoto - disse ele dando a partida e indo embora.
Eu não entendi nada, sai correndo para dentro da escola e depois do intervalo topei com Ben, e ele estava bem machucado.
Caraca!
Bryce bateu no Ben!
Mas porque? Será que foi por causa de Stacey?
Ben não me viu e entrou na sala onde tínhamos aula juntos. Durante a aula ele me encarava, parecendo irritado. No final da aula eu já estava cansada de seus olhares para mim como se eu fosse culpada de alguma coisa.
Qual era o problema dele afinal.
No saída da escola fui em sua direção.
— Perdeu alguma coisa comigo? To com cara de analgésico? - perguntei.
— O que? - perguntou Ben.
— Você está me olhando com essa cara toda machucada como se eu fosse um remédio ruim.
Ele riu sarcásticamente.
— Você falou de mim mas está fazendo a mesma coisa, quanta hipocrisia!
— O que? - perguntei confusa.
— Que é Charlotte? Vai dizer que não está envolvida com Bryce?
Eu o encarei incrédula.
— Eu?
— É você! Senão qual seria sua explicação para ele ter me batido?
Eu comecei a rir da sua cara.
— E eu por acaso sou a mãe dele? O que ele faz ou deixa de fazer cabe somente a ele! - respondi.
De repente alguém entrou na minha frente, eu me assustei quando vi Chloe toda enfezada.
— Você, seu patético rídiculo sem vergonha cara, fique sabendo que fui eu que chamei Bryce, mesmo que não contasse que ele te batesse, você mereceu! Agora deixe Charlotte em paz!
— Como assim? - perguntei. - Porque você chamou Bryce, Chloe? - perguntei.
Chloe pareceu hesitar, Ben permanecia lá.
— Não foi nada. - falou ela.
— Alguma coisa foi! - falei.
Ela respirou fundo e vislumbrou Ben.
— Você não vai falar pra ela? - perguntou Chloe para Ben.
Ele deu as costas e foi embora, Chloe ficou vermelha, estava muito irritada.
— Ben estava espalhando para uns boatos de que você... - hesitou.
— Eu? - perguntei.
— Eu estava com Bryce. - falou.
— Fazendo o que?
— Ér... nada de importante! Mas Ben falou que você... ele falou que transou com você, e estava falando outras coisa terríveis Charlotte, eu e Bryce ouvimos e ele bateu em Ben.
Eu ainda estava um pouco extasiada, podia ver Ben de longe. Chloe falava alguma coisa mais eu estava vendo vermelho, agora caminhava na direção de Ben que estava de costas.
Quem era esse garoto? Esse Ben não era o mesmo que foi meu melhor amigo um dia, não poderia ser! A dor da decepção só aumentava mais e mais. Não percebi quando lhe dei um soco, e quando ainda tentei lhe bater mais só consegui lhe dar mais dois socos antes de ser separada.
— Você não presta! Você não ouse inventar mentiras de mim seu cafajeste! Você é o pior tipo de pessoa Ben, o pior! - gritei.
Me soltei das pessoas que me seguravam, e quando o diretor saiu de sua sala me olhando com aquela típica expressão nada surpresa de ''Você metida em encrenca Charlotte Cooper'', eu exasperada me dirijo a sua sala para ouvir o sermão.
— Charlotte Cooper, segunda advertência do ano, estamos ainda no começo do ano letivo. - falou.
— Senhor Harrison, que eu tome outra advertência, uma suspensão, me expulse da escola! Fique sabendo que não sou obrigada a nada! Não vou suportar ser coagida pela vadia da Stacey que arruinou minhas roupas e coisas importantes para mim, e não vou permitir que mentiras sejam inventadas por mim.
— Não quero esse linguajar na minha escola Charlo-
— Ah sinceramente diretor como se alguém seguisse qualquer regra desse seu código de escoteiro, ''não fale palavrões'', fala sério. - falei exasperada, logo depois me arrependendo.
Você Charlotte, nasceu com o dom para causar o caos a sí mesma.
— Vou contatar seu pai.
Eu abri a boca para protestar mas fui impedida por seu dedo me alertando. De certa forma era melhor eu calar a boca mesmo.
Sai da sala e Ben foi chamado. Acabou que ele saiu com uma suspensão, isso é resultado do velho e bom Karma!
Meu pai chegou na escola e eu levei uma típica bronca do meu pai. Mas depois que chegamos em casa ele me deu até razão.
Fui dormir depois de tentar falar com Bryce, mas não consegui, o telefone estava fora de serviço.
Ele parecia irritado. Aquilo tudo só porque Ben falou aquilo de mim?
Estava oficialmente impressionada, Bryce era uma boa pessoa afinal de contas. O que o estragava era ter Stacey ao seu lado.
Depois de acordar recebi uma ligação, era Bryce, provavelmente deve ter visto minhas chamadas perdidas.
— Está tudo bem? - ele perguntou com um tom preocupado.
— Sim, porque? - 
— Acho que você ficou sabendo sobre o que o idiota do Ben falou, é pedir demais para Chloe não falar nada. - falou ele divertidamente.
— É ela disse, e eu deixei o outro olho dele roxo.
Ele gargalhou.
— Você deu um soco nele? - perguntou.
— Dei, e teria dado mais. - falei sorrindo.
— Achei que ficaria chateada.
— Estou de certa forma mais decepcionada pela pessoa que ele se tornou, acho que já superei Ben, não o vejo mais da mesma forma, ele não é o garoto pelo o que eu me apaixonei. - falei.
Um silêncio estranho se estabeleceu entre nós, eu ainda conseguia ouvir a respiração de Bryce.
— Tem certeza que superou? - perguntou. - Eu achei que ficaria irritada comigo por ter batido nele, mas o que ele disse foi coisa de moleque, ele merecia um corretivo.
— Na verdade você ter batido nele foi o ponto alto do meu dia. - falei.
Ele sorriu.
— Então tudo bem, estou ai na sua casa amanhã.
Eu fiquei consternada.
— Pra que? - perguntei.
— Nosso trabalho de anatomia. - falou ele num tom que eu não reconheci.
Foi meio constrangedor a forma que ele disse ''trabalho de anatomia''. Que é meio que uma frase maliciosa para se dizer que vai dormir com alguém, já que anatomia estuda o corpo.
Eu dei de ombros.
— Tudo bem então, até amanhã.
— Até Lottie. - falou, desligando.
Eu sorri.
Bryce era uma das únicas coisas ultimamente que me animavam...
Me joguei na cama, exausta. Sentindo que mais outro dia de minhas primeiras semanas na escola passou rápido demais.
***
Eu e Bryce havíamos acabado de terminar nosso trabalho.
Que foi regado a brincadeiras idiotas e alcaçuz, muito alcaçuz.
— E aí o que vamos fazer agora que terminamos o maldito trabalho? - perguntou.
— Não sei. - falei, pegando o ultimo alcaçuz, juntamente com Bryce.
Ele me encarou, com um sorriso.
— Não ouse. - falei.
Ele ia pegar, mas eu puxei antes que conseguisse. Bryce correu atrás de mim e me empurrou na cama fazendo meu alcaçuz voar para meu criado mudo, eu não sei o que aconteceu direito, só estava morrendo de rir enquanto Bryce e eu na cama tentamos alcançar o doce.
— Que bagunça é essa? - perguntou meu pai.
Fazendo eu e Bryce parar na hora e vislumbra-lo.
— Nada, ué. - falei olhando para Bryce, que parecia segurar o riso.
Meu pai encheu o saco para que eu deixasse a porta aberta, e agora ele nos encara como se nós fossemos fazer qualquer coisa com ele presente e a porta aberta. Bryce nem era nada meu.
— E o trabalho? - perguntou ele.
— Terminamos. - falou Bryce.
— Então acho que já está na hora de ir, não? - meu pai perguntou me deixando estupefata.
— Pai! - indaguei.
— Senhor Cooper, eu gostaria de levar a Charlotte para comer, se estiver tudo bem? - ele pediu, me pegando de surpresa.
Meu pai olhou hesitante para o relógio.
— Ér, tudo bem... voltem antes das onze! - disse.
— Sim senhor - falou Bryce.
Meu pai meio vacilante saiu de meu quarto, e eu e Bryce soltamos o riso que estávamos segurando. Ele pegou o ultimo alcaçuz e deu uma grande mordida, eu ainda tentei pegá-lo mas ele já havia comido tudo.
— Bastardo! - falei.
— Vamos comer mulher. - falou ele tentando parecer machista.
— Por tanto que você pague, homem. - falei batendo continência em direção a porta.
Nós rimos.


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