Um Ponto de Confiança escrita por Angel Salvatore


Capítulo 1
Talvez sim, talvez não




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“Estou louca para ver Eron”, Ana cantarolou ao meu lado no carro.

Eu cruzei os braços, emburrada. Parecia que, na família Wave, eu era a única solitária. Meu pai dirigia sorrindo enquanto se balançava no ritmo da música que saía do rádio. Minha mãe parecia encantada com o primeiro amor de Ana Gabriela.

Estava feliz por Ana e Eron. Parecia um pouco clichê, o amor deles, mas se a fazia feliz, me fazia feliz. Meu irmão, Nicolas Wave, motivo de nós irmos até a escola sobrenatural, estava com sua segunda namorada no ano.

Lien Winter era até um boa pessoa. Sempre com uma resposta na ponta da língua. Eu morria de rir quando ela e Nick discutiam. Mesmo ela não tendo um poder tão espetacular quanto Alexa, sendo uma fada, meu irmão era feliz com ela e isso era o que importava.

“Gabbe, acorde, chegamos”, Ana disse estalando os dedos a minha frente.

Ela estava quase quicando no lugar para ver seu vampiro. Ana parecia um pouco diferente. Seus olhos azuis esverdeados, antes opacos, brilhavam. Seu cabelo curto e negro estava bem penteado e sem nada para escondê-los, fazendo com que eles voassem ao vento. Claro que minha irmã ainda era a mesma skatista rebelde de sempre.

Só que mais apaixonada.

Eu andava aquela escola de cima a baixo e não encontrava nada que me chamasse atenção. Quero dizer, tudo ali me chamava atenção e ao mesmo tempo, parecia tão comum. Vampiros com belezas invejáveis. Lobisomens emos se preparando para uivar ao luar. Fadas, bruxos e gênios fazendo truques e competições de magia. Sereias elevando suas vozes ao máximo do encanto. Videntes jogando xadrez (isso era realmente interessante).

Mas, nada além disso.

Nada além do normal.

Olhei para a multidão de pessoas, sorrindo e se abraçando no espírito do reencontro. Ana olhava para todos os lados esperando por Eron. Passei a mão por meu cabelo vermelho e estreitei meus olhos verdes quando vi Nick se aproximando abraçado a Lien.

“Nick”, eu exclamei indo correndo abraçá-lo. Escutei Ana vindo logo atrás de mim e o abraçando. Lien deu um passo para trás, deixando-nos em nossa cena e sorriu.

“Ana, Gabbe”, ele nos abraçou e beijou a cabeça de cada uma. Nos segurando pelos ombros, Nick olhou em nossos olhos e sorriu. “Parece que foram anos.”, ele olhou para Ana. “Acho que não sou eu que você quer abraçar”

As bochechas de Ana coraram. Nick mexeu a cabeça para o lado, sinalizando para o vampiro loiro de olhos azuis parado a poucos metros de distância de nós três. Os olhos de Ana se dilataram e brilharam. Eron cruzou seus braços e sorriu para ela. E, como se fosse atraída por uma força magnética, Ana foi até ele com passos lentos, mas seguros.

“E você, Gabbe?”, Nick perguntou de repente. Tirei meus olhos do casal feliz e o encarei. “Como está?”

“Bem, ao máximo”, respondi vagamente. Meu irmão não precisava saber dos meus

Mas, nada além disso.

Nada além do normal.

Olhei para a multidão de pessoas, sorrindo e se abraçando no espírito do reencontro. Ana olhava para todos os lados esperando por Eron. Passei a mão por meu cabelo vermelho e estreitei meus olhos verdes quando vi Nick se aproximando abraçado a Lien.

“Nick”, eu exclamei indo correndo abraçá-lo. Escutei Ana vindo logo atrás de mim e o abraçando. Lien deu um passo para trás, deixando-nos em nossa cena e sorriu.

“Ana, Gabbe”, ele nos abraçou e beijou a cabeça de cada uma. Nos segurando pelos ombros, Nick olhou em nossos olhos e sorriu. “Parece que foram anos.”, ele olhou para Ana. “Acho que não sou eu que você quer abraçar”

As bochechas de Ana coraram. Nick mexeu a cabeça para o lado, sinalizando para o vampiro loiro de olhos azuis parado a poucos metros de distância de nós três. Os olhos de Ana se dilataram e brilharam. Eron cruzou seus braços e sorriu para ela. E, como se fosse atraída por uma força magnética, Ana foi até ele com passos lentos, mas seguros.

“E você, Gabbe?”, Nick perguntou de repente. Tirei meus olhos do casal feliz e o encarei. “Como está?”

“Bem, ao máximo”, respondi vagamente. Meu irmão não precisava saber dos meus

Mas, nada além disso.

Nada além do normal.

Olhei para a multidão de pessoas, sorrindo e se abraçando no espírito do reencontro. Ana olhava para todos os lados esperando por Eron. Passei a mão por meu cabelo vermelho e estreitei meus olhos verdes quando vi Nick se aproximando abraçado a Lien.

“Nick”, eu exclamei indo correndo abraçá-lo. Escutei Ana vindo logo atrás de mim e o abraçando. Lien deu um passo para trás, deixando-nos em nossa cena e sorriu.

“Ana, Gabbe”, ele nos abraçou e beijou a cabeça de cada uma. Nos segurando pelos ombros, Nick olhou em nossos olhos e sorriu. “Parece que foram anos.”, ele olhou para Ana. “Acho que não sou eu que você quer abraçar”

As bochechas de Ana coraram. Nick mexeu a cabeça para o lado, sinalizando para o vampiro loiro de olhos azuis parado a poucos metros de distância de nós três. Os olhos de Ana se dilataram e brilharam. Eron cruzou seus braços e sorriu para ela. E, como se fosse atraída por uma força magnética, Ana foi até ele com passos lentos, mas seguros.

“E você, Gabbe?”, Nick perguntou de repente. Tirei meus olhos do casal feliz e o encarei. “Como está?”

“Bem, ao máximo”, respondi vagamente. Meu irmão não precisava saber dos meus

Mas, nada além disso.

Nada além do normal.

Olhei para a multidão de pessoas, sorrindo e se abraçando no espírito do reencontro. Ana olhava para todos os lados esperando por Eron. Passei a mão por meu cabelo vermelho e estreitei meus olhos verdes quando vi Nick se aproximando abraçado a Lien.

“Nick”, eu exclamei indo correndo abraçá-lo. Escutei Ana vindo logo atrás de mim e o abraçando. Lien deu um passo para trás, deixando-nos em nossa cena e sorriu.

“Ana, Gabbe”, ele nos abraçou e beijou a cabeça de cada uma. Nos segurando pelos ombros, Nick olhou em nossos olhos e sorriu. “Parece que foram anos.”, ele olhou para Ana. “Acho que não sou eu que você quer abraçar”

As bochechas de Ana coraram. Nick mexeu a cabeça para o lado, sinalizando para o vampiro loiro de olhos azuis parado a poucos metros de distância de nós três. Os olhos de Ana se dilataram e brilharam. Eron cruzou seus braços e sorriu para ela. E, como se fosse atraída por uma força magnética, Ana foi até ele com passos lentos, mas seguros.

“E você, Gabbe?”, Nick perguntou de repente. Tirei meus olhos do casal feliz e o encarei. “Como está?”

“Bem, ao máximo”, respondi vagamente. Meu irmão não precisava saber dos meus problemas amorosos. Olhei para o lado e reparei que Lien tinha sumido. “Onde está Lien?”

“Foi falar com os pais dela”, ele respondeu sorrindo. Colocou um braço em meus ombros e começou a me guiar de volta aos nossos pais. Ele parecia tão feliz. “E você, Gabbe?”

“Já disse que estou bem”, eu respondi confusa.

“Não estou falando isso, maninha.”, ele soltou um riso, com alguma piada particular. “Não que eu esteja te apressando, mas...”, ele hesitou mordendo o lábio inferior. “você já tem 15 anos, não pensa em namorar?”

Eu ri.

“O que eu disse de errado?”, Nick perguntou parecendo um pouco ofendido. Ele parou para me olhar nos olhos e estreitou os seus, azuis. “Você já está namorando?”, ele perguntou, desconfiado. Ele nem esperou minha resposta. Seus olhos se arregalaram. “É isso!”, ele exclamou. “Quem é ele?”

“Pare, Nick.”, eu exclamei quando vi que ele começaria a fazer um escândalo. Nossos pais nos olhavam confusos. “Eu não estou namorando.”, pressionei meus lábios juntos, retendo o riso. “Não é como se eu fosse tão popular na escola que todos os garotos caíssem aos meus pés. Nem como se eu quisesse um garoto normal, metido a especial”

“É , eu sei.”, ele disse, pensador.

“Eu sou bem consciente da realidade, Nick.”, eu disse séria. Meu irmão continuou me olhando como se não me conhecesse. “Até mesmo da realidade alternativa. A sua realidade”, bati meu dedo com força em seu peito. “Não é como se eu fosse virar nesse instante e dar de cara com o amor da minha vida.”

“Você tem razão”, Nick concluiu, sorrindo, e colocou o braço em volta dos meus ombros de novo, voltando a me guiar na direção dos nossos pais.

No momento em que viramos nossos corpos, alguém trombou em mim. Eu recuei automaticamente e Nick se colocou um passo a minha frente, no instinto de me defender. Aquilo era exagero, mas eu queria ver meu “agressor”. Olhei por cima do ombro de Nick e o estudei.

Os cabelos castanhos escuros ondulados possuíam algumas mexas que caíam em seus rosto, mas não foram o suficiente para ocultar os olhos castanhos claros. A pele morena clara, como de um leve bronzeado estava destacada pela blusa branca que marcava seus discretos, e bem feitos, músculos. A calça jeans escura mostrava a cintura fina e as coxas malhadas. Em seus pulsos, um par de munhequeiras e em seus pés, um par de All Star preto e branco cano médio. Ele parecia ter uns 16 anos e sorria para meu irmão, como se já esperasse por aquela reação vinda dele.

“Nicolas Wave”, o garoto o cumprimentou.

“Frederico Lewis”, Nick retruquiu, cruzando os braços. O sorriso de Frederico cresceu quando seus olhar caiu em mim. “Não olha para onde anda?”

“Eu até olharia, se aqui na escola tivessem tantas belezas quanto essa atrás você”, Frederico respondeu. Com um susto, percebi que ele falava de mim. Ele deu um passo a frente, ignorando totalmente Nick e sorriu para mim. Senti minhas bochechas queimarem. “Frederico Lewis.”, ele se apresentou.

“Gabrielle Wave”, eu respondi tentada a apertar sua mão, mas Nick parecia um muro de concreto. Ele olhou para Frederico com puro ódio nos olhos.

“Fique longe de minha irmã, Lewis.”, Nick disse quase rosnando. “Você não a fará sofrer como seu irmão fez com Suzy.”, Nick pegou minha mão e me puxou com força até nossos pais. Poucos metros pareciam longos quilômetros. “Não quero você falando com ele, Gabbe”

Olhei para trás, e vi Frederico sorrindo e piscando uma vez para mim. Frederico. Alguma coisa finalmente estava me chamando atenção. Mas, Nick poderia ter me avisado antes de eu começar a me apaixonar.

******

Me livrar de Nick e sua supervisão não foi a coisa mais fácil que eu já fiz. Se não fosse por Lien, eu ainda estaria na coleira. Mas, alguns esporros vindos da namorada e meu irmão me liberou.

Comecei a andar pela escola, sem rumo. Minha esperança era encontrar Ana. Mas, me lembrei que ela estava com Eron e eu realmente não queria atrapalhar. E, eu não estava sendo sincera comigo mesma. No fundo sabia que não era Ana que eu queria encontrar.

Eram outro par de olhos que eu queria ver. Um par de olhos castanhos. Balancei a cabeça e chutei uma pedrinha, distraída. O que será que o irmão de Frederico tinha feito a Suzy? Uma bruxinha tão delicada quando Suzy. Doce e amável. Era difícil imaginar alguém querendo fazer mal

a ela.

“Hey, irmã Wave”, me gritaram.

Não precisava me virar para saber quem era. Não fazia nem meia hora que o tinha visto. Fingi que não tinha escutado e continuei andando. Parei em frente a uma árvore e me sentei. Sabia que era questão de tempo até que ele me alcançasse, mas tentei me precaver.

Não funcionou. Tentei deixar minha mente em branco, tanto quanto minha expressão. Se Nick dizia que ele não era boa pessoa, então eu confiaria em meu irmão. Mas, meu coração acelerado e meu rosto pegando fogo, não ajudaram em nada em parecer indiferente a sua presença.

“Não me escutou te chamando?”, ele perguntou se sentando ao meu lado na árvore. Continuei em silêncio, olhando para as pessoas que passavam ao nosso redor. E rezando para que uma dessas pessoas não fosse Nick. “Ah, entendi”, ele disse e parecia sorrir. “Você está se fazendo de muda e surda para que eu desista de falar com você e vá embora. Mas, tem muitas coisa sobre mim que você não sabe. Por exemplo,”, ele parou por um segundo e eu senti dedos deslizando por meu braço até minha mão. Recuei , mesmo que um pouco contrariada. “Eu não desisto fácil”

Engoli a seco e olhei para Frederico. Ele tinha um grande sorriso nos lábios e me olhava com os olhos castanhos claros um pouco estreitos por causa da luz do sol, deixando-os com um tom de mel. Ele não parecia mal. Mordi meu lábio inferior sem perceber e Frederico riu. Fiquei emburrada.

“Não ria de mim, Frederico”, eu disse ríspida. Ele riu ainda mais. Um sorriso involuntário cresceu em meus lábios.

“Parece que ganhou a voz de volta.”, ele disse brincando. “Não me chame de Frederico.”, ele reclamou. “Mesmo ficando lindo em sua voz, eu não gosto disso. É muito formal. Me chame de Fred”, ele estendeu sua mão. Era como se não tivéssemos nos apresentado antes. Olhei para sua mão e ele esperou. Hesitante, eu a apertei. “Posso te chamar de Gabbe? Escutei seu irmão a chamando assim”

“Claro”, eu disse. Olhei para baixo e notei que ainda estava segurando sua mão. Retirei a minha de súbito. “Então, o que você é?”, perguntei. Mesmo meu irmão dizendo para me afastar dele, a curiosidade gritava aos meus ouvidos.

Fred pareceu ver isso em meus olhos e sorriu.

“Sou um Bruxo Elementar da Água”, ele disse. Fred suspirou colocando seus braços atrás da cabeça e se encostando na árvore.

“Igual ao meu irmão”, exclamei. Nesse momento, algo me instalou. “Pensei que só os filhos mais velhos herdassem os poderes”, disse confusa.

Claro que teve o caso de Alexa, mas logo descobriram que Alisson, sua irmã mais velha, tinha sim um poder herdado por parte de mãe. O espírito. E, descobrir que tinha mais um caso de espírito era interessante.

“Sou meio-irmão de Matteus”, Fred disse. O encarei, saindo dos meus devaneios. Ele olhava para frente, para o nada. “Minha mãe casou com meu pai, Bruxo Elementar da Água, quando Matt tinha 2 anos. E, mesmo assim, ele herdou os poderes do pai dele.”, Fred me encarou sério. “Ele é um gênio”

“Oh!”, eu disse surpresa.

“Se eu sou meio-irmão de Matt, isso não me faz só meio-babaca?”, ele perguntou, mas parecia mais para si mesmo do que para mim. “Só porque ele traiu a amiga do seu irmão, não quer dizer que eu o faça.”

“Mas...”, eu tentei defender meu irmão, mas Fred me olhou sério, sem um sorriso.

“Eu não sabia que, além de bruxo, seu irmão era vidente”, Fred ironizou. Ele se pôs para frente e segurou minha mão, tão pequena e pálida, entre as suas, fortes e morenas. Fiquei surda por um segundo, conseguindo escutar apenas o bater do meu coração contra meus ouvidos. “Gabbe, eu não vou atrás de qualquer uma. Se estou aqui, é porque te achei especial. Te achei linda.”, senti meu rosto pegando fogo e desviei meu olhar do dele. “Olhe para mim”, ele pediu. Sua voz tão baixa que

fazia o momento cada vez mais íntimo.

Eu o olhei.

“Meu irmão te odeia”, eu disse, mas minha voz era só um suspiro. Seus olhos pareciam labaredas. Ele ficou de joelhos a minha frente e segurou meu queixo com força.

“Seu irmão me odeia porque meu irmão é um idiota”, ele sorriu. “Sou totalmente diferente de Matt. Tanto no estilo, quando no caracter.”

Olhei da sua roupa para a minha e sorri. Eu estava com um short preto e com uma camisa de banda. Meus All Star pretos com roxo que nunca me abandonavam e um cordão de caveira no pescoço. Eu sorri. Parecíamos tão iguais.

Seu aperto firme em meu queixo se tornou suave e ele se aproximou de mim, também sorrindo. Meu coração parecia que ia sair pela boca. Engoli a seco. Vi seus lábios cheios se entreabrindo e se aproximando dos meus. Meus olhos estavam semi cerrados. Senti seu corpo se pressionando com cuidado contra o meu e um pequeno sorriso surgiu em meus lábios.

“Meu irmão vai te matar”, eu sussurrei.

Fred sorriu.

“Eu não ligo”, ele respondeu e me beijou.

Eu ainda era eu mesma, mesmo não me sentindo daquele jeito naquele momento.

Só estava mais apaixonada.


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