Indigo escrita por Radio Floyd


Capítulo 3
iii • Alguém pede as fotos.


Notas iniciais do capítulo

Atrasadinho pq estava no interior >< Desculpem



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Corri o máximo que eu pude com o meu irmão me segurando. Não foi a melhor corrida, mas eu consegui me livrar do garoto. descansei quando achei o carro do meu pai parado na esquina. Ele podia ter adivinhado os meus pensamentos a distância.

Hey! — Saudei—o informalmente.

Boa... — Ele olhou para o relógio no pulso. — Boa noite querida. — Ele me deu um beijo na bochecha e deu um abraço apertado no Gabe.

Vamos jantar no McDonald's? — Pedi de uma forma fofa para tentar convencer meu pai.

Mc lanche feliz! — Gabe gritou animado do banco de trás.

Onde está o seu avião Gabe? — Papai perguntou despreocupado e na hora eu me bati mentalmente e fisicamente.

Meu pai me olhou um pouco assustado quando eu bati com a minha mão em minha própria testa.

Gabe fez uma cara de choro e começou a chorar em silencio pelo avião perdido.

Eu acho que na pressa de sair do parque sem querer deixei ... Me desculpe Gabe. — Virei na direção do banco de trás com um olhar um pouco triste.

Você não perde a cabeça por que lhe esta grudada ao corpo! — Papai falou frustrado.

Eu... Eu vou comprar pra você o seu avião de controle remoto. Papai... Vamos ao shopping e compraremos o avião do Gabe e vamos comer algo. Esta bem Gabe? — Supliquei para que ele aceitasse.

Aceito! — Gabe pareceu alegre e até esquecido do outro avião.

Mas onde você vai arrumar o dinheiro?

Tenho umas economias... Bem... — Procurei o meu cartão de crédito dentro da carteira. — Achei! — Mostrei a ele o cartão que minha mãe tinha feito para mim.

Mas...

Mas nada! Eu perdi o brinquedo do meu irmão e acho que devo a ele um novo.

Esta bem então.

Meu celular começou a tocar... Tocou uma... Duas... Atendi.

"Alô?"  Me pronunciei.

"Você por um acaso tira fotos?" Uma voz masculina me perguntou do outro lado.

"Sim. Mas agora eu estou mega ocupada... Poderia me ligar depois?" Encarei a janela de um forma melancólica e arrumei o óculos.

"Mas..." Acabei desligando sem querer pela simples razão de que ele (o celular) tinha ficado sem bateria.

— Droga! — Sibilei alto e meu pai me olhou com olhar de repreensão.

O que ouve para ser necessário o uso de uma palavra pejorativa? — Ele estacionou o carro no estacionamento do shopping.

Desliguei sem querer na cara de um possível cliente. — Fechei a cara.

Tudo bem querida. Ele provavelmente ligará de novo.

Espero que ligue mesmo! — Peguei minha carteira e coloquei no bolso da calça.

...

Estamos andando a pelo menos uma hora em todas as lojas de brinquedos. Por simpatia do destino achei uma tomada no banheiro feminino e fingi um pequeno mal estar, o celular atingiu trinta e dois por cento de bateria em vinte minutos carregando.

Quando voltei pra junto do meu pai disse que tinha ido também a uma loja de acessórios fotográficos e tinha comprado uma lente "olho de peixe". Claro que ele me perguntou onde estava a sacola e eu me fingi de esquecida. Corri o shopping inteiro para achar a bentida loja e comprar a tal lente. Ela não seria desperdiçada, isso eu garanto.

Voltei pra perto do meu pai e de meu irmão quando o meu celular tocou novamente.

"Alô?" Presumi ser o cliente novamente.

" esta menos ocupada?" Perguntou meio tímido.

"Desculpe... Eu... Eu meio que estava em uma discussão pai e filha e meu celular descarregou."

"Achei que seu celular pudesse ter descarregado mesmo." Ele falou sério.

"Jura?"

"Não... Achei mesmo que tinha sido grossa comigo e cheguei a pensar em não ligar mais."

Meu coração parou.

"Mas talvez tenha valido a pena ligar."

"Prometo que não vai se arrepender de ter ligado... Mas então... Sobre que tipo de foto você quer falar? Faço foto de casamento, aniversário, bodas, viagens em família, crianças, books para quinze anos..." Gabe começou a me puxar na direção de uma loja... — um estante Gabe. Estou ocupada.

"Juro que posso ligar mais tarde se quiser..."

"Não! Pra você eu tenho tempo." Gargalhei.

"Você falando assim vou achar que esta me dando mole!"

Papai me mostrou o avião que Gabe queria e murmurou um 'preço acessível'. Peguei no cartão de crédito e o passei na máquina colocando minha senha e esperando a compra ser aprovada.

"Sou cem por cento profissional." Falei envergonhada.

"Não tenho dúvidas, mas... Eu queria mesmo era umas fotos que você tirou essa tarde de uma garotinha de cabelos castanhos com olhos azuis..." Ahhh!! A garotinha tinha entregue meu cartão aos pais.

"Sei... Quando você pode me encontrar para acertar os detalhes das fotos?" Eu começava a ficar empolgada e meu coração a acelerar por conta da animação.

"Amanhã de tarde. Pode ser ou você tem compromisso?" Sua voz parecia preocupada. "CLARA NÃO CORRA NA ESCADA!" ouvi ele gritar e pensei comigo mesma como ele se preocupava com a filha.

"Amanhã de tarde está ótimo. Me mande mensagem com o lugar e a hora. Tenha uma boa noite!" Falei sem tirar o sorriso idiota do rosto.

"Boa noite... Hum... Itália." Adorável.

Guardei o celular na cintura e olhei para a nota da garantia estendida com o valor do brinquedo e o acréscimo... Santo Deus! Aquilo tinha me custado quatrocentos dólares e alguns quebrados.

Santo Deus! — Quase caí pra trás.

Você acha que fazer os gostos de vocês é fácil? — Papai gargalhou puxando a gente para o McDonald mais próximo de nós.

Juro que vou pensar muito bem Antes de pedir qualquer coisa... Mas falando em pedir o senhor se incomodaria em me ter como sua secretária assistente por tipo assim... Um ano? — Gargalhei.

Realmente preciso de alguém que me traga um cafezinho. — Ele riu.

Claro que remunerado! — Pisquei.

Vou pensar no seu caso mocinha. Agora aproveite o lanche e curta o resto da noite. Tenho um trabalho para você amanhã. Um casamento. No álbum eles pediram duzentas fotos e um CD com quinhentas fotos dos "bastidores".

Era o que me faltava.


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Notas finais do capítulo

Aqu está