Indigo escrita por Radio Floyd


Capítulo 1
i•Onde descubro que ser roubada tem suas vantagens


Notas iniciais do capítulo

Primeira fanfic postada no Nyah!! Espero que curtam.



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Sabe aqueles dias em que acorda sem qualquer vontade de viver? Hoje é o meu dia. O cansaço emanava por todo o meu corpo e possivelmente era visível em meu olhar. Meu corpo repousava sobre a cama bagunçada arfando de tanto correr, quatro quilômetros... Não era brincadeira!

Havia saído para fazer uma corrida e fotografar um pouco a praia, visto que perto de uma morava, porém, acho eu, que alguém estava de olho em mim a algum tempo... Por que digo isso? Porque me levaram uma câmera de dois mil dólares!

Meu peito subia e desci diminuindo o ritmo da respiração conforme eu ficava menos cansada. Ouço algumas batidas na porta e antes de permitir a entrada de quem quer que fosse pego as roupas do chão e as jogo no cesto de roupa suja.

Filha? — Meu pai chama e bate novamente na porta.

Pode entrar pai. — Ele abre a porta e se senta em minha cama. — Eu estava tirando as roupas do chão.

Tudo bem... Eu queria lhe pedir para ir com o Gabe ao parque. Queria que tirasse umas fotos com ele , precisamos de fotos para a divulgação do seu "trabalho". — Ele olhou-me com um brilho no olhar.

Hum... Alguém... Eeee... Me roubaram a câmera pai! — O brilho nos olhos dele sumiram um pouco, mas então ele logo falou.

Podemos comprar uma profissional se quiser. A sua estava um tanto velha mesmo. — Ele deu de ombros.

Jura? — Me levantei da cana animada.

Com certeza. Fica como presente de boas vindas. — Ele sorriu e eu não pude deixar de abraçar a criatura que eu tenho por pai.

Mas pai... — Voltei a ficar triste.

O que foi docinho?

A câmera profissional que eu estava de olho à um tempinho custa cinco mil reais. — Falei a última parte mais baixo que o normal.

Tudo bem querida. Eu a compro para ti. Você merece! — Arregalei os olhos e abri um sorriso.

Levantei da cama e pulei de alegria, meu olhos quase se encheram d'água de tanta emoção.

Peça pra Tina arrumar o Gabe que eu vou me arrumar e vou. — Entrei pra dentro do banheiro.

Joguei a roupa suada que eu havia usado para correr no cesto e entrei de cabeça no chuveiro. Deixei a água gelada me relaxar e amolecer todos os meus músculos. Fiz uma espécie de massagem em mim mesma com ajuda de um sabonete esfoliante.

Lavei os meus cabelos loiros, que puxará de minha mãe, com um shampoo de camomila para garantir o tom dourado deles.

Terminei o banho e me troquei. Coloquei um short jeans preto com um top azul, por cima do top joguei uma blusa de alça branca que era cavada nas laterais. Peguei nas minha sapatilhas e na minha mochila com alguns equipamentos para dar suporte as fotos.

Coloquei a mochila nas costas e desci as escadas como um relâmpago indo em direção a cozinha.

Tina meu amor...

sei que você quer o seu mousse! — Ela gargalhou.

Você fez o de limão ou maracujá? — Perguntei sentindo o cheiro do almoço no ar.

Os dois. — Encarei a geladeira e corri para pegar um pouco do mousse antes de sair.

Eu não estava muito a fim de comer comida, então resolvi comer um pouco dos dois mousses antes de sair.

Peguei no potinho no qual eu tinha posto a sobremesa e fui me sentar na sala para esperar o meu pai, que o meu irmão estava na sala.

Meu deus pai! Vamos logo.

E parecendo ouvir meus pensamentos papai desceu as escadas com os seus ray-bans nos olhos parecendo um galã de novela. A chave do BMW dele cintilava na sua mão e eu não pude deixar de gargalhar com a cara que a minha madrasta fez.

Fecha a boca Tina... Não quero nadar na saliva. — Gargalhei.

...

Você sabe o que fazer, certo? — Meu mai me perguntou dando-me a mochila e a câmera nova para as mãos.

Sim. Devo tirar fotos do Gabe e se alguém se interessar devo perguntar se posso tirar foto da pessoa ou criança. — Meu pai assentiu com a cabeça e me deu um beijo na testa.

Tenham um bom dia. — Gabe desceu do carro e veio segurar minha mão.

Até mais papai. — Ele sorriu e acenou para nós.

Vamos Gabe? — Peguei meu irmão no colo indo em direção ao centro do parque onde não havia sobra das árvores.

Gabe ser fotogênico. Gabe fazer mana ganhar muito dinheiro! — Ele brincava com um avião de plástico.

Se o Gabe ajudar a mana, ela compra um avião de controle remoto. — Tentei fazer um acordo com ele.

Mana vai ganhar muito dinheiro com a ajuda do Gabe! — Ele esperniou em meu colo e tive de o soltar para não cair junto com ele.

Coloquei a mochila no chão e armei o tripé apoiando a maquina logo de seguida, busquei na bolsa um pouco de para retirar o brilho do rosto do meu irmão.

Gabe! — Chamei-o.

Aqui mana. — Ele apareceu nas minhas costas.

Mas que susto... — Gargalhei.

Quero ficar bonito para as fotos. — Ele fechou os olhos e eu apliquei o em seu rosto fazendo ele espirar um pouquinho.

Casei na mochila uma lente com efeito P&B para tirar primeiro as fotos em preto em branco.

Coloquei-me atrás da maquina procurando a melhor hora de apertar o botão que fazia a mágica. Gabe se sentou com o avião e o abraçou dando um sorriso tímido para a câmera. Essa era a hora.

Tirei a primeira foto.

Gabe foi se levantar e caiu sentado, achei que ele fosse chorar mais ele me deu língua e como o achei fofo demais tirei outra foto.

Aquela foi a segunda.

Gabe se levantou e puxou uma garotinha para tirar foto com ele, ele fez uma cara de confusa quando ele a abraçou. Como eu achei aquilo lindo...

Tirei a terceira.

A garotinha percebeu a minha câmera e colocou a mão nos olhos do meu irmão fazendo uma careta fofa. Eles eram tão fotogênicos que tirei pelo menos quatro fotos seguidas.

A última antes de trocar o filtro foi uma com o Gabe jogando para o ar uma boha de sabão feita com o brinquedo da garotinha.

Me abaixei para trocar o filtro quando
Acabei tropeçando em uma das pernas do tripé, por consequência acabei derrubando a maquina com o tripé e tudo, mas antes que ela atingisse o chão eu consegui pegála na mão.

O ângulo no qual ela estava era interessante e o que ela focava ainda mais, sem prestar muita atenção nos detalhes fotografei a cena que eu via pela metade.

Itália? — Gabe veio até mim com uma carinha de choro.

O que ouve pequeno? — Deixei a câmera no gramado na minha frente e o coloquei sentado de frente para mim.

Eu machuquei o meu joelho fotogênico! — Ele segurou o joelho e colocou a cabeça apoiada na própria mão.

Achei aquele momento muito... Não sei, mas tinha de fotografar e foi o que eu fiz.

Quer tirar umas fotos com a mana? — Perguntei oferecendo uma jujuba pra ele.

Quero! — Ele levantou e agarrou no meu pescoço me fazendo cair na grama.

Está bem, está bem... — Gagalhei com ele em cima de mim. — Deixe-me levantar e arrumar as coisas.

Ele saiu de cima de mim e eu montei o tripé, troquei o filtro por um que dava um tom rosado as coisas.

Programei a câmera para tirar fotos de dois em dois minutos.

Prontos? — A garotinha tinha resolvido juntar-se a nós.

Sim! — Os dois gritaram juntos.

Sentei com pernas a índio fazendo uma careta e observei as duas crianças a me imitarem.

Ouvi o click da maquina.

Fiz biquinho e abracei os dois de lado.

Outro click.

...

O por do sol no horizonte me fez bater a última foro do dia. Pedi para Gabe dar um beijinho na bochecha da Clara. Quando o sol atingiu o topo da cabeça das crianças pelo ângulo em que a câmera estava eu fiz soar o click. A foto estava natural e sem filtro algum.

Guardei o tripé na mochila e as lentes que tinha usado. Sentei-me no gramado e disse ao Gabe que tinha mais dez minutos para brincar quando a câmera voltou para a tela inicial me dando a visão maravilhosa de um garoto.

Ele estava com o olhar focado em um caderno e tinha os cabelos castanhos espetados para todas as direções, sua postura era desleixada e quando eu ía bater a foto ele me olhou fazendo a foto se tirada no exato momento do encontro de olhares.

Ele fez menção de se levantar e eu praticamente pulei do chão para procurar o Gabe e ir em bora.

Gabe... Vamos. — Deixei meu cartão com a garotinha e sai correndo com a mochila nas costas e a mão do Gabe no cós do meu short.


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Notas finais do capítulo

Até a proxima Sexta! Espero que gostem:)