You always back escrita por venus


Capítulo 1
Capítulo 1




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Meio-dia.

― Já se passou um tempo desde que ouvi falar de você.

― Eu estava ocupado com algumas coisas.

― Você quer dizer outras garotas? ― Ele exibe um sorriso fraco sem dentes. Uma súbita raiva subiu pelo meu ser. Por que Jensen tinha de ser minha perdição?

― Sempre tão esperta ― pegou algo no bolso da clássica jaqueta preta. ― A prova de que não me esqueci de você, Alice.

Peguei o pequeno pingente de coração da sua mãe estendida. Eu sabia muito bem o que havia dentro dele, uma foto.

― Jurava que você tinha jogado fora ― comentei, não tendo coragem de abrir o pequeno coração de bronze. ― Você devia ter jogado.

― Eu nunca faria isso com a única lembrança que me restou de você. – Sorri envergonhada. ― Você ainda estuda no mesmo colégio?

― Já terminei o colegial, Jensen. A formatura é daqui umas semanas.

Vasculhei minha mente em busca de algo que impedisse sua aproximação.

― Ah, ouvi dizer que você está por aí com uma nova garota.

Ele suspira, seus olhos selvagens me vêem pelo avesso. Ele me encarava esperando algo. Eu tinha os clássicos lábios vermelhos que ele gostava. Era isso que ele queria.

Mexe no cabelo comprido colocando os fios castanhos para trás.

― O que você ouviu é verdade, mas eu não posso parar de pensar em você e eu.

― Eu tenho me sentindo assim um monte de vezes. ― Ele estava sexy, seu olhar preso em meus lábios. Eu havia confessado algo que tinha jurado a mim mesma esquecer. E eu consegui durante três meses. Até ele aparecer. ― Você deve ir embora agora. ― Ele sorriu, achando graça.

― E você devia me convidar para entrar.

O encarei séria frente a frente com a coluna ereta ― eu sempre tive uma boa postura ―, era quase um desafio.

― Então entre, Jensen.

“Suzie não gostará de saber que ele veio na minha casa e ainda o deixei entrar!”

Minha mente me amaldiçoava enquanto Jensen me acompanhava até o meu quarto. Era quase um ato robótico levá-lo lá pra cima. “Se minha amiga mais prezada souber que estou levando Jensen Lee para meu quarto eu definitivamente estou morta.” Suzie era tão violenta.

Deitada na minha cama com as costas viradas para Jensen eu encarava meus lençóis enquanto ― eu consequentemente sentia ― seus olhos me observavam.

― Você queria um tempo, Jensen. Não devia ter voltado.

Ele suspira se levantando.

― Você fica cada vez mais dura comigo ― ele sussurra em meu ouvido e eu arrepio. Sinto seu sorriso debochado. ― E eu cada vez mais louco por você.

Ele levanta da cama vendo meu mural de fotos. Eu havia retirado todas que possuíam Jensen. Ele sorria olhando meus momentos. Havia fotos novas com Suzie e umas com meu gato.

― Eu volto, esteja pronta meia-noite. ― O olho embasbacado.

― Hã... Como?

― Alice. ― Ele acena com a cabeça deixando uma foto do mural nos meus lençóis e sai andando do meu quarto. ― Eu sei o caminho. ― E ele desaparece. “Como sempre.”

Olho a foto.

Era ele. Sorrindo quando estávamos no feriado de ação de graças. Jensen estava dentro do carro, mas podia-se ver a lagoa pela janela.

Era a única foto dele em meu mural e eu cuidei de deixá-la imperceptível, mas ele era alguém detalhista. Ah, aquilo era a prova que eu não havia o esquecido.

Meia-noite.

Eu não havia contado nada a Suzie, se não ele me impediria de sair com ele. E eu queria Jensen. Quando terminamos, voltamos todas as vezes. Porque eu e ele não saímos de moda. E ninguém, nem mesmo Suzie, impediria isso.

Sempre que eu olhava em seus olhos era como se algo fosse de algum modo novo e ao mesmo tempo tão familiar. Eu gostava de seu jeito. Ele da minha fé de boa garota e da minha saia curta e apertada.

Olhei minha janela e pude ver o carro com os faróis apagados. Sentei na janela e Jensen saiu do carro vindo me pegar. Recebo o impacto de seus braços em meu corpo pequeno. Que saudade. A saia sobe e meu coração dispara. Aquilo estava acontecendo. Como era possível eu não cansar de dar voltas e voltas? Ou ele, não cansava?

― Vamos para o carro. ― Assinto.

Era uma longa viagem, não tinha idéia de onde iríamos. Poderia terminar em chamas ou no paraíso.

― Eu... Jensen. ― Ele me fitou. Era tão bonito. Em súbita coragem sento em seu colo de frente a ele. O mesmo estaciona o carro no acostamento da estrada.

― Ainda não chegamos ao nosso destino, Alice.

― Foda-se. ― Sussurro em seu ouvindo sabendo que ele adora quando falo palavrões. Suas mãos estavam nas minhas coxas e seus olhos em meus lábios. Ele os toma para si quando solto um gemido baixo devido aos movimentos de suas mãos. O beijo tinha carinho e volúpia. Como Jensen.

― Você se sente bem comigo, Alice?

― Até demais.

Ele sobe a mão para minha cintura e escorregada os lábios para meu pescoço. Sussurra em meu ouvido “então fique comigo”. E eu sabia exatamente onde aquilo iria terminar. Jensen era meu lar, não importava quantas vezes terminávamos, o quanto Suzie o desprezava, ou como mamãe reclama das nossas idas e voltas. Nós não saímos de moda.

Ah, Jensen...


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Notas finais do capítulo

Beijo, adeus.



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