Sobre o amor escrita por Letícia


Capítulo 1
Capítulo 1 - Como tudo começou.




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Caro leitor, a história que estou prestes a contar é sobre um jovem rapaz promissor que se apaixonou por uma moça tão linda por fora quanto por dentro. Meu nome é Charles, atualmente tenho 26 anos de idade, emocionalmente abalado, estou sentado em minha escrivaninha escrevendo esse pequeno conto sobre minha vida, ah, também estou usando mesmo terno de ontem.

E sim, eu me apaixonei, me apaixonei perdidamente por uma garota chamada Bonina, tão linda quanto a flor, ela era baixa, bem mais que eu talvez, seus cabelos eram castanhos ondulados, seus olhos eram da cor violeta e ela adorava contorná-los com seu lápis de olho. Bonina era dona do sorriso capaz de parar as guerras, tinha a inocência de um anjo e por isso sempre aceitou brincadeiras de mal gosto e ofensas verbais, porém fico feliz em contar que estava na vida dela bem antes disso, sempre ajudando-a a seguir em frente.

Bom, resumidamente nossa história parece cômica se não fosse trágica. Nos casamos, adotamos um cachorro, viajamos, vivemos nossa vida, pensamos em ter filhos, adotamos outro cachorro, mudamos de casa, pensamos em ter filhos novamente, Bonina descobriu que estava doente, decidimos ter filhos, viajamos, ela não engravidou, fui promovido no trabalho, Bonina morreu.

Tudo começou de uma forma muito confusa, eu tinha apenas oito anos quando cai de uma árvore, como todo menino curioso e desajeitado. Estava deitado em uma maca no hospital, teria que fazer um cirurgia, afinal tinha quebrado meu braço, quando estava sendo levado vi uma garota, sentada no sofá olhando para um ente doente, ela olhou para mim com os olhos violeta e sorriu. Após isso apenas me lembro de abrir os olhos, ouvindo as máquinas e uma menina parada ao meu lado com o pescoço entortado olhando para mim bem de perto:

-Você está bem? - Ela riu.

-Sim - Falei estranhando e empurrando lentamente a cabeça dela de perto da minha.

-Sou Bonina, me chame de Bou - Ela falou.

-Charles - Falei.

-O que aconteceu com seu braço, Charles? - Ela perguntou apontando para o gesso.

-Eu o quebrei - Falei.

-Posso assinar meu nome nele? - Ela perguntou.

-Mas eu nem te conh…Claro - Falei ao ver a mesma ficando triste.

Ela pegou a canetinha de cor verde, assinou e sorriu tapando o objeto. Olhei para o que ela havia escrito e quando meus olhos voltaram eu só pude ver aquele sorriso extraordinário, com covinhas profundas:

-O que é Tico? - Perguntei.

-É meu cachorro, ele também estava internado, mas ele morreu - Ela respondeu.

-Que legal - Falei horrorizado.

Essa ala do hospital estava escura, já era noite, era possível ver as enfermeiras passando às vezes, minha mãe deveria ter ido ao banheiro e aquela garotinha meiga me assustava:

-Por que você está aqui? - Perguntei.

-Minha mãe, ela está doente, mas agora está bem - Ela falou sorrindo.

-Entendi… - Falei.

-Você mora aqui? - Ela perguntou.

-Sim e você? - Respondi.

-Me mudei ontem, porque aqui tem médicos melhores - Ela falou.

-Sua mãe vai ficar bem - Falei sorrindo.

-Obrigada, boa noite - Ela falou voltando para o sofá.

No dia seguinte eu já pude sair, mal esperava para subir naquela árvore novamente. Cheguei em casa, abracei meu pai e subi para fazer minha tarefa de francês. Meu quarto era azul com uma grande janela, havia vários certificados na parede como de escoteiro, meus pais sempre esperavam o máximo de mim, isso era bom, certo?

-Vá brincar no quintal, a empregada irá limpar seu quarto - Minha mãe ordenou.

-Certo - Falei me levantando.

-Mas sem subir na árvore - Ela mandou.

-Droga - Sussurrei.

Fui ao quinta e sentei no degrau da varanda, observei um caminhão de mudanças parando na casa ao lado e logo depois um carro parou atrás, Bonina desceu com seu vestido vermelho, ela apontou para mim e veio correndo me encontrar atrás da cerca:

-Oi, vizinho! - Ela riu.

-Oi - Sorri de volta.

-Filha, venha terminar de arrumar seu quarto - Duas mulheres falaram.

-Minhas mães são mandonas, depois a gente se fala - Ela falou indo embora.

Peguei minha bola de basquete e tentei acertar a cesta, com uma mão, mas não conseguia, nunca! Estava cada vez mais irritado:

-Você tem que acertar, sem erros, você tem que ser quase perfeito - Meu pai falou bravo.

-Certo, desculpe - Falei olhando para o chão.

Meu dia foi meio triste após essa briga, jantei e dormi.

COM 12 ANOS

Eu e Bonina já éramos amigos, sempre brincando juntos. Com doze anos tudo muda, você se sente adulto, você infelizmente ganha um irmão…

-Acorda! - Bonina falou jogando uma almofada em minha barriga e se sentando em cima.

-AI! - Gritei rindo.

Bonina continuava linda, com seu sorriso apaixonante, mas agora começou a usar maquiagem, deixava-a mais linda ainda, mas lógico que nunca falaria isso para ela se achar:

-O que faremos hoje? - Perguntei rindo.

-Escola, der - Ela riu.

Eu e ela íamos juntos para a mesma escola, estudávamos na mesma turma mas andávamos com pessoas diferentes. Meu grupo era cheio de ‘’nerds’’, sempre fazendo o certo; o dela era os que sempre estavam em suspensão, sempre fazendo algo errado. Deveria ter alertado nessa época sobre suas amizades…


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