Girls in Black escrita por Mah e Deh


Capítulo 23
In Lambskin


Notas iniciais do capítulo

(Continua logo Denise nunca te pedi nada)
esse cap aqui é meu mesmo
Boa leitura.



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Quando Denise acordou, sentiu uma sensação familiar. A maldita sensação que sentia toda vez que era dopada por Thomas e acordava totalmente desorientada. A sensação que pensou que nunca mais ia sentir. E junto com essa sensação veio o medo de abrir os olhos. O que a esperaria quando o fizesse?
Quando o fez, percebeu que estava em um quarto de hospital, com tubos ligados ao seu corpo. Bom, era melhor do que imaginava.
Sua visão não estava muito clara, mas ela conseguiu identificar a figura sentada próximo a janela.

— Mari? - Balbuciou, sua voz soou como um choro.

A figura se voltou pra ela e deu um sorriso divertido.
— Acho que a anestesia não fez bem pro seu cérebro. - Ashley se levantou e se aproximou da cama da paciente. - Como se sente?

Denise estranhou a presença dela ali, e por que estava preocupada com ela? Ela sentia como se a própria amiga estivesse ali falando com ela, mas Ashley não era Mari. Não era nem mesmo uma amiga. Ela engoliu em seco.

— O que aconteceu comigo?

— Tirando a parte de ter ficado louca e quase ter cometido suicídio? - Ela cruzou os braços e sorriu ironicamente - Se não fosse por mim aquele garoto teria praticado necrofilia com seu corpo.

Denise ignorou o comentário e fechou os olhos a fim de se lembrar melhor do que tinha acontecido. Ela se recordou de ter visto muito sangue saindo de si enquanto era levada por enfermeiros, com Daniel ao seu lado.

— Onde está ele?

— Seu namoradinho patético, você diz? - Ela pareceu hesitar - Conversando com a polícia.

— O quê? - Ela exclamou incrédula - Mas ele não fez nada, apenas me ajudou!

— As mãos dele estavam sujas de sangue, e a polícia não acreditou na história de você ter enterrado um canivete em seu próprio pescoço.

Denise não estava acreditando no que ouvira. A única pessoa que estivera do seu lado não estava mais ali pra ajudá-la. Para protegê-la de Ashley, Thomas ou quem quer que seja. Aquilo a deixou indignada.

— Sua alma está suja de sangue. Assim como suas calças também estava. - Ela retrucou irritada.

— Aquela polícia é patética, não questionaram quando eu disse que tinha menstruado. - Ela riu como se lembrasse da cena - Seu namorado não é rápido como eu para pensar em uma desculpa. Além disso, eles tem certeza de que Lucas têm somente cúmplices homens e eu claramente não sou um. Além de babacas, são bem machistas... - Ela deu uma pausa ao ver o olhar confuso da garota. - Não se preocupe, ele não vai ser preso, já deve está sendo liberado.

Denise franziu a testa, sua cabeça ainda não funcionava direito, mas o nome Lucas lhe pareceu familiar. Pensou no motivo de Ashley está ali, por boas razões com certeza não era.

— Sei o por quê de estar aqui. Está esperando que me dêem alta para que me leve até Thomas. - Ela murmurou.

Um barulho de passos foi ficando cada vez mais alto e Ashley lançou um olhar ameaçador para Denise, um olhar que provavelmente significaria algo como " Sim, você está certa, vou te levar pra Thomas e lá você será torturada da pior forma possível. Experimente contar algo a quem quer que seja que cortarei sua língua e a comerei frita com bastante pimenta " E então seu olhar se suavizou ao desviar para a porta quando a maçaneta girou.

Ω

— Não me diga que está com medo? - Rafael perguntou.

Eles agora estavam na parte de baixo. Eles tinham seguido um caminho que os fizeram chegar até a cabana. Mari revirou os olhos. Ele falava como se ela não tivesse acabado de presenciar um assassinato brutal de uma garotinha.

— Se Denise não está lá, não faz sentido eu entrar.

— Denise não está lá, mas pode ser que ela esteja em breve. Acho que ela gostaria de companhia. - Ele pareceu blefar, mas sorriu maliciosamente e ela o encarou com medo, o que aquele cara planejava? Sem dúvidas era mais forte que ela e podia facilmente arrastá-la pelas pernas até a cabana. Mas por que ainda não o tinha feito? Por que insiste que ela entre por vontade própria?

— O que acontece se eu recusar?

— Será uma escolha sábia.

Ela suspirou fundo - Desistiu de tentar entendê-lo - e se aproximou de uma janela à fim de ver lá dentro

— Quer mesmo falar com Thomas? - Ele perguntou incrédulo.

Pela janela da cabana, Mari viu um ambiente escuro. Ela colocou as duas mãos ao lado dos olhos à fim de enxergar melhor. Havia uma cama próxima a janela. Do outro lado havia um armário. Ela se arrepiou ao ver a figura de Thomas, mas quando olhou melhor, percebeu que era só um boneco. Não deixava de ser assustador.

Ela respirou fundo, abriu a janela e entrou. Ao ligar o interruptor ela viu que as paredes tinham marcas estranhas de sangue.

— Você sempre vai fazer tudo ao contrário do que eu disser? - Rafael murmurou, observando-a pela janela.

— Parece uma boa estratégia quando se está com um vilão - Ela sussurrou e se virou pra ele, sem saber se ele havia a escutado. - Por que você não vai embora?

Em resposta, ele pulou pela janela e entrou na cabana.

— Para você vasculhar tudo  até encontrar uma prova contra Thomas? - Ele sorriu - Vá em frente, não vou incomodar.

Ela o praguejou mentalmente e abriu o armário, mas não havia nada além de roupas empoeiradas. As marcas de sangue pareciam velhas e a cama parecia perfeitamente arrumada. Se a cabana pertencia a Thomas, ele não vinha ali a muito tempo.
Ela decidiu sair dali, mas quando foi em direção a janela Rafael ficou em sua frente.

— Sinto muito, mas você não vai sair. - Ele cruzou os braços.

— Nossa, como você é engraçado, agora sai da minha frente. - Ela revirou os olhos e colocou as duas mãos na cintura.

Eles ficaram tão distraídos que não perceberam quando alguém abriu a porta.

Thomas encarou Mari de forma assustadora. Quando ela olhou para Rafael, viu um sorriso malicioso nascer em seus lábios. Era mais uma armadilha.


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Notas finais do capítulo

Aiai



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