Girls in Black escrita por Mah e Deh


Capítulo 18
Let's go find him.


Notas iniciais do capítulo

comentemmmm



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— Então... Você conhece o Lucas desde quando? – Daniel quebrou o silêncio.

Denise respirou fundo, ela não estava a fim de conversar naquela hora, mas Daniel estava tentando ser legal desde que a conhecera e tudo que a mesma fez foi responder com grosseria.

— Hã... Não lembro, faz tanto tempo. – ela respondeu. – E você?

— Eu não gostava do Lucas quando o conheci. – ele confessou. – Na verdade só comecei a falar com ele pra conseguir uma coisa.

— Conseguir o quê? – Denise perguntou curiosa.

Daniel riu e ficou em dúvida se contava ou não.

— Não é bem “o quê” e sim “quem”. – ele respondeu. – Mas antes que pergunte, não vou dizer quem é.

— Tudo bem. – ela disse. – e você conseguiu o que queria?

Daniel negou com a cabeça e sorriu.

— Não deu muito certo... – ele riu.

— Essa pessoa… É alguém que eu conheço? – ela arriscou.

— Não posso dizer. – ele respondeu. – Escute, temos que procurar o Lucas logo.

Denise percebeu que ele mudou de assunto, mas apenas concordou com a cabeça.

— É sério, Denise. Thomas provavelmente vai atrás dele. – ele parou de andar a fazendo parar também.

— A gente não pode simplesmente parar de procurar ele. – ela disse, aborrecida.

— É burrice continuar procurando ele agora. Está de noite e é a parte mais perigosa do dia. – ele disse com um tom mais alto. – Lucas pode ajudar a gente.

Denise cruzou os braços como se dissesse que não iria fazer o que ele queria.

— Por favor – ele pediu. – Lucas pode estar em perigo agora. Ele é mais seu amigo que o Rafael, caramba!

Denise respirou fundo e com relutância concordou com a cabeça.

— Assim que encontrarmos ele – ela disse – iremos atrás do Rafael.

— Tá, que seja. – ele respondeu. – Por acaso você gosta dele?

Denise corou um pouco com a pergunta, mas agiu como se isso não a afetasse.

— Gosto, como amigo. – ela respondeu. – E eu sinto como se estivéssemos juntos nessa.

— Que fofo. – Daniel disse irônico.

Denise resolveu não falar mais sobre isso. Sem perceber começou a se abraçar, devido ao frio.

— Está tremendo. – Daniel comentou. – Está morrendo de frio.

— Sherlock. – Denise disse irônica.

Daniel não disse nada, mas Denise viu no canto do olho que ele estava tirando o casaco. O quê?,ela pensou. Ela não escondeu a surpresa no rosto quando ele estendeu o casaco para ela com as sobrancelhas erguidas.

— Não está com frio? – ela perguntou.

Daniel revirou os olhos e deu um pequeno sorriso.

— É claro que estou. – ele respondeu. – Mas eu sou um cavalheiro.

Isso fez Denise rir.

— Obrigada. – ela murmurou colocando o casaco.

Continuaram andando em silêncio até que algo chamou atenção de Denise, que saiu correndo.

— Ei! Por que está correndo? – Daniel perguntou correndo também.

Denise para de correr e pega alguma coisa no chão. Uma jaqueta manchada de vermelho.

— É a jaqueta do Rafael. – ela disse sufocando o choro. – Está suja de sangue.

Daniel se aproximou calmamente e analisou a jaqueta. Denise não aguentou mais e se deixou chorar novamente.

— Calma. – ele murmurou. – Isso não significa nada.

— Como não? – ela sussurrou. – Ele provavelmente está... – ela não conseguiu completar a frase.

Denise que estava tentando se acalmar foi pega de surpresa quando Daniel se aproximou dela e enxugou uma lágrima que caía no canto do olho.

— Não chore, por favor. – ele pediu. – Vai tornar tudo mais difícil.

Denise concordou com a cabeça e piscou olhos várias vezes para evitar futuras lágrimas. Após isso, se afastou timidamente de Daniel e começou a andar pelo caminho que tinham vindo.

— Vamos procurar o Lucas. – ela disse.

Lucas acordou em frente à Ashley que brincava com uma mecha no cabelo. Tinha curativos por todos os lugares no corpo e sangue seco nas roupas. Deu um sorrisinho quando percebeu que Lucas acordara.

— A maioria das pessoas demora mais para acordar. – ela comentou. – Não me surpreende, você sempre foi forte.

Após falar isso ela deu uma piscadinha fazendo Lucas revirar os olhos.

Lucas olhou para os pulsos presos as algemas e depois para Ashley.

— Por que não está algemada? – ele perguntou.

Ashley sorriu e andou até ele, sentando em seu colo.

— Por que eu não sou uma traidora... – ela sussurrou. – Que nem você.

Mordeu o lóbulo de Lucas que tentou se afastar, inutilmente. Ashley deu um risinho histérico, que fez o sangue do Lucas ferver.

— Se afaste, Ashley. – ele disse rispidamente.

— Sabe, sempre te achei bonitinho. – ela disse se aproximando do seu rosto. – Não sei o que viu naquela sem sal da Mari. – disse com deboche.

Lucas não respondeu nada e Ashley começou a brincar com o cabelo dele.

— Ashley. – uma voz rouca a chama.

Thomas aparece em frente a eles com uma cara séria para Ashley, que sai do colo do Lucas.

— O que deseja Thomas? – ela pergunta se aproximando agora de Thomas.

— Desejo que saia. Preciso falar com Lucas. – pediu.

Ashley apenas concordou com a cabeça e mandou um beijinho para Lucas que a olhou com nojo.

Após a saída dela, Thomas senta onde Ashley estava e encara Lucas que evita contato visual.

— Sabe que precisamos conversar. – Thomas começou. – Olhe para mim, Lucas.

Lucas, que encarava os próprios sapatos lançou o olhar para Thomas como se fosse um esforço.

— Não temos nada para conversar. – ele respondeu. – Só peço para que deixe Mari e Denise fora disso.

Thomas riu daquilo e negou com a cabeça.

— Thomas, elas não merecem isso. – ele implorou. – Eu faço o que você quiser.

— Você acha que eu ligo se elas merecem ou não? – ele riu mais ainda. – você é inútil agora, não pode fazer nada.

Lucas revirou os olhos e voltou a encarar o chão.

— É isso que sua mãe iria querer? – ele arriscou.

Thomas o lançou um olhar cheio de ódio, o que assustou um pouco Lucas.

— Não comece... – ele rosnou. - Você não vai querer me ver irritado.

— Aposto que ela ficaria horrorizada. – ele continuou. – iria se matar por desgosto.

Lucas viu Thomas respirar fundo, como se estivesse se controlando para não pular no seu pescoço e mata-lo logo ali.

— Não importa, ela está morta. – ele apenas respondeu.

Lucas concordou com a cabeça.

— Então, queria conversar o quê comigo? – ele perguntou.

— Ah, só queria botar o papo em dia. – ele respondeu, sorrindo. – Afinal, faz tempo que não conversamos.

Lucas o olhou perplexo para Thomas, que continuava sorrindo. Era assustador aquela mudança de humor.

— Então, quando você vai contar para a Denise que a mãe dela está morta? – ele perguntou.

— Não sei se vai dar, eu fui sequestrado. – ele sorriu ironicamente.

— Então se eu te disser que eu posso te soltar se... – ele sorriu. – você fizer uma coisa para mim?

Lucas ergueu as sobrancelhas.

— Que coisa? – ele perguntou.

— Isso você só vai saber na hora. – ele respondeu. – se você aceitar, eu solto a Mari.

Lucas o encarou perplexo.

— Por que você faria isso? – ele pergunta. – não tem medo que ela procure ajuda?

— Ah, pode deixar que eu vou cuidar disso. Agora, você aceita ou não? – ele perguntou, agora mais impaciente.

— Se eu aceitar... Denise e Mari ficam fora disso?

Thomas balança a cabeça em concordância e estende a mão.

— É um trato. – ele diz enquanto os dois chacoalham as mãos.


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