Feliko versão kids escrita por ALoka


Capítulo 1
Micro pequeno e único capítulo


Notas iniciais do capítulo

Imagina se todos se conhecessem ainda crianças.
Félix e Paloma receberam a visita dos coleguinhas Amarilys e Eron. Niko chegou mais tarde, quando Félix não estava mais ali. A chuva caía forte lá fora. Niko até tentou brincar com os outros mas... a brincadeira não estava tão boa assim. Ele se afastou, começou a andar pela casa...



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Um barulho no jardim chamou a atenção do menino loirinho, que olhou pela janela e pode ver um garoto sentado em meio às flores, sozinho e chorando sob a chuva. Ele não pensou duas vezes, pegou uma sombrinha e correu até lá. Se aproximou quieto, tímido. Não queria atrapalhar, mas também não conseguiria deixá-lo ali naquela situação.

– Ei... psiu!

O menino moreno que chorava pensou consigo mesmo, ainda cabisbaixo: “quem se importou comigo o suficente pra vir até aqui na chuva?” levantou a cabeça, secou as lágrimas e encarou, com um olhar trsite, o garotinho que parava à sua frente.

– O que você quer?

– Vim saber por que você está aqui sozinho... e chorando?

– Não importa.

– Importa sim.

– Melhor você voltar lá pra dentro. Aqui está frio, você vai ficar molhado e pegar um resfriado.

– Ué, olha quem fala! Você já está encharcado. Escuta só, eeu não entro até você me dizer porque está aqui assim.

– Porque ninguém gosta de mim.

– Que bobo! Claro que gostam de você!

O menino moreno tornou a abaixar a cabeça e ficou em siêncio. No entanto, o loirinho não parecia ser alguém que desistia fácil.

– Olha, você não quer entrar e brincar?

– Eu estava brincando lá, mas me mandaram embora.

– Não liga pra eles. Vem, entra. Sai dessa chuva.

– Garoto, sai dessa chuva você! Antes que fique doente. Anda, vai embora... me esquece.

– Já disse que só entro se você entrar. Todos estão lá quentinhos e secos... vem, vamos!

– Pra que? Ninguem quer brincar comigo.

– Eu brinco com você.

– Jura?! Você não tem medo de mim?

– Por que eu teria medo?

– Não sei... dizem que sou muito mau.

– Outra bobagem! Tenho certeza que você é um menino bom.

– Bom, eu?

– Sim! Você se preocupou comigo. Mesmo estando aí chorando e trsite, já falou duas vezes pra eu sair da chuva ou ficarei doente.

– Nem sei porque falei isso...

– Eu sei. É porque você se importa comigo sem nem me conhecer. Isso mostra que você é bom sim. Aliás – ele disse estendendo a mão - Meu nome é Nicolas, mas todos me chamam de Niko.

Finalmente o moreno esboçou um sorriso. “e não é que esse loirinho parece ser legal?”, ele pensou e começou a relaxar.

– Deviam te chamar de carneirinho, isso sim. – disse em tom de brincadeira.

– Por que?

– Por causa desse seu cabelo aí, todo enrolado. Eu aposto que vai ficar mais enrolado ainda quando secar. Vai ficar parecendo fio de telefone, mola, lã de carneiro...
Enquanto Niko ria e passava a mão na cabeça, o garoto levantou-se, ajeitou o próprio cabelo, a roupa e estendeu-lhe a mão:

– Meu nome é Félix. Mas todos me chamam de Félix mesmo.

– Muito prazer, Félix. Então, vamos entrar?

Félix revirou os olhos, enquanto passava o dedo minimo na sobrancelha, respirou fundo e decidiu-se

– Tá bom... vamos, Carneirinho.

Niko ficou feliz por convence-lo e anima-lo. A verdade é que lá dentro da casa, onde antes ele brincava com as outras crianças: Paloma, Amarilys e Eron, não estava tão agradável assim. As brincadeiras não tinham graça e, por vezes, eram até crueis. Niko ficou feliz em fazer um novo amigo. Que parecia muito engraçado.

– Béé, béééé! Anda carneiro, anda que a chuva está apertando.

E era mesmo, muito brincalhão. Os dois riram.

– Acho que vamos ser ótimos amigos.

– Não ache, porque aqui ninguém perdeu. Bééé!

Niko gargalhou. Era mesmo o início de uma bela amizade.


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