O dia amanhece estranhamente ensolarado, quebrando a monotonia dos dias frios e nublados. O sol estava radiante. Assim como Ichigo, que apesar de seu mau humor típico, não estava triste como nos outros dias, pelo contrário. Estava esperançoso.

Foi logo a escola. Poderia não dar certo, mas mesmo assim, faria.

Olhava Rukia de longe, e qualquer brecha que dava era motivo para ele levantar-se e fosse em direção a ela. Mas ela era a querida “Kuchiki-san” e a todo o momento alguém ia importuná-la.

Deu o sinal do intervalo. Em quanto Rukia ia com as amigas no jardim, ele a observava de longe, segurando algo, como se fosse seu coração.

Rukia estava apreensiva, inquieta, como se esperasse por alguém ou alguma coisa. Talvez ela já soubesse o que iria acontecer.

Poderia não dar certo, mas mesmo assim, sorriria.

Talvez essa fosse a maior batalha de ambos. Torturavam-se perguntando por que não lembrava. Ele não conseguia olhar para os chappys que enfeitavam seu armário, alias, mal conseguia olhar seu armário. Ela não conseguia olhar para morangos e nem mesmo sua zampakuton, sem sentir que estava faltando algo.

As horas passaram lentas. Para Ichigo elas simplesmente não passavam.

Com muito custo, bateu o sinal para saírem. Como de costume os alunos saíram como se estivessem enjaulados, menos Ichigo e Rukia.

Caminharam lentamente pelo longo corredor, sem trocar ao menos um olhar.

Saíram. Inoue estava esperando por ela de um lado e Ichigo seguia por outro. Estranhamente, nenhuns dos dois saíram do lugar, olharam para traz e desviaram no mesmo instante.

Quando Rukia dá o primeiro passo, Ichigo pega aquela pequena flor e vira-se em direção a Shinigami.

- Rukiaaaa. Espere. – pega o braço dela e a vira, deixando-a sem reação.

- Me solta.

- Preciso falar com você!

- O que você quer?

- Tome. Cuide bem dela. É única. Como você. – diz entregando a flor para

ela dando ênfase ao “único” e “você”.

Ela aceita e como prometido, sorri.

O ruivo então a solta dando meia volta e indo em direção a sua casa. A pequena apenas observava, alternado seu olhar entre a flor e ele.

- Kuchiki-san. Vamos? – ouve Inoue gritar de longe.

Algo acontece dentro de sua mente, e como num impulso começa a

correr.

Ishida estranha. E Inoue sorri.

- Por que está sorrindo Inoue? Não vai atrás dela?

- Não Ishida-kun. Ela recuperou o brilho e ele a vida.

- Está certo, está certo. – Ele sorri e balança a cabeça como forma de

negação.

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- Ichigoooo.

Ao ouvir seu nome ele se vira. Seus olhos começam a brilhar quando vê quem está lhe chamando. Ela para na ponta da passarela, em quanto ele está parado no meio, a frente de um lindo por do sol.

- Você se lembrou?

- Como pude esquecer essa sua cara de idiota?

- Hey, eu não sou idiota!

- Lógico que é. Se não fosse, já teria desistido.

- Então você se lembrou?

- Eu jurei, não jurei?

- Nos juramos.

- Meu único juramento. – disse Rukia enquanto andava em direção a ele.

- Simplesmente minha Única.

Ele a enlaça e a puxa. Sabiam que poderia não dar certo, mas mesmo

assim, unicamente fizeram.