Seu Desenho escrita por Corujinha


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/670598/chapter/1

Roginer tem 16 anos, é um garoto calmo. Mora com seus pais e seu irmão em uma parte calma da cidade, é o filho mais novo e sua grande paixão é o desenho. Desenha desde pequeno, começou com pequenos rabiscos e hoje é um profissional. Ele estuda em uma das mais renomadas escolas do pais, faz o segundo ano do ensino médio e ama perdidamente uma colega de sua classe.

Lourin é a garota mais lindo do mundo para Roginer, ele esta de olho nela desde do fundamental. No exato momento em que a olhou. Lourin tem longos cabelos negros e seus olhos são de um castanho mel, seu corpo é bem magrinho e esbelto. Ela tem a mesma idade dele. Ele ama desenha-la, tem até uma pasta exclusivamente para ela. Infelizmente Roginer era muito tímido e tinha muita vergonha de se aproximar.

Roginer acordou com diversas lambidas em seu rosto de seu cachorro Snoop, um Labrador. Como qualquer garoto o quarto de Roginer era completamente masculino, as únicas cores que tinham ali eram azul e branco e a que mais se destacava era a azul, mas como esperado o quarto era lotado de desenhos e grafites. Roginer se levantou e fez sua rotina diária. O café da manhã foi tranquilo, todos reunidos á mesa tomando o seu café tranquilamente, foi bem silencioso. Depois de terminar, Roginer encerrou o que faltava e foi para a escola.

Hoje ela estava mais linda do que nunca. Como sempre a classe de Roginer estava bastante tranquila, sem nenhum furdunço, com todos sentados, quietos em seus cantos, se via pequenos grupos ali, um ou dois amigos lá, mas isso não atrapalhava a harmonia da classe, que era calma, silenciosa e tranquila. Roginer se senta na última cadeira da terceira fileira, de lá da para ver perfeitamente Lourin, que senta na segunda cadeira da segunda fileira. A sala era espaçosa e as fileiras ficavam em uma boa distância uma da outra.

Lourin estava diferente. Ela é uma garota calma, bem consigo mesma. Lourin não usa maquiagem, sua beleza é natural. Ela não usa coisas exageradas, nem extravagantes demais. Normalmente ela vai bem simples para a escola, só com o fardamento, sem nenhum acessório. Mas hoje ela estava diferente, Lourin usava um colar que o pinguente era uma câmera fotográfica, dourado. Podia significar nada, mas para ele esse pequeno acessório a deixava ainda mais linda.

Na hora do almoço a sala ficou vazia e o único que ficou foi Roginer. Ele pegou seu caderno de desenho e começou a desenha-la, traço por traço. Roginer estava tão concentrado em desenhar os mínimos detalhes de Lourin que não percebeu quando ela se aproximava de forma silenciosa por detrás. Chegou bem próximo dele, sua boca bem próxima de seu ouvido, mas sem encosta-lo. Olhou para o seu desenho e abriu um pequeno sorriso, teve que conter, pois se não chamaria a atenção dele e então sussurrou em seu ouvido:

— Quem é ela?

Roginer estava tão inebriado, tão envolvido em seu desenho que não reconheceu a voz de Lourin e acabou respondendo de uma forma apaixonante:

— É a garota mais linda do mundo

Lourin não conseguiu segurar o sorriso, que foi muito maior que o anterior, mas com esse gesto Lourin acabou se mexendo, e por estar muito próxima de Roginer, acabou atraindo a atenção dele. Ele se assusta quando se da conta que a pessoa que estava do seu lado era Lourin e acaba caindo da cadeira levando sua mesa junto. Seus papeis e canetas se espalharam, envergonhado, Roginer começou a recolher apressadamente os seus pertences. Seu coração batia muito acelerado e naquele momento a única coisa que ele queria era se enfiar em um buraco para nunca mais sair, após reunir suas coisas, de uma forma desajeitada, saiu correndo da sala.

Lourin estava nervosa, não esperava essa reação de Roginer, seu coração batia acelerado e tinha que agir rápido, se não ele nunca mais teria coragem de olhar para ela. De tão tímido que era. Lourin imediatamente correu para sua cadeira, pegou uma pasta preta e saiu da sala. Ao sair teve um sobressalto, não via Roginer em nenhum lugar, olhou de um lado para o outro. Insegura começou a correr para o lado direito, mas decidiu pedir informação, parou e perguntou para uma garota que conversava com um grupo. Descreveu Roginer e a garota apontou para a direção em que ela já estava, disse que ele seguiu reto. Lourin agradeceu e voltou a correr, só que mais para frente havia mais salas e mais corredores e bem atrás dela a escada que levava para o terraço, ela decidiu arriscar.

Roginer rompeu a porta e soltou o ar que prendia, caiu de joelhos e começou a chorar, como era idiota. Que mico pagou agora ela iria ficar rindo dele, que vergonha que sentia. Roginer continuava se martirizando quando de repente ele ouviu a porta sendo aberta bruscamente, olhou para trás para ver quem era, mas nem ao menos ficou surpreso em ver Lourin parada olhando para ele e ofegante. Virou seu rosto rapidamente e abaixou o olhar. Lourin se apressou e caiu de joelhos na frente dele, soltou sua pasta no chão e pegou a face de Roginer com as mãos, já que ele evitava olha-la. O toque daquela garota queimava, quando ela colocou suas mãos em cada lado do seu rosto correntes elétricas passavam por todo seu corpo, Roginer ofega.

Lourin trás o olhar dele para si, mas o contato não dura muito, pois logo Roginer desvia o olhar. Não conseguia olhar para ela. Lourin rapidamente pegou uma folha da sua pasta, com uma mão trouxe novamente o olhar de Roginer para si e ergueu a folha para ele ver. Os olhos de Roginer se arregalaram, a folha era nada menos que um desenho seu, ela o havia desenhado. Ele ficou olhando para ela e para o desenho, Lourin tinha um sorriso de orelha á orelha, algumas lágrimas rolando por sua face. Era emoção demais, ela havia se declarado para ele.

Sim, Lourin amava Roginer. Desdo primeiro momento em que colocou seus olhos sobre ele. Amava tudo nele. Seu jeito calmo, tímido, a forma como ele ficava vermelho quando ela o pegava olhando para ela. Também olhava para ele as escondidas, queria se aproximar, mas também era muito tímida. Então agora ela chorava, pois finalmente fez aquilo que tanto almejava.

Roginer chorava, um imenso sorriso se formou em seus lábios e isso contagiou Lourin, eles choravam de felicidade. Lourin colocou o desenho na pasta novamente, estendeu as mãos enxugando as lágrimas de Roginer e o abraçou. Ele imediatamente entrelaçou seus braços em volta de sua cintura e a apertou para si. Como era bom sentir o corpo daquela garota. Lentamente, aos poucos, eles foram se distanciando até ficarem cara a cara. Bem devagar Roginer tocou a face de Lourin e, olhando nos olhos dela, foi se aproximando, depois desviou o olhar para os lábios dela e a beijou.

Foi uma conexão única. Os lábios de cada qual encostados um no outro, como sempre sonharam, era um beijo calmo, sem pressa. Era um momento em que eles queriam guarda na memória, só havia eles dois ali e mais ninguém. Os lábios de Lourin eram macios, dava vontade de morde e Roginer possuía um beijo pra lá de viciante. Era exótico e único.

Quando se separam estavam ofegantes, Lourin carregava um imenso sorriso, tinha dado o seu primeiro beijo e com o garoto que amava, não poderia estar mais feliz. Eles passaram o resto do almoço assim, abraçados, dando um beijinho aqui um beijinho ali e Roginer aproveitou para desenha-la. Já que o primeiro ficou estragado por causa das lágrimas. Quando o sinal tocou Roginer começou a arrumar suas coisas e Lourin ficou esperando, ao terminar se levantou e foram saindo, mas já próximo à porta Roginar segurou o pulso de Lourin, fazendo ela para.

— O que foi? — perguntou

Roginer estava nervoso, se tremia e suava frio, seu coração batendo muito rapidamente. Lourin se virou por completo para ele e o olhou ansiosa, Roginer respirou fundo e soltou tudo de uma vez:

— Lourin você aceita namora comigo?

A respiração de Lourin ficou presa, sua voz sumiu e ela estava estética, ficou assim por tantos minutos que Roginer começou a se preocupar. Aos poucos um sorriso de orelha a orelha surgiu na face de Lourin e, não segurando a emoção, se lançou nos braços de Roginer que a girou no ar.

— Sim! Claro que sim!

A alegria era visível na voz de Lourin e o alivio tomou conta de Roginer. Os pés de Lourin tocaram o chão e eles ficaram se encarando por um tempo. Lourin beijou Roginer e a magia aconteceu, a sensação de serem só eles no mundo, de ser um momento único deles. Era tanta felicidade que nem cabia no peito. Depois de se reestabelecerem eles retornaram a sala. Passaram o dia assim, de vez em quando se entreolhavam e davam um sorrisinho, tanto Roginer quando Lourin não acreditavam no que havia acontecido. O resto do dia foi calmo, no final da aula Roginer e Lourin se despediram com um beijo e cada um foi para seu lado.

Roginer deitou sua cabeça no travesseiro e deu um forte suspiro para logo em seguida abrir um imenso sorriso, estava namorando. Roginer se ajeitou na cama e fechou os olhos, sonhando com Lourin e esperando ansiosamente pelo próximo dia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Corujinha como a estória não estar marcada como terminada se o capítulo é único? Calma! Tem um explicação. É que, enquanto eu escrevia essa estória, eu me apaixonei pelo casal e é por isso que deixei desmarcado, para o caso de no futuro eu chegar a escrever novos contos, mas não é algo garantido.

Muito obrigada por ler o meu conto e espero que tenham gostados, beijos =*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Seu Desenho" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.