A Filha da Escuridão escrita por Ana Beatriz Di Ângelo


Capítulo 8
Capitulo VIII


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente!
Eu sei que eu não tenho postado com tanta frequência, e eu peço desculpas, mas é que tá acontecendo um monte de coisa e eu estou ficando sem tempo nenhum!
Mas aqui esta o cap!
Devo admitir que fiquei triste por ninguém ter comentado, porém fiquei feliz porque varias pessoas estão acompanhando a fic e algumas favoritaram!
E aqui vai o meu agradecimento a Jhenny Gould por ter favoritado: muito obrigada mesmo, eu fico muito feliz em saber que você gostou!
Acho que é só isso que eu tenho para dizer!
Aproveitem o Cap!



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P.O.V. Alice

Acordei em um lugar diferente do meu quarto, tanto do meu quarto do chalé quanto do apartamento do meu pai.

Era um lugar completamente branco, como se fosse um quarto de hospital.

Fechei os olhos por alguns instantes, para poder me acostumar com a luminosidade, e então eu me lembrei de tudo que aconteceu.

Eu e a Clarisse tínhamos competido na parede de escalada, eu quase cai, mas eu tinha ganhei.

Toma essa armário!!!

Então aquela loira me ajudou, Aslan estava lá e então eu desmaiei.

Mas é claro eu devia estar na enfermaria!

Me levantei e reparei que eu não estava sozinha.

Deitado ao lado da minha cama estava Aslan e dormindo em uma poltrona do outro lado estava Nico.

Ele ficava parecia um anjinho dormindo, ele fazia jus ao seu sobrenome "Di Ângelo".

Olhei pela janela que tinha no quarto e só de olhar para o céu eu soube que era por volta de oito da noite.

"Já acordou?"

Olhei para Aslan, ele parecia preocupado.

— Já! - respondi - E antes que pergunte, sim, eu estou bem!

"Você não devia estar descansando? Você passou por muitas coisas hoje, deveria descansar mais"

— Eu estou bem, Aslan, já disse! E além do mais, eu já passei o dia todo dormindo.

Ele me olhou como se estivesse confirmando o que eu tinha acabado de dizer.

"É, você tem razão. Hoje você dormiu mais do que um gato!"

— Ei! Eu não dormi tanto assim! - caso vocês não saibam gatos passam dois terços do dia dormindo, ou seja: de 24 horas, 16 eles passam dormindo

Acho que acabei falando mais alto do que pretendia, assim que disse isso Nico se remexeu na cadeira.

Eu o fitei, temi que ele acordasse.

Ok, podia não saber o que ele estava fazendo aqui, mas não queria que ele acordasse.

Infelizmente, ele acordou.

Nico me olhou sonolento com aqueles olhos negros, ele estava uma graça!

Seu cabelo estava ainda mais bagunçado que o normal, suas roupas estavam todas amarrotadas e ele parecia ainda estar atordoado por causa do sono, o que o deixava, de alguma forma, mais fofo ainda.

— Desculpe, eu não queria te acordar, Nico. - falei com um sorriso

— Não tem problema. -Ele disse enquanto se ajeitava - Você está bem?

— Sim, eu só estava cansada.

— E o seu braço? - Ele perguntou preocupado

Só então eu notei que o meu braço direito estava enfaixado.

— Ele não está mais doendo, e isso é estranho aquela queimadura estava muito feia.

— Will te deu néctar e ambrósia, por isso seu braço já deve estar curado.

— Ok, mas quem é Will? - perguntei

— Will é o Conselheiro - chefe do chalé de Apolo, foi ele quem cuidou de você. - Ele respondeu

— Como eu não seu quem é você, pode agradecê-lo por mim? - pedi

— Não se preocupe, você terá a oportunidade de agradecer a ele pessoalmente. - Ele disse se levantando - Não saia daqui.

— Nunca tive a intenção de fazer isso.

Ele saiu sem dizer mais nada.

"Ele gosta de você.", Aslan disse de forma indiferente

Senti o meu rosto cortar fortemente.

Ainda bem que só estava nós dois naquele quarto, senão eu sentiria mais vergonha ainda.

— M-Mas que ideia, Aslan! - gaguejei - Ele só gosta de mim como amiga!

Ele arqueou um sobrancelha, se é que leões conseguem fazer isso.

"Você acredita realmente nisso?"

Eu assenti.

"Pois então você é mais boba do que eu imaginava!" ele riu "Você acha mesmo que alguém que você mal conhece iria se preocupar em passar o dia todo aqui com você se não estivesse gostando de você, Lice?"

A essa altura eu já devia estar mais vermelha que um tomate.

— Ele só estava sendo gentil! Só isso!

"Lice, você é mesmo uma cabeça dura! Se nega a ver algo que está diante dos seus olhos."

Eu abri a boca para responde-lo, mas nessa hora Nico entrou no quarto acompanhado de um garoto loiro.

— Alice, esse é o Will. - Nico falou

— Como você está, Alice? - Ele perguntou com um sorriso - Está se sentindo bem?

— Eu me sinto bem, e meu braço não está mais doendo.

Ele fez um exame rápido, checou meus batimentos, meu pulso, e desenfaixou o meu braço, e fez outros exames que eu não sei dizer o que eram.

— Felizmente, não tem nada de errado com você, Alice. - Will explicou - O seu desmaio foi por causa do grande esforço físico que você fez sem ter o devido preparo, mas seu corpo já se recuperou, e o seu braço já está completamente curado.

— Que ótimo. - falei

Nico escutava tudo encostado em uma parede, quase completa escondido pelas sombras.

— Você já pode ir para o seu chalé, mas antes passe no Pavilhão de Jantar para comer alguma coisa, pois como você não comeu quase nada o dia todo pode ficar fraca. E, Nico, é bom você ir com a Alice, porque você também não comeu nada.

— Tanto faz. - Nico falou no seu típico tom indiferente

— Muito bem, podem ir. - Will nos liberou

Andamos em silêncio até o Pavilhão de Jantar, eu ainda estava com a conversa que tive com Aslan na cabeça e por isso não tinha coragem de começar uma conversa com ele.

Antes de nos separamos e cada um ir pra sua mesa eu juntei toda a coragem que ainda me restava e perguntei:

— Nico, será que depois do jantar eu podia falar com você?

— Claro, eu te encontro na fogueira, tudo bem?

— Tudo. - respondi - Até mais tarde!

— Até.

O Pavilhão de Jantar estava quase completamente vazio, só alguns poucos campistas estavam ali.

Fui para a minha mesa e uma ninfa muito gentil me trouxe um pouco de sopa, fiquei surpresa do fogo não ter se apagado depois que eu lancei na fogueira uma concha da sopa como oferenda para minha mãe.

Depois de comer eu fui para a área da fogueira esperar Nico.

Fiquei surpresa ao ver que ele já me esperava.

— Oi. – disse assim que o vi

Ele estava próximo a fogueira, Nico observava fixamente as chamas. No que será que ele estava pensando?

Onde Nico estava tornava quase impossível vê-lo por conta das sombras, eu tinha percebido que ele se misturava muito bem com as sombras.

— Então o que queria me dizer? – ele perguntou sem tirar os olhos das chamas

— Eu só queria dizer obrigada, por ter ficado comigo na enfermaria. E, bom, por tudo que você já fez por mim.
Nico se virou para mim, um pouco sem jeito.

— Não foi nada. – ele disse, não podia ver seu rosto, mas eu sabia que ele estava envergonhado – Eu acho que você me agradece demais.

— Eu não faria isso se você não fizesse tanto por mim! – eu ri

Ele também riu um pouco.

— Agora mudando de assunto, você está se sentindo bem mesmo?

— Eu estou ótima, Nico.

— Fico feliz que esteja bem. – ele desviou o olhar – Sabe, Alice, eu me importo com você.

Eu sorri ao ouvir ele dizer isso. Eu gostava muito dele.

Será que eu estava apaixonada por Nico Di Ângelo?

Não mesmo! Eu só o conheço a alguns dias! Isso seria completamente impossível!

Mas então por que eu me sentia diferente sempre que ficava perto dele?

Eu me aproximei de Nico e beijei sua bochecha.

Ele ficou surpreso com meu ato.

Eu até podia imaginar o quanto vermelho ele estaria.

— Obrigada, Nico, por estar sempre cuidando de mim. Mesmo que você não tenha obrigação de fazer isso.

— Serio, você agradece demais.

Eu ri mais uma vez.

Olhei para o céu e vi que já eram por volta das nove da noite.

— Está tarde, acho que é bom a gente sair daqui. – disse meio triste, não queria me separar dele

— É, você tem razão, daqui a pouco vai dar o hora do toque de recolher.

— Tchau, Nico. – me despedi

— Até mais tarde. – ele respondi

Eu me afastei dele pronta para ir para o meu chalé, mas quando eu dei meu primeiro passo eu não senti o chão sobe meus pés.

Era uma espécie de buraco invisível, pois eu tinha certeza de que ele não estava ali antes.

Eu não conseguia enxergar nada, inúmeras sensações ruins passavam pelo meu corpo, eu ouvia sussurros que me davam calafrios. Aquele buraco parecia não ter mais fim.

Será que foi isso que a outra Alice sentiu ao cair na toca do coelho?

Se foi, eu tenho pena dela.

Resumindo todas aquelas sensações em uma palavra: aterrorizante.

Eu me sentia tão mal que quase preferi estar morta.

Por um segundo eu senti meu corpo se desfazendo, como se eu estivesse derretendo.

Fechei meus olhos para tentar amenizar aquela agonia.

E então eu senti algo sólido agarrar meu braço e me puxar para fora daquela escuridão.

Quando abri meus olhos vi que estava de joelhos e Nico me abraçava fortemente.

— O que foi aquilo? – eu perguntei depois de me recuperar um pouco

— Uma viajem nas sombras. – Nico disse

Tentei me levantar, mas minhas estavam tremulas, o que fez com que eu quase caísse, porem Nico me segurou.

— O que é uma viajem nas sombras? É normal ficar assim depois?

— Sim, é normal ficar assim nas primeiras vezes que se faz uma viajem nas sombras, eu mesmo apaguei depois que fiz a minha primeira. – ele disse – Depois eu te explicou melhor o que é uma viagem nas sombra, mas agora é melhor irmos falar com Quíron. Eu não fazia ideia que você podia fazer isso!

Eu assenti e fomos juntos para a casa grande.


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam?
Tem alguma ideia do por quê a Alice consegue viajar nas sombras?
Me mandem as suas teorias!
E se tiverem afim de conversar podem me mandar MP!
Bjokass e nos vemos nos comentários!



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