Ódio no passado. Amor no futuro? escrita por Eduarda


Capítulo 17
Capitulo 17


Notas iniciais do capítulo

Olá!! sei que estou em debito com vcs pela demora mas eu to bem nervosa nessa época de vestibulares. Vou tentar postar o mais rápido possível o próximo pq finalmente chegou o meu capitulo favorito, ele sera divido em duas partes, então aguardem. Vamos ao capitulo.
BOA LEITURA !!!



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ps. sem revisão, desculpe qualquer erro.

Com os exames em mãos, agora é real. Estou gravida de cerca de um mês e meio. Meu pai quase não se aguenta, até parece que é seu primeiro neto. Ele passa horas brincando com minha barriga, ela mal aparece, mas ele parece não ligar para isso. O único problema é ter que aceitar que terei que fala com John sobre o assunto, eu gostando ou não, ele é o pai e eu não posso mudar isso.

Abro o computador e espero Hannah, desde minha vinda para Vancouver nós nos falamos todos os dias por vídeo-ligação. Falamos sobre tudo, ela me diz que ira fazer uma apresentação de tecido acrobático e que irá me mandar o vídeo. Me sinto mal por não poder estar presente nesse momento, mas eu tenho certeza que ela me entende.

— A vida ta um pouco chata aqui. Eu sinto muito a sua falta. – Como dói ouvir essas palavras queria tanto estar junto a ela.

— Eu sei, meu amor. Também sinto a sua e de todos, mas você sabe que é difícil estar ai. Essa vida não me pertence mais.

— Eu sei, mãe. Mas essa casa não tem o mesmo ar sem você aqui.

— Quando tudo estiver acertado aqui, você e seu irmão virão me visitar. Aliás, seu avô está com saudades.

— Mande um abraço para ele. Jaime saiu e pediu para avisar que está com saudades.

— Eu imaginei, ele não perdi nenhuma das ligações e... – Escuto uma voz ao fundo gritar por Hannah.

— Ai! Já vou! – Vejo Hannah revirar os olhos. – Vou ter que desligar mãe. Antes que eu comece a xingar certa pessoa.

— Seu pai? – Eu imaginava que por mais que pedisse a relação dela com o pai não iria melhorar com a nossa separação.

— Pior! Rebecca. – Aquelas palavras me doeram, eu queria poder acreditar que suas juras de amor eram reais, mas nada me provava isso. – Depois que ela deu a notícia da gravidez, ela está morando aqui em casa. Ela até se acha dona daqui! Que ódio!

Se estava doendo, com aquela noticia meu ser havia morrido. Qualquer esperança que tinha possibilidade de existir acabara de se extinguir, a dor em meu peito era causticante. A decepção agora era meu único sentimento, eu tinha algo dentro que esperava que um dia sumisse, mas ele foi transformado em decepção.

— E-la está grávida? – As palavras quase não saiam.

— É, aparentemente. Muito triste ter um irmão nascido daquela cobra. Acho que nem meu pai está feliz. – Como eu queria chorar, chorar até que não tivesse mais lagrimas. – Mãe, juro que gostaria de falar mais, mas alguém está enchendo o saco, tchau. Te amo.

— Te amo – As palavras quase não saíram.

A dor em minha alma estava me matando. As lagrimas caiam sem parar. Me deitei em minha cama e apenas deixei que as lagrimas caíssem do modo delas, incessantemente.

...

John

Já passara das duas da manhã, já fazia dias que eu não dormia bem. A ida de Anna embora virou minha vida ao contrário, tudo havia perdido o sentido. Não consigo esquecer as palavras de nossa última conversa, elas iam e voltavam em minha mente. Como eu pude fazer aquilo? Deus! Não consigo acreditar. Na minha cabeça os beijos e as caricias eram de Anna, mas quando notei ela na porta. Não consigo imaginar o que houve e como aquilo ocorreu. Minha última memoria foi da nossa noite maravilhosa depois da festa, simplesmente não me lembro de nada.

Outro motivo que me tirava o sono, era a notícia da gravidez de Rebecca. Eu queria poder reconquistar Anna, mas não posso fugir de minhas obrigações como pai. As imagens de Anna gravida me surgiram na mente. Deus! Como ela ficava linda com aquela barriga enorme e eu amava a observar acariciando a própria barriga.

Eu me odeio por tudo que eu perdi. Queria-a tanto de volta e desperdicei tudo com minha estupidez. Sinto falta de sua presença, seu cheiro e, definitivamente, seu corpo. Minha vida está sem cor. Eu a amo tanto e não saber seu paradeiro me entristece.

Os dias foram passando e me mantive focado no trabalho e em meus filhos. Manter a cabeça ocupada me priva de pensamentos indesejados. Todos os dias, eu tento descobrir onde se encontra Anna, aparentemente, virou fumaça. Suspeitava que ela tivesse ido morar com a mãe em Chicago, mas eu fiz uma pequena visita e ela não estava lá.

Em meu escritório o mundo parecia cinza. A vida parecia cinza. Meu mundo perdeu o completo sentido sem ela. Se ao menos eu soubesse de seu paradeiro, qualquer coisa me faria feliz. Meu telefone toca e noto que é Rebecca.

— Alô! – Como pude permitir minha vida chegar a isso.

— Meu amor, eu queria saber se posso confirmar o jantar para anunciar a gravidez essa noite? – Essa futilidade de Rebecca me incomodava, nunca que Anna chamaria todos os tabloides da imprensa para anunciar um bebe a caminho.

— Confirme, Rebecca. Agora, por favor me deixe trabalhar!

Às vezes eu podia notar que meu tom ríspido não fosse o ideal para trata-la, mas meu estado emocional já estava muito abalado com tudo que estava acontecendo. Dave adentrou com um sorriso triunfante na sala.

— Você não vai acreditar!

— Eu não estou muito para adivinhações hoje.

— Nossa! Que mau humor, hein? – Bufei e acenei para que prosseguisse – eu tenho informações da Anna!

— Como? – Aquelas palavras soam como música – Onde ela está?

— Você sabe Mary não diz a ninguém sobre a Anna, mas eu sou muito seu amigo e acredito no amor entre vocês.

— Diga logo,por favor!

— Ela está com o pai! Agora, onde o pai dela mora é com você.

— Droga! A última vez que ouvi Anna falar dele. Ele ainda estava em Chicago e já a procurei lá. – Me jogo frustrado a cadeira - Porque sempre que eu a tenho nas mãos ela dá um jeito de fugir!

— Calma John! Ela vai aparecer! Tenha fé, nós vamos encontrá-la. Mas me conta, que ideia é essa da Rebecca de chamar a imprensa em um jantar para anunciar a gravidez?

— Nem me fale! Estou cansado de tudo isso. Se não fosse minha responsabilidade de pai, ela já teria sumido daqui.

— John, como seu amigo, eu vou te dizer algo muito importante: Você nunca vai achar Anna estando junto da Rebecca! Eu sei, você é pai. Mas não precisa ficar junto dela, ela é mãe do seu filho, não o amor da sua vida. De assistência durante a gravidez e quando nascer seja pai, mas não marido. Isso só vai te causar mais danos. – Ele me deu um olhar conselheiro.

Dave saiu tão rápido quanto entrou, mas suas palavras ficaram em minha cabeça. Estar junto a Rebecca só me afastaria mais de Anna, onde quer que ela esteja.

...

Durante a noite, me aprontei com um de meus ternos. Escolhi um azul. Conheço a mídia apesar de estar apresentável eles iram especular minha barba. Dizendo que estou passando por momentos difíceis, mas eles não estão mentindo estão?

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Quando desço encontro Rebecca conversando com alguns garçons. Seu vestido? Eu não esperava menos. Com duas aberturas na lateral da barriga, ela quer dizer a todos “gravida porem em forma” típico dela.

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Hannah está linda vestida azul bebe e seus longos cabelos castanhos caídos pelos ombros me lembram tanto sua mãe e seus olhos sempre atentos como os de Anna. Mas ela não parece estar nem um pouco feliz por estar aqui. E eu não a culpo.

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Com a festa acontecendo, a todo instante alguém pergunta sobre como é minha expectativa com o mais novo membro. E deus! Como eu odeio ter que responder a tantas perguntas. Rebecca fica do meu lado a todo momento posando para fotos e mais fotos. Noto Hannah no final sentada no bar com seu mais novo namorado. Ela me encara com um olhar duro e frio. Me separo de Rebecca e vou em direção a Hannah.

— Hannah, está tudo bem?

— Porque você não volta para a sua sessão de foto? E me deixa em paz! – Ela se levantou e começou a sair.

— Não fale assim comigo! Todos nós estamos sofrendo com tudo isso.

— Serio? Mal consigo notar seu sofrimento junto aquela cobra ali e as poses para foto

— Sabe que tenho meus motivos para estar com Rebecca!

— Qual motivo? O que você não consegue segurar seu pau dentro da calça. – Eu fiquei cego no momento, só pude perceber o que eu havia feito depois que já tinha terminado. Minha mão acertou em cheio o rosto de Hannah, todo o salão ficou em silencio e se virou em nossa direção.

— Filha, me desculpe! Eu não quis fazer isso! – Eu tentei chegar perto dela.

— NÃO ME TOCA! – Esbravejou para todo o salão. Seus olhos estavam cheios de lagrimas. - Minha mãe fez certo em te deixar! Você não merece ela e nem o amor que ela sente!

Ela sumiu entre os convidados e depois subiu as escadas. Seu eu já me sentia mal por toda a situação com Anna. O que acabara de acontecer com Hannah fez tudo piorar. Me sentia o pior dos homens sem falar em suas últimas palavras. Talvez eu realmente não merecesse o amor de Anna.

A festa continuou e assim que pude encontrei Rebecca.

— Satisfeita? Viu o que tudo isso causou?

— Eu? A culpa não é minha se você tem uma filha malcriada! Viu o que dá a influência de Anna sobre tudo?

— Não fale dela! Se ela foi embora foi por sua culpa!

— Minha culpa? Seja homem e assuma seus erros, você me procurou aquela noite. Se Anna foi embora foi porque você veio atrás de mim.

— Eu vou subir! Já cansei de fazer pose de boa família para todos!

— Boa noite, querido! – Rebecca me deu um leve beijo nos lábios e saiu.

Como esse seu jeito cínico me mata. Perto da escada encontrei Dave.

— John! O que foi aquilo?

— Eu perdi a cabeça, okay? Hannah disse muitas coisas e quando vi já tinha feito.

— Meu amigo, você não está bem, sabia? Você nunca levantou a mão para nenhum dos seus filhos.

— Eu sei disso

— Então, quando vai me escutar? Aceite que você não precisa comprometido com Rebecca por causa do bebe.

— Eu vou pensar nisso, tudo bem? Mas não hoje, esse dia já deu.

— Certo, meu amigo. Mas não espere tudo ficar irreversível para tomar uma decisão.

Subi as escadas e parei em frente a porta de Hannah, pensei em bater mas percebi que ela ia precisar de tempo. Peguei minhas coisas e fui dormir no quarto de hospedes. O quarto onde Anna ficou apenas uma noite. Tirei o terno e me deitei. O cheiro dela estava por toda a cama. A sensação de sua presença, tudo que eu mais desejava que na verdade não passava de devaneios de uma mente exausta. Eu queria chorar e apenas deixei as lagrimas caírem. O que Anna causara em mim era irreversível, a paixão e o amor que ela plantou em meu peito florescera e agora seus espinhos me torturavam e eu merecia isso. Toda a dor que eu estava sentindo era minha culpa. Hannah estava certa, eu não a merecia. Não merecia seu amor e muito menos as lagrimas que ela deve ter derramado por mim. Eu apenas causei dor. Desde os acontecimentos com Aaron até a traição, em nenhum momento eu estive ali para apoia-la. Eu falhei como homem e isso talvez eu nunca pudesse perdoar.  


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Notas finais do capítulo

Entao, gostaram??
Por favor deixa seu comentário pq ajuda bastante na continuação.
obrugadaa