Escolhas escrita por Stars


Capítulo 4
Chá com a Rainha


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora. Aqui está um capítulo novinho em folha.



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Depois que fomos para casa, eu e meus pais fomos jantar. Minha mãe, parecia mais animada do que o normal e meu pai parecia satisfeito. Já eu, estava destruída por dentro. Klaus estava me preocupando. Primeiro, nossa briga por causa de Dorothy, depois o jeito que ele me olhou, depois que o guarda sussurrou algo no ouvido dele. Eu não sei se ainda estamos juntos. Meu coração doía só de pensar em ficar longe dele. Quando as lágrimas começaram a queimar em meus olhos, balancei a cabeça. Resolvi falar com meus pais, para pelo menos tentar parar de pensar em Klaus
— O que o rei queria com vocês?
Meus pais se entreolharam. Eles estão me escondendo alguma coisa. Agora tenho certeza.
— Oh, nada querida. Ele pediu para nós... Nós... Organizarmos tudo para a chegada do príncipe. Nada de mais.- Minha mãe respondeu, mas eu vi que ela mentia. Porém, logo notei que ela falou algo importante.
— O príncipe irá voltar?- Meu pai assentiu. O príncipe Benjamin, vivia isolado em uma cidade desconhecida do reino. Os reis nunca disseram a ninguém onde ele estava. Eles fizeram isso, pois se um dia houvesse uma guerra, seu herdeiro estaria protegido e poderia governar. Ele viva sobre a proteção do seu tio, irmão da rainha
— Se ele está voltando, é porque algo muito importante vai acontecer.- Eu disse, revirando meu prato.
— Sim, sim. Você sabe que os Pacem estão querendo iniciar uma guerra. E o rei acha que já está na hora dele ver o que está acontecendo em seu país.- Meu pai me respondeu.
— Quando ele chega?- Eu perguntei
— Daqui a duas semanas, três dias antes do Festival da Primavera.- Foi a vez de minha mãe me responder.
Assenti e olhei para a comida em meu prato. Eu não estava com fome.
— Com licença. Irei me retirar.- Falei enquanto me levantava da mesa.
Minha mãe franziu o cenho, mas não disse nada enquanto eu saia da sala de jantar. Fui para meu quarto, e deitei na cama. Naquela noite, sonhei com Klaus no chão com uma ferida no peito, no meio da guerra.
[...]
Ah, as manhãs. Apesar do meu pesadelo na noite passada, a manhã parecia bem animadora. O canto dos pássaros me animava. Nunca me senti tão bem assim.
— Rose? Já está de pé?- Minha mãe gritou, enquanto batia na porta.
— Estou, mãe. Espere, vou abrir a porta.- Eu disse, enquanto me cobria.
— Não precisa, filha. Só vim te pedir para se aprontar logo. Iremos ao castelo. A rainha nos convidou para um chá! Vou mandar as meninas subirem para te ajudar. Depois que disse isso, ouvi os passos dele se afastando da porta de meu quarto. Menos de cinco minutos depois, a porta se abriu. Minhas damas de companhia, entraram no quarto, fazendo uma mesura.
— Bom dia, Rose. Dormiu bem?- Janet me perguntou. Eu suspirei.
— Na medida do possível. Tive um pesadelo com Klaus. Sonhei que ele havia morrido na guerra.
As três se entreolharam, como se perguntassem se me contavam alguma coisa.
— Rose, ontem antes de irmos embora do castelo, ouvimos um... Boato.- Clara começou.
— Ele envolvia Klaus e... Dorothy.- Janet completou.
– Os criados estavam dizendo que Klaus e Dorothy estavam aos beijos no jardim.- Judith terminou.
Deixe-me cair na cama. Aquilo foi como uma facada no meu peito. Klaus e Dorothy aos beijos? Não aguentei. Comecei a chorar. As três sentaram na cama e me abraçaram.
— Nos sentimos na obrigação de te contar. Não queremos que viva para sempre sofrendo por Klaus.
Apenas concordei. Não tinha forças para falar. Depois de um tempo, sequei as lágrimas e levantei da cama.
– Isso não importa agora. Tenho que me arrumar. Irei tomar chá com a rainha.
As três sorriram e começaram a me arrumar.
[...]
Estava dentro da carruagem. Já estávamos perto do castelo. Eu usava um vestido rosa bufante, um chapéu da mesma cor com flores no topo e minha mãe, usava um vestido cinza e um chapéu da mesma cor. Quando chegamos, ao castelo o cocheiro abriu a carruagem e estendeu a mão para que eu descesse. Ele fez o mesmo com minha mãe. Assim que chegamos, um criado nos guiou até uma parte do jardim, onde seria o chá com a rainha. Uma mesa, com três cadeiras, um sombreiro e muitos doces. Vários guardas protegiam o lugar. Estava vazio, a rainha ainda não havia descido.
Sentei-me de costas para a entrada do castelo. Consegui ver Klaus de longe. Ele estava uniformizado e conversava animadamente com outro guarda. De repente, Dorothy veio e o abraçou. Ele retribuiu o abraço. Ela carregava uma cesta, que parecia de piquenique. Depois que ela chegou, ele se despediu do outro guarda e saiu de braços dados com Dorothy. Então, os boatos são verdadeiros. Não consegui ver mais, pois minha mãe se sentou bem a minha frente, tapando meu campo de visão.
– O que houve, filha?- Ela perguntou preocupada.
— Nada, mãe. Por quê?
— Você está chorando, Rose. Toquei meu rosto e o senti molhado com as lágrimas. Nem percebi que eu estava chorando. Peguei um lenço e comecei a secar meu rosto.
— Não é nada, mãe. Apenas caiu um cisco no meu olho. Ela me olhou desconfiada, mas pareceu que não queria perguntar mais nada.
Alfred se aproximou de nós.
— Sua majestade, Rainha Aurora.
Eu e minha mãe nos levantamos e fizemos uma reverência. Os belos cabelos loiros da rainha brilhavam a luz do sol, e seus olhos se iluminaram ao nos ver.
— Desculpem-me pela demora. Acho que agora podemos começar a tomar nosso chá. Assentimos e todas nos sentamos. Algo me dava a impressão que esse chá não será dos mais agradáveis.


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Notas finais do capítulo

Até mais. Ps. Deixem palpites sobre o que vai acontecer.



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