Answer: Final II escrita por Yumi


Capítulo 1
Answer: Final II – One-Shot


Notas iniciais do capítulo

Hello, hello! Como estão?
Peço desculpas por ter demorado tanto para postar esse segundo final de Answer (que por sinal, caso não tenha lido ou queira relembrar: https://fanfiction.com.br/historia/648399/Answer/), mas a culpa também foi da internet que não quis colaborar para postar no dia que queria.
Enfim, antes tarde do que nunca né? hehe
Sem mais delongas, nos vemos novamente nas notas finais.
Boa leitura!



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Answer: Final II – One-Shot

Vencemos.

E finalmente pudemos soltar um longo suspiro de alívio. Ao meu redor, o pessoal sorria e se abraçava.

— Gray-sama! – a vi correndo em minha direção e se pendurando em meu pescoço – Nós vencemos!

Mas diferente das outras vezes, que eu a rejeitava imediatamente, tratei de abraça-la de volta passando meus braços em suas costas.

— Sim, nós vencemos. – percebi seu rosto tomar uma expressão assustada e corar em seguida. Era algo que esperava já, pois nunca tinha retribuído um abraço dela desse jeito.

E, Deus, como ela ficava linda corada.

O continente estava totalmente devastado, mas começamos a reconstruí-lo com a ajuda das outras guildas, do rei e da população. Graças à magia e nossos esforços, foram precisos poucos meses para restaurar grande parte do continente, contudo agora a Fairy Tail daria uma grande festa a todos em comemoração à vitória e inauguração da guilda reconstruída.

Após muito tempo apanhando para fechar o botão do colarinho da camisa branca e fazer o maldito nó da gravata azul escuro, segui em direção à festa. No caminho, lembrei-me do período de reconstrução, quando nossos olhares se cruzavam e nós desviávamos imediatamente, só que eu sempre dava uma última olhada de relance. Ou quando ela dava um fora no Lyon, confesso que sempre adorei isso.

Cheguei ao local e o vi todo decorado, os Strauss realmente capricharam dessa vez. Andei pela guilda olhando para todos os lados, mas não a encontrei.

— Ela ainda não chegou, Gray. – Erza, com seu longo vestido vermelho e acompanhada de Jellal, me fez parar.

— Anh... Eu não estava procurando por ela. – tentei retrucar. Aparentemente não deu certo após ver o sorriso se formando no rosto da titânia.

— Você não me engana, Gray.

Saí de lá meio envergonhado e continuei minha procura. Até que a avistei com um longo vestido branco, já estava sentindo meu rosto esquentar mais ainda.

Céus, ela estava maravilhosa.

Ela também me viu e sorriu, íamos em direção um do outro quando fomos interrompidos pelo mestre, o qual começaria seu discurso.

— ... Nesse dia, não existiu Fairy Tail, ou Lamia Scale, ou Sabertooth, ou qualquer outra guilda. Nós éramos uma só guilda com um só objetivo! Nós encaramos as probabilidades contra nós e corremos para o medo que fugíamos antes!

Desconfiei, estava tudo muito calmo – calmo até demais – até que ele foi interrompido e teve o microfone tomado.

— NÓS CHUTAMOS A BUNDA DO ACNOLOGIA E...

E não podia ser ninguém nada menos que:

— NATSU, SAI DO PALCO AGORA! – o mestre reclamava.

— NATSU! Devolve o microfone pro mestre! – Lucy já subia no palco também junto com Erza, começando a rotineira confusão.

Agora sim estava tudo indo normalmente.

Olhei ao meu redor e observava os rostos assustados do pessoal das outras guildas que não eram acostumadas com isso, estava me divertindo com a situação até ser atingido em cheio por um salto.

POF!

— Seus filhos da mãe, olhem onde jogam as coisas! – peguei o sapato e arremessei de volta, contudo para minha infelicidade acertei Erza em cheio, a qual estava preparada para dar um soco em Natsu, mas parece que o único que iria ser socado seria eu.

Ela virou o rosto e me encarou.

Eu iria morrer.

— Gray. – foi a única palavra que ela disse.

Eu iria morrer e nem ia falar com a Juvia.

Um silêncio mortal pairou sobre o local.

Até que Happy voou e tomou o microfone que ainda estava na mão de Natsu e declarou alto e em bom som:

— Eu amo a Charlie e peixe!

Isso distraiu Erza e o resto. Salvo pelo Exceed!

Depois de todo esse alvoroço, o mestre conseguiu terminar seu discurso – não como queria, mas terminou – e o jantar foi servido. Eu e Natsu disputávamos quem comia mais.

— Agora vamos ver quem come mais pudim! – ele anunciava e eu já levantava o garfo, pronto para a aposta.

Parei de devorar o doce quando percebi a luminosidade do salão abaixar e uma música de valsa começar a tocar.

— Lucy, vamos dançar – o cabeça-quente largou o garfo e puxou a loira.

Vi as outras guildas se juntando à valsa também e, dois a dois, o centro do salão se enchia de pares, até mesmo Happy e Charlie. Até praticamente sobrar nós dois. Ou pelo menos era o que eu achava, pois a encontrei no meio do salão dançando com o Lyon. Senti meu sangue ferver e meus punhos cerrarem. Por que ela estava com ele e não comigo? É isso que o ciúme faz? Sentir-se possessivo e infantil, e ao mesmo tempo tão inseguro e com medo?

Vi ela se afastando de Lyon e voltando ao seu lugar. Praticamente corri até ela.

— Quer dançar? – estendi a mão para Juvia. Quando foi que fiquei com o rosto tão vermelho?

— Gray-sama... – vi um sorriso abrir em seus lábios e sua mão repousou sobre a minha.

Conduzi até um canto do salão, passei os braços pela sua cintura e senti os seus passando pelo meu pescoço. Começamos um simples dois-para-lá e dois-para-cá.

— Por que estava com o Lyon?

— Lyon apenas chamou Juvia para dançar.

“Por que você aceitou?” Eu queria tanto perguntar isso, mas também não queria mostrar que estava com ciúmes. Ela me encarava com aquele rosto angelical – as bochechas avermelhadas e um singelo sorriso – só que o olhar dela parecia pedir alguma coisa, entretanto não questionei isso.

Já estava a caminho de casa logo após o término da festa e ainda tentava decifrar aquele olhar dela na festa. Parecia que ela queria uma...

Resposta.

Estúpido! Tinha esquecido totalmente a promessa de daria uma resposta a ela depois que aquela guerra acabasse. Dei meia volta e saí correndo de volta para a guilda. Na entrada do local, encontrei Jellal com a Erza no colo e finalmente dormindo, depois de ter bebido mais que devia e ter feito um estrago na guilda. Como sempre.

— A Juvia já foi embora?

— Sim, saiu agora pouco. Está voltando para a Fairy Hills.

— Valeu!

Comecei a correr novamente até chegar ao dormitório feminino, encontrando Juvia conversando com quem eu menos queria: Lyon. Parei frente a eles e os dois olharam para mim.

— Gray-sama?

— Gray? – e voltou seu olhar para Juvia – Bom, já vou indo Juvia. Obrigado por hoje.

— Não há de que.

“Obrigado”? “Não há de que”? Que história é essa?

— O que ele estava fazendo aqui, Juvia? – soltei a pergunta depois que ele se distanciou um pouco.

— Lyon apenas acompanhou a Juvia até aqui, Gray-sama. Por quê?

Estava me segurando para não falar nenhuma besteira.

— Olha, me encontre na nossa casa amanhã de manhã. Eu preciso falar com você.

— N-Na nossa casa? – ela corou. Muito. – Você quer dizer...

— Sim, lá mesmo. Ainda tem a chave?

— Tenho, mas não sabemos se lá foi destruído.

— Não importa, só aparece lá. Tudo bem?

— Sim!

— Até amanhã então, Juvia.

— Até amanhã, Gray-sama. – ela se despediu de mim com aquele sorriso.

Aquele sorriso que eu aprendi a amar.

Encerramos a conversa e fui para minha casa, tomei um banho, escovei os dentes, deitei na cama e fechei os olhos.

Mas eu não conseguia dormir.

Fiquei horas rolando pela cama tentando pegar no sono. Desisti. Troquei de roupa, peguei a chave e fui para casa – a nossa casa – sob a lua cheia brilhante.

Igual a do dia que eu a deixei.

Cheguei ao local e logo uma sensação nostálgica me atingiu, a casa estava intacta caminhei até a porta e a abri. Estava tudo intocado por dentro também. Eu ainda tinha a imagem dela me recebendo após chegar de um trabalho quando morávamos aqui. Passei o dedo na mesa onde arrumei minha mochila antes de partir, estava empoeirada igual ao resto dos móveis. A pia em que Juvia estava lavando a louça naquele dia.

— Juvia quer uma resposta.

— Que resposta?

— Juvia quer saber os sentimentos que Gray-sama tem pela Juvia.

A cama onde ela dormia.

Fios azuis espalhados pelo travesseiro, um braço apoiado em sua barriga e outro esticado pelo colchão, quase pendendo sua mão para fora da cama.

Sentei no colchão, peguei seu travesseiro e o abracei. Ainda tinha o cheiro dela. Esse lugar ainda tinha nosso cheiro e em cada canto que olhava conseguia ver uma parte da rotina que tínhamos.

Até ouvir a porta abrir. Larguei o travesseiro.

— Juvia?

— Ah, Gray-sama – ela parecia surpresa por eu também ter chegado a essa hora – Também não conseguiu dormir?

— Não...

— O-O que Gray-sama queria dizer?

Respirei fundo, levantei e comecei a falar:

— Primeiramente eu queria pedir desculpas porque eu me esqueci de dar a resposta.

— Então Gray-sama tinha esquecido... – sua voz soava triste, porém logo mudou para um tom mais alegre – Pelo menos Gray-sama se lembrou!

— Mas antes da resposta eu queria pedir desculpas por – como era difícil dizer isso – ter te abandonado, por deixar você esperando por mim todo aquele tempo. Eu sei que deveria ter falado sobre o plano, mas Erza disse para te deixar fora disso para sua própria segurança.

Eu senti que tirava um fardo de minhas costas e ela ouvia cada palavra atentamente.

— Está tudo bem, Gray-sama. Erza-san contou a Juvia depois. Mas Juvia está muito feliz que Gray-sama pediu desculpas por isso, Juvia as aceita.

Senti-me ainda mais leve quando ela disse que me perdoava, mas ainda tinha muita coisa para falar pela frente.

— E sobre minha resposta...

— A resposta... – ela estava tão ansiosa quanto eu.

— Eu confesso que eu parei de te ver como uma stalker que só ficava pegando no meu pé ou que fazia pães estampados com minha cara faz tempo. Quando você me pediu a resposta, eu ainda estava confuso sobre meus sentimentos. Mas eu não parei de pensar em você quando estava na Avatar. Eu senti falta de você, daqui de casa, da nossa rotina, de tudo. – senti meu rosto ficar cada vez mais quente – Foi aí que eu percebi o quanto eu... Eu te amava. Admito que senti ciúmes de você com o Lyon na festa. E eu também peço desculpas por nunca ter te dado o valor que você merecia, por te tratar mal por todo esse tempo e ainda assim você sempre estar ao meu lado, mesmo não merecendo.

Vi seu rosto vermelho, com a boca coberta pelas duas mãos e algumas lágrimas em seus olhos prontas para escorrerem. Eu andei até ela e a abracei, sentia o coração dela tão acelerado quanto o meu.

— G-Gray-sama merece o amor da Juvia por levar a chuva da Juvia embora. – sua voz saiu abafada, mas eu entendi.

— Eu a trouxe de volta quando fui embora.

— E a levou embora de novo quando Gray-sama voltou.

Não pude não beijá-la depois dessa e não queria adiar mais o que nós dois estávamos desejando. Peguei-a de surpresa, só que ela já retribuía à altura, pedi permissão para a minha língua entrar e ela concedeu. Nossas línguas dançavam sincronizadas a partir daí, queria explorar cada canto de sua boca.

— Gray-sama... – ela me chamou depois que nos separamos ofegantes.

— O que?

— Lyon só queria conversar sobre a Chelia.

Eu não sabia se ficava aliviado ou se me sentia um besta. Não sei quanto tempo fiquei em silêncio e qual expressão eu fiz para ouvir o riso dela, no entanto no final apenas respondi:

— Menos mal – e a puxei para outro beijo – Juvia... – a chamei no meio do beijo.

— Sim?

— Seja minha namorada.

Ela se distanciou um pouco, revelando sua expressão cuja era uma mistura de confusão e susto, porém logo colocou um sorriso de orelha a orelha no rosto e se jogou em mim, me beijando.

— SIM!

Não consegui sustentar nós dois e por sorte caí na cama, mas não paramos de nos beijar por nenhum segundo. Aliás, as coisas estavam começando a ficar bem intensas.

— Juvia, se continuar assim eu não vou conseguir me controlar.

— Então não se controle, Gray-sama. – ela voltou a me beijar, só que no meu pescoço dessa vez e começou a levantar a barra da minha camisa. Arrepiei.

Tão sexy.

Então não me controlei mais, inverti nossas posições, me deixando no controle agora e executei a mesma ação que ela tinha feito comigo. Nós dois não tínhamos dormido nem um pouco e tínhamos energia para fazer isso. Livramo-nos de cada peça de roupa que atrapalhava nosso contato. Minhas mãos sedentas percorriam cada pedaço de sua pele macia. Eu necessitava tê-la só para mim.

— Não tem medo? – perguntei.

— Juvia quer que seja você, Gray-sama.

Nossos gemidos ecoavam por toda a casa e não cessaram até chegarmos a todos os nossos ápices. E ela, ah ela, eu estava adorando ouvi-la gemer meu nome, se contorcendo embaixo de mim, arranhando minhas costas e pedindo por mais.

— Ah... Gray-sama! Mais!

Tão minha.

Caí ao seu lado ofegante como ela, mas também sorrindo como ela. Puxei-a para mim e depositei um beijo em sua testa. Adormecemos (ou no meu caso, apaguei).

Era mais de meio-dia quando voltamos para a guilda de mãos dadas porque ela queria – e eu também, mas a ideia de ter que lidar com o pessoal me enchendo o saco não me agradava nem um pouco.

— Huum, onde estavam os pombinhos? – Mira já começava. Ah, hoje seria “o” dia.

— Ahh Mira-san, Juvia e o Gray-sama fizeram...

— Quieta! – com a cara mais vermelha que um tomate, tapei sua boca antes que completasse a frase.

— Vocês também, Cueca-gelada? Eu e a Lucy... – Natsu já chegava com sua empolgação.

— Calado! – Lucy, também vermelha, batia atrás da cabeça dele.

— AHH! – Juvia já se aproximava de Lucy – Fique sabendo que Juvia conquistou o coração de Gray-sama, rival do amor, ou melhor, ex-rival do amor!

— MAS EU NUNCA FUI SUA RIVAL DO AMOR!

— Finalmente tomou uma atitude, Gray – Erza se aproximava acompanhada de Jellal novamente. – Estou orgulhosa por você ter assumido seus sentimentos pela Juvia.

— O-obrigado. Pelo visto você fez a mesma coisa.

— Err... – isso deixou a titânia desconcertada – Pelo menos eu admiti antes.

Confesso que isso doeu um pouquinho, mas deixei passar.

— Gray! Vamos apostar quem faz mais...

— NÃO! – que droga de problema esse cara tem para apostar uma coisa dessas?

— Então vocês estão apostando quem faz mais... – Erza já entrava na conversa e eu podia ver fumaça saindo da cabeça de Jellal de tão vermelho que ele estava antes mesmo dela completar a frase.

— Uma aposta? – Mira também surgiu – Vou chamar o Laxus.

— O QUE RAIOS PASSAM NA CABEÇA DE VOCÊS?

Depois dessa, a guilda virou a zona de sempre. Pelo menos nem a Wendy e o Romeo estavam e Alzack tapava as orelhas de Asuka.

No fim do dia, estava em meus devaneios, observando o sol se por naquele mesmo lugar onde fiz a promessa da resposta para Juvia, até sua voz me fazer voltar à realidade.

— Gray-sama.

Ela caminhou até mim, enrodilhando seus braços em meu pescoço. Levantei-a e a rodopiei enquanto ouvia seu riso até eu coloca-la no chão novamente. Encostei nossas testas.

— Sabia que a Juvia ama muito o Gray-sama?

Eu a amo tanto.

Sorri.

— Sim, eu sei.

E a puxei pela cintura para colar nossos lábios. Nunca me cansaria de beijá-la, nunca cansaria de sentir suas mãos passando pelo meu cabelo, nunca cansaria de ouvir sua voz. Eu estava determinado a compensá-la por todo esse tempo que a tratei mal e que estive ausente. Eu queria fazê-la realmente feliz. Eu queria fazê-la sorrir para sempre porque o sorriso dela é o mais lindo do mundo. Eu realmente agradecia por ter ela comigo. Eu conseguia enxergar uma vida ao lado dela e eu nunca cansaria de amá-la. E depois que enxerguei essa verdade, ninguém conseguiria mudar mais isso.

— Você é quente.

私 は あなた と ここ に いる

watashi wa anata to koko ni iru

Eu estou aqui com você.

♥ Answer: Final II – Happy End ♥


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Notas finais do capítulo

Hey, hey!
Muito obrigada por ter lido! Yumi-chan fica muito feliz (//>3/). Para aqueles que curtem angst, tem o "primeiro final" de Answer (https://fanfiction.com.br/historia/649193/Answer_Final/) caso não tenham lido ainda, mas não tem ligação com esta fic (apenas com "Answer" of course).
Deixem seus comentários para deixar uma autora toda serelepe pimpona yay ♥
Sinceramente não sei quando vou voltar a escrever (quanto tempo longe desse site, oh God), porém sugestões de fanfics e ideias para uma >possível< próxima fanfic são super bem vindas.
É isso aí, muitíssimo obrigada novamente e até a próxima! ♥



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