Who is... Uzumaki Karin? escrita por Kunimitsu


Capítulo 1
Capítulo I




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Who is... Uzumaki Karin?

Capítulo I

Vadia.

Era assim que eles me chamavam. Classificavam-me como um objeto sem valor. Mas sabia que eu lhes dava os motivos de serem assim com a minha pessoa. Eu lhes dava as amostras de meu ser exterior. Só queria esconder o meu interior. Que era podre, em minha opinião. Não queria sofrer, iludir-se como tantas vezes acometera-me.

Eu não me importava com qual adjetivo era chamada, desde que eu não era invisível.

Estava tudo bem...

-oOo-

Eu estudava em Konoha High School, ou para breve, KHS. Não era mais popular, mais era notada por muitos dos meus feitos. Sempre fui de chamar a atenção por onde quer que eu passe, seja por eu prover uma beleza incomum – quem nasceria ruiva com toques de rosa e olhos de mesma cor, afinal? –; seja por minha inteligência acima da média daquelas garotas ignorantes da escola; ou por minhas inusitadas atitudes. E como disse anteriormente, era conhecida como a vadia da escola.

Admito, tenho muita consciência de meus atos quando adolescente e no inicio de uma vida adulta, não foram as melhores. Mas eu queria sentir-me jovem, sentir a idade que tinha e viver as loucuras que eu tanto escutava quando mais nova, quando ainda era inocente e vivia no seio de uma mãe, pedindo colo.

Mãe... Mamãe... Que engraçado esta palavra, não? Simplória. Mas eu odiava essas letras.

Assim como odiava muitos dos meus colegas escolares. Eram tão ignorantes do mundo real, pois viviam em seu mundinho de hormônios incontroláveis. Eu os odiava tanto quando os invejava. Eu queria ser como eles, fazer parte de seus grupinhos felizes. Eu só poderia agir da única forma que eu conseguia sem sair magoada no final.

E consegui.

Parecia que uma simples festa fosse o suficiente para estar, literalmente, na boca do povo. Eu era conhecida. Não era mais a garotinha ruiva dos óculos que sentava toda encolhida num canto da sala. Aquela que sempre tinha uma resposta para tudo, a queridinha dos professores. A que tinha o futuro mais promissor que os demais. Eu não era mais invisível.

Esse foi o meu primeiro ano em Konoha High School.

Quando voltei das férias de verão, na qual passei a maior parte firmando aquela imagem, eu já tinha meu próprio grupinho feliz. E aos poucos, sei que aquela que deveria ser apenas uma imagem, me consumiu e eu vivia apenas por ela. Já não me importava o que os outros pensavam, ou do que me chamavam. Contudo, curiosamente, eu ainda era a melhor em questão de notas e mesmo que já sem muito crédito, os professores ainda tinham um fraquinho por mim.

Nem mesmo me importava que os amigos na qual eu adquirira poderiam ser falsos e lhe apunhalar nas costas quando necessário. Bem, nem todos eram assim, eu posso dizer.

Jūgo, um garoto alto e que passava o ar de intimidador à primeira vista, fora um dos primeiros a se comunicar comigo de forma amigável. Ele era um doce, quieto a maior parte do tempo, desfrutador da natureza. Calmo. Então, por que seria um dos encrenqueiros mais conhecidos e temidos de KHS? Fácil, era sua bipolaridade agressiva que o dominava quando com raiva. Era um destruidor. Vivia a base de remédios calmantes, alguns que viciavam. E Jūgo, ele se importava? Não, ele mesmo se julgava um esquecido de Deus. Ele queria ser destruído. Ele não se importava mais com sua vida, um dia me confessara quando muito bêbado.

Eu o entendia, ao menos um pouco.

Havia então, o ser mais insuportável que nesta terra já pisou, em minha humilde e excelentíssima opinião. Quem? Hōzuki Suigetsu. Esse era o nome do traste que me atormentava todos os dias, seja por apenas abrir aquela boca com inusitados dentes serrilhados, seja por apenas estar em sua presença. Eu o odiava tanto quanto ele demonstrava me odiar. Era um sentimento recíproco. Não havia sequer um dia em que não brigássemos. Todos diziam que ficaríamos juntos no final, porque todo aquele ódio não poderia ser mais que amor reprimido. Eu me arrepiava todas as vezes que escutava esses cochichos. Isso me fazia sentir mais ódio do albino.

Houve apenas uma vez em que não aguentei mais, sua boca grande havia tocado na mais profunda ferida em meu coração.

Estávamos na cafeteria da escola era intervalo para almoço. Ou melhor, dizendo, intervalo para quem queria comer, porque a maioria mais falava e literalmente digladiavam-se verbalmente que qualquer outra coisa. Eu estava sentando com meus amigos, o que inclui Jūgo e Suigetsu e mais duas outras pessoas que nunca me dei o trabalho de lembrar os seus nomes. Eles pouco importavam.

- Ei, ei, Karin, você soube? – o Hōzuki de repente me dissera, com um sorriso de escárnio no rosto pálido que eu tanto detestava. Não me dignei a prestar-lhe a atenção, mas ele havia instigado minha curiosidade. E ele sabia disso. – Ah, não quer saber? Mas vou te contar de qualquer jeito, gata. Eu soube que o tal Sabaku no Kankurō está interessado em certa Uzumaki. – debochou, gargalhando logo em seguida.

É claro que me interessei na hora em que Suigetsu me contara.

Ora, quem não se interessaria por Sabaku no Kankurō? Ele era um veterano, repetente devido às inúmeras faltas que tivera ao longo do ano passado, ou é o que dizem. Ao menos agora, ele comparece as aulas, coincidentemente nos mesmos dias quando há provas, coisa que não fazia anteriormente. Era também um dos garotos mais cotados em popularidade. Assim como sua irmã mais nova, Temari. A mesma que estava em mesmo ano e sala comigo, e eu pouco falava com ela. Digamos que ela nunca foi com a minha cara e já nos metemos em algumas confusões. Porém, já faz um tempo em que não trocamos algumas grosserias entre si, e o motivo era óbvio para quase toda a escola. Temari nunca fora de esconder o que sentia ou o que pensava, sei bem disso, já que ela adorava jogar minhas ações em minha cara. Mas esses dias ela andava bem comportada e deve-se ao fato do gênio Nara, um garoto um ano mais novo que nós, que entrou no terceiro ano.

Gênios... Eles são bem comuns aparecerem por aqui, sabia? Eu até posso não ser um deles, mas já me convidaram a pular de ano em minha primeira vez em KHS. Eu recusei e bem... Está claro que depois ninguém mais me ofereceu esta chance.

Enfim, não é preciso dizer que fui atiçada e queria saber se o que o Hōzuki falara era verdade, porque essa idiota sempre gosta de colocar lenha na fogueira e rir das custa dos outros. Eu que não seria uma dessas pessoas. Contudo, antes mesmo de eu maquinar algumas formas de chegar até o Sabaku, o albino abriu aquela boca grande e disse algo que nos fez ficar sem falar um com o outro por, pelo menos, metade do ano.

- Mas não sei o que se passa na cabeça daquele Sabaku. O que ele viu em você? – resmungou com escárnio e franzindo o cenho em uma careta mal-humorada. – Sério, ele deve ser cego... Por outro lado, visto que é você, eu o entenderia. Quem não quer uma qualquer para aquecer a cama de vez em quando, não? – riu, apoiando os cotovelos na mesa metálica e o rosto nas mãos. Eu a esse ponto já estava aguentando-me para não dar um belo soco naquele rosto pálido. – Me conte Karin, com quem você aprendeu a ser assim? Foi com sua mãe? Ela deve ser igual a você...

Foi o estopim para a minha paciência.

- BAKAAA!! – gritei a plenos pulmões, levantando-me e lhe dando um forte soco que o derrubou da cadeira.

A cantina inteira ficara em silêncio, nos observando espantados. E tal expressão espelhava-se em Suigetsu. Eu sentia-me ferver de raiva. Não acreditava que justo ele havia me dito tal coisa. Quando senti a falta de ar, ofegante e com o peito comprimido eu sabia que era a hora de sair dali o mais rápido possível. Assim eu fiz, não olhando para trás.

-oOo-

Doía... Doía pensar no que aquele imbecil dissera...

Era mentira, minha mãe nunca seria assim...

E ele sabia disso. Ele, por mais incrível e surpreendente que seja, Suigetsu fora o único que me vira em um momento de minha fraqueza a um ano atrás. Ele sabia que minha mãe era um assunto tão delicado quanto qualquer outra coisa. Mas mesmo assim, nada o havia impendido de disser tais palavras vis a mim.

Eu o odiava!

Ficamos, no mínimo, uns dois meses sem falarmos um com o outro, evitávamos como se cada um estivesse alguma praga contagiosa. Porém, era orgulhosa demais para deixar isso por vencido e preferi seguir, de alguma maneira, em frente. Apesar de ainda não querer perdoar o albino. E assim, eu investi com todas as minhas forças no mais velho Sabaku. Fora uma boa época. Jamais poderia esquecer estar naqueles braços, apesar de não muito gostar de suas companhias, eu fazia um esforço. Em pouco tempo, éramos o assunto da escola e cotados como um novo possível casal. Achavam que a vadia havia sossegado finalmente. Outros ainda diziam que Suigetsu era corno. Admito que esse último rumor me deixava feliz e ignorei qualquer dor no peito quando via alguém implicar com o Hōzuki sobre esses assuntos.

E só no terceiro mês é que me dei o luxo de perdoar o idiota. Não sei explicar, mas a consciência deve ter pesado muito em mim. Eram muitos que implicavam com ele, principalmente depois que todos viram o que acontecera na cantina. Começamos a falar novamente, porém parecia estranho conversarmos depois de tanto tempo. Nunca mais retomamos o assunto daquele dia, mas eu sofria com as implicâncias de Suigetsu para com Kankurō.

Bem, no final voltamos as nossas rotineiras brigas e até o final do verão que antecede meu último ano escolar, eu e Kankurō ficamos juntos. Ele ainda conseguiu formar-se e mudou-se então para outra cidade. Dissera que havia adquirido algum amor às arquiteturas modernas. Ou seja, terminamos. Cada um fora para um lado. E não havia remorso ou receio de ambas as partes.

Eu não esperava por ninguém, era meu lema. Meu guia de vida.

Ou assim eu pensava que fosse.

-oOo-

Era estranho, muito estranho voltar a Konoha High School depois de tantos meses apenas curtindo o verão. E agora voltar para o meu último ano, estar cercada por todas aquelas pessoas que pouco eu vira nas férias; além de sentir a pressão que tudo o que eu fizesse a partir teria influência nas minhas decisões para o meu futuro. Porém, nem mesmo eu sabia o que queria naquela época.

Era totalmente frustrante.

Ao menos havia um lado bom de estar de volta para toda aquela merda. Garotos. Mas acho que nem posso chamá-los mais assim, pois parece que naquele verão eles haviam se transformados nos mais comestíveis e populares que qualquer outro ano.

Eu estava adorando essa parte.

Ademais, para aquele ano havia feito promessas. E eu tentaria ao máximo cumpri-las. E já no primeiro dia, eu já tinha um alvo em mente. Como já disse anteriormente, é bem comum nossa escola receber algum gêninho. Por tal, não fora muito a surpresa quando mais um parecera, este sendo dois anos mais novo que eu. O que surpreendera todo mundo fora o nome. Uchiha Sasuke.

Ah, o Uchiha... Eu o visava com muito afinco. Eu, como o resto da população feminina – e alguns secretamente, masculinos – da escola tinha uma quedinha, paixonite por aquela personificação de Adônis. Contudo, ninguém chamava a atenção daquele ser, ou pelo menos, não da forma que a maioria queria.

Sasuke era calado, frio e indiferente, eu diria até mesmo insensível. Todavia, não poderia colocar esse último adjetivo para ele e errava quem o fizesse. Eu o conhecia. Poderia ter sido apenas mais uma criancinha naquela época, mas lembro-me perfeitamente do moreno como uma criança sempre a sorrir e brincar. Para então, lentamente transformar-se no quieto e frio Uchiha Sasuke na qual era agora. Os poucos sorrisos e manifestações de bondade, a única pessoa na qual conseguia arrancar esse lado de Sasuke era meu primo. Uzumaki-Namizake Naruto.

E eu, por muito tempo, o invejava.

Invejava, e por quê? Vários motivos poderiam a levar-me a sentir tal emoção tão negativa, vejo agora. Mas acho que um dos principais, posso dizer com certeza, é que eu desejava alguém assim para mim. Como? Fácil, Naruto parecia ser o único que conseguia ver todas as faces do Uchiha, o conhecia como ninguém fazia. E eu queria, desesperadamente, alguém que pudesse ler-me tão bem quanto meu primo fazia com seu melhor amigo de infância.

Sim, melhor amigo de infância. Foi assim que conheci Sasuke. Contudo, eram poucas as vezes que o via, já que era mais novo que eu, não poderia dar muito atenção a alguém assim. Porém, naquela época era diferente. Sasuke dificilmente era visto junto a Naruto – e sabia que isso magoava o meu primo. A verdade é que, Sasuke ficara quase dois anos fora do Japão, saíra repentinamente. Mas com certeza meu primo escandaloso sabia o motivo, pois eu vi o quanto ele ficara arrasado com a partida do mais novo herdeiro Uchiha.

Havia ocorrido algo de muito grave entre os dois para Sasuke decidir ir embora.

Todavia, Sasuke voltara. E com surpresas, pois diferentemente daqueles na qual ele convivera na infância e que entrariam no primeiro ano do ensino médio; Sasuke ousou. O moreno entrara diretamente no último ano, confirmando a genialidade que ele sempre mostrou ter. Ele tornou-se popular e o sonho de muitos daquele colégio.

E o Uchiha, surpreendentemente, pertencia ao meu grupo de amizades.

Ou ao menos, ele sempre esteve ao redor.

Não sei como, mas Suigetsu havia conseguido com que o gênio Uchiha andasse com a gente, a maior parte do tempo. O que para mim, fora ótimo em meus pensamentos de adolescente. Sasuke era calado, fechado, porém ainda conseguia se enturmar. Às vezes, aparecia nas festas, eu o via divertindo-se um pouco. E eu, a todo custo, tentava com que ele prestasse a atenção em mim. Suigetsu me importunava como nunca quando eu tentava mais uma das minhas loucuras pelo Uchiha.

Acho que, no fundo, eu sempre soube que Sasuke nunca seria meu.

Ele já estava destinado a pertencer a certa criatura escandalosa.

Prova disso, fora quando eu me tornara sua madrinha em seu casamento anos mais tarde. Porém, como uma adolescente com fervor a fazer loucuras, eu as fazia com a desculpa de que era pelo amor que eu nutria.

Um sentimento que só o provei verdadeiramente tempos depois.

E fora meu maior erro... E também meu acerto.


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Notas finais do capítulo

Hello!

Bem, eu mais uma vez - só pela segunda vez ^^ - me arriscando e postando mais uma estória no fandon Naruto!
Enfim, eu não sei o que me dera em fazer a fic, mas planejá-la eu bem que estou gostando. Além disso, eu pouco vi fic's sobre a Karin - especificamente sobre ela.
Okayyy... Eu planejo apenas fazer uma Shortfic, pequena com apenas sete capítulos, não mais. Ela também se passa num universo, bem, alguém aí leu 'Just a Gift'? É uma OneShot de especial de natal pro meu lindo Uchiha Itachi! Bem, quem a leu vai ver ao longo da estória que alguns fato citados lá, também podem aparecer aqui. Pois, se passam no mesmo universo. Estão co-relacionadas, mas independentes.
Enfim, só expliquei para - quem leu a outra fic - não ficar muito perdidinho... Às vezes, eu fico kkkkk ^^
Bem, eu já estendi demais essa nota, só espero que tenham gostado. Ficaria feliz em ver comentários com suas opiniões, sempre me são importantes! ^^

Até logo,
Kunimitsu.



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