Longos meses se passaram...

Os irmãos Winchester começam uma nova caçada ao encontro do demônio Crowley, agora que toda história fora focada na volta de Sam do Inferno e na recuperação de sua alma e Dean decidiu não ficar com Lisa para proteger ela e seu filho Ben, o jeito é continuar o que a família Winchester nunca deixou de fazer: caçar monstros, demônios, fantasmas e mortes sobrenaturais.

Dean esqueceu daquela “noite romântica” com Sophie Pontello, mas sem nem saber o que lhe guardava nas horas seguintes. Ao ir para Missouri resolver um caso sobrenatural do fantasma de uma bruxa que mata atrações ilusionistas, mal reconhece aquela moça que um dia conseguiu conquistar um lado seu na cama.

– Dean – chamou ela e imediatamente Dean arregalou os olhos surpreso, pois reconhecia aquela voz.

– Sophie – disse ele baixinho e se virou para ela.

Os olhos daquela jovem mulher se encheram de lágrimas, vendo o homem que por um dia a desejou e que sem querer acabou apaixonada. Logo após veio a grande novidade: está esperando um filho do caçador de seres sobrenaturais.

Sophie sentiu um movimento desconhecido em seu ventre, pousou a mão no local e Dean reparou na protuberância que ela carrega consigo.

– Você... – começou os dois juntos e riram – Você primeiro – fizeram novamente, gargalhando mais pela confusa conversa.

– Porque não veio mais me ver? – perguntou ela com a voz embolada pelo choro que vinha.

– Eu disse a você, quando nos conhecemos naquele bar, que eu trabalho caindo pelas estradas – respondeu ele sincero. Claro que seria muito idiota de contar que caçava seres sobrenaturais, então omitiu essa parte.

– Nossa. Eu senti a sua falta esses meses – disse ela acariciando ainda seu ventre.

– É menino ou menina? – perguntou Dean olhando para o ventre.

– Uma menina – respondeu Sophie com um largo sorriso no rosto. “Será que ele desconfiava de algo?” – pensava Sophie olhando para os olhos de Dean.

– Nossa. Parabéns – disse ele e ela agradeceu. E de repente teve uma ideia, que iria mexer com seus sentimentos, mas também dava a chance de Dean poder sentir aquela dádiva que deixou com ela.

– Quer sentir ela? – perguntou a ele e no instante viu um brilho diferente nos seus olhos.

– Mas acho que é o seu... marido que deve fazer isso – gaguejou ele. Demonstrava no olhar que quer sim sentir aquele pequeno ser humano na palma de sua mão, mas suas palavras eram o bastante para disfarçar.

– Eu não tenho marido – respondeu ela sorrindo e pegou na mão de Dean suavemente, pousando ela em seu ventre.

O bebê se moveu ao perceber o toque diferente e Dean se encantou por aquele momento mágico e lindo que acontece na vida de um ser humano.

O rapaz convidou a jovem para tomarem um lanche juntos e ficaram minutos conversando. Sophie sempre entregando os pontos a respeito da gravidez, contando cada ultrassonografia e da saúde o bebê.

No hotel...

– Olha, até que as pesquisas vão encaminhando, mas eu suspeito do cara da loja – dizia Sam digitando em seu laptop – E che... Dean.

O rapaz estava perdido em pensamentos e tentando encaixar as peças daquele enorme quebra-cabeça, tudo vinha como um filme em sua mente.

– Hey – disse Sam pousando a mão em seu ombro – O que houve, Dean?

– Sammy, eu queria uma opinião – disse Dean.

– Claro – retribuiu Sam.

– O que você faria se suspeitasse que engravidou uma garota que passou uma noite? – perguntou Dean.

– Bom, iria até a garota ou ligaria. Marcando uma hora pra conversar e lógico que perguntaria – disse Sam.

– Obrigado, irmão – agradeceu Dean – Sabe, a vida é tão engraçada e ao mesmo tempo assustador. Eu nunca fui um cara de idealizar uma vida normal, casamento, casa, esposa e bebê. Mas eu conheci uma moça: Sophie Pontello; e tivemos uma noite ótima e agora, depois de tantos meses, a reencontrei e com ela uma novidade: grávida.

– Então... – estranhou Sam e arregalou os olhos – Não vai me dizer que...

– Sammy, o bebê que ela espera pode ser meu. Tenho 99% de certeza – disse Dean

O mundo parecia perder o sentido e parou de girar por uns momentos. Aquela revelação foi o motivo para tudo ficar mais ou menos cinza, pois ainda tinha o assunto do caso para ser resolvido e logo mais se encarregar de mandar o ser sobrenatural para longe.

Mais tarde...

– Mais uma vez conseguimos resolver esse caso. Muitas pessoas foram salvas – disse Sam – Pena que quatro delas morreram antes de vermos o verdadeiro motivo.

– Não foi nossa culpa. Não pudemos evitar o que houve e com certeza seria melhor ainda se tivéssemos esse poder – disse Dean.

O celular de Sam tocou e ele prontamente atendeu.

– Alô – disse.

– Oi Sam. Soube que você e seu irmão conseguiram despachar um ser das trevas o transformando em cinza – disse a voz que eles queriam distância.

– Crowley – disse Sam.

– Uma voz familiar nunca deixa de ser reconhecida – disse ele – Só liguei para lhe pedir um favor: diz a seu irmão que descobri a garota e o bebê. Os dois estão comigo – desligou o telefone.

Sam ficou desesperado e em seus olhos a raiva consumia. Crowley tem o prazer de torturar pessoas, ameaçar e brincar de resgate.

– Ele pegou Sophie – disse Sam.

– Filho da mãe – xingou Dean e com muita raiva, entrou no carro dando a partida e rapidamente saiu em uma velocidade não permitida.

Desde que descobriu essa recente novidade, passou a criar um enorme carinho por aquele lindo bebê sendo carregado no ventre de uma moça tão maravilhosa. Que só pelas conversas percebeu que, antes de levar essa vida, desejaria conhecer uma garota com todas aquelas qualidades.

[...]

Os garotos andavam devagar e em silêncio, para conseguir ouvir algum som que pudesse fazer a localização de Sophie.

– Meninos – disse Meg – Vocês por aqui?

– Meg – disse Sam e ela sorriu – Crowley está...

– Sim. Mais um motivo para degolar aquele Rei do Inferno de meia tigela – disse ela sarcástica – Está mantendo a garota presa e que linda barriga. Parabéns Dean!

Dean sorriu fazendo uma certa graça. Meg ajudou os irmãos a chegarem no local aonde Crowley mantinha Sophie refém.