Como Treinar o seu Dragão Interior 2 escrita por Kethy


Capítulo 23
A filha do demônio - Primeira parte


Notas iniciais do capítulo

Olá, Dragões, voltei!!!!

Desculpa MESMO demorar tanto para postar alguma coisa. Primeiro foi por preguiça, depois falta de ideia e por fim, meu computador deu pau! :PPPPPPPP Que sorte que eu tenho... :PPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPPP

E desculpa também esse capítulo ser tão curto, eu ia escrever mais mas não queria deixar vocês sem nada. Esse cap foi feito com carinho e espero que gostem. Boa leitura!!!!!!!!!!!!!!!



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Chegando a um lugar sem movimento, Heather começou a dar ordens; para buracos onde alguém podia botar o olho. A cada medida eu ia ficando mais nervosa, só podia ser alguma coisa muito grave. Heather também parecia mais nervosa, como se fosse mudar de ideia a qualquer minuto. Melequento parece perceber isso e foi até a morena, parecia que ele ia dizer algo sobre esquecer tudo, ela recusou e se sentou em uma pedra de costas para nós.

— Tá tudo bem? Podem me ouvir? – Heather perguntou virada para a parede. O eco e a acústica do cômodo ajudavam a ouvir o que ela dizia mesmo de costas.

— Sim! – Respondemos.

Heather respirou bem fundo para reunir a coragem.

— Pode ser um pouco maçante agora, mas eu quero que escutem com atenção até o fim.

Assenti, mas lembrei de que ela estava de costas.

— Ok. – Respondi depois da gafe.

Mais uma longa respiração.

— Minha mãe me contou sobre como conheceu o meu pai. – Heather engoliu seco. – Na época, ela tinha por volta de dezessete anos, diz ela que seu povo foi o primeiro a ter paz com os Dragões e a descobrirem suas metades. Homens e mulheres casavam, adotavam e lutavam ao lado deles. Eles ensinavam medicina, engenharia, política e até expansões marítimas. Os conhecimentos de ambos combinados criou uma cultura muito à frente desse tempo, as pessoas até conseguiam construir casas nos galhos das árvores sem quebrar. Um reino de beleza, paz e tranquilidade. Era divertido, acho.

— Eu não sabia que vocês podiam ensinar tudo isso. – Perguntei baixinho para Stormy que estava ao meu lado.

Ela me olhou de canto com um sorriso enigmático.

— Tem muitas coisas que não sabe sobre nós.

— Minha mãe viveu feliz durante metade da sua vida. Meu avô gostava de relatar tudo o que acontecia em diários para gerações futuras. Havia um boato que dizia que um dia os dragões poderiam nos abandonar e meu avô fazia parte de uma organização secreta que não queria deixar o conhecimento deixado por eles se perder.

Soluço estava do meu outro lado. Assustei-me com a parte de “abandonar” e acabei apertando seu braço institivamente. Soluço beijou minha mão em silencio.

“Não devo pensar nisso agora.” – Refleti, interpretei o beijo, dessa forma.

— Acabou que não era apenas isso que eles escreviam, alguns também começaram a escrever sobre os hábitos, as manias e até as fraquezas dos dragões. – Nesse momento, ficamos mais atentos ao assunto, pois adivinhamos onde a história ia parar. – E como nem todos eram metade humanos e eram mais como animais de estimação, também escreveram sobre como domar esses tipos de dragões.

Dag fechou a cara. Alguns o olharam repreendendo.

— Bem, não eram todos que concordavam, vovó achava isso um exagero e era dita como uma louca paranoica. Não demorou muito para perceberem que ela estava certa em se preocupar. – Mais uma longa e demorada respiração. – Um dia, do nada, vários navios foram avistados no horizonte. Eram navios velhos, caindo aos pedaços. Do primeiro que atracou, saiu um gigante coberto de cicatrizes dizendo que eles eram fugitivos de uma guerra sem fim e que só estavam procurando um lugar para se abrigarem e planejarem o próximo passo. A parte em que eles não tinham critérios para o que escrever sobre os dragões deve ter feito vocês pensarem que eles eram tolos, mas não eram. Eles desconfiaram na hora da historinha do gigante e exigiram sua partida. Os estranhos, então, decidiram apelar para a lógica, dizendo que precisariam de no mínimo uma noite para se aprontarem para a viajem. Os termos foram aceitos. Uma noite foi tempo suficiente para o gigante cativar a minha mãe. – Comecei a entender o final da história. – Eles conversaram sobre muitas e muitas coisas, gostos, sentimentos, viagens... Minha mãe ficou encantada com o forasteiro, ela nunca tinha conhecido alguém como ele; ela teve a “brilhante” ideia de mostrar todo o seu mundo para ele, e ele estava tão interessado nos pequenos detalhes. – As ironias de Heather denunciavam o final. – Minha mãe estava tão encantada que não ouviu seu senso de perigo chamando. Ele era tão refinado e elegante para alguém de fora, minha mãe pensou ter tirado a sorte grande. Uma noite, ele a pediu em casamento. Uma noite, e ela aceitou sem pensar duas vezes com seu “grande poder de discernimento”. – Outra lenta e dolorosa respiração para conter o choro. Heather se apoiou em um dos braços como se fosse cair ou levantar. Ou só quisesse se afastar. – Ela era jovem, rebelde e ingênua. Ele se aproveitou dela. Mais tarde, logo após o casamento secreto, eles começaram o ataque. Mataram centenas de humanos e milhares de dragões. Quebrara e destruíram tudo, exceto o conhecimento dos diários. Os deixaram a mercê deles, eles estavam totalmente impotentes e sem saber como lutar de volta. Foi tudo planejado, era como se tivessem os estudado.

— E seu pai, só poderia ser... – Soluço não conseguiu terminar a frase óbvia.

— Drago Sangue Bravo. – Heather respondeu.

Apesar de ser sim, bem óbvia, a revelação deu certo choque.

Um silêncio fúnebre se instalou sobre nós mais uma vez. Notei uma expressão de arrependimento em Heather, mas logo ela limpou a garganta, forçou um sorriso e decidiu continuar a história da sua vida.

— Há! Esse foi o prólogo. Agora é hora da história verdadeira. – “Da filha do demônio.” Li seus lábios durante um sussurro.


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