A garota das flores escrita por Belinda Frey


Capítulo 1
A garota das flores


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, primeiro capitulo e espero que gostem.



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Chuck observava continuamente as duas garotas dormindo em sua cama. Aquela era a imagem que ele tinha todos os dias. Seu pai estava viajando pelo Oriente médio e ele como sempre, estava sozinho. Estava tudo silenciosamente chato, então resolveu colocar uma música, era hora das garotas sairem da cama e irem embora, não pagou-as para continuar ali.

A música começou e as duas começaram a se mexer no colchão.

— Andem garotas! Eu não tenho o dia todo. — chamou-as de forma grosseira.

— O que foi, Chuck? — uma delas perguntou esfregando os olhos. — Que horas são?

— Hora de vocês estarem na rua. Andem! — puxou o lençol e jogou no chão.

— Nossa, como você é grosso! — a outra reclamou se levantando.

— Pensei que vocês já tinham descoberto isso. — sorriu maliciosamente tragando seu charuto. — Tem um taxi esperando por vocês lá embaixo. Espero que tenham gostado da noite e aproveitado, pois não irá se repetir. — deixou claro, as duas bufaram de raiva catando suas roupas no chão. — Vão demorar? Meu amigo chegará logo e eu não curto sexo duplo na minha cama.

A loira e a morena saíram pisando firme do apartamento. Chuck amava estar por cima, de todas as formas.

Se trocou impecavelmente, penteou seus cabelos e saiu de seu quarto.

— Arrume meu quarto, por favor. — pediu para uma das empregadas que assentiu e saiu logo em seguida. Chuck tinha seu café posto na mesa. A casa estava em total silêncio, sozinho como sempre, não ousaria conversar com as empregadas, pra isso tinha seu amigo, Nate. Não demorou muito para que ele chegasse.

— Chuck.

— Nate. Veio mais cedo. Por quê?

— Acordei mais cedo do que imaginava, perdi o sono, resolvi já ficar por aqui. — explicou se sentando. — Ficou sabendo na festa que Serena vai dar? — comentou se servindo com o suco.

— Festa? Não, ela ainda não me disse nada. — deu de ombros.

— Bom, se prepare, ela resolveu chamar todo mundo... — Nate respirou fundo — Quer que todos saibam do seu relacionamento com Dan.

— Me parece enciumado. Estou certo? — Chuck fez menção de rir.

— Ela é indecisa. Uma hora quer a mim e na outra quer o Dan. — suspirou frustrado. — Eu realmente não sei o que pensar. — maneou a cabeça com negação.

— Talvez se você desse uma chance para Jenny... — Chuck tornou a voltar no assunto que Nate se negava falar.

— Somos amigos, Chuck. E Jenny é nova, ingênua e...

— E que diz te amar. — ele terminou.

— Porque quer tanto que eu e Jenny fique juntos? — Nate ainda não entendia aquela pressão sobre ele.

— Pois a garota gosta verdadeiramente de você.

Nate revirou os olhos.

— Ela não sabe o que sente. Ela só tem 16 anos.

— Você sabe que com 16 anos é capaz de se fazer muitas coisas, não sabe? — Chuck não precisou citar, ele já havia entendido.

— Chuck. Por favor...

— Ok, ok. Só não queira o óbvio tarde demais. — Chuck tomou seu último gole de café.

Terminado aquele assunto, os dois seguiram para o colégio na limusine de Chuck. Os celulares de ambos apitam, indicando uma nova mensagem.

Parece que Upper East Side ganhou uma nova aluna! E não é que a garota das flores tem estilo? Talvez Queen B perca seu posto para ela, na crise que ela se encontra, não podemos duvidar disso.

Xoxo, Gossip Girl.”

Garota das flores? — Nate se pergunta olhando para Chuck, ele dá de ombros.

— Upper East Side tem de tudo um pouco... — sorriu debochado guardando seu celular.

— E porque será que ela tomaria o lugar de Blair?

— Não sei. Blair está viajando, não? — Chuck fitou Nate, o amigo não queria entrar em detalhes. — Pode falar, não vou ter uma crise de choro, eu superei a Waldorf, meu caro.

— Ela está. Chegará amanha. — respondeu relutante.

— Ótimo! — Chuck passou a mão pelo queixo. — Ela tem que saber com quem se meteu.

— O que pensa em fazer com ela, Chuck? — Nate sabia do que seu amigo era capaz.

— Nada que a machuque fisicamente, claro, mas algo que a faça pensar muito antes de tentar me passar a perna, de novo. — deixou claro.

O silêncio se estendeu até chegarem em seu destino. Já no colégio, a tal garota das flores caminhava perdida pelos corredores, não sabendo por onde começar. Havia chegado há pouco tempo na cidade, sua mãe era floricultista, apaixonada por flores passou esse amor para ela, Angeline, a garota, passa as tardes visitando hospitais e entregando flores para os pacientes, pois segundo ela, é ótimo poder ter mais de uma vida.

— Eii... — ela esbarra em alguém. — Tome cuidado! — avisou em tom de brincadeira o garoto.

— Ahn, desculpa. — bufou frustrada. — Sabe onde fica... — pegou o papel para ler, mas o virou, pois estava de ponta cabeça. — Ops. É, sabe onde fica a sala 6B?

— Sim, eu sei. Quer ir para lá?

— Com certeza. — sorriu nervosa.

— Antes de tudo, sou Dan. — estendeu a mão para cumprimentar-lá.

— Angeline. — segurou a mão dele.

— Então vamos! — a chamou e seguiram juntos, conversando, se conhecendo.

Chuck desde de seu carro cumprimentando as milhares de garotas que passam por ele, Nate sai e se coloca ao lado dele.

— Tem algo novo por aqui! — Chuck fala olhando em volta.

— Novo? Só vejo as mesmas pessoas de sempre, nada novo. — Nate concluí.

— Não sei... Vamos entrando. — saiu na frente em direção a entrada da escola.

Ele e seu amigo nunca passavam despercebidos, ainda mais quando se tinha uma sociopata por trás de um computador, dizendo horrores da vida deles, mas ambos tinham lá seu charme que contribuiam para certa parte de tudo aquilo. Nate tinha uma aula diferente, então se separou do amigo.

Chuck entrou na sala semi cheia e se sentou ao lado de Angeline, que até então, não tava prestando atenção em nada além de seu livro. O olhar curioso dele caminhou por tudo, cabelo, rosto... corpo.

— Nunca te vi por aqui. — Chuck se inclinou e sussurrou, Angeline tirou a atenção do livro e olhou o rapaz bem vestido, bonito e com pinta de galã cachorro.

— Sou nova, é por isso. — respondeu seca voltando a ler.

— A garota das flores, acertei? — tornou a sussurrar.

— Garota das flores? — estranhou o codinome.

— É assim que a garota do blog te chamou, docinho. Garota das flores. — sorriu maliciosamente.

— Garota do blog? — ela estreitou o cenho e fecho o livro. — Todos aqui são chamados por garota? — debochou.

— Vou te mostrar... — ele retirou o celular do bolso e mostrou a mensagem de mais cedo pra ela. — Confere?

— Como ela sabe dessas coisas? Eu mal cheguei em Manhattan... — Angeline ficou confusa. — Quem é Blair? Não quero tomar o lugar de ninguém, eu em.

— Ela sabe de todo mundo, inclusive de mim. E não importa quem seja a Blair. — guardou o aparelho.

— Nossa! — fez uma careta estranhando aquilo e pensando se seria alvo daquela blogueira para sempre.

— Mas me diz se é verídico essa historia de flores, pois eu amo flores. — continuou com o joguinho dele, Angeline suspirou.

— É sim. Minha mãe é dona da ColoskyFlowers, e eu, eu levo flores em hospitais para os pacientes. Isso responde sua pergunta? — arqueou a sobrancelha.

— Wow! Então você faz o bem sem olhar a quem?

— Será que ainda não entendeu que eu não estou nem um pouco a fim de falar com você? Sabe... — ela balançou o livro. — Tenho coisas melhores pra fazer, tipo agora! — sorriu sarcástica.

Chuck se endireitou na sua cadeira e tentou não parecer ofendido com o fora gigante que levo. Bufou e ficou olhando somente para frente, ficou indignado por nem ter perguntado o nome da menina.

A sala se encheu, a aula começou, Angeline foi apresentada e então pôde finalmente saber o real nome dela.

Nenhuma palavra a mais foi trocada desde então entre eles, ao bater o sinal para o intervalo, Angeline foi a primeira a sair. Queria encontrar Dan, o garoto que a ajudou encontrar a sala, até então não teve aula com ele.

— Perdida, Garota das flores? — ele chegou mexendo no cabelo dela por trás e ela deu um pulo.

— Oh Deus! Não faça isso. — riu. — Quase morri do coração, Dan. — dizia com a mão sobre o peito. — Então, até você soube sobre esse apelido carinhoso dado por não sei quem?

— Quando a garota do blog posta, todos sabem! É meio que uma bola de neve sem fim.

— Maravilha. — disse sem nenhuma empolgação.

— Dan, eu... — uma loirinha chegou até eles e parou assim que viu seu irmão com a novata. — Garota das flores!?

— Ahn, sim, quer dizer... Não, sou Angeline. — corrigiu.

— Essa é a minha irmã, Jenny. — as duas se cumprimentaram.

— É um prazer. — sorriu ela. — Serena está te procurando, quer que encontre ela atrás da quadra. — Jenny avisou para Dan.

— Ok... Angeline, tenho que ir, depois a gente se vê. Jenny pode te acompanhar, certo?

— Posso sim, claro.

— Tudo bem, deve ser importante, vai lá. — Angeline falou. — Essa Serena é namorada dele?

— Sim, os dois meio que vão e vem. — Jenny revirou os olhos. — Quer dar uma volta?

— Claro.

••

Chuck e Nate estavam sentados, conversavam sobre assuntos fúteis como sempre até que Chuck avista Angeline com Jenny.

— É aquela ali, Nate... Olha! — ele segurou o rosto do Nate e o virou em direção à garota ao longe. — Angeline Colosky junto da nossa queridinha Jenny Humphrey. Não é ótimo?

Nate ficou observando a garota de cabelos cor de café.

— É linda, Chuck. Mas o que tem ela? — não conseguiu entender.

— Ela me deu um fora, se acha superior à mim, mas não é. Tenho que tê-lá pra mim.

— Para de ser idiota. Nem todas precisam gostar de ti, sabia? E isso não tem lógica alguma.

— Mas ela sim, e vai, e quando isso acontecer eu... — Chuck engoliu seco enquanto não conseguia retirar os olhos de cima dela. — Eu vencerei, como sempre. — sorriu diabolicamente.


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