Caro desconhecido... escrita por Miss Sant


Capítulo 28
Passarinhos azuis cantam o convite.


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAi num resisti! Tive que postar logo, tava prendendo o capitulo pra quarta, mas quarta tô querendo lançar outro, eitha autora trabalhadora mexmo! kkk
bjo mores, num sei se cês vão gostar maaas.



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Enquanto horas e dias passavam, Sam e Freddie trocavam mensagens provocativas. Blair e Freddie, mais Blair do que Freddie organizavam a festa de noivado perfeita, fazendo lista de convidados organizando os lugares à mesa...  Sam e Chuck planejavam a festa. Chuck e Blair, inevitavelmente pensavam na última vez que tinham se visto vezes com saudades, vezes com raiva... Sam temia o correr do tempo. Freddie rezava para que o tempo passasse para vê-la mais uma vez furtivamente, entre uma reunião e um jantar. Chuck amargurava a vida e amaldiçoava a lentidão do tempo. Blair se afogava em futilidades com as quais ela pudesse lidar, já que por mais que tentasse não conseguia apenas odiar Chuck.

Nessa quadrilha do amor, imperava a bipolaridade, e a única felicidade que era noticiada estava muito longe dali. Receosos de que o sossego acabasse Carly e Nate, passeavam por Chicago.

Sam

Restavam apenas dois dias para a premier, todos os convites tinham sido enviados, avidamente foram todos respondidos positivamente, menos Freddie e Blair. Freddie não havia comentado nada comigo e eu tinha absoluta certeza de que ele sabia que o sobrenome do Chuck é Bass, e que é onde eu trabalho também.

Não sei se ficava aliviada ou se calafrios subiam a minha pela quando o dia se aproximava... Eu tinha que fazer isso. Eu poderia consertar as coisas depois, ficaria tudo bem. Eu tenho que crer nisso. Nunca fui do tipo que faz tudo por amor, ou que acredita que o amor supera tudo, mas Freddie era não era? Talvez pudesse me perdoar... Eu não sei se faria o mesmo no lugar dele, pelo que Chuck planejava, eu não me perdoaria.

—Senhorita Samantha? O senhor Bass esta lhe chamando na sala 034. – Antony era meu secretário/assistente pessoal há algum tempo, mas insistia nas formalidades mesmo já tendo dormido duas vezes agarrado ao vaso sanitário da minha casa chamando The Rock para salvá-lo.

—Na 34? Da acústica? O que houve com a sala dele?

—Não faço a menor ideia, mas ele não esta a mais alegre das criaturas hoje.

—E quando alguém por aqui esta?

—Com a redução dos salários a coisa ficou bem difícil, daqui a pouco será impossível conter o vazamento, essa promessa dos reajustes não vai segurar ninguém.

—É eu sei... – Suspirei profundamente.

—Senhorita, se me permite gostaria de dizer que me parece bem alegrinha.

—Hm, por enquanto Antony. Tem noticias da Carly?

—Senhorita Shay mandou os relatórios e disse que voltaria em breve.

—Em breve, sei, tem uma semana nesse em breve.

—São os delírios da paixão, às vezes passam rápido, às vezes duram pra sempre.

—Pra sempre... Antony!

—Pois não?

—Como a gente faz pra alguém parar de amar a gente, e a gente parar de amar essa pessoa também?

—O alguém em questão te magoou, traiu, machucou, humilhou?

—Não, o alguém em questão se torna uma pessoa maravilhosa a cada dia que passa.

—Difícil. Diria pra causar raiva, seria mais fácil para ele lidar inicialmente, e quanto a você não teria muito que fazer, ou deixa pra lá e sofre em paz, ou não faz nada.

—Obrigada Antony. Deixe-me ver a fera agora.

Estava levantando para ver Chuck quando ele passou pela porta, pisando forte e com um olhar focado, ergueu e abanou a mão vagarosamente direcionada a Antony para saísse.

—Feche a porta. - ele disse.

—Chuck.

—Sam.

—O que houve?

—Você continua vendo o bastardinho!

—Sim, não disse que ia parar.

—E qual o motivo de tanta atenção?

—Diversão Chuck, só isso.

—Você tem me preocupado muito. Sam imagina só o espetáculo que seria se você realmente se envolvesse com ele.

—Você sabe que eu não me chamo Chuck Bass. – disse sorrindo.

—Sei... Pense comigo. Você finalmente apaixonada por alguém, alguém que eu infelizmente odeio, e que circunstancialmente está noivo, fora que você sabe a dificuldade de romper laços reais e essas coisas. Ai você vai ter que arrancar um dinheiro dele, e ele como gosta de você, ficará sem entender nada, e ai você terá que ser rude, ele vai se irritar, te humilhar, será uma cena! Fora que quem negociará com ele é você, quero o mínimo de contato possível. São muitas dificuldades não acha?

—Acho, é por isso que eu não tenho nada com ele.

—Que bom! Ah, você vai levar os convites do casal pessoalmente.

—O que? Porque? Isso não faz sentido...

—Claro que faz, você era namorada do primo dele.

—A essa altura do campeonato todo mundo sabe que o Nate tá com a Carly.

—Mais um motivo, precisamos esclarecer os laços.

—Porque você não entrega?

—Eu tenho uma surpresa muito melhor pra Blair.

—Chuck...

—Ah, esqueci de lhe dizer também que se eu for até lá, se eu cruzar com o Bartolomeu da Nova Guiné de novo, eu não vou me conter, eu vou contar tudo a ele.

—Não precisa, eu filmo pra você.

—Ótimo! Aqui estão, vá agora, aproveite que eles ainda não saíram.

—Você esta vigiando eles?

—Eu preciso saber de algumas coisas.

—Inacreditável. – Peguei minha bolsa, os convites e sai correndo para o elevador, Chuck correu a tempo de pegar o mesmo.

—Você não tem coisas para resolver? Os funcionários estão ficando realmente estressados.

—Eu estou indo resolvê-las. Sam, esse é o inicio do melhor final de semana da minha vida.

—Você não vai ter a Blair de volta.

—Nem você vai ter o bastardinho de volta. Afinal tudo que nos resta é um ao outro.

Nós entramos na limusine. Não podia negar que Chuck estava me irritando, mas eu o compreendia aquilo para ele era essencial, talvez significasse o nascimento de um novo Chuck Bass, de repente, agora ele poderia ser Charles Bass, um bom garoto.

—Ah, caso Blair não queira ir, reitere as saudades dos seus amigos de Nova York.

—Chuck...

—De certa forma eu lhe faria um favor você não acha? Ele não fica nem com você, nem com ela.

—Sabe a casa do caralho? Corre pra lá! Essa sua felicidade instantânea esta me matando.

Bati a porta com força e segui para o prédio. Nova York não é nada segura. Entrei de forma atordoada falando sozinha, como se tivesse esquecido algo e o porteiro nem mesmo passou o olho em mim.

Respire Sam, respire. Segui esse mantra em todo o elevador até chegar à porta, onde o enfatizei ainda mais. Nem todos os mantras do universo teriam me preparado para o que eu ouvi.

Há alguns segundos de tocar a campainha, a voz de Blair soou carinhosamente.

“ Acho que o nome poderia ser Serena Waldorf Benson, ou Sirius, ou Henri, ou Loui, acho Loui tão fofo, uma pena não usar o Grimald.”

Ouvi Freddie gargalhar, e dizer em seguida; “ Você enlouqueceu se acha que minha mãe vai lhe deixar tirar o Grimald. Senhora Blair Waldorf Grimald.”

“Hmm, senhor Freddie Grimald Benson, senhora e senhora Grimald Benson!”

Um gritinho escandaloso de Blair e resolvi interromper aquilo, e treinar minha cara mais simpática.

—Olá! – disse sorridente quando Freddie abriu a porta me lançando um olhar confuso e assustado.

—Quem é amor?

—Blair, não é mesmo?

—Samantha.

—Olá! Tudo bem? Espero não estar interrompendo nada. – observei Freddie sem camisa e Blair de camisola.

—Imagina. – ele respondeu.

—O Nate não esta, caso você tenha vindo, não sei, lavar roupa suja.

—Ah, não. Claro que não! Ai que mal educada nem os cumprimentei! – Abracei Freddie, e senti seu corpo tenso, e fiz o mesmo com Blair.

—E a que devemos a visita? – Freddie se pronunciou.

—Sim, bom, eu estou com muita pressa então deixe-me adiantar as coisas. Como vocês sabem talvez não a Blair, enfim! Eu faço parte da diretoria da Bass.

—Bass? Como Charles e Bartholomew Bass?

—Sim! Você os conhece?

—Não, mas já vi algo nas revistas.

—Claro que viu. Estamos promovendo uma premier do novo projeto da Bass e bem, já que o Freddie é um empresário tão renomeado e você é sua esposa. Eu resolvi convidá-los pessoalmente, será na sexta agora.

—Ah, não temos como ir, viajamos para Hamptons, para o noivado e de lá pra Europa para o casamento, não temos como ir. – Blair se justificava.  

Tentei de todo jeito abstrair o que Blair me dizia, mas aquilo foi de certa forma ganhando um espaço dentro de mim, era como combustível para a explosão do dia anterior. Era necessário e principalmente era uma razão a mais. Porém, surpreendentemente, eu não conseguia ter raiva disso.

—Freddie?

—Eu já disse que não podemos nós...

—Blair, você ficou nervosa de repente, por quê?

—Amor eu não quero atrasar nada.

—Olha, vocês poderiam encarar como uma despedida de solteiro coletiva. Podem passar a última noite como quase compromissados eternamente juntos, o que é ótimo, evita todo um escândalo de strippers e gogo boys. É um baile de máscaras! – lhes entreguei o convite.

—Virou entregadora, querida?

—Blair! - Freddie a repreendeu.

—O que? Ela vem com essa desculpa de diretoria de não sei o que, e tenta nos empurrar uma festa que ninguém ouviu falar?

—Você não ter ouvido falar significa que esta tudo funcionando muito bem, a intenção da festa é a discrição, por isso os convites em primeira pessoa.

—O Nate foi convidado?

—Blair, por favor... – Freddie assistia tudo do sofá.

—O que? Por sinal, como você se sente tendo sido trocada pela Carly, em tão pouco tempo?

Respirei fundo, encarei Freddie e exibi um sorriso simpático antes de respondê-la.

—Diferente da massacrante maioria das mulheres no mundo, infelizmente, porque caso contrário, todas seriam muito mais felizes... Eu não entendo isso como uma troca, ou uma traição. A fidelidade não é uma obrigação, é opção. Eu estou bem melhor sozinha, do que com alguém que não me ama. Sabe Blair, é importante não ficar presa a um amor que você reconhece que não te pertence mais. É deprimente a falta de amor próprio, você não acha querida? Ah, e antes que você fale sobre a Carly, ela é ótima, bem melhor pra o Nate do que eu, e uma amiga excepcional.

—Admirável Samantha, mas não vá me dizer que você não chorou abraçada no travesseiro, tremendo de dor, desolada...?

Gargalhei, eu não tinha ido ali pra isso.

—Ai Blair... Sabe, você deveria perguntar – nesse momento vi Freddie ficar pálido e escancarei um riso debochado. – Ao seu noivo, futuro marido, calma não precisa ter um ataque cardíaco, ele tem cara de ser muito fiel. A questão é: o homem sofre como Freddie?

—A maioria dos homens procura outras mulheres. - ele nem gaguejou.

—Exatamente. Agora foca aqui Blair, vou dar mais um motivo pra você não gostar de mim. Eu chorei de prazer, agarrada a um corpo maravilhoso​... – ofeguei e olhei pra Freddie – Delirando, suando, abraçada, agarrada aos lençóis da cama... Agora, você pode ficar a vontade pra me chamar, de mulherzinha baixa. Vulgar. Rasteira. Quando você aprende a se amar, e a ter o mínimo de respeito pelos outros fica fácil fazer piada com tudo. Enfim, eu espero vocês lá, tudo bem? Vai ser incrível! Por sinal Blair, pediram pra lhe dizer que você é uma das presenças mais aguardadas por lá, quem sabe você não revê uns amigos?

—Amigos? – Freddie levantou do sofá.

—O que? Seu marido não sabia que você era a Queen B?

 Blair me olhou desesperada. Pelo visto o passado não era comentado por ali.

—A Blair era muito legal na época do colégio, notas altas, gentil, ela até fez um bazar uma vez pra ajudar uma casa de caridade, fora que ela integrava todo mundo ao grupo. Você pode não gostar de mim, e eu nem sei o motivo, mas eu sempre te admirei muito! – disse num falso tom de nostalgia como quem tenta conter o choro.

—Nós iremos! – Freddie bateu o martelo.

—Ah, ótimo! Será inesquecível. Eu já vou indo, todas as instruções estão no convite é tudo bem explicativo. Até sexta!

Sai deixando propositalmente o celular no balcão.

—Ei, Samantha! O celular! – Freddie gritou. Eu não iria voltar. Esperei dois minutos perto da escada de emergência, até ver Freddie correndo.

—Psiu!

—Que susto!

—Achou que fosse quem?

—Você esqueceu seu celular.

—Quem disse que esqueci? – Peguei o aparelho e o puxei para escadaria.

—Sam...

—O que? Eu só estou devolvendo o que você esqueceu.

—O que?

—Seu beijo!

—E quem disse que eu esqueci?

Nós beijamos, e enquanto sua boca percorria meu pescoço eu me perguntava que merda eu estava fazendo, tentando me concentrar no fato de que 1) ele iria noivar no final de semana 2) ele iria casar nos dias seguintes 3) eu tinha um compromisso com  a Bass e 4) eu não o amava tanto quanto eu achava porque 5) fazer o que eu tinha que fazer, talvez nem doesse tanto já que 6) eu mentia muito bem, apesar de infelizmente não estar conseguindo enganar quem mais importava nesse momento que era a mim mesma.

 


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Notas finais do capítulo

Eita! Mozes mozes, temo dizer que, não gostaremos dos próximos capítulos... Ou não.



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